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Dono da Vitamedic entra na lista de investigados da CPI da Covid

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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu o nome do empresário José Alves, dono da Vitamedic, empresa em Anápolis fabricante de ivermectina, na lista de investigados do relatório, nesta terça (26). O congressista citou o medicamento – em relação a utilização para tratar o novo coronavírus – de ‘tratamento medieval’.

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Em agosto, a CPI da Covid ouviu Jailton Batista, um representante que disse que a Vitamedic teve lucro expressivo na venda de Ivermectina com a pandemia. Ele também afirmou que a farmacêutica defendeu o tratamento precoce com o remédio sem eficácia comprovada, e que a mesma não promoveu estudos sobre a ivermectina.

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A previsão é que a votação do relatório da CPI ocorra ainda nesta terça-feira (26) – debate ocorre neste momento. A possibilidade de inclusão de novos nomes até o voto no parecer já era aguardada.

O Mais Goiás falou por telefone e enviou um e-mail às assessoria de imprensa da Vitamedic por volta das 14h15. O portal solicitou um posicionamento sobre a inclusão de José Alves no relatório da CPI, mas também questionou sobre os lucros da empresa com a venda de ivermectina e sobre a afirmação de Jailton, que a farmacêutica não fez nenhum estudo sobre o medicamento, apesar de defender o tratamento precoce.

O site perguntou, ainda, sobre a possibilidade de depoimento de José, se houve alguma intimação para isso. Até o fechamento da matéria, não houve retorno. Esta não é a primeira vez que a empresa deixa o portal sem retorno.

Antes da CPI, proibição

Vale lembrar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu, em 29 de abril, que o laboratório Vitamedic fabricasse, distribuísse vendesse ivermectina e diversos outros remédios. Uma série de outras resoluções com proibições semelhantes foram publicadas no início daquele mês abril.

A indústria farmacêutica também já foi alvo de diligência fiscalizatória da Polícia Civil por indícios de crime contra as relações de consumo e descumprimento de normas sanitárias. Nas últimas resoluções publicadas contra o laboratório (confira documento abaixo), a Anvisa determinou o recolhimento dos medicamentos, bem como a suspensão do comércio, distribuição e uso dos produtos. Entre os remédios estavam a ivermectina, fármaco utilizado para tratar infecções causadas por vermes e parasitas, mas que ganhou notoriedade ao ter o uso relacionado ao tratamento da Covid-19, mesmo sem nenhuma comprovação científica que aponte eficácia.

Além do mencionado medicamento, também foram recolhidos e tiveram a fabricação suspensa: o vertizan, usado no tratamento de distúrbios circulatórios cerebrais; o nimelit, que combate inflamação, dor e febre; lorasliv, utilizado para o alívio dos sintomas associados à rinite, entre outros remédios.

Conforme a Anvisa, a indústria deixava os medicamentos em local não autorizado dentro da área fabril, além de descumprir as normas com relação à etiquetagem e revisão gerencial periódica. No documento, o órgão ressalta que o laboratório também não respeitou medidas relacionadas à questão com pessoal, instalações, equipamentos, documentação, produção, controle de qualidade e outras infrações.

Fonte: Portal Mais Goiás

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