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Usuário sofre com falta de colírio de alto custo

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Não é de hoje que moradores do Grande ABC sofrem com a escassez de medicamentos nas farmácias de alto custo especializadas. Dessa vez, dois colírios estão em falta na unidade do Hospital Mário Covas, em Santo André: o latanoprosta (xalatan) e o maleato de timolol, ambos são utilizados para tratamento de glaucoma do aposentado José Francisco dos Santos, 70 anos, morador da Vila Conceição, em Diadema.

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A filha de José, a servidora pública Maria de Fátima Campanella, 39, se preocupa com a situação, já que, em setembro, no primeiro mês que tentaram retirar os medicamentos, não conseguiram, e a situação já se estende para o segundo mês. Além dos dois colírios que estão em falta na unidade, o aposentado utiliza um terceiro medicamento, o brinzolamida, que possui em estoque na farmácia de Santo André.
“Antes, nós conseguíamos comprar, mas com a pandemia e as contas mais restritas, buscamos as farmácias de alto custo. Logo no primeiro mês não conseguimos”, detalha Maria de Fátima. De acordo a servidora pública, os três remédios custavam, em média, R$ 600 por mês.
Além da falta da medicação, a munícipe reclama do sistema da farmácia. “Vejo que, infelizmente, tem muitos idosos na fila reclamando da demora e, também, da falta de medicamentos. Graças a Deus eu consigo buscar para o meu pai, mas tem idosos que moram sozinhos e dependem deles mesmos”, lamenta Fátima. “Me deparei com uma realidade que eu não conhecia e fiquei muito decepcionada”, relembra.
A preocupação da filha é pelo medicamento xalatan, principal remédio do tratamento, que precisa ficar na geladeira para uso. A suspensão do uso pode fazer com que o aposentado corra o risco de perder a visão. Mesmo diante da urgência, funcionários da farmácia do Márcio Covas disseram a Maria de Fátima que, por enquanto, não há previsão para reposição no local.
A servidora destaca que já fez reclamações para a ouvidoria. “Antes eu estava indo até a farmácia (de alto custo) para saber sobre estes medicamentos, pois, se tiver, já trago para casa e refrigero, mas agora eu ligo, se tiver, eu vou até lá”, explica.
Questionado sobre a falta do colírio, a Secretaria de Saúde do Estado informou que a responsabilidade de aquisição e fornecimento dos medicamentos é do Ministério da Saúde. O Estado apenas redistribui para os municípios conforme os lotes chegam a São Paulo. “O envio dos medicamentos citados tem sido irregular pelo governo federal, impactando na distribuição e assistência aos pacientes das Farmácias de Medicamentos Especializados”, explica, em nota.
Com relação à situação do morador de Diadema, a pasta comentou que, para atendê-lo, “no terceiro trimestre de 2020 foram solicitadas pelo menos 63 mil unidades de latanoprosta e nenhum quantitativo ainda foi entregue. A secretaria tem mantido contato com o ministério para que o reabastecimento do estoque ocorra o mais breve possível”.
O Ministério da Saúde foi procurado pelo Diário, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Fonte: Diário do Grande ABC

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/14/redifar-lanca-linha-de-suplemento-exclusiva-para-distribuidores-e-pdvs-atendidos/

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