A Zealand Pharma, companhia de biotecnologia dinamarquesa, está disposta a entrar no disputado mercado de medicamentos para obesidade. As informações são do Financial Times.
Para Adam Steensberg, presidente-executivo da farmacêutica, apesar da liderança de Novo Nordisk e Eli Lilly, há sim espaço para mais competição nesse setor.
Aliás, o laboratório nórdico vive um bom momento exatamente por causa de seu potencial quando o assunto são esses fármacos. Só em 2023, os papéis da empresa dobraram de preço com o assédio dos investidores.
Parceria para medicamentos para obesidade é estratégia
Segundo Steensberg, diferente de outras empresas do mesmo perfil, a Zealand não deseja desenvolver um medicamento e ser incorporada por alguma gigante multinacional.
A empresa, que já trabalha com a Boehringer Ingleheim no desenvolvimento do medicamento para emagrecer, entende que esse é um formato de atuação a ser replicado no futuro.
“Queremos unir forças com alguém que tenha uma estratégia de como vencer a obesidade”, afirma.
Sucesso vs. Desabastecimento
A Zealand tem motivos para acreditar que ainda há espaço no mercado, afinal, o sucesso alcançado por esses medicamentos fez com que a demanda fosse tanta que gerasse escassez do produto.
O mercado em questão, que já é bilionário, deve crescer ainda mais até o fim da década. Hoje, segundo analistas da Goldman Sachs, o setor movimenta aproximadamente US$ 6 bilhões, montante que pode chegar aos US$ 100 bilhões antes de 2030.
“Há 220 doenças que podemos associar à obesidade. No futuro, novas opções (de tratamento) serão necessárias”, analisa Steensberg.
Todos em busca do pote de ouro
Não é só a Zealand que está na corrida para chegar no “fim do arco-íris”. Gigantes farmacêuticas como Roche e AstraZeneca também se movimentam nesse sentido.
Até dezembro, a Pfizer também estava no páreo, mas após identificar efeitos colaterais significativos em seu medicamento, abriu mão do projeto.