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Ofertas de ações turbinam a temporada de fusões e aquisições

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Ações – Seis importantes transações foram anunciadas nesta segunda-feira, mostrando que as operações de fusões e aquisições seguem firmes neste mês e indicam que importantes negócios deverão ser fechados até o fim do ano. As operações de M&A (fusões e aquisições, na sigla em inglês) reforçam o movimento de consolidação e expansão registrado em diversos setores da economia.

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Ontem, um dos mais esperados acordos do ano foi divulgado: a compra da Oxiteno, do grupo Ultra para a asiática Indorama Ventures por US$ 1,3 bilhão (R$ 6,8 bilhões). A Rede D’Or oficializou oferta pela Alliar (ver nesta página) e a mineira Santa Amália foi comprada pela empresa alimentos Camil.

Também foi divulgada ontem a compra das empresas de saúde Profarma Specialty e Cirúrgica Mafra, por R$ 900 milhões, pela distribuidora de medicamentos e materiais médicos Viveo, que levantou R$ 2 bilhões em sua abertura de capital no início do mês. A empresa de aplicativos, games e serviços digitais Bemobi adquiriu a chilena Tiaxa, de operações financeiras, avaliada em US$ 38 milhões (quase R$ 200 milhões). E a Riza Asset fechou, por meio do seu fundo Terras FII, a compra de propriedades agrícolas que pertenciam à gestora canadense Brookfield.

Mais capitalizadas, empresas que abriram seu capital este ano estão engrossando a lista de transações em busca de oportunidades de negócios para expandir sua atuação no país, diz Gustavo Miranda, responsável pela área de banco de investimento do Santander. Para ele, há uma tendência de que as empresas que têm seus papéis negociados na bolsa possam usar suas ações como moeda nos acordos de aquisições.

A recuperação da economia, estimulada pelo avanço da vacinação contra a covid-19, também está estimulando o fechamento de negócios. Diogo Aragão, responsável pela área de fusões e aquisições do Bank of America (BofA), diz que muitas operações estão sendo antecipadas por conta do cenário mais volátil de 2022, com as eleições presidenciais, e também em razão da reforma tributária, que está em curso. ‘Temos visto muitos negócios envolvendo grupos locais. Não se vê muito cheque de grupos estrangeiros entrando.’

Dados da consultoria Dealogic mostram que de janeiro até ontem as transações somaram US$ 61,7 bilhões (R$ 356,4 bilhões), aumento de 250% sobre igual período do ano passado (US$ 17,6 bilhões – foram 355 operações, ante 304 do ano anterior.

A expectativa do mercado é de que importantes transações sejam anunciadas até o fim do ano. Entre elas, está a venda da empresa de energia eólica Echoenergia, que pertence ao fundo Actis, conforme antecipou o Pipeline, site de negócios do Valor. O negócio é avaliado em R$ 5 bilhões. O grupo Odebrecht (agora Novonor) deverá vender sua participação na petroquímica Braskem. Outro ativo petroquímico é a participação da Petrobrás na empresa Deten.

A Petrobras está em processo de desinvestimentos de ativos considerados não estratégicos. Neste ano, anunciou a venda da refinaria Landulpho Alves (RLAM) para o fundo Mubadala e pretende vender outros negócios. A petroleira também vendeu a Gaspetro, de distribuição de gás, para a Compass, empresa de energia do grupo Cosan.

O conglomerado Ultra, que também vendeu este ano a rede de farmácias Extrafarma e 50% de sua fatia na empresa que atua em pagamentos eletrônicos de pedágios e estacionamento ConectCar, quer focar seus negócios em óleo e gás. A dona da rede de postos Ipiranga não descarta comprar ativos de gás – a empresa também está em negociações para a compra da refinaria Alberto Pasqualini (Refap). O negócio tem chances de ser anunciado este ano, mas a conclusão deverá ser ao longo de 2022, segundo fontes.

Os bancos de investimentos veem setores de saúde, educação, operações financeiras, varejo e tecnologia ainda como os mais ativos em fusões e aquisições. Muitas fintechs deverão abrir o capital e reforçar sua operação com a compra de concorrentes. Além disso, setores de energia e agronegócio devem continuar aumentando o movimento de consolidação.

No varejo, as plataformas digitais vão continuar sendo alvo de cobiça de muitas companhias que precisam expandir seu ecossistema de vendas baseado no modelo de marketplace (shopping center virtual). Por Mônica Scaramuzzo -Valor Economico Leia mais em clippingdotblog 17/08/2021

Fonte: Fusões & Aquisições

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