A expansão da farmacêutica brasileira Cimed no setor foi o tema principal abordado por João Adibe, CEO da companhia, no palco do Maximídia 2023, nesta terça-feira, dia 3. As informações são do portal Meio & Mensagem.
A farmacêutica é representante de 12% das vendas de todas as caixas de medicamentos no país, e tem diversos planos de inserção em novas categorias como estratégias de crescimento. A porcentagem é referente a 600 milhões de itens por ano, e, segundo o presidente, o tamanho da operação é explicado no próprio modelo de negócio.
A empresa obteve faturamento de R$ 2 bilhões em 2022, e a estimativa é de que esse numero salte para R$ 3 bilhões no final deste ano.
“Desde 1990, comecei a montar uma cadeia de verticalização, que tem uma base de distribuição em todos os estados do Brasil”, afirmou Adibe. O investimento é responsável pela forte pulverização do setor, e é formado por aproximadamente 90 mil farmácias, das quais 70 mil são independentes.
“Hoje, por meio dessa cadeia consigo atender esse microempreendedor e 98% dos pontos de venda do Brasil. E a verticalização entra também dentro do processo fabril, com todo o material gráfico, caixas, cartuchos e bulas. Montamos as estruturas para ganhar velocidade, agilidade e custo”, continuou.
Ele ainda destaca o protagonismo de medicamentos genéricos para a garantia de retorno da cadeia “A nossa grande arma é o genérico, que é um commodity. Sendo assim, para ter escala, preciso de estrutura para poder ganhar margem”, justificou.
Farmacêutica brasileira inspirou-se em Bayer e Natura
A farmacêutica brasileira também destacou o investimento na construção de uma marca forte e reconhecida no setor. Adibe contou que a inspiração surgiu de marcas multinacionais do setor, como Bayer e Natura, por exemplo.
“Decidimos olhar para esses exemplos para transformar a Cimed em uma do setor farmacêutico e criar essa transformação. Agora, em 2023, o consumidor já entende quem somos.”
Os planos de inserção da marca em outras categorias, como a de beleza, também reflete no sucesso. A companhia se utiliza das certificações conquistadas de acordo com as regulamentações do setor para explorar a qualidade em seus bens de consumo.
“Conseguimos crescer porque sabemos trabalhar com os pequenos empreendedores. As farmácias de bairro vendem muito medicamento e pouco salão de loja. Por causa da nossa estrutura, conseguimos dar acesso e crédito a esse empreendedor nesses bens de consumo. Ou seja, avançamos por causa da nossa cadeia e por termos o B2B muito forte, com força de vendas exclusivas”, finalizou.