Verily assina acordo com L’Oreal sobre saúde da pele, com queda nos lucros

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O braço de tecnologia de saúde da Alphabet, Verily, anunciou nesta quinta-feira uma parceria em busca por negócios sustentáveis, dizendo que estudaria a saúde da pele e exploraria novos produtos com a fabricante de cosméticos L’Oreal.

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A Verily já atraiu críticas de ex-executivos por assinar colaborações de pesquisa chamativas e pontuais, em vez de se concentrar mais em conseguir assinantes recorrentes para seu software para pesquisa clínica e gerenciamento de doenças.

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No ano passado, a empresa teve cerca de 400 milhões de dólares em receita, segundo uma fonte a par do assunto. Mais de um quarto das vendas veio do negócio de baixa margem de lucro dos testes de Covid-19, e o prejuízo da Verily aumentou significativamente em comparação com 2020, disse a fonte.

A empresa não divulga publicamente os resultados financeiros e se recusou a comentá-los.

A empresa se recusou a divulgar os termos do que chamou de ‘parceria estratégica de vários anos e colaboração em pesquisa’ com a L’Oreal. Mas os planos do projeto incluem um componente de software de longo prazo e co-desenvolvimento de um novo serviço de teleatendimento para dermatologistas e consumidores. O acordo é o primeiro da Verily com uma empresa de beleza após anos de negociações com a L’Oreal.

A dra. Amy Abernethy, uma das presidentes da Verily, disse que o programa de estudos clínicos que ela supervisiona servirá de base para um exame de problemas de pele, ambientes e comportamentos que possam afetá-los. Os resultados podem ajudar no desenvolvimento de opções de diagnóstico e tratamento.

A tecnologia existente luta para diferenciar entre condições de pele de aparência semelhante, disse Abernethy, que trabalhou em estreita colaboração com pacientes com câncer de pele.

Ao trabalhar em conjunto, o objetivo das empresas é ‘fornecer a cada pessoa acesso às informações mais inclusivas e personalizadas sobre seu gerenciamento de pele’, disse Barbara Lavernos, vice-presidente executiva da L’Oreal.

O acordo da Verily segue uma parceria similar revelada em agosto com a Colgate-Palmolive para estudar saúde bucal.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

Covid: o que são baricitinibe e sotrovimab, novos remédios autorizados pela OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) autorizou o uso dos medicamentos baricitinibe e sotrovimabe para o tratamento da covid-19.

De acordo com as informações da OMS, o aval do uso desses medicamentos se deu após análises feitas por especialistas internacionais que atuam em um Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da agência de saúde e cujos resultados foram publicados no British Medical Journal.

O baricitinibe é um anti-inflamatório usado principalmente no tratamento da artrite reumatoide, enquanto o sotromivabe é um novo medicamento que foi testado para tratar pacientes com risco de desenvolver covid-19 moderado a grave. Ele está sendo usado no Reino Unido, entre outros países.

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Na pesquisa publicada pelo grupo de trabalho da OMS, o uso do baricitinibe é recomendado em pacientes graves, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar, além de reduzir a necessidade de ventilação mecânica.

Já o sotrovimab é recomendado em casos moderados de covid, para evitar que eles piorem. O estudo afirma que não há efeitos colaterais graves.

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A OMS também descartou o uso de outros dois medicamentos no tratamento da covid: ruxolitinibe e tofacitinibe. As avaliações que foram feitas com eles não mostraram benefícios para os pacientes. No caso do tofacitinibe foi inclusive observado que ele poderia causar efeitos adversos.

A entidade voltou a desaconselhar o uso de remdesivir e ivermectina, dois medicamentos que ganharam popularidade desde o início da pandemia, mas não têm respaldo científico.

Isso aumenta para cinco a lista de medicamentos autorizados para o tratamento da covid-19. Para casos graves, são recomendados três remédios: corticosteroides, IL-6RB e baricitinibe. E em casos moderados, dois: REGN-COV e sotrovimab.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu aos governos que façam o que for necessário para que as patentes não sejam um obstáculo ao acesso ao tratamento.

De acordo com a OMS, o baricitinibe é um medicamento inibidor da enzima Janus quinase. Serve especialmente para reduzir a inflamação e é usado para tratar a artrite reumatoide.

A pesquisa, que incluiu mais de 4 mil pessoas, descobriu que esse medicamento em combinação com corticosteroides (uma variedade de hormônios usados ??no tratamento da artrite) pode ajudar o paciente a evitar ser colocado em ventilação mecânica nos casos mais graves de coronavírus.

A MSF destacou que em muitos países o baricitinibe está sob patente da empresa norte-americana Eli Lilly, que o vende por um preço próximo a US$ 2 mil (R$ 11 mil), e que isso pode impedir o tratamento de pacientes em países com menos recursos.

“Em países como Bangladesh ou Índia, uma versão genérica desse medicamento pode ser obtida por menos de US$ 6 (R$ 3,3 mil), mas em muitos países o baricitinibe genérico não está disponível porque está sob o monopólio de patente da Eli Lilly, empresa que solicitou e obteve patentes em muitos lugares, incluindo países duramente atingidos pela pandemia, como Brasil, África do Sul, Indonésia e Rússia”, acrescentou a organização.

O laboratório Eli Lilly, em e-mail enviado à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC), afirmou: “as novas diretrizes são uma notícia positiva para profissionais de saúde e pacientes, pois oferecem clareza adicional sobre o potencial uso de baricitinibe em pacientes hospitalizados com covid-19, segundo dados do estudo”.

“A Lilly está trabalhando com hospitais, profissionais de saúde e governos para facilitar o acesso dos pacientes ao baricitinibe e continua a explorar o uso potencial do medicamento no covid-19 com as agências reguladoras.”

“A Lilly está trabalhando ativamente com parceiros internacionais para entender as regiões com necessidades não atendidas, pois o fornecimento de tratamentos contra covid-19 para países de renda baixa/média baixa depende da capacidade de cada país de aceitar e aprovar medicamentos para uso de emergência pelos consumidores”, diz o comunicado da empresa.

Mas a OMS também observou em sua recomendação que o baricitinibe “tem efeitos semelhantes a outros medicamentos para artrite chamados inibidores da interleucina-6`, portanto, quando ambos estão disponíveis, sugere-se a escolha de um com base no custo. disponibilidade e preferência do médico”.

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E a agência acrescenta que o uso dos dois medicamentos ao mesmo tempo não é recomendado.

Sotrovimab

O sotrovimab é um medicamento que começou a ser usado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), entre outros, como teste no tratamento de pacientes moderadamente afetados pela covid.

De acordo com especialistas, o sotrovimab é um anticorpo monoclonal que é administrado como transfusão para receptores de transplantes, pacientes com câncer e outros grupos de alto risco.

E de acordo com pesquisas feitas pela OMS e pelo NHS, se administrado rapidamente após o desenvolvimento dos sintomas, o sotrovimab pode ajudar a evitar que as pessoas fiquem gravemente doentes.

“Esses novos medicamentos têm um papel importante a desempenhar”, disse Steven Powis, diretor médico nacional do NHS da Inglaterra, à BBC.

De acordo com Powis, a administração deste medicamento é focada em pacientes que apresentam condições de saúde subjacentes, como diabetes ou problemas respiratórios, e que podem ser gravemente afetados pelo vírus.

Além disso, as evidências sugerem que a droga deve funcionar contra a variante Ômicron.

Fonte: BBC Brasil 

 

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CVS une-se ao Uber para transporte de pacientes

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CVS une-se ao Uber para transporte de pacientes

Iniciativa simples e exemplar que reforça o compromisso social do varejo farmacêutico. A CVS Health iniciou uma parceria com a Uber Health, braço dedicado à saúde do Uber, para oferecer transporte gratuito a pessoas necessitadas.

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A parceria é parte do programa Health Zones, iniciativa da varejista que tem concentrado investimentos para reduzir a desigualdade no acesso a serviços de saúde em comunidades em situação de vulnerabilidade social.

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O projeto está ancorado em seis pilares: moradia, educação, alimentação, trabalho, transporte e acesso à saúde. Atualmente, as Health Zones já estão ativas em seis cidades (Atlanta, Columbus, Fresno, Hartford e Phoenix) e há planos de expansão em 2022.

Por meio dessa parceria, a CVS almeja diminuir barreiras que dificultam o acesso a cuidado médico, emprego e educação comuns para esses públicos. Inicialmente, essas viagens estarão disponíveis em três das cinco cidades atendidas, mas o objetivo é ampliar o serviço ainda neste ano.

“Com a plataforma da Uber Health, vamos oferecer um benefício às pessoas em comunidades que mais precisam, concedendo-lhes acesso a serviços de saúde, para que vivam vidas mais saudáveis, e para trabalhos e programas educacionais”, comenta Eileen Boone, vice-presidente de responsabilidade social corporativa e filantropia e chefe do gabinete de sustentabilidade da CVS Health.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Grupo DPSP vai virar ecossistema digital de saúde

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Grupo DPSP vai virar ecossistema digital de saúde

Com o objetivo de unir médicos, laboratórios, hospitais, planos de saúde e clientes em um único ambiente digital, o Grupo DPSP lança nesta semana o Viva Saúde, seu ecossistema virtual de saúde. As informações são da IstoÉ Dinheiro.

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As metas para os primeiros cinco anos da plataforma do DPSP são ousadas: reunir 150 mil médicos (30% dos profissionais do Brasil) e atender 10 milhões de pacientes.

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Com modelo semelhante ao utilizado no open banking, a plataforma engloba serviços como teleconsultas, agendamento de exames, comparação de preços, criação de prontuário eletrônico e também o fornecimento de informações de acordo com o perfil do usuário.

O CEO do grupo, Jonas Laurindvicius, vê o “super app” como uma importante ferramenta para desafogar o sistema de saúde tradicional. “É um modelo inédito de negócio no país, com imenso potencial de democratizar o acesso à saúde e desafogar hospitais, laboratórios e consultórios médicos”, comenta.

Nova estratégia afetará PDVs do Grupo DPSP

As mudanças movidas pelo Viva Saúde chegarão também aos PDVs. Em breve, todas as 1.393 unidades da rede terão sua parcela “virtual”, no que está sendo chamado de “conceito figital”. Um dos exemplos são os produtos comprados pela internet, que poderão ser retirados na loja.

Também pelo aplicativo, o cliente da loja física terá a possibilidade de acessar todo o estoque dos centros de distribuição do grupo. Com aquisições de empresas de tecnologia, a companhia almeja garantir 70% das entregas em até quatro horas.

Outra mudança que acontecerá diretamente na loja é a ampliação das salas de atendimento farmacêutico, que serão equipadas para oferecer consultas remotas e a aplicação de vacinas. Esse sistema começou a ser implementado em 2020, com 180 unidades. Em 2021, o número foi ampliado, chegando a 263 salas.

“Oferecer serviços num formato de omnicanalidade, e não apenas vender remédio, é nossa fórmula para incentivar a fidelidade dos clientes às nossas marcas e aumentar a rentabilidade. Queremos sair da guerra de descontos no balcão”, disse Laurindvicius.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Aché revê produção para atender demanda por antigripais

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Aché revê produção para atender demanda por antigripais

Com o aumento da demanda por medicamentos antigripais, o Aché reorganizou sua cadeia de produção. Os pedidos registrados até quarta-feira, dia 19, foram 270% maiores do que o esperado. As informações são da Folha de S.Paulo.

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Segundo o diretor-executivo de operações do laboratório, Márcio Freitas, a produção será ampliada de 4,2 milhões para 5,7 milhões de unidades no mês. Para isso, o Aché também promoveu mudanças relativas a seus colaboradores.

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A farmacêutica realocou alguns funcionários que atuavam em outras linhas de produção, ampliou os turnos para três e também manterá a fábrica ativa durante os fins de semana.

Freitas também afirma que, além da contratação de 20 funcionários temporários, as férias coletivas foram encurtadas de 20 para dez dias. A compra de matéria-prima e embalagens também foi antecipada.

Demanda deve seguir alta

Para Freitas, a demanda deve seguir acima da média durante todo o primeiro trimestre. O executivo também garantiu que a farmacêutica tem capacidade para ampliar a produção ainda mais.

Alta procura em números

O carro-chefe para gripes e resfriados do Aché é o Decongex. Mesmo dobrando a produção prevista para janeiro para 2,1 milhões de unidades, o laboratório recebeu 3,2 milhões de encomendas, uma procura 487% maior do que o previsto.

A venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) também registrou alta. Nos 11 primeiros dias de 2022, 725 mil unidades foram comercializadas, um crescimento, em relação com o mesmo período de 2021, de 260%.

Outro produto a apresentar um salto foi o Sorine. Com 177 mil unidades solicitadas no ano passado, no mesmo período deste ano foram 510 mil unidades pedidas.

Não é a primeira vez que o Aché faz algo do tipo

Durante o pico de internações por Covid-19, o Aché já havia tomado uma atitude semelhante, na época para atender a alta demanda por analgésicos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmacêutica Endo assina acordo de US$ 65 milhões com opióides com a Flórida

A farmacêutica Endo International plc (Endp.o) disse no dia 18 de janeiro (terça-feira) que concordou em pagar até US$ 65 milhões para resolver reivindicações do estado da Flórida e governos locais de que a farmacêutica ajudou a alimentar a epidemia de opioides nos Estados Unidos.

O acordo é o mais recente de uma série de acordos que Endo fez nos últimos meses para resolver casos semelhantes, incluindo um acordo de US$ 63 milhões com o Texas em dezembro.

O acordo da Flórida não incluiu a admissão de irregularidades, disse Endo, enquanto reiterava que seu objetivo era alcançar um acordo global de opióides.

Milhares de ações judiciais foram movidas para responsabilizar fabricantes de medicamentos, distribuidores de medicamentos e redes de farmácias por uma crise de abuso de drogas, que o governo dos EUA diz ter levado a centenas de milhares de mortes por overdose ao longo de duas décadas.

As ações da Endo subiram quase 4%, para US$ 3,40 nas negociações de pré-mercado.

Fonte: Portal Fator Brasil

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Dono de farmácias em Paris é preso por fraude de mais de R$ 100 milhões com testes de Covid

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A polícia francesa tem investigado uma série de fraudes relacionadas com a epidemia do coronavírus. O golpe mais recente revelado por fontes judiciais envolve um proprietário de farmácias em Paris.

Durante três meses no ano passado, o farmacêutico emitiu notas fiscais no valor de € 18 milhões, cerca de R$ 111 milhões, para serem pagos pela Caixa de Assistência Médica da Seguridade Social, referentes a 3 milhões de testes de antígeno que ele alegava ter fornecido para médicos e enfermeiros.

O homem de 46 anos foi preso depois de ser indiciado em 17 de dezembro de 2021 por fraude, lavagem de dinheiro em quadrilha organizada, produção de documentos falsificados e falsificação por um juiz de instrução do tribunal judicial de Paris. Mas o caso só foi revelado nesta quarta-feira (19). Essa fraude milionária vem se somar à longa lista de pessoas que a polícia francesa já desmascarou por venda de resultados falsos de testes anticovid e certificados de vacinação também fraudulentos.

O parisiense, dono de várias farmácias em dois bairros da capital, emitia as cobranças ao organismo financeiro do Estado utilizando pedidos fictícios. A soma de € 18 milhões foi faturada entre 14 de setembro e 9 de dezembro de 2021. Em buscas realizadas nas farmácias do profissional, os investigadores apreenderam € 800 mil em dinheiro.

A política generosa do governo francês em relação aos testes de diagnóstico despertou o apetite em malandros. Desde o início da pandemia, os testes realizados em farmácias, laboratórios, hospitais, consultórios médicos e por enfermeiros liberais são custeados pelo Estado. Apenas pessoas não vacinadas pagam atualmente para realizar esses exames. Os médicos e outros profissionais da saúde que contribuem para a política de prevenção e diagnóstico da Covid-19 recebem gratuitamente os testes do Estado e podem retirá-los nas farmácias.

Durante várias semanas, a Caixa de Assistência Médica da Seguridade Social (CPAM) não percebeu a fraude. Mas, diante do volume de títulos de cobrança emitidos, uma investigação preliminar foi aberta em dezembro pelo Ministério Público de Paris. O farmacêutico produziu pedidos falsos para nada menos que 3.129.158 testes de antígeno, apurou a investigação.

Diante dessa fraude milionária contra os cofres públicos, as autoridades francesas continuam investigando outras farmácias que podem estar envolvidas em esquemas semelhantes.

Fonte: Portal Agência RFI

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Farmacêutico gestor assume novo papel no varejo

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As farmácias há alguns anos deixaram de ser meras vendedoras de caixinhas de remédio para se tornarem a porta de entrada para a saúde no país. Como verdadeiros hubs de atenção primária, as lojas passaram a oferecer serviços farmacêuticos desde acompanhamento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão a aplicação de vacinas e, agora com a pandemia, testes rápidos de Covid-19.

E para gerenciar todo esse processo, a figura do farmacêutico gestor é mais do que fundamental. Trata-se de um profissional que consegue conciliar os conhecimentos técnico, clínico, com perfil de gestão e empreendedorismo. É o caso de Albery Dias, diretor de serviços farmacêuticos das Farmácias Pague Menos. “Ingressei na rede como estagiário em 2004 no SAC Farma e desde então assumi diversos postos na empresa, como gerente farmacêutico, gerente regional e gerente de operações”, afirma.

Albery Dias
Albery Dias, diretor de serviços farmacêuticos das Farmácias Pague Menos

 

Nesse meio tempo, Dias fez um curso de gestão de negócios e gestão estratégica de finanças e iniciou um curso de direito. “A gente nunca deve se acomodar. Falo sempre para minha equipe que hoje a principal virtude de qualquer profissional é a curiosidade de querer aprender mais e fazer sempre melhor. A disciplina é a chave para colocar todo o conhecimento em prática”, ressalta.

Em 2020 foi promovido a diretor de serviços farmacêuticos, uma posição que não existia, uma semana antes da pandemia de Convid-19 chegar ao Brasil. “Foi um período em que tivemos que montar uma operação de guerra para estruturar os serviços, treinar mais de 3 mil farmacêuticos para a realização de testes de Covid pela punção capilar e posteriormente pela extração pelo método de swab nasal, na qual fomos a primeira rede a realizar esse tipo de teste no país.

Nessa nova função Dias ficou responsável pelos consultórios farmacêuticos, medicamentos especiais, pelos seis laboratórios de manipulação e gerência de assistência farmacêutica.  “O grande segredo para quem passa de operação para o back office é nunca perder a sensibilidade em relação ao cliente, sempre colocá-lo no centro das decisões”, finaliza.

Capacitação é fundamental

Para Roberto Canquerini, gerente de serviços de saúde das Farmácias São João e professor do programa de pós-graduação da PUC, o farmacêutico que quer se destacar na profissão deve buscar atualização constante. “Sempre falo para meus colegas e alunos do conceito de life long learning, ou seja, nunca pare de estudar e busque sempre se reinventar todos os dias. Só assim conseguimos entender as transformações que ocorrem ao longo do tempo e, com isso, ofertar soluções para o mercado e fazer diferença na qualidade e de vida dos nossos clientes/ pacientes”, afirma.

Roberto Canquerini
Roberto Canquerini, gerente de serviços de saúde das Farmácias São João

 

Formado há 20 anos, Canquerini trabalha na São João desde 2019 e gerencia a área de serviços de saúde dos 650 consultórios farmacêuticos e 110 salas de vacinação da rede, que conta com 920 pontos de venda. Desse total, 150 filiais têm pelo menos dois consultórios na loja. A rede possui 2.600 farmacêuticos. “Temos em nossa equipe um médico de saúde da família e estamos sempre pesquisando novos serviços para serem implementados. A previsão é abrir mais 100 salas em 2022”, acrescenta.

O grande desafio para ele neste momento são os testes de covid-19. “Já realizamos mais de 2 milhões de testes na rede desde o início da pandemia. “No início deste ano, na semana de 9 a 15 de janeiro, realizamos 35 mil testes por dia, com uma média de 40% de casos positivos no Rio Grande do Sul e 45% nos estados do Paraná e Santa Catarina. Nossa equipe de farmacêuticos não para. A pandemia trouxe visibilidade para o farmacêutico, que se tornou  um ator fundamental no processo de cuidado dentro da farmácia”, finaliza.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/ranking-do-varejo-farmaceutico/

Positividade de testes da Covid supera 40% em farmácias

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A mais nova pesquisa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e da plataforma Clinicarx indicam que a Covid-19 não dá trégua. O percentual de testes positivos chegou a 41,8%, na semana de 10 a 16 de janeiro – muito acima dos 33,42% registrados no intervalo entre os dias 3 e 9 deste mês.

Dos 558.647 pacientes atendidos no período em 4.646 farmácias, 233.537 receberam o diagnóstico do coronavírus e suas variantes, contra 162.394 da semana anterior. Esse contingente acumulado em apenas 15 dias é quase o triplo dos 144.720 resultados positivos registrados em todo o mês de dezembro. Em novembro, foram 50.243 confirmações de casos.

“Em 10 de janeiro, primeiro dia dessa última amostra, o índice de positivados foi de 34,1% e não parou de avançar desde então”, ressalta Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma. O gráfico abaixo, que ilustra os indicadores desde 1º de janeiro, endossa a declaração do executivo e já inclui um dado de 17 de janeiro, sinalizando que a tendência é que os números se mantenham em alta.

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Estados mais preocupantes

Na análise por unidades da Federação, todos os estados tiveram índices acima de 30%. Dez tiveram mais da metade dos pacientes infectados, concentrados nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. São eles Roraima (70%), Acre (66%), Ceará (63%), Mato Grosso (61%), Alagoas (59%), Rio Grande do Norte (59%), Maranhão (57%), Amapá (53%), Mato Grosso do Sul (53%) e Bahia (51%).

Diante da explosão da demanda, atípica para um início de ano, a Abrafarma recomenda que apenas pacientes com sintomas da Covid-19 procurem uma farmácia para a realização do teste rápido, mediante agendamento.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Brasil encerrou 2021 com número recorde de famílias endividadas

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nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 foi o maior em 11 anos. É o que aponta a pesquisa divulgada nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o levantamento, o último ano apresentou recorde do total de endividados, registrando uma média de 70,9% das famílias brasileiras, enquanto dezembro alcançou 76,3% do total de famílias – patamar máximo histórico já registrado pela CNC.

Ou seja, 7 em cada 10 famílias contraíram algum tipo de dívida com o sistema financeiro em 2021.

Em 2020, o nível médio de endividamento foi de 66,5%.

“Em 2021, observou-se aumento de 4,4 pontos percentuais no número médio de famílias com dívidas em pelo menos uma das principais modalidades – cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa, entre outras”, destacou a CNC.

Inadimplência tem leve recuo

Apesar do aumento do número de endividados no país, o percentual médio de famílias inadimplentes – com contas ou dívidas em atraso – diminuiu de 25,5% em 2020 para 25,2% em 2021.

“No último trimestre do ano, entretanto, o indicador de contas em atraso acirrou, indicando tendência de alta para o início de 2022”, destacou a CNC.

Em dezembro alcançou 26,2% ante 26,1% em novembro. O nível recorde no percentual do indicador ocorreu em agosto de 2020, quando alcançou 26,7%.

Já percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas e que, portanto, devem permanecer inadimplentes recuo de 11% em 2020 para 10,5% dos lares no país, na média do ano passado.

O comprometimento médio da renda com o pagamento mensal das dívidas teve apenas uma leve alta e alcançou a média de 30,2% no ano, contra 30% em 2020.

Cartão de crédito segue como principal dívida

Assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias, alcançando o patamar de 82,6% na média anual.

Em segundo lugar, focara, os carnês de lojas, apontado por 18,1% das famílias, e, em terceiro, o financiamento de carro, por 11,6%. Na sequência, aparece o financiamento de casa (9,1%) e o crédito pessoal (9%).

O aumento do endividamento, porém, foi impulsionado por fatores diferentes em cada tipo de faixa de renda.

“A inflação ao consumidor mais elevada provocou o maior endividamento entre as famílias de menor renda, pela necessidade de recomposição dos rendimentos. Entre as famílias consideradas mais ricas, a demanda represada, em especial pelo consumo de serviços, fez o endividamento aumentar ainda mais expressivamente, em especial no cartão de crédito”, destacou o relatório.

Expectativas para 2022

Apesar da piora do cenário macroeconômico e das condições financeiras mais acirradas (orçamento doméstico comprimido, inflação alta, fragilidade no mercado de trabalho sem ganhos reais nos rendimentos), a CNC destacou que uma “parcela menor de consumidores relatou estar muito endividada” e que também diminuiu a proporção de consumidores na faixa de menor renda com mais de 50% da renda comprometida com dívidas.

“O início de 2022 é marcado pelo alto endividamento, em que os consumidores seguirão enfrentando os desafios financeiros da segunda metade de 2021, principalmente inflação e juros elevados, assim como o mercado de trabalho formal ainda frágil. Soma-se a isso o vencimento de despesas típicas do primeiro trimestre, as quais apertarão ainda mais os orçamentos domésticos neste período”, avaliou a CNC.

Fonte: G1