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Medicamento proibido gera multa para Vitamedic

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medicamento proibido
Divulgação: Vitamedic

Um medicamento proibido rendeu multa de R$ 57,5 mil para a Vitamedic. A decisão partiu do Procon-MG.

As informações são do jornal O Tempo (MG). A farmacêutica teria colocado no mercado um lote de medicamento genérico Atelonol, de 25 mg, com desvio de qualidade. Utilizado no controle da hipertensão arterial, o remédio está suspenso pela Anvisa em 2017.

De acordo com laudo da Fundação Ezequiel Dias/FUNED, o lote apresentou resultado insatisfatório no ensaio da dissolução – cujos níveis se encontram abaixo da especificação sanitária.

A Vitamedic contestou a análise da fundação, mas sem demonstrar quais seriam as impropriedades técnicas desse laudo. A empresa tem dez dias para recorrer da decisão.

Embora tivesse anunciado o recall do produto, o medicamento proibido permanece suspenso pela Anvisa. Para o Procon-MG, somente o fato de farmacêutica comercializar o produto nocivo à vida ou à saúde, perigoso ou, ainda, aquele em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação, já é considerada infração.

Medicamento proibido entra na lista de polêmicas da Vitamedic

O medicamento proibido se soma à lista de polêmicas da Vitamedic, que tem como principal marco a ivermectina.

O polêmico remédio fez a farmacêutica goiana figurar até na CPI da Covid. A ivermectina foi defendida pelo governo federal como opção de tratamento para o coronavírus, contra a recomendação de organismos como a OMS e mesmo sem nenhum estudo comprovando sua eficácia.

De acordo com as investigações da CPI, a Vitamedic teria ampliado de forma irregular sua fábrica de medicamentos em Goiás, cujo investimento teria superado R$ 300 milhões. Documentos enviados à comissão mostraram que a empresa teve, somente com a ivermectina, um faturamento 2.900% superior em 2020 – auge da pandemia – na comparação com 2019.

Os senadores tentavam associar esses ganhos com a excessiva agilidade na construção da fábrica, que sequer seguiu as normas da Vigilância Sanitária. Em abril de 2021, inclusive, a Anvisa chegou a fechar as instalações. No início do mesmo ano, a farmacêutica chegou a pagar, em nome da Associação Médicos pela Vida, propagandas em jornais para o tratamento precoce.

Enquanto isso, o laboratório saltava de um modesto 42º lugar no ranking da indústria para a 20ª colocação em faturamento. Agora, voltou a cair e ocupa somente a 45ª posição. Com mais de 40 anos de trajetória, a então Vitapan tornou-se Vitamedic a partir da aquisição pelo Grupo José Alves, em 2015.

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