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Segunda dose da vacina contra o sarampo só atinge meta em um estado

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Imigrantes venezuelanos são vacinados contra o sarampo em Roraima – Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA – A cobertura de vacinação contra o sarampo, aplicada primeiro aos 12 meses de vida, ficou abaixo do adequado em 21 estados no ano passado, o dado mais recente do Ministério da Saúde. No caso da dose de reforço, dada aos 15 meses, a situação é ainda pior. Apenas o Ceará alcançou a meta de 95%, considerada pelo governo o mínimo para erradicar a doença, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Todos os outros estados e o Distrito Federal estão longe da meta. Os piores índices estão no Pará (55,8%), Maranhão (55,62%) e Rio Grande do Norte (56,54%), apontam dados atualizados do Ministério da Saúde. Em todo o país, a média de vacinação contra sarampo em 2017 ficou em 84,97% na primeira dose e de 71,55% na segunda.

O ministério pretende fazer uma campanha nacional para mobilizar a população (adultos e crianças) a se vacinar contra sarampo e poliomielite. A previsão é que a iniciativa comece no dia 6 de agosto. Os últimos detalhes estão sendo fechado pela pasta, que deve fazer duas semanas de atividades.

No Brasil, a proteção contra o sarampo faz parte das vacinas Tríplice Viral e Tetra Viral, disponíveis conforme calendário de vacinação do Ministério da Saúde para crianças aos 12 e aos 15 meses. Quem tem hoje até 26 anos de idade tem grandes chances de estar imunizado com as duas doses da vacina, porque elas foram adotadas em 1992. Até então, as crianças recebiam uma dose única. Isso significa que quem tem agora mais de 26 anos provavelmente precisa tomar mais uma dose para atingir o máximo de 97% de imunização. Com apenas uma, alcança-se uma taxa boa de proteção, 93%, mas a garantia pode ser ainda maior com a segunda dose. Essa margem de 7% a 3% de falha é o que explica casos de pessoas vacinadas que pegaram sarampo, como suspeita a universitária carioca que teve resultado positivo preliminar. O caso dela ainda precisa ser confirmado pelo laboratório de referência da Fiocruz.

SAIBA MAIS: De dez vacinas para crianças de até um ano, nove estão com baixa cobertura no Brasil

Além disso, quem tomou vacina antes de 2003 foi imunizado aos 9 meses. Naquele ano, houve uma mudança nas idades em que cada dose era aplicada: a primeira passou a ser aplicada nas crianças aos 12 meses de vida, e a segunda, aos 15 meses. Isso porque estudos comprovaram que a eficácia da primeira dose não era tão grande aos 9 meses. Portanto, quem tem entre 15 e 26 anos hoje — ou seja, quem provavelmente tomou a primeira dose aos 9 meses — também pode estar mais vulnerável à doença. As pessoas que estão mais protegidas são as que têm até 15 anos de idade atualmente, porque é provável que elas tenham tomado a primeira dose aos 12 meses de vida.

Já quem tem mais de 50 anos não precisaria procurar os postos de saúde, segundo especialistas. Considera-se que a chance de alguém com essa idade já estar imunizado porque já contraiu a doença quando criança é extremamente alta.

Fonte: O Globo

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