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Conheça novo presidente da PróGenéricos

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Tiago Vicente ProGenericos
Novo presidente da PróGenéricos já liderou missões na Apex Brasil. Divulgação: Apex Brasil

O novo presidente da PróGenéricos assume o cargo em julho. A entidade definiu seu líder após a polêmica escolha anterior em substituição à Telma Salles. As informações são do Poder 360.

Tiago de Moraes Vicente chega à associação sob respaldo de 20 anos nos setores público e privado. É graduado em relações internacionais pela Universidade de Brasília. Atuou na área de relações governamentais de grandes empresas como Alcoa e Shell. Em setembro de 2019, assumiu a diretoria de relações institucionais da Energisa SA.

Entre 2020 e 2023, ele foi gerente de relações institucionais da Apex Brasil, por meio da qual coordenou mais de dez missões parlamentares com a proposta de apresentar o trabalho da agência na captação de investimentos no Exterior e promoção de exportações.

“Vou buscar estratégias para fazer com que a indústria desses medicamentos possa crescer dentro do Brasil. Acredito que o plano de reindustrialização vai fortalecer a indústria farmacêutica de genéricos e de biossimilares, que já têm um potencial muito grande dada a participação hoje no mercado”, declarou o executivo.

Novo presidente da PróGenéricos comandará 90% do mercado

O novo presidente da PróGenéricos comandará uma associação que integra 90 indústrias farmacêuticas, responsáveis por 90% do mercado de genéricos e 50% do segmento de biossimilares no Brasil.

Desde a implementação dos medicamentos genéricos no país, em 1999, essa categoria gerou uma economia de R$ 257 bilhões para os consumidores. Dos 20 medicamentos líderes de prescrição no Basil, 15 são genéricos.

PróGenéricos teve polêmica envolvendo líder anterior

Thiago Meirelles deixou o cargo de presidente da PróGenéricos em fevereiro de 2023, menos de um mês após assumir oficialmente o cargo. O executivo não resistiu às críticas e polêmicas geradas pelo parentesco com Daniel Meirelles, seu irmão e que atua como diretor na Anvisa.

O executivo enviou na época uma carta de renúncia ao conselho da PróGenéricos. “A melhor decisão no momento é abrir mão do cargo de presidente-executivo da PróGenéricos para preservar a associação, as empresas associadas e a minha própria reputação profissional”, declarou. Ele também reiterou que nunca se envolveu em qualquer situação que desabonasse seu trabalho ou sua conduta em 18 anos de vida pública e profissional.

O laço de família com um dirigente da agência reguladora, no entanto, foi alvo de pressões dentro e fora da Anvisa. Servidores do órgão chegaram a divulgar um manifesto, no qual questionavam o potencial conflito de interesses.

A nomeação de Thiago constrangeu a cúpula da agência, que avalia que Daniel deveria se abster de todos os processos envolvendo associadas da PróGenéricos. Na prática, isso significa deixar de participar de praticamente todo o debate que envolve o mercado farmacêutico, uma vez que a associação representa cerca de 90% das vendas de genéricos no Brasil. Além disso, integrantes da Anvisa ainda avaliam que a redistribuição de processos sobre medicamentos vai sobrecarregar a equipe dos outros diretores.

Ex-presidente da PróGenéricos omitiu parentesco

A repercussão do caso tornou-se ainda maior depois da revelação de que Thiago Meirelles omitiu a relação de parentesco no processo que aprovou sua condução ao cargo de presidente da PróGenéricos, realizado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o parentesco não foi citado no voto aprovado por unanimidade pelos conselheiros, segundo documentos da comissão obtidos via Lei de Acesso à Informação. Thiago afirmou que considerava “inexistir situação potencialmente configuradora de conflito de interesse” ao assumir a associação. Antes de ir para a iniciativa privada, Thiago ocupava o cargo de subchefe de Articulação e Monitoramento dentro da Casa Civil na gestão Jair Bolsonaro (PL).

No começo de janeiro, quando foi confirmada a troca de comando na PróGenéricos, Daniel fez uma consulta à comissão para saber se teria de deixar de participar de processos que envolvem a entidade presidida pelo irmão. No fim de janeiro, ele disse que não havia ilegalidade e que iria adotar medidas necessárias para evitar qualquer conflito de interesse. Afirmou ainda que decidiu se afastar “de forma preventiva” de alguns debates, enquanto não há resposta da comissão de ética.

 

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