Bruno Paçô é o novo gerente regional de vendas da Catarinense Pharma para os mercados do Norte e Centro-Oeste. O investimento no executivo é mais uma etapa do plano de expansão geográfica da farmacêutica, iniciado com a abertura de uma base em Aparecida de Goiânia (GO) há três anos.
Depois de se formar em administração pela PUC-GO em 2008, fez também MBA em gestão empresarial pela FGV e um curso de gestão estratégica e marketing internacional pela Universidade de La Verne, na Califórnia (EUA).
Com 15 anos de experiência no mercado farmacêutico, acumula passagens por Nycomed, Sanofi, Takeda, UtilDrogas, Cimed, Melcon e Legrand, atuando como consultor de vendas e gerente de contas e equipes.
Os efeitos do canabidiol para pacientes com Covid mereceram um estudo inédito desenvolvido por pesquisadores do Canadá, que resultou na publicação de um artigo científico. E as análises detectaram que a substância pode ser útil em diferentes estágios do coronavírus, segundo informações do portal Cannabis & Saúde.
A notícia é de extrema importância para os profissionais responsáveis por aplicar testes rápidos nas farmácias brasileiras, que se tornaram os principais estabelecimentos para a prática desses exames.
Os cientistas concentraram-se, em um primeiro momento, na atividade da cannabis durante as fases iniciais do vírus. Posteriormente, partiram para entender como o produto atua na Covid longa, combatendo sintomas que persistem entre pacientes já recuperados.
De acordo com os autores do artigo, extratos da planta tornam as células do organismo menos suscetíveis à infecção, pelo fato de reduzirem a ação de um receptor chamado ACE2. Essa reação acontece principalmente com substâncias ricas em canabidiol (CBD) e ácido canabigerólico (CBGA).
A propriedade antioxidante dos canabinoides também favoreceu a reabilitação dos pacientes e diminuiu a incidência do estresse oxidativo. Ao neutralizar as reações em cadeia dos radicais livres, a cannabis contribuiu para conter a progressão da infecção.
Canabidiol para pacientes com Covid em estágio avançado
Já na aplicação do canabidiol para pacientes com Covid em estágio avançado, os cientistas identificaram que os efeitos anti-inflamatórios da planta atenuaram a incidência da tempestade de citocinas
Trata-se de uma resposta inflamatória exagerada do organismo atingido pelo coronavírus. Nos casos que acometem pacientes idosos ou com doenças pré-existentes, isso pode levar a danos irreversíveis na capacidade pulmonar. O estudo revelou que essa situação afetou, especialmente, pessoas que sofrem com ansiedade, depressão e insônia.
Farmacêuticos devem ter especial atenção com as revisões medicamentosas que envolvem óleos de cannabis. Como mensurar a dosagem, a frequência ou mesmo a via de administração mais adequada? Com a palavra, o médico Leandro Ramires, diretor científico da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Amame).
Os óleos artesanais são fabricados por meio da diluição de um extrato puro de cannabis (full spectrum) em um veículo oleoso, que pode ser um óleo vegetal (coco, oliva, milho ou girassol) ou produzido industrialmente com triglicerides. Aí se enquadram os óleos produzidos pelas associações de pacientes usuários de cannabis no Brasil.
Muito produtores artesanais, segundo o médico, sem conhecimento específico da quantidade de miligramas dos principais fitocanabinoides, se utilizam de porcentagens para a produção dos óleos. Elas são definidas como 5% ou 10%. Dessa forma, num frasco contendo 30 ml de óleo artesanal, serão 28,5 ml ou 27 ml de azeite de oliva e 1,5 ml ou 3 ml de extrato puro de cannabis, respectivamente, para 5% ou 10% da diluição.
Outros produtores também artesanais, de maneira menos precisa, consideram uma “porcentagem potencial” de fitocanabinoides anunciada na compra das sementes, de uma variedade específica, para afirmar que seu óleo medicinal é “x %” ou “y %”. Mas, de acordo com o médico, usando exclusivamente o critério percentual, torna-se impossível saber quantas miligramas de determinado canabinoide o paciente está usando.
Dosagem de óleos de cannabis é definida em miligramas
Para se evitar efeitos adversos com óleos de cannabis, é fundamental que a dose utilizada seja conhecida em miligramas. “A literatura científica demonstra que uma dose de até 30 mg, distribuída ao longo do dia e a partir de um óleo full spectrum, é bastante segura e tem pouca chance de desencadear um efeito psicoativo se for administrada por via oral ou sublingual”, reforça.
Como exemplo da importância da dosagem em miligramas, ele cita uma amostra do extrato puro de cannabis, produzido pela Amame, em 2022 e encaminhado para análise laboratorial. A avaliação considerou parâmetros como concentração de vários fitocanabinoides, terpenos, flavonoides, umidade, concentração de álcool residual, metais pesados e demais contaminantes químicos e biológicos.
O laudo da análise indicou uma concentração de THC igual a 76,9% (mg/100 mg), o que significa que em 1 grama (1000 mg) do extrato puro de cannabis havia 736,9 mg de THC. No lote especifico de onde foi retirada a amostra para análise, o frasco de 30 ml do óleo medicinal integral da cannabis, continha 814 mg de extrato puro de cannabis, sendo cerca de 600 mg de THC, acrescido de 29,2 ml de azeite de oliva extravirgem.
A diluição ficou aproximadamente em 2,7%, contrastando com os 5% ou 10% descritos mais acima no caso de outros produtores. Segundo o médico, dessa forma, fica muito mais fácil ajustar uma dose de manutenção contínua, além de se evitar ultrapassar 30 mg de THC por dia.
Ele acrescenta que outro fator a ser considerado é o número de gotas por dose. Se a referência de dosagem é em mg/ml de fitocanabinoide no produto, é importante saber quantas gotas tem num mililitro do produto que o paciente está utilizando. Dependendo da densidade do óleo, do bico e da forma do conta-gotas e até da altitude em relação ao nível do mar, 1 ml de óleo medicinal pode ter 20 ou até mais gotas. O ideal é que o conta-gotas seja graduado em mililitros.
Proporção entre CBD e THC
A proporção entre os fitocanabinoides CBD e THC num mesmo produto medicinal também exige critérios. O médico ressalta que existem milhares de combinações entre as quantidades de um ou outro fitocanabinoide. Portanto, há uma grande variedade de óleos medicinais integrais de cannabis mundo afora. Chamar tudo de canabidiol, segundo ele, não faz o menor sentido.
Para ilustrar, ele relata o trabalho de análise feito em conjunto com outros colegas pesquisadores do desempenho de um óleo medicinal com relação CBD/THC igual 75:1. Houve uma melhora de cerca de 30% nos parâmetros comportamentais de pacientes autistas.
Estudo semelhante produzido em Israel, utilizando uma relação CBD/THC igual a 20:1, demonstrou resultados superiores a 70% de melhora em parâmetros semelhantes.
A rede de farmácias Nissei, que detinha a classificação BBB+ (bra), subiu para o A- (bra). Na decisão, a agência destacou o fortalecimento da base de negócios do grupo paranaense nos últimos anos, respaldado pela capilaridade geográfica. A Fitch Ratings também considerou o alívio no fluxo de pagamento dos juros até 2026 e o perfil de dívida mais alongado.
“A governança é robusta e estamos preparados para seguir crescendo mantendo rentabilidade e com muita solidez. Nossa estrutura de Capital está bastante ajustada e planejada para suportar os próximos passos que daremos”, comenta o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Nissei, André Lissner.
Com faturamento líquido em torno de R$ 2,5 bilhões, a rede conta atualmente com 385 lojas. Deste total de unidades, 79% ainda está concentrado no Paraná, computando 305 PDVs. A Nissei ainda atua em Santa Catarina (20 lojas) e São Paulo (60). E é no maior estado do país que está a chave para acelerar a expansão.
Rede do varejo farmacêutico aposta em São Paulo
O foco da rede do varejo farmacêutico tem São Paulo como alvo claro. Só neste mês de janeiro o estado ganhou 10 unidades.
As novas lojas chegarão ao interior, litoral e capital paulista em um calendário de inaugurações que começou no último 15 e se estendeu até o dia 24. “A Nissei está crescendo de forma sólida, sempre atenta às necessidades dos clientes. As aberturas no estado de São Paulo estão baseadas em análises sobre os perfis desses consumidores e em oportunidades de negócios”, celebra o CEO, Alexandre Maeoka.
Como parte do plano de avançar em território paulista, a Nissei assumiu 51 farmácias da Poupafarma. O negócio foi parte de um leilão judicial de ativos do Grupo IVF, que vive recuperação judicial. As lojas, todas localizadas em São Paulo, significariam um forte ganho de capilaridade para a varejista paranaense. O crescimento na região superaria os 110% e levaria a Nissei para regiões como a Baixada Santista, a Grande São Paulo e o Vale do Paraíba.
A aquisição de farmácias da Poupafarma foi possível a partir da captação de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) realizada pela Nissei em junho deste ano. O montante reunido chega a R$ 250 milhões.
A Sallve traz um formato inédito de protetores solares para sua família – o bastão FPS 60. Essa versão é ideal para quem pratica esportes, adora praia e piscina ou qualquer atividade ao ar livre e precisa se retocar de tempos em tempos.
Com uma embalagem compacta, o produto é fácil de transportar e reaplicar. Não escorre na pele, é resistente à água e ao suor, além de manter elevado o nível de proteção por até 80 minutos. Apresenta acabamento invisível, bem como textura leve e não pegajosa.
O produto é formulado com carnosina e vitamina E, tem ação antioxidante, combate os radicais livres e previne o envelhecimento precoce.
Distribuição: sistema próprio Gerente de marketing de produtos: Leandro Gusmão – leandro@sallve.com
Uma importante entidade do setor farmacêutico manifestou apoio oficial ao Nova Política Industrial, plano lançado pelo governo federal que prevê R$ 300 bilhões em financiamentos para a indústria. As informações são da Veja.
Para o Grupo FarmaBrasil, que reúne 12 indústrias farmacêuticas brasileiras, a iniciativa contribuirá para fortalecer a produção local de medicamentos.
“O programa tem como objetivo “revitalizar a indústria brasileira, fomentar investimentos em tecnologia e inovação, melhorar a competitividade do Brasil entre as principais economias do mundo e acelerar a transição para uma economia mais sustentável”, afirmou a entidade em nota oficial.
Na visão do grupo presidido por Reginaldo Arcuri(foto), a pandemia escancarou a importância de fortalecer a indústria farmacêutica de maneira a garantir a oferta de medicamentos seguros e de qualidade.
O dirigente ressalta ainda que o Nova Indústria Brasil contemplou debates com o setor privado por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. “O programa coloca o Brasil alinhado com outros países que vêm adotando políticas industriais modernas e sustentáveis, como Estados Unidos, União Europeia e Japão”, reforça.
Entidade do setor farmacêutico cobra Anvisa forte
A entidade do setor farmacêutico apoia a política de desenvolvimento, mas aproveitou para também cobrar o fortalecimento da Anvisa e do INPI. Para o Grupo FarmaBrasil, tanto a agência como o instituto representam “indutores do desenvolvimento da indústria nacional”.
“Além das formas de incentivo econômico, é imprescindível uma regulação afinada com métodos eficazes para o desenvolvimento de setores de alta tecnologia”, acrescentou.
No caso de saúde, a meta do governo prevê que, até 2033, o país possa produzir internamente 70% de todas as suas necessidades com medicamentos, vacinas, equipamentos e demais insumos e tecnologias.
Hoje o Brasil produz apenas 5% dos insumos utilizados na fabricação de medicamentos no país, e precisaria investir US$ 1 bilhão em desenvolvimento e infraestrutura para ampliar para 20% a produção nacional dentro de cinco a dez anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi).
Servidores da Anvisa marcaram para esta sexta-feira, 26 de janeiro, um ato em protesto ao que chamam de desmonte da agência reguladora. A manifestação tornou-se um presente indigesto para a autarquia, já que ocorre no mesmo dia em que ela completa 25 anos de atividades.
Os funcionários estarão concentrados na frente da sede da agência em Brasília (DF). O movimento partiu de uma iniciativa do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) e da Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa).
O protesto vem acompanhado da divulgação de uma carta aberta nas redes sociais, na qual os funcionários definem a realidade como alarmante. “A agência enfrenta um desmantelamento que ameaça deixar o Brasil despreparado para realizar o devido controle sanitário e garantir a proteção da saúde de sua população”, diz a nota.
“Hoje, a Anvisa vê a sua sobrevivência ameaçada pela falta de pessoal e por graves problemas de uma gestão que tem desprezado o seu corpo técnico. E é por isso que estamos e vamos seguir mobilizados”, afirma Fabio Rosa, presidente do Sinagências, em entrevista ao portal Poder 360.
Servidores da Anvisa protestam após anúncio de concurso
Os servidores da Anvisa protestam na semana que marcou o anúncio de um novo concurso público, com promessa de salários de R$ 16 mil para especialistas em regulação e vigilância sanitária. Mas esse recrutamento não se revela suficiente para reverter a escassez crítica de pessoal.
Ao todo serão escolhidos apenas 39 farmacêuticos, sendo que este é o primeiro concurso para cargos de nível superior desde 2016. A última edição preencheu 78 vagas de nível médio na função de técnico administrativo.
Além disso, o Sinagências acusa a direção da Anvisa de afastar cerca de 1 mil trabalhadores desde 2006, de “forma autoritária e sem diálogo”. Em 2006, aliás, 2.673 profissionais integravam o quadro de servidores. Hoje são somente 1.548.
Em julho do ano passado, o diretor-presidente Antônio Barra Torres teve que incorporar trabalhadores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para suprir o déficit de pessoal. “Mas o que realmente resolve o problema é o concurso público com periodicidade”, acredita Torres. Ele também mencionou que “temos visto que os concursos para órgãos federais estão com freio de mão puxado”.
Abandono de remédios controlados confirma cenário caótico
A partir de então, as farmácias começaram a armazenar por si próprias os dados referentes a essas vendas. Os estabelecimentos devem manter esses registros por até dois anos e a única fiscalização atual é a presencial.
Ana Gabriela de Sousa tornou-se a gerente distrital de oncologia da AstraZeneca. A executiva está na multinacional desde 2022 e já atuou como gerente de produtos e coordenadora de marketing, tanto na área oncológica como no mercado de doenças raras.
Formada em farmácia e bioquímica pela Uninove e em marketing pela Anhembi-Morumbi, acumula mais de 15 anos de experiência na indústria, 11 deles dedicados ao Grupo Merck
Foto: Divulgação NRF Big Show 2024/ Jason Dixson Photography
Seis tendências prometem mover os destinos do varejo farmacêutico nos próximos anos. Os insights partiram dos consultores especializados Alberto Serrentino e Eduardo Terra, sócios da BTR-Varese e que organizaram uma espécie de aterrissagem da NRF 2024.
A maior e mais influente conferência do varejo mundial mobilizou mais de 1 mil expositores e 40 mil profissionais entre os dias 14 e 16 de janeiro, em Nova York (EUA).
“Nem tudo o que passa pela NRF chega ao varejo brasileiro, mas tudo o que chegou no varejo brasileiro até hoje obrigatoriamente passou pela NRF. E naturalmente isso traz um desafio de saber filtrar aquilo que de fato conecta ou não com os desafios e realidades do varejo brasileiro”, ressalta Terra.
Seis tendências para nortear o varejo farmacêutico
1 – A resiliência do varejo
Nos últimos cinco anos, o varejo farmacêutico vivenciou fortes emoções com a pandemia, a aceleração do e-commerce e instabilidades políticas. “O setor cresce mais do que o PIB no mundo e, mesmo com o advento da digitalização, as lojas físicas seguem em evidência, com mais aberturas do que fechamentos.
2 – Explosão da inteligência artificial (IA)
No Brasil, os gastos com IA vão superar US$ 1 bilhão neste ano, alta de 33%, de acordo com a consultoria IDC. Levantamento da KPMG revela que 72% dos CEOs consideram que o investimento nesse recurso é prioritário, mas 84% dos varejistas no Brasil ainda não o utilizam.
Aplicações da IA no varejo
Precificação
Crédito e cobrança
Expansão
Compras e estoque
Atendimento ao cliente
Sortimento
Alocação de equipes
Promoções e CRM
Mídia
3 – Varejo hiper automatizado
A grande presença de robôs nos estandes da NRF 2024 comprovam que as atividades muito operacionais e mecânicas não estão mais sendo realizadas por pessoas nos Estados Unidos. Robôs, bots, câmeras, processos automatizados e drones fundamentam essa operação. Uma pesquisa da Universidade de Oxford prevê que, em dez anos, 47% do total de empregos será transferido aos robôs. Até 2025 a automação eliminará 85 milhões de empregos e criará outros 92 milhões.
Aplicações de robôs no varejo
Picking
Armazenagem
Reposição
Controle do planograma
Concierge
Segurança
Limpeza
4 – Varejo orientado por conteúdo e retail media
As lojas físicas estão se transformando em um espaço de produção e transmissão de conteúdo. Aquilo que hoje transita por conteúdo, entretenimento e varejo passa a ficar tudo meio misturado, uma vez que as plataformas de mídia estão virando plataformas de comércio e os marketplaces estão se tornando empresas de mídia.
“O varejo farmacêutico terá que fazer a grande virada de chave cultural e organizacional, que é sair de um negócio orientado a produto e operações para uma atividade focada em dados. O principal ativo passou a ser a capacidade de atrair, reter, engajar e capturar valor dos clientes em dimensão superior àquilo que custa para trazê-los e mantê-los”, ressalta Serrentino.
5 – Loja hub
A loja física como um hub de serviços e experiências vem se posicionando como um elemento fundamental de entendimento da jornada dos clientes. Mas segundo Serrentino, o grande problema é que não existem KPIs e dados para mensurar o quanto cada PDV contribui para esse engajamento.
“Existem muitos casos de varejistas que fecham uma loja física por conta de baixo resultado e veem as vendas online caírem naquela região. Decisões pautadas somente por indicadores econômicos e operacionais, sem considerar os shoppers, podem parecer racionais à primeira vista, mas impactam negativamente no médio e longo prazo”, ressalta.
6 – Liderança para três dimensões
“Visualizamos três agendas muito estratégicas e muito determinantes naquilo que pode impactar o negócio a médio e longo prazo. A primeira delas é a continuação nessa agenda de transformação e digitalização, que viveu um surto durante a pandemia, e mudou de foco na pós-pandemia. Ela deixou de ser voltada para cliente para ser uma agenda mais para interna, de otimização, de capturar valor naquilo que é core nos processos de varejo potencializados pela IA”, explica Serrentino
A Zealand Pharma, companhia de biotecnologia dinamarquesa, está disposta a entrar no disputado mercado de medicamentos para obesidade. As informações são do Financial Times.
Para Adam Steensberg, presidente-executivo da farmacêutica, apesar da liderança de Novo Nordisk e Eli Lilly, há sim espaço para mais competição nesse setor.
Aliás, o laboratório nórdico vive um bom momento exatamente por causa de seu potencial quando o assunto são esses fármacos. Só em 2023, os papéis da empresa dobraram de preço com o assédio dos investidores.
Parceria para medicamentos para obesidade é estratégia
Segundo Steensberg, diferente de outras empresas do mesmo perfil, a Zealand não deseja desenvolver um medicamento e ser incorporada por alguma gigante multinacional.
A empresa, que já trabalha com a Boehringer Ingleheim no desenvolvimento do medicamento para emagrecer, entende que esse é um formato de atuação a ser replicado no futuro.
“Queremos unir forças com alguém que tenha uma estratégia de como vencer a obesidade”, afirma.
Sucesso vs. Desabastecimento
A Zealand tem motivos para acreditar que ainda há espaço no mercado, afinal, o sucesso alcançado por esses medicamentos fez com que a demanda fosse tanta que gerasse escassez do produto.
O mercado em questão, que já é bilionário, deve crescer ainda mais até o fim da década. Hoje, segundo analistas da Goldman Sachs, o setor movimenta aproximadamente US$ 6 bilhões, montante que pode chegar aos US$ 100 bilhões antes de 2030.
“Há 220 doenças que podemos associar à obesidade. No futuro, novas opções (de tratamento) serão necessárias”, analisa Steensberg.
Todos em busca do pote de ouro
Não é só a Zealand que está na corrida para chegar no “fim do arco-íris”. Gigantes farmacêuticas como Roche e AstraZeneca também se movimentam nesse sentido.
Até dezembro, a Pfizer também estava no páreo, mas após identificar efeitos colaterais significativos em seu medicamento, abriu mão do projeto.