Covid: sem concentração por ricos, vacinas atenderiam todos os idosos e profissionais de saúde do mundo, diz OMS

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Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) demonstraram pela primeira vez que, em pacientes com Covid-19, um mecanismo

Covid

O diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a concentração de 75% das vacinas contra covid em apenas 10 países representa uma ‘desigualdade escandalosa’ e que a quantidade produzida até hoje daria para ter vacinado todos os idosos e profissionais de saúde do mundo. Essas duas categorias são as que mais morreram na pandemia.

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Para Ghebreyesus, o mundo poderia estar em uma situação muito melhor atualmente se houvesse uma distribuição igualitária de vacinas, mas ‘um pequeno grupo de países que fabrica e compra a maioria das vacinas do mundo controla o destino do resto do mundo’.

O diretor cobrou na Assembleia da OMS (24/05) os países ricos a transferirem mais vacinas e recursos ao programa de distribuição global de vacinas (Covax), que tem como meta vacinar até setembro 10% da população de países de renda baixa ou média (250 milhões de pessoas). Até agora, houve doses suficientes para vacinar 1%.

A instituição também cobrou as fabricantes de vacinas a separarem 50% de sua produção para ser adquirida por esse programa de distribuição igualitária. Até o momento, foram distribuídas 72 milhões de doses para 125 países.

O Brasil, que recebeu 5 milhões até agora, aplicou R$ 2,5 bilhões no programa e optou por receber metade das vacinas a que teria direito (42 milhões em vez de 84 milhões). O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou à CPI que o país fez essa opção porque havia ‘riscos’ envolvidos já que o Covax não conta com cronograma fixo de entregas, já que depende de doações e negociações com fabricantes, e que seria mais vantajoso ao Brasil negociar diretamente suas aquisições.

Ainda assim o país sofreu atualmente com falta de vacinas, e mais de 1.000 municípios (1 em cada 5) precisou suspender as aplicações por escassez de doses, segundo a Confederação Nacional dos Municípios. Desde fevereiro, o país leva de 12 a 14 dias para aplicar 10 milhões de vacinas. Quase 42 milhões de brasileiros receberam a primeira dose e 21 milhões, as duas (cerca de 10% da população).

Desde dezembro, foram aplicadas mais de 1,7 bilhão de doses de vacinas contra o coronavírus em 189 países, segundo levantamento da Universidade de Oxford. Do total, 1,3 bilhão ficaram concentrados em 10 países. São eles: China (527 milhões), Estados Unidos (286 milhões), Índia (194 milhões), Reino Unido (61 milhões), Brasil (59 milhões), Alemanha (45 milhões), França (33 milhões), Itália (31 milhões), Turquia (28 milhões) e Rússia (27 milhões).

Segundo a OMS, em 2019 havia 703 milhões de pessoas no mundo com mais de 65 anos, sendo 61 milhões deles na África, que recebeu até agora doses suficientes para imunizar 14 milhões de pessoas no continente inteiro.

Por outro lado, jovens a partir de 12 anos começaram a ser vacinados nos EUA, onde 80% dos mortos por covid tinham mais de 65 anos e 1%, menos de 35 anos.

‘Os países que vacinam crianças e outros grupos de baixo risco agora o fazem às custas dos profissionais de saúde e grupos de alto risco em outros países. Essa é a realidade’, afirmou Ghebreyesus, da OMS.

No Brasil, 8 em cada 10 mortos por covid tinham mais de 60 anos. Atualmente, o país já ofereceu a primeira dose da vacina para todos os idosos e agora aplica o imunizante em outros grupos prioritários, a depender da cidade, como pessoas com Síndrome de Down e profissionais de saúde com mais de 30 anos.

A OMS estima que o mundo conta atualmente com quase 60 milhões de profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros. Cerca de 2 milhões deles estão na África.

No Brasil, o governo estima haver quase 7 milhões de profissionais de saúde em atividade no país, incluindo também auxiliares e técnicos de enfermagem. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Federal de Enfermagem, um profissional de saúde morreu a cada 7,5 horas, em média.

Segundo dados do órgão nacional de estatística do Reino Unido, os profissionais do setor de enfermagem compõem a segunda categoria mais exposta ao vírus dentre 359 profissões.

A Anistia Internacional fala em 17 mil profissionais de saúde mortos por covid ao redor do mundo em 2020. Vale lembrar que todos esses dados são estimativas e podem estar subnotificados como quase todas as informações ligadas à pandemia.

Fonte: BBC Brasil

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Anvisa deve prorrogar regras de importação de remédios e equipamentos

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A Diretoria Colegiada da Anvisa deve confirmar nesta quarta-feira (26) a prorrogação de uma resolução sobre a importação de remédios e equipamentos para o tratamento da covid-19. As informações são da Agência Brasil.

São itens como respiradores e medicamentos do chamado kit intubação. Essa resolução facilita a compra desses produtos e venceria agora, em maio. Com a mudança, a medida permanece válida até o mês de julho.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Diretor do Butantan é ouvido pela CPI da Pandemia nesta quinta

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A CPI da Pandemia vai ouvir nesta quinta-feira, 27, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. O centro foi o primeiro a fornecer vacina anticovid à população brasileira e o requerimento de convocação é assinado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

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Segundo informações da Agência Senado, Vieira afirmou que a oitiva do diretor é essencial para que sejam esclarecidos todos os detalhes da atuação do Instituto Butantan desde o início da pandemia, especialmente com relação à produção de vacinas.

Resultado da associação do instituto com a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech, a vacina CoronaVac começou a ser aplicada no país em 17 de janeiro deste ano, após divergências entre o governo federal e o governo do estado de São Paulo, o primeiro a comprar a vacina.

Na última quarta-feira, 19, no primeiro dia de seu depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi amplamente questionado sobre falas do presidente Jair Bolsonaro contrárias à aquisição da CoronaVac, negou pressão presidencial contra a compra da vacina e foi contestado por diversos senadores. O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou uma gravação na qual Bolsonaro dizia que havia dado ordens para que não houvesse compra da CoronaVac.

Professor titular de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Dimas Covas está à frente do Instituto Butantan desde 2017. Em junho de 2020, foi o responsável pelo acordo de colaboração firmado com a farmacêutica chinesa para o desenvolvimento clínico do imunizante anticovid.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da CoronaVac no Brasil com base em resultados dos testes e estudos clínicos que começaram em julho de 2020 em seis estados e no Distrito Federal.

De acordo com o Instituto Butantan, os resultados do estudo da fase 3 mostraram que nos casos graves e moderados a eficácia da CoronaVac é de 100%. Para os casos leves, 78% e, nos muito leves, 50,38%.

Até meados de maio, cerca de 70% das doses contra a covid-19 aplicadas no Brasil eram da vacina CoronaVac. Recentemente, o Instituto Butantan paralisou o envase do imunizante no país por falta de matéria-prima importada da China: o ingrediente farmacêutico ativo (IFA).

Nesta terça-feira, 25, o Butantan recebe 3 mil litros do insumo chinês para a produção de mais 5 milhões de doses. A previsão inicial era de 4 mil litros, que possibilitariam o envase de 7 milhões de doses, mas houve redução do quantitativo enviado pela China. Senadores apontam que crises diplomáticas com o país, provocadas por declarações presidenciais, estão prejudicando o envio do insumo e atrasando a produção da vacina.

O Instituto trabalha agora no desenvolvimento de uma nova vacina contra a covid-19: a ButanVac. A produção desse imunizante deverá ser feita totalmente no Brasil, a partir de uma tecnologia que trabalha a inoculação do vírus em ovos embrionados de galinhas.

Nesta segunda-feira, 24, o instituto enviou à Anvisa mais uma remessa de informações sobre o início dos testes em humanos com a ButanVac. Ainda não há previsão para o início da imunização com essa vacina no país, conforme a Agência Senado.

Fonte: A Tarde Online

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Pfizer vai testar segurança e eficácia da vacina em gestantes brasileiras

A Pfizer anunciou nesta terça-feira, 25, o início de testes clínicos no Brasil para medir a eficácia e segurança da sua vacina contra a covid-19 em gestantes. O estudo será realizado com 200 grávidas acima dos 18 anos e saudáveis, distribuídas em quatro centros de pesquisa pelo País.

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O objetivo do estudo é medir a segurança nas mães e nos bebês, a tolerabilidade e a imunogenicidade da vacina desenvolvida em parceria com a BioNTech, após intervalo de 21 dias entre a aplicação das duas doses. O levantamento também vai investigar a possível transferência de anticorpos para o feto e monitorar os recém-nascidos por aproximadamente seis meses.

As gestantes brasileiras participarão das fases 2 e 3 do estudo mundial, que envolve um total de 4 mil mulheres entre a 24ª e a 34ª semanas de gestação. Os centros escolhidos para liderar o levantamento no País são o Centro Multidisciplinar de Estudos Clínicos, em São Bernardo do Campo; o CMPC Pesquisa Clínica, em Sorocaba; o Hospital de Clínicas de Porto Alegre; e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

“As mulheres grávidas têm um risco aumentado de complicações e de desenvolver a forma grave da doença. É muito importante reunirmos evidências sobre segurança e eficácia da vacina para este grupo, pensando no binômio mamãe e bebê”, comentou a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

A vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid foi a primeira a receber no Brasil o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresa firmou um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de 100 milhões de doses até o final deste ano.

Há duas semanas, o ministério suspendeu a aplicação da vacina produzida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca em gestantes e puérperas como medida de precaução, após a morte de uma grávida do Rio de Janeiro que havia sido vacinada. O evento adverso também impulsionou a Anvisa a orientar a interrupção do imunizante nesse grupo.

A orientação mais recente indica que a vacinação em gestantes e puérperas com comorbidades que ainda não receberam a vacina deve ser feita com aquelas que não contenham vetor viral, como a Coronavac ou a da Pfizer. Já para as grávidas sem comorbidades pertencentes a outros grupos, como profissionais da saúde ou de outros serviços essenciais, a imunização fica condicionada à prescrição médica, após avaliação de benefício.

Fonte: A Crítica de Campo Grande

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Anvisa recebe novo pedido para importação da Covaxin

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O Ministério da Saúde (MS) protocolou, nesta segunda-feira (24), nova solicitação de autorização para importar 20 milhões de doses da vacina Covaxin/ BBV152, fabricada na Índia, onde o imunizante tem autorização para uso emergencial.

Segundo a Anvisa, após a negativa do pedido anterior, o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos seguiram em tratativas com a autarquia a fim de adequar os aspectos que motivaram o indeferimento. Nesse sentido, já foi publicada pela Agência a anuência para realização do estudo clínico com a vacina Covaxin no Brasil, conforme Resolução RE 1.938, de 13 de maio de 2021.

No que se refere ao cumprimento das Boas Práticas de Fabricação pela fabricante Bharat Biotech, um dos principais aspectos que motivou a decisão anterior, a empresa protocolou novo pedido de certificação na Anvisa, referente à linha de produção do produto acabado. O pedido está sendo analisado de acordo com a Lei 14.124/21 e a RDC 476/21.

Certificação de Boas Práticas de Fabricação

Já nesta nesta terça-feira (26), foi protocolado um novo pedido de certificação de Boas Práticas de Fabricação para o insumo biológico produzido pela Bharat Biotec. O pedido de certificação da produção do insumo vem um dia após o novo pedido de certificação da linha de produção da vacina. Os dois pedidos de certificação, insumo e produção da vacina, cobrem toda a cadeia fabril do imunizante.

A certificação de BPF de todas as etapas de produção de uma vacina é um pré-requisito para o registro do imunizante no Brasil. Para o pedido de importação excepcional são analisados apenas os dados mínimos de Boas Práticas da produção, mas sem a necessidade do certificado em questão.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Anvisa aprimora fluxo de registro de medicamentos e IFAs

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A Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) da Anvisa informa que tem novo fluxo para respostas a ofícios de processos de registro de medicamentos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs). A partir de agora, as respostas a ofícios deverão ser realizadas por meio do peticionamento eletrônico, via Sistema Solicita, utilizando os códigos de assunto listados ao final.    

Esta ferramenta deve ser utilizada para responder aos ofícios por meio dos quais são solicitadas informações do processo de registro ou pósregistro de medicamentos ou IFAs registrados. Esses questionamentos ensejam uma comunicação com a empresa que deve ser por ofício, não sendo possível a emissão de exigência. 

A autarquia ressalta que estes assuntos não devem ser utilizados como cumprimentos de exigências, pois para isso existe peticionamento específico. Caso contrário, não será possível identificar a entrada do cumprimento e isso poderá prejudicar a empresa tanto com relação à contagem dos prazos das exigências como em relação aos prazos para análise do cumprimento. 

Resultado do aprimoramento do trabalho desenvolvido pela área de Medicamentos da Anvisa, o objetivo da medida é dar maior celeridade a essas demandas, bem como padronizar os procedimentos.  

Confira abaixo quais são os códigos de assuntos que deverão ser usados: 

 

CÓDIGO DE ASSUNTO 

DESCRIÇÃO DO ASSUNTO 

12091 

CBRES – Resposta a Ofícios 

12092 

CETER – Resposta a Ofícios 

12093 

COINC – Resposta a Ofícios 

12094 

COPEC – Resposta a Ofícios 

12095 

GESEF – Resposta a Ofícios 

12096 

GMESP – Resposta a Ofícios 

12097 

GPBIO – Resposta a Ofícios 

12098 

GQMED – Resposta a Ofícios 

12099 

Insumos Farmacêuticos Ativos – Resposta a Ofícios 

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Anvisa autoriza testes do soro do Butantan

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A Anvisa autorizou nesta terça-feira (25) o início dos testes do soro anti-Sars-CoV-2, desenvolvido pelo Instituto Butantan. Com isso, o Butantan já pode começar a aplicação do soro em voluntários da pesquisa. Esta será a primeira vez que o soro será aplicado em humanos.

A Agência já havia dado a anuência para a pesquisa no dia 24 de março, mas mediante a assinatura de um Termo de Compromisso que previa a entrega de informações complementares, que ainda não estavam disponíveis naquele momento.

A autorização foi concedida após o Butantan submeter o novo protocolo clínico com as adequações necessárias para que o estudo possa ser iniciado em humanos.

A avaliação da proposta de pesquisa foi feita integralmente pela Anvisa, sem a participação de outras agências estrangeiras, já que as fases iniciais de testes clínicos do soro serão feitas apenas no Brasil.

Como esta é a primeira vez que o soro do Butantan será testado em pessoas, isso exigiu da autarquia uma avaliação criteriosa dos aspectos técnicos e de segurança do produto. Até o momento, o soro foi testado somente em animais.

Rafael Cervone – Um dia emblemático para o polo industrial de São José dos Campos

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São José dos Campos, um dos maiores polos nacionais de indústrias de grande porte, nas áreas aeronáutica, automobilística, espacial, defesa, química, farmacêutica, óleo e energia, também conta com um expressivo parque de pequenas e médias empresas nos segmentos de siderurgia e fabricação de máquinas e equipamentos. Na cidade, o setor paga salário médio de R$ 5.934,26, o mais alto dentre todas as atividades, representa 17% dos empregos formais e responde por 41,39% do Valor Adicionado, contribuindo para que o PIB per capita, de R$ 57,10 mil, seja um dos mais elevados do Estado de São Paulo e do País, segundo estatísticas da Fundação Seade – Sistema Estadual de Análise de Dados.

Todas as informações demonstram que em São José dos Campos, Caçapava, Caraguatatuba, Ilhabela, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna e São Sebastião, municípios abrangidos pela Diretoria Regional do CIESP, há razões mais do que justificadas para celebrar o Dia da Indústria, 25 de maio. Mais do que comemorar, é fundamental adotar medidas de fomento e fortalecimento do setor, que desenvolve tecnologia e inovação, fabrica produtos e bens de alto valor agregado e é gerador intensivo de empregos.

Por isso, a agenda nacional de resgate da competitividade da indústria é muito relevante, pois as nações que conseguiram dobrar sua renda média num período de apenas 15 anos foram aquelas que elevaram sua participação a um patamar acima de 20% do PIB. Por isso, precisamos vencer as barreiras que continuam dificultando seu avanço, como o atraso do marco legal, insegurança jurídica, burocracia, impostos exagerados, baixa disponibilidade de crédito e todos os fatores referentes ao chamado “Custo Brasil”.

Não podemos mais perder tempo. Na década recém-terminada, de 2011 a 2020, o mundo cresceu 30% e o Brasil, apenas 3%. Por isso, teremos de realizar em plena crise da Covid-19 o que negligenciamos há muitos anos, a começar pelas reformas estruturais, principalmente a tributária e administrativa, e adoção de uma eficaz política industrial, para que o setor tracione o desenvolvimento nacional.

Os números são incontestáveis quanto ao significado da indústria: apesar de representar 11% do PIB, responde por mais da metade das exportações de bens, 69,2% do investimento empresarial em P&D, 33% da arrecadação de tributos federais, 25% do total nacional de impostos e 31,2% da arrecadação previdenciária patronal; emprega 20,4% dos trabalhadores brasileiros; e é a atividade que mais promove a difusão de tecnologia e produtividade, segundo dados do IBGE.

Os desafios são muitos. Porém, os industriais são resilientes, capazes de superar adversidades e têm demonstrado muita competência para manter suas empresas vivas e gerar empregos em cenários desfavoráveis. Por isso, apesar das dificuldades atuais e da grave crise relativa à pandemia, celebramos este Dia da Indústria com esperança! O exemplo de São José dos Campos e região justificam esse responsável otimismo.

Fonte: O VALE

Família pede ajuda para comprar remédio de R$ 12 milhões e salvar bebê com doença rara em Paty do Alferes

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Uma família de Paty do Alferes (RJ) está pedindo de ajuda para comprar um remédio para uma criança com atrofia muscular espinhal, doença conhecida como AME. A pequena Lavínia, de um ano e um mês, precisa de um medicamento que custa cerca de R$ 12 milhões.

Ela tem que tomar o remédio antes de completar dois anos de idade. Para arrecadar o dinheiro, a mãe, Edna Gomes Azevedo Santana, criou uma vaquinha online.

Lavínia nasceu aos nove meses de gestação, como um bebê saudável. No entanto, por volta dos dois meses de idade, a mãe começou a notar problemas no desenvolvimento da filha. Depois de vários exames, Lavínia foi diagnosticada com AME.

Os principais sintomas da doença, que é genética, são fraqueza e atrofia dos músculos dos ombros, quadris, coxa e pescoço — normalmente, os membros inferiores são mais afetados.

Enquanto a família não consegue o medicamento, a criança vem sendo acompanhada por médicos e faz fisioterapia. Na corrida contra o tempo, a angústia dos pais só aumenta porque Lavínia está começando a ter dificuldades de respirar.

Os amigos e outras pessoas que conheceram a história da bebê estão ajudando a divulgar a campanha de arrecadação do dinheiro para comprar o remédio, que é um dos mais caros do mundo.

Fonte: G1

Governo enviou cloroquina a indígenas Yanomami para tratar Covid-19

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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta terça-feira (25), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, disse que a pasta nunca indicou tratamentos para a Covid-19.

“O Ministério da Saúde criou um documento juridicamente perfeito que é a nota orientativa nº 9, que depois se transformou na nota orientativa nº 17, onde nós estabelecemos doses seguras para que os médicos brasileiros no exercício de sua autonomia pudessem utilizar esses medicamentos, com consentimento de seus pacientes, de acordo com o seu livre-arbítrio”, disse.

Porém, entre 30 de junho e 5 de em julho de 2020, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão do Ministério da Saúde, e o Ministério da Defesa levaram 100.500 comprimidos de cloroquina 150 mg e 16.158 comprimidos de azitromicina 500 mg e 600 mg para 75 mil indígenas das comunidades Suru-cucu, Auaris, Uiramu-ta, Flexal e Ticoça, no estado de Roraima. A ação interministerial foi apresentada pelo governo federal, na época, como um reforço no combate e um tratamento ao novo coronavírus.

Os medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento da doença estavam entre as quase quatro toneladas de suprimentos médicos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) distribuídos também aos 1.762 profissionais de saúde dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) Yanomami e Leste de Roraima. A operação foi chamada de ‘Missão Yanomami: Raposa Serra do Sol’.

Para o médico integrante do Projeto Xingu/Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Clayton Coelho, por mais que esse envio de cloroquina fosse para combater a malária, o volume entregue foi muito acima das necessidades usuais da região.

“No esquema atual para Malária Vivax do Ministério da Saúde são recomendados para adultos com mais de 50 kg, 10 comprimidos de cloroquina (4+3+3). Ou seja, 100.000 corresponderiam a 10.000 ‘tratamentos’. Sendo que, dados até 2017 mostram como ‘pico’ de diagnósticos de todas as formas (Vivax e falciparum), cerca de pouco mais de 800 casos/ano registrados no DSEI Yanomami”, diz.

Dois meses e meio antes, em abril do ano passado, um estudo preliminar realizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação, e também pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) sobre o uso de cloroquina para tratar pacientes com sintomas da doença foi interrompido depois que 11 pessoas morreram. Os pesquisadores descobriram que doses altas do medicamento podem levar a quadros severos de problemas cardíacos.

Segundo a bióloga e indigenista da Rede Pró Yanomami e Ye’kwana (Rede Pró-YY), Marina Vieira, o que chamou a atenção sobre a ação do governo, na época, foi não terem enviado o medicamento primaquina, que é administrado junto à cloroquina para tratamento da malária mais comum.

“Só a cloroquina não dá conta de acabar com a malária. Então, na prática, independente da narrativa oficial dos Ministérios da Saúde e da Defesa, o envio desses comprimidos não condizia com uma ação contra malária. A presença da azitromicina só complementa as evidências de que a ideia era montar o ‘kit covid’ para os indígenas. Se o Governo estivesse realmente preocupado em realizar uma ação de conter a pandemia, a primeira ação deveria ser a desintrusão dos mais de 20 mil garimpeiros na Terra Indígena Yanomami”, diz.

De acordo com resposta da Sesai a Rede Pró-YY, por meio da Lei de Acesso à Informação, em 20 de agosto de 2020, sobre os estoques atuais dos medicamentos antimaláricos, no dia da visita da comitiva à TI Yanomami, em 1º de julho de 2020, foi explicado que a DSEI Yanomami possuía 70.410 comprimidos de Cloroquina 150 mg e 78.386 comprimidos de primaquina. Os quantitativos eram suficientes para tratar 94% de todos os casos de malária vivax registrados em 2019 pelo Ministério da Saúde.

Mais recentemente, no dia 17 de maio, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), órgão de assessoramento do Ministério da Saúde e a que a secretária Mayra Pinheiro faz parte, colocou em consulta pública um relatório de diretrizes para o tratamento hospitalar de pacientes com Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). O documento não recomenda a utilização de cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.

O Exército Brasileiro revelou à CNN, na última sexta-feira (21), que há atualmente 298.090 comprimidos de Cloroquina 150 mg em estoque, armazenados no Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX), no Rio de Janeiro, e que, desde janeiro, não houve novas distribuições de cloroquina aos estados e municípios brasileiros.

Segundo a Sesai, 1640 indígenas foram contaminados e 13 morreram de Covid-19, desde o início da pandemia.

À CNN, o Ministério da Saúde afirmou que “azitromicina e a ivermectina são medicamentos que constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) utilizados em diversos tratamentos da atenção primária do Sistema Único de Saúde”. Leia a nota na íntegra:

“O Ministério da Saúde informa que o antimalárico é adquirido e enviado regularmente a 25 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) que estão em área endêmica.

Cabe esclarecer que azitromicina e a ivermectina são medicamentos que constam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) utilizados em diversos tratamentos da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). A aquisição de medicamentos da Rename é feita a partir das demandas de atendimento dos DSEI.

Vale destacar que os serviços básicos de saúde não foram suspensos durante o pico da pandemia. Somente em 2020, foram realizados mais de 12,1 milhões de atendimentos nas aldeias, e contratados mais 700 profissionais para reforçar a assistência em saúde.”

Fonte: CNN