Dólar opera em alta após dois dias de queda acentuada

0

dólar opera em alta nesta sexta-feira (21), após dois dias de queda acentuada, mas ainda estava em curso de registrar sua segunda semana consecutiva de perdas após alívio em temores políticos domésticos e arrefecimento dos rendimentos dos títulos norte-americanos.

Às 9h14, a moeda norte-americana subia 0,82%, vendida a R$ 5,4594. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 0,92%, a R$ 5,4150, menor valor para um fechamento desde 11 de novembro do ano passado (R$ 5,403). Com o resultado, passou a acumular queda de 2,87% na parcial do mês e do ano.

Cenário

Investidores continuaram atentos a preocupações domésticas, com destaque para reivindicações de servidores públicos, que participaram de manifestações em Brasília na terça-feira para exigir reajustes salariais.

No ano passado, a confiança dos investidores na saúde das contas públicas foi chacoalhada pela promulgação da PEC dos Precatórios, que alterou a regra do teto de gastos para permitir mais despesas do governo.

No exterior, a expectativa de que os juros dos Estados Unidos começariam a subir na próxima reunião do Federal Reserve perderam força, uma vez que o crescimento da variante ômicron do coronavírus trouxe preocupações de desaceleração da economia.

Fonte: G1

Emprego para farmacêuticos e assistentes cresce mais de 40%

farmáciasCrise de empregos? Não para o canal farma, que novamente vê um recorde na oferta de postos de trabalho. De acordo com a Infojobs, 21.209 vagas estão disponíveis atualmente nas farmácias e drogarias, 1.430 a mais na comparação com dezembro de 2021. Embora os técnicos continuem a ser majoritários (58%), a procura por farmacêuticos e assistentes/auxiliares foi a que mais cresceu no período (42%).

Os indicadores foram obtidos pelo Panorama Farmacêutico, que mantém uma parceria exclusiva com a plataforma. As funções de assistente/auxiliar lideraram o aumento no número de oportunidades, com acréscimo de 30%. Mais de 7 mil profissionais foram recrutados para essa área, o que representa 33% do total de empregos.

A demanda por farmacêuticos também avançou dois dígitos – 12%, com 1.241 vagas abertas. Atualmente, 12.326 oportunidades estão à disposição dos técnicos, enquanto chegam a 446 as vagas para gerentes e 173 para balconistas.

Título da vaga Vagas % Até
R$ 2 mil
Até
R$ 5 mil
Até
R$ 10 mil
Mais de
R$ 10 mil
A combinar
Assistente/auxiliar 7.023 33% 44% 17% 1% 1% 37%
Balconista 173 1% 23% 33% 1% 1% 42%
Farmacêutico 1.241 6% 16% 31% 9% 44%
Gerente de farmácia 446 2% 8% 35% 9% 48%
Técnico de farmácia 12.326 58% 17% 25% 4% 1% 53%
TOTAL 21.209 100% 26% 23% 4% 1% 46%

 

Ômicron gerando boom nas farmácias

A explosão dos testes rápidos no varejo farmacêutico, em função dos crescentes casos de influenza e da variante ômicron, ajuda a explicar esse resultado. Essa alta sinaliza também uma preocupação do setor com fatores como a estafa de seus funcionários e colaboradores, além do próprio risco de afastamento das atividades por conta da Covid-19. É uma tendência que já é realidade nas farmácias norte-americanas, a ponto de exigir que grandes redes como CVS Health e a Walgreens fechem as portas no fim de semana mesmo com incremento das equipes.

Nível salarial

Quando analisada a remuneração, uma boa notícia para os assistentes e auxiliares – 44% obtêm vencimentos entre R$ 1.001 e R$ 2 mil, contra 51% do mês de dezembro. Mais da metade dos técnicos (53%) têm salários a combinar, enquanto apenas 5% ultrapassam o patamar de R$ 5 mil. Já 9% dos farmacêuticos superam essa faixa salarial, curiosamente o mesmo percentual dos gerentes.

A seção de vagas do Panorama Farmacêutico apresenta mais detalhes sobre os processos seletivos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/equilibrio-vita-reforca-lancamentos/

FGV: persistência da crise até 2023 deve causar queda no PIB per capita

0

A persistência da crise econômica até o ano que vem pode fazer com que a renda média por habitante caia no primeiro ano do próximo governo, agravando a situação econômica das famílias. O alerta foi feito por Cláudio Considera, pesquisador da FGV/IBRE, à CNN nesta quarta-feira (19).

Veja também: Santander vê volatilidade para câmbio e inflação acima do teto da meta em 2022

“Para o ano que vem, o IBRE (Instituto Brasileiro de Economia, da FGV) prevê 0,7% [de crescimento]. Se isso acontecer, o produto per capita cai, que é o que tem de renda para todos em média”, explicou Considera.

Siga nosso Instagram

A FGV divulgou nesta quarta-feira o Monitor do PIB, uma espécie de prévia dos resultados divulgados pelo IBGE. Pelos cálculos da instituição, a economia brasileira cresceu 1,8% em novembro, em relação a outubro. O dado significa queda de 0,3% no trimestre terminado em novembro.

“Quando olha o acumulado no trimestre móvel, o resultado. A alta de 0,3% está um pouco acima do dado que o BC divulgou recentemente“, diz.

Para o ano de 2022, o especialista ressalta que a manutenção dos níveis de desemprego é um dos principais pontos de atenção, impactando diretamente na renda das famílias.

“Tem uma coisa terrível, que é o desemprego. Temos 14 milhões de desempregados, isso reflete na renda das famílias e faz com que haja menor perspectiva de crescimento, que está em torno de 4,6% [para este ano]”, disse o pesquisador.

Problema fiscal em 2022

O especialista vê 2022 como um ano “bastante difícil”, com a possibilidade de um agravamento da situação fiscal do país diante da possibilidade de um aumento generalizado para categorias do funcionalismo público.

Segundo Considera, a recuperação da economia em 2022 poderia contar com a iniciativa do governo se a situação fiscal fosse mais favorável, com espaço para investimentos públicos.

Ele destaca que, diante da possibilidade de o governo ceder às demandas dos funcionários públicos por aumento, o governo – se quisesse preservar o teto de gastos – teria que realocar recursos para isso, o que poderia afetar ainda mais os investimentos.

“O problema fiscal é muito sério. O governo poderia lançar mão de demandas para aumentar produção e emprego, mas, por causa da situação fiscal, fica difícil adotar essa política”, avaliou.

Previsão para o ano

A prévia do PIB divulgada pela FGV apontou uma reversão após quedas seguidas no resultado da economia no segundo semestre de 2021.

No entanto, segundo o pesquisador, o mês de dezembro deve apresentar uma nova desaceleração, principalmente pela frustração nos resultados do setor de serviços, que voltou a sofrer com restrições e redução do fluxo de pessoas diante do avanço nos casos de Covid-19.

“A Ômicron impactou principalmente os serviços em dezembro. Fez com que as pessoas se amedrontassem um pouco e deixassem de consumir serviços, e 73% da economia é produção de serviços como transporte e comércio”, explicou.

Fonte: CNN Brasil

A estreita ligação entre Araraquara e os farmacêuticos

0

A relação de Araraquara com os farmacêuticos é estreita e vem de longa data, bem antes da fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 20 de janeiro de 1916, dia considerado para ser comemorado o Dia do Farmacêutico (por meio da Resolução nº 460 do Conselho Federal de Farmácia, de 23 de março de 2007).

Foi em Araraquara que, em 3 de agosto de 1905, o italiano Giovanni Baptista Raia, aos 26 anos, inaugurou a Pharmacia Raia, hoje uma das maiores redes de farmácias do Brasil.

O imigrante João (nome abrasileirado) tinha 16 anos quando chegou ao Brasil, onde mais tarde se formou farmacêutico, mesma profissão de seu irmão Luiggi Raia.

O diferencial da Raia era exatamente a figura do farmacêutico, mais precisamente a humanização no atendimento. Na época, as farmácias tinham papel social abrangente, muitas vezes substituindo a assistência médica básica.

Assim, Raia aprofundou o modelo de relacionamento focado na figura do farmacêutico, que preparava artesanalmente a medicação prescrita pelo médico.

As marcas de Raia eram sua habilidade de relacionamento com os clientes e honestidade no ofício de farmacêutico. Para ele, a necessidade das pessoas estava acima de qualquer venda, conceito que garantiu fidelidade ao seu estabelecimento.

No quesito do atendimento especial, vale destacar a figura de Herculano de Oliveira, funcionário que herdou de João Baptista excelência no trato com as pessoas que procuravam a farmácia.

ESCOLA DE PHARMACIA E LAÇOS AFETIVOS

A identificação da cidade com a figura do farmacêutico é profunda. Tanto que há 99 anos, em 2 de fevereiro de 1923, foi fundada a Escola de Pharmacia e Odontologia de Araraquara, hoje referência em todo o país. Lá se formaram ao longo dos anos inúmeros farmacêuticos que atuam e atuaram em toda a nossa região.

Um dos que se formaram em Farmácia pela Unesp Araraquara foi José Carlos Porsani, eleito para sete mandatos como vereador da cidade, além de atuar na gestão da secretaria de Assistência por três vezes. Atualmente é secretário municipal do Meio Ambiente.

Porsani conta que ainda menino procurou emprego em uma farmácia. E conseguiu. Trabalhou no final da década de 50 e boa parte dos anos 60 com Cristovão Colombo na Farmácia São Jorge (que funcionava na Avenida Cristovão Colombo com a Rua Zero) durante mais de uma década.

Cristovão era irmão de Clóvis Colombo. Os dois ficaram conhecidos na Farmácia Colombo (que funcionava na Rua Nove de Julho com a Avenida São Geraldo). ‘Depois de um tempo, Cristovão resolveu abrir a Farmácia São Jorge. Foi lá que, ainda menino, comecei a trabalhar’, recorda Porsani.

Até que, em 1969, Porsani decide abrir uma Farmácia, a Drogalar, em parceria com um amigo (que funcionava na esquina da Avenida Francisco Salles Colturato, a 36, com a Rua Tupi). ‘Era Olavo Lima & Porsani’.

Já muito conhecido na cidade, sobretudo no bairro Santa Angelina, onde ajudou a fundar a associação de amigos do bairro, Porsani se lança com sucesso na vida política, sendo eleito sucessivas vezes para vereador.

REPRESENTANTES DO POVO

Aliás, Araraquara também tem uma história de farmacêuticos na Câmara Municipal. Além do legado de Porsani, eleito sete vezes a partir dos anos 80, o farmacêutico Jéferson Yashuda, atualmente diretor regional de saúde (da DRS III), foi eleito duas vezes para vereador, exercendo mandatos de 2013 a 2016 e 2017 a 2019, sendo presidente da Câmara no biênio 2017/18.

A história de Yashuda está intimamente ligada à Farmácia. O seu pai, caçula de uma família de sete filhos, veio residir em Araraquara para cursar farmácia na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp. Após concluir o curso, aqui fixou residência e exerceu a docência em Farmacologia na Unesp por 30 anos.

A família, ligada à Associação Nipo-Brasileira de Araraquara, morava no bairro Santana, onde cresceram o menino Jéferson e seu irmão Evandro, ambos na área da farmácia. Jeferson é graduado em Farmácia-Bioquímica na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp – Campus Araraquara e Iniciou suas atividades profissionais no ramo farmacêutico e, no ano de 1996, inaugurou uma farmácia, a Bandeirantes, no bairro que sempre residiu, o Santana.

E assim várias trajetórias de farmacêuticos vão se misturando à história da cidade. Porsani, que escreveu e ainda escreve muitas dessas histórias, conta que faria tudo de novo se pudesse voltar no tempo. ‘É um dom! Ser farmacêutico é colocar o amor em primeiro lugar’, conclui.

Fonte: RCI Araraquara

 

Veja Também:https://panoramafarmaceutico.com.br/procura-por-farmaceuticos-e-assistentes-cresce-mais-de-40-nas-farmacias/

Digitalização e facilidade de pagamento no varejo podem ser caminhos sem volta

0

O início da pandemia foi de grandes desafios. As tendências que estavam previstas para 2021 se adiantaram e a digitalização do processo de venda no varejo, além das facilidades de pagamento, surgiram como caminho sem volta e garantiram crescimento para vários setores, como o farmacêutico, por exemplo, que cresceu mais de 120% durante o período de pandemia e aumentou o índice de contratações, segundo a Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias).

Veja também: Grupo que controla Drogaria São Paulo e Pacheco vai virar ecossistema digital de saúde

Para os empresários que se adiantaram e começaram a digitalização, é preciso dedicação no processo, já que a abertura de uma loja online se compara a começar uma nova loja do zero. ‘É preciso ter paciência e persistência para entrar em um fluxo de melhoria contínua e testes. E quem não iniciou a digitalização ainda, mesmo com a necessidade de isolamento social, corre grandes riscos de ficar para trás. Então é preciso oferecer canais de comunicação e compra online para os clientes, investir em tráfego orgânico e pago’, sugere o diretor de marketing da startup MyPharma, Carlos Henrique Soccol. A startup disponibiliza ferramentas para o ramo farmacêutico vender online de forma mais fácil e segura e conta com diversos parceiros pelo país, facilitando e impulsionando as vendas online do ramo farmacêutico.

Siga nosso Instagram

Além das ferramentas de venda online, as facilidades na hora de pagar também ganharam força, seja por meio de links, QR Code, Cashback e Pix, que são formas de pagamento com bastante aderência nas farmácias. ‘Algumas delas não são tecnologias novas, mas ganharam força com a pandemia. Quanto mais meios de pagamentos forem oferecidos, maior tende a ser a taxa de conversão. É interessante pensar fora da caixa e, para pedidos de alto valor, pensar em oferecer opções como boleto bancário’, avalia Carlos.

Antes da pandemia, muitos comerciantes do ramo farmacêutico não apostavam em tecnologia, por acreditar ser uma iniciativa apenas de grandes redes. Mas se não fosse a digitalização, muitos empresários de pequeno e médio porte teriam ficado para trás neste período. ‘Se as grandes redes possuem capilaridade em volume de lojas e no digital, e para o pequeno e médio empresário essa abertura de várias lojas é inviável pelo alto giro de capital e investimento, a abertura de novos canais digitais se torna a solução para atrair mais clientes e gerar relacionamento’, afirma Carlos.

Fonte: Portal InvesteNE

Hypera deveria valer o dobro usando o múltiplo de Unilever-GSK

A Hypera Pharma deveria estar valendo o dobro do que vale hoje na Bolsa na avaliação dos analistas do Bank of America. Eles recalcularam o valuation da empresa a partir dos múltiplos embutidos na oferta que a Unilever fez recentemente pelo negócio de consumer health da GlaxoSmithKline.

Veja também: Farmacêutica Endo assina acordo de US$ 65 milhões com opióides com a Flórida

A Unilever ofereceu ? 50 bilhões à GSK, um múltiplo de 5x receita e 18x EBITDA (ambos estimados para 2023). A gigante farmacêutica recusou a proposta dizendo que ela ‘subavaliava’ o negócio, e que pretende fazer um spinoff da unidade buscando múltiplos mais altos. A Unilever disse que não vai aumentar a oferta.

Siga nosso Instagram

Os analistas Bob Ford, Melissa Byun e Guilherme Vilela escreveram que a Hypera tem um perfil de crescimento e rentabilidade superior ao da GSK – e portanto deveria ter um valuation semelhante.

No relatório, eles fazem um exercício para avaliar a Hypera nos mesmo múltiplos da oferta lançada pela Unilever. Na conta, eles reclassificam cerca de 10 pontos percentuais das receitas da Hypera que hoje estão ligadas a produtos OTX em produtos OTC.

(Os dois tipos de medicamentos são vendidos sem receita, mas a demanda pelos OTX costuma ser estimulada pelos médicos; por exemplo, os dermocosméticos ou o Rinosoro, indicado por pediatras. Os múltiplos do negócio OTC são muito maiores por serem produtos sem risco de patente, que dependem de inovação incremental e têm risco baixo.)

No exercício, os analistas do BofA adotaram o múltiplo de 18x Ebitda da proposta da Unilever para a receita reclassificada em OTC da Hypera e avaliaram o restante do negócio a um múltiplo de mercado, de cerca de 11x EBITDA.

Por esse exercício, a Hypera vale R$ 36,5 bilhões, cerca de 2x o market cap atual.

O Bofa manteve a recomendação de compra para Hypera com preço-alvo de R$ 51, um upside de 76%.

Fonte: Brazil Journal

Dezenas de empresas farão versão barata de pílula da MSD contra Covid-19 para países mais pobres

0

Quase 30 fabricantes de medicamentos na Ásia, África e Oriente Médio vão fabricar versões mais baratas da pílula contra a Covid-19 da MSD, após um acordo histórico apoiado pela ONU para oferecer aos países mais pobres acesso mais amplo a um remédio visto como uma arma para combater a pandemia.

O sinal verde da MSD para a produção de sua pílula antiviral molnupiravir por outras empresas durante a pandemia é um raro exemplo dentro setor farmacêutico, que normalmente protege tratamentos patenteados por períodos mais longos.

Entretanto, há questões sobre o molnupiravir, que mostrou baixa eficiência em estudos e levantou preocupações sobre efeitos colaterais, e processos longos para aprovação podem atrasar o fornecimento do medicamento por meses em países mais pobres.

Com o acordo, negociado pelo Grupo de Patentes de Remédios (MPP) apoiado pela ONU com a MSD, a empresa norte-americana não irá receber royalties pela venda da versão de baixo custo da pílula enquanto a pandemia continuar.

O MPP disse que o acordo estipula que a pílula será distribuída para 105 países em desenvolvimento.

O tratamento de molnupiravir com 40 pílulas em cinco dias deve custar cerca de 20 dólares em países mais pobres

Fonte: Reuters Brasil

 

Veja Também:https://panoramafarmaceutico.com.br/procura-por-farmaceuticos-e-assistentes-cresce-mais-de-40-nas-farmacias/

Anvisa forma maioria para liberar CoronaVac a partir de 6 anos

0

A diretoria da Anvisa formou maioria para liberar o uso da CoronaVac a partir de 6 anos para crianças e adolescentes não imunocomprometidos. A agência vota sobre o tema na manhã desta 5ª feira (20.jan.2022).

A CoronaVac é a 2ª vacina contra a covid-19 autorizada para menores de idade no Brasil. A 1ª foi a Pfizer. A expectativa é que o novo imunizante acelere a vacinação de crianças, que começou na semana passada.

O Instituto Butantan solicitou o uso do produto a partir dos 3 anos. A relatora do pedido, diretora Meiruze Freitas, recomendou a aprovação a partir dos 6 anos. Foi acompanha pelos diretores Alex Machado Campos e Rômison Rodrigues Mota. Eis a íntegra (537 KB) do voto de Meiruze.

‘Os benefícios conhecidos e potenciais da vacina superam os riscos conhecidos e potenciais’, afirmou Meiruze. Ela disse estar convicta que a CoronaVac atende aos critérios necessários de qualidade, segurança e eficácia para uso emergencial.

A maioria também foi a favor de determinar que o Butantan apresente dados complementares de imunogenicidade e de acompanhamento da população adulta e pediátrica vacinada.

Em agosto de 2021, a Anvisa rejeitou o 1º pedido de uso em menores de idade por considerar os dados clínicos insuficientes. Em dezembro, o instituto pediu novamente a liberação.

A CoronaVac é uma vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac. É produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

Parecer das áreas técnicas

As áreas técnicas da Anvisa defenderam o uso da CoronaVac a partir de 6 anos para crianças e adolescentes não imunocomprometidos.

O parecer técnico foi apresentado pelas Gerência Geral de Medicamentos e Gerência de Farmacovigilância. Eis as íntegras das apresentações: aqui (3 MB) e aqui (3 MB), na sequência.

Ambas as gerências recomendam que a CoronaVac não seja aplicada em menores de idade imunocomprometidos. Essas pessoas possuem mecanismos de defesa contra infecções comprometidos. Por isso, precisam de um cuidado extra.

CoronaVac deve alavancar vacinação de crianças

Antes, a vacina da Pfizer era a única liberada para menores de idade. Pode ser aplicada a partir de 5 anos -independentemente da criança ou adolescente ser imunocomprometida. Mas a imunização das crianças abaixo de 12 anos dependia da chegada de doses pediátricas da farmacêutica vindas do exterior. Já a CoronaVac, tem estoques no Brasil, que devem ser usados para acelerar o processo.

O governo federal afirma ter 5,5 milhões de vacinas da CoronaVac. Estados e municípios também têm reserva e querem usá-las nas crianças.

O Ministério da Saúde pretende usar a vacina nos menores de 12 anos. O Poder360 apurou que, caso seja necessário, a pasta irá comprar mais doses da CoronaVac. Isso dependerá de quantas doses estão em estoque e dos acordos com a Pfizer. O órgão já pediu informações aos governos estaduais sobre as reservas do imunizante.

O Brasil precisa de 45 milhões de doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos com duas doses -considerando 10% de reserva técnica. O governo comprou 30 milhões da Pfizer. Precisa de mais 15 milhões -que poderiam ser as doses em estoques da CoronaVac ou de novos acordos com os fornecedores.

A vacina para crianças da CoronaVac é a mesma usada em adultos. Já a Pfizer tem 2 imunizantes diferentes: uma para crianças de 5 a 11 anos e outra para pessoas a partir de 12 anos. Isso dificulta a imunização com a Pfizer, porque depende da chegada de doses vindas do exterior. O Brasil deve receber 4,3 milhões de unidades em janeiro. Até março, o total será de 30 milhões.

O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses disponíveis para compra. A entidade tem mantido diálogo com o ministério e governadores, mas não recebeu pedidos. Os chefes estaduais não querem empenhar recursos próprios. Esperam decisão do Ministério da Saúde.

São Paulo deve vacinar nesta 5ª

O governador João Doria (PSDB) diz que a vacinação com a CoronaVac começará em São Paulo 15 minutos depois de a Anvisa aprovar. O Estado já distribuiu seringas infantis e agulhas por toda a rede pública de saúde.

A projeção interna é que até o meio de fevereiro todas as crianças já tenham sido vacinadas com a 1ª dose.

Fonte: Poder 360


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/equilibrio-vita-reforca-lancamentos/

 

Santander vê volatilidade para câmbio e inflação acima do teto da meta em 2022

0

O Santander Brasil prevê volatilidade da taxa de câmbio ao longo deste ano, com desvalorização do real dado o cenário de incerteza em torno da questão fiscal, e ainda inflação bem acima do teto da meta.

De acordo com primeira publicação do Santander com projeções macroeconômicas para o Brasil em 2022, o real deve sofrer com incertezas elevadas relacionadas à trajetória de longo prazo da dívida pública e às decisões de política econômica para tratar do problema fiscal.

O banco projeta a moeda norte-americana a 5,70 reais ao fim de 2022, e a 5,20 reais em dezembro de 2023. Nesta quinta-feira, o dólar era negociado em torno de 5,42 reais.

A perspectiva tem como base ‘sinais positivos no quarto trimestre de 2022 sobre um provável retorno de negociações para reformas macroeconômicas no ano seguinte’, diz a nota da equipe comandada pela economista-chefe Ana Paula Vescovi.

Em relação à inflação, houve revisão para cima na projeção para a alta do IPCA deste ano, passando a 6,0%, de 5,8% antes.

O resultado supera o teto da meta perseguida pelo Banco Central para este ano, que é de 3,50%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A correção para cima deve-se a surpresas em leituras recentes e a mudanças em hipóteses específicas para reajustes de preços administrados, particularmente licenciamento de automóveis.

Para 2023, a conta permaneceu em uma alta de 3,5% para o IPCA, contra objetivo central de 3,25%.

‘Continuamos a enxergar um processo desinflacionário lento e arriscado, em meio a dificuldades no processo de reancoragem (e resultantes riscos de uma maior inércia). Antecipamos uma composição mais desfavorável para a inflação este ano, com itens mais ligados aos núcleos de inflação ainda acelerando, e itens mais voláteis perdendo força’, disse a nota.

Para a economia, o Santander passou a ver crescimento ligeiramente mais fraco em 2021, de 4,6%, contra alta de 4,7% prevista antes. O IBGE divulgará em 4 de março os dados do PIB do quarto trimestre e de 2021 como um todo.

Para 2022 permanece a expectativa de expansão de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), apesar de o resultado do primeiro trimestre ter sido elevado em 0,3 ponto percentual, a 0,7%, como reflexo da melhora nas expectativas para as principais safras em 2022 e os maiores níveis de mobilidade urbana. Mas há riscos a serem monitorados.

‘Estamos monitorando os efeitos da seca na região Sul do Brasil assim como a onda de contágio da variante Ômicron, que configuram riscos baixistas relevantes para nossas projeções’, alertou a nota.

Com o Banco Central buscando ancorar as expectativas de inflação e para isso apertando a política monetária, a previsão é de uma taxa básica de juros terminal de 12,25% ao ano.

A Selic está atualmente em 9,25%, e o Santander projeta altas de 1,50 ponto percentual em fevereiro e março, com espaço para iniciar o processo de redução em direção ao nível neutro de 7% apenas em 2023, e isso se as incertezas de política econômica diminuírem.

Fonte: Isto É Online

Veja Também:https://panoramafarmaceutico.com.br/procura-por-farmaceuticos-e-assistentes-cresce-mais-de-40-nas-farmacias/

Grupo que controla Drogaria São Paulo e Pacheco vai virar ecossistema digital de saúde

0

Desde julho do ano passado, quando assumiu a presidência do Grupo DPSP (formado pelas redes de drogarias Pacheco e São Paulo), o executivo Jonas Laurindvicius é um dos poucos entre os 26 mil funcionários da empresa que não aderiram ao home office nenhum dia sequer. Não que o CEO seja workaholic, negacionista da pandemia ou ativista antivacina. A assiduidade ao escritório-sede da companhia, na Vila Leopoldina, na capital paulista, se explica pelo tamanho e complexidade da missão sob sua responsabilidade: lançar um marketplace de saúde com investimentos de mais de meio bilhão de reais. Chamado de Viva Saúde, a plataforma digital nasce nesta semana com a proposta de unir em um único ambiente digital médicos, laboratórios, hospitais, planos de saúde e clientes, principalmente os 75% dos brasileiros que não possuem convênios privados. A meta é plugar 150 mil médicos na plataforma em cinco anos – o que representa 30% dos 500 mil profissionais do País – e alcançar 10 milhões de clientes.

Inspirado em um modelo semelhante ao do open banking, a plataforma aberta permitirá, por exemplo, que qualquer pessoa – cliente ou não – faça teleconsultas, agende exames, compare preços de produtos de saúde, crie um prontuário eletrônico único e receba informações sobre assuntos de seu interesse. Por outro lado, as empresas poderão ter acesso (se autorizado pelos clientes) a todo histórico de exames, doenças, vacinas e produtos associados ao estilo de vida da pessoa. Com isso, espera-se que cada empresa que integre o ecossistema do superapp da DPSP ofereça itens e serviços mais customizados. ‘É um modelo inédito de negócio no País, com imenso potencial de democratizar o acesso à saúde e desafogar hospitais, laboratórios e consultórios médicos’, afirmou Laurindvicius à DINHEIRO.

A nova estratégia da companhia, que fechou 2021 com faturamento estimado em R$ 12 bilhões, alta de 13% sobre o ano anterior (o balanço consolidado será divulgado em março), praticamente redefine o modelo de negócio do grupo. Todas as 1.393 unidades da empresa (867 sob a bandeira Drogaria São Paulo e 526 com a marca Pacheco) se tornarão gradativamente lojas figitais. Quem comprar pela internet, pode retirar na loja. Quem estiver na loja, terá acesso a todo estoque dos centros de distribuição por meio do superapp, com sistema integrado de machine learning e Inteligência Artificial. O salto tecnológico ganhou impulso com a aquisição da startup Ti. Saúde, com sede no Porto Digital do Recife. O valor da aquisição não foi revelado. Com mais tecnologia embarcada em seu sistema, a empresa afirma que conseguirá aprimorar toda sua estrutura logística e conseguirá garantir 70% das entregas em até quatro horas.

Com receita de R$ 12 bilhões ano passado, o Grupo DPSP opera 1.393 unidades no País – 867 sob a marca Drogaria São Paulo e 526 com a bandeira Pacheco. (Crédito:Divulgação)

As drogarias também serão equipadas com salas de atendimento farmacêutico, com aparelhos que permitirão consultas remotas ou aplicação de vacinas. Esse formato, parecido com a de um consultório médico convencional, já vem sendo testado desde 2020, quando 180 unidades foram adaptadas para ter essas salas. No ano passado, esse total passou para 263 lojas. ‘Oferecer serviços num formato de omnicanalidade, e não apenas vender remédio, é nossa fórmula para incentivar a fidelidade dos clientes às nossas marcas e aumentar a rentabilidade’, disse Laurindvicius. ‘Queremos sair da guerra de descontos no balcão.’

A ofensiva da DPSP é uma forma de reduzir a distância entre a companhia e a líder do segmento, a Raia Drogasil (RD). A concorrente tem quase 2 mil lojas e fechou 2020 (último dado disponível) com receita de R$ 18,3 bilhões, alta de 15,6%. Assim como a DPSP, a companhia tem intensificado exponencialmente sua digitalização, principalmente depois da pandemia. ‘O processo de transformação de farmácias em centros de bem-estar, que vinha ocorrendo antes da pandemia, foi acelerado em um cenário de busca por mais saúde’, disse o consultor de varejo Marco Quintarelli, professor da FGV-RJ e diretor da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro). ‘O consumidor, de maneira geral, quer resolver todos os seus problemas num lugar só. A rede que oferecer a melhor experiência de serviço vai sair na frente da concorrência.’

MERCADO AQUECIDO O empenho das redes de farmácias e drogarias em melhorar a experiência do cliente não significa que as empresas começaram a morrer de amores pelos consumidores. A procura por medicamentos, vitaminas e testes de Covid desde o início da pandemia turbinou o faturamento das farmácias e acirrou a concorrência entre elas. Em 2020, o varejo farmacêutico registrou crescimento no faturamento de 15,6%, segundo dados divulgados pela multinacional de pesquisas IQVIA. Pelos números mais recentes, as vendas somaram R$ 139,3 bilhões no ano de 2020, contra R$ 120,5 bilhões no ano anterior, antes da pandemia.

ESTRATÉGIA FIGITAL Todas as lojas do grupo serão gradativamente integradas à operação on-line para melhorar a experiência de compra dos clientes. (Crédito:Divulgação)

O movimento maior nas lojas físicas ajudou a proliferar também as vendas pelo e-commerce. No ano passado, os canais digitais da DPSP aumentaram as vendas em 400% na comparação com 2020, e passaram a responder por 10% do faturamento do grupo. ‘Não existe mais concorrência entre a operação física e a digital. Dentro do conceito figital, um formato vai complementar o outro, e ambos serão retroalimentados por uma plataforma aberta, escalável e 100% na nuvem’, afirmou o CEO.

A boa performance da DPSP no varejo digital tem ficado muito acima da média do setor. No ano passado, por causa do aumento nos casos de Covid-19 e da explosão de novas infecções por influenza no Brasil, a receita do e-commerce nas vendas de remédios pela internet aumentou 86,9% em relação ao ano anterior, conforme levantamento da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento de mais de 85% do e-commerce brasileiro e pertencente ao T.group.

Na comparação entre 2020 e 2019, o crescimento do faturamento nas vendas on-line de remédios chegou a atingir 102%, comprovando a mudança nos hábitos de compra da população. Nesse mesmo período, as vendas gerais do segmento de saúde tiveram aumento de 60% em comparação a 2020. Entre os medicamentos, o destaque foi o Tamiflu, remédio indicado para tratamento de gripe, que atingiu um pico de vendas em dezembro de 2021, e em janeiro de 2022 já vendeu mais que todos os meses do ano passado.

SALAS DE ATENDIMENTO A companhia vai investir em serviços médicos, como teleconsultas e vacinação, com informações integradas ao sistema do SUS. (Crédito:Divulgação)

A revolução digital do varejo de medicamentos está apenas no começo. A Abrafarma, associação que representa o setor, projeta que 50% do faturamento das redes virá dos canais digitais dentro dos próximos cinco anos, sem prejuízo ao desempenho das lojas físicas. Como a tecnologia ainda não inventou vacina ou injeção virtual e não substituiu a experiência da interação presencial, o plano de unir o físico e o digital deverá ter, ao menos nas farmácias, uma vida longa.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

 

Veja Também:https://panoramafarmaceutico.com.br/procura-por-farmaceuticos-e-assistentes-cresce-mais-de-40-nas-farmacias/