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Pesquisa clínica gera efeito bilionário na economia brasileira, revela levantamento da Interfarma

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O Brasil ocupa a 20ª colocação no ranking mundial da pesquisa clínica, com apenas 2,4% de estudos publicados entre 2019/20. Segundo o levantamento divulgado pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), o país tem potencial para ser um dos líderes mundiais no setor e atrair investimentos que podem gerar efeitos na economia em torno de R$ 5 bilhões.

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Intitulado ‘A importância da Pesquisa Clínica para o Brasil’, o estudo realizado pela Interfarma em parceria com IQVIA, Aliança Pesquisa Clínica Brasil e ABRACRO mostra que, a pesquisa clínica desempenha um papel fundamental na atividade econômica e impacta diretamente a saúde e bem-estar da sociedade.

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De acordo com os dados, um ponto de destaque para o Brasil é o tamanho e a heterogeneidade da população, que o tornaria atrativo para investimentos em pesquisa clínica. No entanto, ainda há entraves legais e regulatórios que dificultam esses projetos no país.

Para a presidente-executiva da Interfarma, Elizabeth de Carvalhaes, uma importante vantagem brasileira que o levantamento revela é o custo inferior para a realização de estudos clínicos quando comparado a outros países considerados referência (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e outros).

‘Neste aspecto, temos posição de destaque em relação ao principal concorrente presente na América Latina, a Argentina, especialmente em oncologia (área terapêutica que mais se investe em pesquisa global), com um custo 45% menor. Possuímos recursos humanos capacitados e potencial de investimento. No entanto o sistema regulatório e legal deve ser aprimorado para se adequar aos imensos desafios do Brasil’, explica.

Avanços e resultados

Nos últimos dois séculos, a humanidade tem se beneficiado de importantes inovações na medicina e nos medicamentos. Tais avanços contribuíram para a melhoria do tratamento e do controle de doenças que, 100 anos atrás, resultavam em óbito ou significativa diminuição na qualidade de vida. As vacinas, por exemplo, possibilitaram a erradicação ou importante redução de enfermidades que matavam milhões de pessoas.

Além disso, novas vacinas para doenças como Zika, Dengue e Chikungunya, entre outras, estão em fase de pesquisa. O tratamento da AIDS evoluiu significativamente desde a década de 90 e, em muitos casos, é possível controlar a doença, como por exemplo no Brasil, onde medicamentos são disponibilizados gratuitamente para a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuem para a redução no coeficiente de óbitos no país.

No caso da quimioterapia, por exemplo, cientistas estão descobrindo tratamentos mais direcionados e efetivos, com menos efeitos colaterais, curando ou prolongando a vida de milhares de pacientes com câncer. E a COVID-19 enfatizou a importância da pesquisa clínica para trazer soluções para problemas sanitários da sociedade.

Entretanto, no período de 2011 a 2018, globalmente, uma média de 11.632 estudos clínicos foram iniciados por ano. No Brasil, houve uma queda de 328 para 245 no número de estudos iniciados.

Essa queda se deve a alguns entraves do sistema político e regulatório brasileiro. A aprovação de um pedido de pesquisa clínica precisa ter mais celeridade, equiparando-se aos padrões dos países desenvolvidos. O cenário pós-estudo, a partir do qual são reunidos dados que podem aperfeiçoar tratamentos e servir como base para novos estudos, também precisa de melhores regras e de um ambiente mais favorável.

Hoje, o País figura na 20ª colocação no ranking mundial de pesquisa clínica, com apenas 2,4% dos estudos. Isso representa uma queda de três posições em dez anos. Com o melhor aproveitamento de seu potencial, o Brasil poderia saltar para a 10ª colocação, atraindo um investimento estimado de R$ 2 bilhões, com efeitos na economia ainda maiores, em torno de R$ 5 bilhões.

Fonte: Farol da Bahia

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