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Medicamento usado para tratar Covid-19 tem aumento de 2.000% em Belo Horizonte

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Na esteira do aumento de preços registrados em medicamentos necessários ao tratamento contra a Covid-19, a mais nova dor de cabeça entre os hospitais tem sido a compra do analgésico fentanil. Utilizado na intubação de casos graves do coronavírus, o medicamento tem apresentado elevação de preço que pode chegar a 2.000%.

Essa maior variação foi encontrada no Hospital Vera Cruz, situado na região Oeste da capital. Em janeiro, a unidade pagava R$ 0,90 por cada ampola de 2 mL do medicamento, mas atualmente o valor está em R$ 19,50, um aumento de 2.066%. O hospital afirmou que isso impactou a diminuição de cirurgias eletivas e também na redução da receita da empresa.

É atribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apurar infrações de regulação de preços de medicamentos, mas a agência informou que não pode se manifestar sobre supostas investigações em curso. Hospitais privados do Distrito Federal também reclamaram de preços altos no anestésico, segundo o site Metrópoles.

Necessário para reduzir o desconforto do paciente no ato da intubação, uma intervenção hospitalar bastante agressiva, o fentanil também tem tido elevação de preço nas compras feitas em hospitais públicos.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, o Executivo percebeu aumento de preço do analgésico de 101%, passando de R$ 3,96 para R$ 7,99 no comparativo de aquisições realizadas entre os meses de julho e agosto de 2020. O município informa, no entanto, que considera os preços praticados de acordo com pesquisa de mercado e que não houve falta do medicamento.

Enquanto o preço subia, a demanda do analgésico seguia a mesma trajetória, passando de 760 unidades, consumidas no mês de junho deste ano, para as 2.500 demandadas em agosto, dois meses depois, uma elevação de 228% no uso do fentanil. Uma compra do analgésico está em andamento pela prefeitura da capital, conforme pregão eletrônico 47/2020.

Particular

Se a rede pública garante que não houve falta, na rede privada houve dificuldades na compra de todos medicamentos utilizados contra a doença, segundo confirma Reginaldo Teófanes, presidente da Central dos Hospitais, entidade que agrega as unidades de saúde particular.

“Todos os medicamentos de anestesia geral e sedativos utilizados em intubação ou faltaram ou subiram muito de preço. Tivemos que encontrar alternativas”, disse o médico. “O fentanil faltou e voltou a conta-gotas”, completou o profissional, ao relatar o contexto encontrado no hospital Santa Rita, em Contagem, onde ele ocupa o cargo de diretor-presidente.

Minas Gerais

O governo do Estado disse que não houve alta no valor do fentanil, mas confirma elevação de preço em vários medicamentos utilizados em kits de intubação e enfrentamento à Covid-19.

Fonte: O Tempo Bertim

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