Um dos desafios atuais do mundo corporativo reside nas estratégias para atrair e reter profissionais da geração Z.
Nascido entre 1995 e 2009, o grupo representa atualmente cerca de 2 bilhões da população mundial e espera-se que corresponda a 27% da força de trabalho até 2025, de acordo com a consultoria McCrindle. E isso acarretará em mudanças na forma como os empregadores devem cultivar esses talentos.
Pesquisa da Fox Business, porém, revela uma percepção muito negativa por parte das empresas. Isso porque 58% dos gestores acreditam que pessoas dessa faixa etária não estão preparadas para o mercado de trabalho.
Segundo especialistas, o conflito ocorre principalmente porque os jovens têm prioridades radicalmente diferentes das gerações anteriores, que têm família para sustentar e financiamentos de casa para cumprir. A geração Z também deseja que seu trabalho se adapte ao seu estilo de vida, e não o contrário. Eles são menos propensos a buscar promoções porque não querem fazer horas extras.
Estudo da Intelligent.com, realizado em dezembro de 2023, mostrou que mais da metade dos recrutadores achava que a geração Z não estava preparada para atuar em sua empresa. A principal crítica durante as entrevistas de emprego foi que eles não conseguiram manter contato visual. Um em cada cinco entrevistados apontou que os candidatos compareceram com os pais durante o recrutamento.
Profissionais da geração Z não ambicionam liderança
Os profissionais da geração Z também impõem novos modelos de liderança. De acordo com a Visier, plataforma de análise de pessoal e planejamento de força de trabalho, 91% dos colaboradores que integram essa faixa etária não desejam se tornar gestores devido a expectativas de aumento de estresse ou simplesmente porque estão satisfeitos com suas funções atuais.
“Essa falta de interesse por uma posição de líder afeta os planos de sucessão e crescimento das organizações, que devem entender como se adaptar para motivá-los e mantê-los engajados”, ressalta o consultor Alexandre Weiler.
Dicas para as empresas lidarem com o novo perfil de profissionais
- Desenvolva uma cultura organizacional que promova a diversidade, inclusão e equilíbrio entre vida pessoal e profissional
- Ofereça autonomia aos jovens para desenvolverem suas funções e trazerem novas ideias para a empresa
- Fortaleça o apoio ao desenvolvimento de carreira, oferecendo oportunidades de aprendizagem e crescimento contínuo
- Cultive uma política de feedback construtivo que guie os jovens em seu desenvolvimento profissional
- Crie um ambiente de trabalho que alinhe as ambições pessoais dos novos talentos com os objetivos corporativos