Daniel Vaie é o novo diretor de negócios e comercial da Zydus, farmacêutica multinacional de origem indiana. Ele será responsável pelas áreas de vendas, marketing, demanda, inteligência comercial e treinamentos. O executivo assume o cargo após mais de três anos na Adium, onde atuava como diretor comercial e head da unidade de OTCs.
Formado em administração pela FAAP, cursou uma pós-graduação em marketing pela ESPM, uma especialização em gestão estratégica na FGV e MBAs em gestão internacional na Business School São Paulo e na Universidade de Toronto, no Canadá.
Ao longo de 20 anos de carreira no canal farma, acumulou experiências em grandes players como Unilever, P&G, Colgate-Palmolive, Sanofi e Novartis.
“Estou muito feliz em me juntar ao Grupo Zydus. Teremos uma jornada muito interessante de desenvolvimento de negócios por meio do crescimento da demanda, do lançamento de novos produtos e ganhos de produtividade”, afirma.
Varejista tem mais de 600 lojas no Brasil – Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
A rede de lojas de conveniência Oxxo está apostando no PL que autoriza a venda de medicamentos em supermercados, de acordo com uma fonte do jornal Estado de Minas.
A temática pauta duas propostas que tramitam no Congresso Nacional, gerando debates e críticas do varejo farmacêutico com a transformação de remédios em mercadoria. A Oxxo, por sua vez, vê na aprovação de um dos textos a chave para a reversão de sua situação financeira no país.
Controlada por uma parceria entre a Raízen e a Femsa no Brasil, a marca está queimando caixa atualmente e pode perder sócios em breve. A informação foi abertamente confirmada por Rubens Ometto, dono da Cosan (administradora da Raízen), que já estuda uma maneira de deixar o negócio.
Impacto dos medicamentos em supermercados para a Oxxo
“Para a Oxxo seria bom, mas eu não consigo analisar o impacto para as farmácias ainda”, afirmou o executivo antes de lembrar que vários países já comercializam medicamentos em supermercados.
A rede conta com mais de 600 lojas no país, 500 delas localizadas no estado de São Paulo. O número é comparável as maiores empresas do varejo farmacêutico, colocando a Oxxo em uma interessante posição de concorrência em caso de aprovação.
Formato foi escolhido com base em tendência de mercado – Foto: Canva
A Humora, farmacêutica de origem brasileira com produção instalada nos Estados Unidos, trouxe ao Brasil sua primeira gummy com THC (tetraidrocanabiol), batizada como Humora Boreal. O produto é comercializado atualmente apenas com o sabor limão, sob orientação médica.
Sua composição conta também com o canabinoide CBD, fazendo com que sua adição ao portfólio seja um importante passo para a empresa. A combinação das duas substâncias auxilia em aspectos como ansiedade, clareza mental, disposição, sociabilidade, criatividade, fadiga, dores e qualidade do sono.
Com 5 mg de cada ingrediente por unidade, o produto foi desenvolvido em formato de gomas para acompanhar uma tendência do mercado, que destacou as gummies como uma das modalidades de tratamento mais adquiridas no setor em 2024, de acordo com dados da empresa de consultoria Kaya Mind.
Benefícios da gummy com THC
“Esse lançamento ajuda o nosso público a entender outros benefícios da cannabis e seus canabinoides. A demanda médica por produtos com THC tem sido alta e sempre foi um pedido constante de médicos, dada sua eficácia para dores, foco, sociabilidade e bem-estar. Reunimos a maturidade do nosso público e o interesse do corpo médico para apresentar essa novidade”, explica Ana Julia Kiss, CEO da Humora.
Feito para consumo oral, é recomendado que o produto seja introduzido a rotina dos pacientes com uma unidade diária, aumentado a dose gradualmente até atingir o efeito desejado. Durante seu uso não é indicada a ingestão de álcool ou outros medicamentos sem uma consulta prévia com um profissional
Unidade era fiadora de R$ 2,3 bi em debêntures / Foto: Divulgação
A Viveo passou a estudar uma possível venda da Cremer. A unidade de produtos de higiene pessoal era fiadora da companhia em R$ 2,3 bilhões em títulos de dívida (debêntures). As informações são do Estadão. Companhia nega informação, embora especulações deem conta de que decisão foi negociada com credores
Segundo a coluna, apesar da liberação para venda, a Viveo não contratou terceiros para alinhar o processo. Outro ponto da negociação diz respeito ao limite de alavancagem,que deverá chegar a 3,5 vezes até junho de 2026.
Venda da Cremer não será única etapa da reestruturação
Além da venda da Cremer, outro compromisso da Viveo para voltar à forma serão os cortes de gastos, que passam pelo fechamento de centros de distribuição e a junção de fábricas. Esses movimentos devem acontecer ainda no primeiro semestre. Outros compromissos envolvem a estipulação de limites máximos para endividamento bruto, investimentos no ano e distribuição de dividendos.
Negociação levou mais de três meses
Ao contrário de outros processos de renegociação recentes, a Viveo não precisou mudar o perfil de dívida ou alongar prazos e taxas. Mas muita conversa foi necessária.
Foram mais de três meses de negociação e cinco assembleias entre dezembro e janeiro. Uma dessas reuniões teve exatamente o objetivo de alinhar a possibilidade de venda da Cremer, que demandaria uma assembleia própria caso ocorresse antes de 2029.
Os detalhes da crise na Viveo
Nos últimos anos, a Viveo apresentou um comportamento bem agressivo no mercado de M&A. Foram 25 negócios do tipo, sendo que 18 incorporações foram realizadas apenas em 2023.
Além desses negócios, mudanças macroeconômicas também pesaram contra a companhia. Esse “combo” levou a empresa a um montante de R$ 3,4 bilhões em debêntures, uma alavancagem de 3,14 vezes e um prejuízo de R$ 234 milhões, de acordo com o balanço do terceiro trimestre de 2024.
Procurada pela reportagem, a Viveo não se pronunciou.
Empreendedor promoveu guinada na carreira após se graduar na área agrícola e acumular experiência no setor automotivo | Foto: Divulgação
Atuar no varejo farmacêutico e comandar uma rede associativista de sucesso não estava nos planos iniciais de Claudair José da Silva, o “Mineiro da Farmácia”. Nascido no Mato Grosso e filho de família paranaense, sua trajetória, assim como o apelido, pode não fazer muito sentido à primeira vista. Mas na verdade, sua história é mais um exemplo de empreendedorismo que resiste a dificuldades.
Em seu 25º episodio, a seção Minha História joga luz sobre a história de um profissional formado em tecnologia e mecanização agrícola, com experiência no mercado automotivo. As circunstâncias da vida levaram ao êxito entre as gôndolas de medicamentos.
Natural de Brasnorte (MT), cidade de pouco mais de 17 mil habitantes, Mineiro conheceu sua esposa Gabriela Bichoff no pequeno município. Nos anos 2000, o casal decidiu seguir rumo a Tangará da Serra (MT) para estudar.
Ela decidiu seguir sua convicção e ingressar no ensino superior de farmácia. Ele, criado no interior, optou por tecnologia e mecanização agrícola. Como adquiriu uma base em mecânica na faculdade, sua primeira experiência profissional foi em uma oficina automotiva.
“Entrei como auxiliar e, em dois anos, já atuava como encarregado. Ao todo foi mais de uma década nessa empresa”, relembra. Em paralelo, Gabriela acumulava vivência nas farmácias, mas um imprevisto acabou mudando os rumos do casal.
“Gabriela engravidou de nosso primeiro filho e enfrentou uma gestação complicada. O parto prematuro demandou que o bebê recebesse cuidados constantes nos primeiros meses, o que nos moveu a mudar a rotina para estar mais próximos dele”, ressalta. A solução encontrada foi abrir uma farmácia própria, que possibilitaria uma flexibilidade maior. Para isso, o casal optou por retornar para onde tudo começou – Brasnorte.
Mudança para o varejo farmacêutico foi lenta e gradual
Ainda inseguros quanto a largar tudo e empreender no varejo farmacêutico, o casal peregrinava os 300 quilômetros de Tangará da Serra a Brasnorte todo fim de semana para construir sua drogaria. Foram quatro meses nesse ritmo. “Tínhamos muito medo de largar tudo e fracassar. Por isso, só deixei meu emprego em abril de 2015, mesmo montando a farmácia desde janeiro. Em junho, abrimos nossa primeira loja”, conta Mineiro.
Ultra Popular sempre foi objetivo
Devido à força da Ultra Popular na região, o casal sempre almejou comandar uma farmácia da rede, mas isso não aconteceria logo de cara. “Buscamos entrar na Farmarcas mas, infelizmente não conseguimos entrar em contato. Tivemos que recalcular a rota”, lamenta o empreendedor.
A alternativa foi se unir a uma rede de franquias e, inicialmente, os resultados foram positivos. “Quando voltamos para Brasnorte, o objetivo era a Gabriela se estabelecer na farmácia e eu procuraria um emprego na minha área de formação. Mas logo nos primeiros meses, constatamos que o negócio crescia acima do esperado”, conta.
A farmácia ia bem e os primeiros projetos de uma segunda loja saíam do papel. E aí teve início a aproximação com a Farmarcas.
Expandir, sim. Mas não como o planejado
Como haviam assinado um contrato de cinco anos com a franqueadora, Mineiro e Gabriela optaram por não romper o vínculo para converter bandeira. O caminho foi reorganizar o processo de expansão. O casal definiu que, em vez de abrir uma segunda loja com a bandeira anterior, a próxima unidade seria a primeira ligada à Farmarcas. E o novo estabelecimento tornou-se realidade dois anos depois.
“Notamos a diferença na hora. Tínhamos suporte para todas as operações. Foi como se mudasse da água para o vinho”, destaca. Depois de um ano na administradora de farmácias, surgiu a oportunidade de abrir o terceiro PDV. “Fomos convidados para abrir essa nova loja, a segunda da Ultra Popular, em São José do Rio Claro (MT), a 400 quilômetros de distância. Porém esse processo estendeu-se além do esperado”, afirma o empreendedor.
Nova gravidez, novas dificuldades
Em 2018, a vida do casal Mineiro e Gabriela estava movimentada inclusive na vida pessoal, com a aguardada chegada do segundo filho. “No entanto, novamente ela teve uma gravidez de risco. Para garantir seu bem-estar, conciliei as funções de pai, mãe e empresário. Avisamos a Farmarcas de que não tínhamos condições de erguer uma nova unidade naquele momento e novamente tivemos todo o respaldo”, conta. Com mais essa dificuldade superada, a terceira farmácia foi aberta em 2019.
Conversão de bandeira e quarta loja
Em 2020, acabou o contrato estabelecido com a franqueadora e o casal optou por mudar a bandeira de sua primeira unidade para a Farmarcas. E o ciclo virtuoso teve sequência com uma oportunidade irrecusável. “Um associado de Diamantino (MT) queria vender sua Ultra Popular na cidade. Vimos nessa oportunidade uma chance de expandir geograficamente”, comenta.
Agora no comando de quatro lojas, o empresário acumula um faturamento anual de R$ 20 milhões. Nas cidades em que opera, soma um market share médio de 45%.
Para o restante da década, o objetivo é abrir mais seis lojas e dobrar a receita, mas Mineiro garante que isso não é um sonho. “ Nós não temos sonhos. Temos projetos e quem tem o apoio da Farmarcas consegue executá-los com eficiência e segurança”, completa.
As decisões em torno do mix ideal para farmácias simbolizam uma das transformações mais significativas do setor nos últimos anos. Se antes a escolha do portfólio não apresentava tanta relevância, hoje se tornou um dos principais fatores que determinam o sucesso ou fracasso de um estabelecimento.
Essa crescente necessidade de encontrar o mix ideal tem como impulsos, principalmente, o acirramento da concorrência e a mudança no comportamento dos consumidores. No passado, os clientes estavam habituados a frequentar as lojas apenas em função da proximidade geográfica ou de uma relação de confiança com o farmacêutico, que conhecia suas necessidades. A espera por um medicamento, por exemplo, era considerada normal, já que em muitas localidades a oferta de PDVs era menor.
Porém, com o aumento da quantidade de farmácias – hoje, é possível encontrar unidades a menos de 200 metros de distância umas das outras –, a postura do consumidor mudou. O cliente não tem mais tempo ou paciência para esperar. Ele quer a solução imediata. Caso não encontre o produto que busca, ele não hesita em migrar para a concorrência. Isso exige dos varejistas uma reorganização de suas operações e, principalmente, uma atenção redobrada para o portfólio.
Mix ideal para farmácias tem tecnologia como aliada
Encontrar o mix ideal para farmácias já não é uma tarefa simples. A disponibilidade de produtos é ampla e as preferências de consumo variam de acordo com a localização e o perfil demográfico. A boa notícia é que, hoje, a tecnologia oferece ferramentas poderosas para ajudar os varejistas a tomarem decisões mais assertivas. O uso de dados de mercado e a análise estratégica das informações vêm se tornando um diferencial competitivo crucial.
Uma das ferramentas mais avançadas para atender a essa demanda é o Bússola da Febrafar. A plataforma orienta, de forma estratégica, o portfólio de produtos, permitindo uma análise aprofundada do mercado farmacêutico em diferentes regiões.
O Bússola utiliza uma grande diversidade de dados de mercado, como os fornecidos por Close-Up International e IQVIA. Esses indicadores são usados para analisar o desempenho dos produtos em uma determinada região e compará-los com os perfis e as demandas dos consumidores locais. A partir dessa análise, fornece insights valiosos sobre quais produtos devem ser priorizados e quais podem ser removidos do portfólio.
Além disso, é possível estabelecer comparativos entre as farmácias, identificando pontos fortes e áreas de melhoria no mix de produtos. A ferramenta também ajuda a reduzir a ruptura de estoque, otimizar estratégias de precificação e melhorar a exposição dos produtos. Como resultado, as farmácias conseguem incrementar vendas e fidelizar clientes, criando uma experiência de compra mais satisfatória e alinhada com os interesses da sua audiência.
Exemplos de bom uso de dados
O uso de ferramentas para encontrar o mix ideal para farmácias não deve se limitar à simples identificação de quais itens devem estar disponíveis. Com as informações fornecidas, o varejo pode implementar uma série de ações estratégicas, como:
Ajuste de estoque: identificando a demanda em uma região específica, as farmácias podem ajustar seus estoques de acordo com as preferências dos consumidores locais, evitando a falta de itens populares e o excesso de produtos com baixa rotatividade
Ajuste de preço e promoções: também é possível que as farmácias revisem suas estratégias de precificação, de modo a torná-las mais competitivas e atraentes. Isso pode incluir o lançamento de promoções específicas ou reduções no preço conforme a movimentação do público e da concorrência
Melhor exposição dos produtos: A análise de dados possibilita otimizar a disposição nas prateleiras, de forma a facilitar o acesso aos itens mais procurados, simplificando a jornada de compra
Ações de fidelização: Com um mix de produtos mais alinhado às necessidades dos consumidores, as farmácias têm maior potencial para aumentar a fidelidade. Estratégias como programas de recompensas e promoções exclusivas podem ser implementadas para reter a clientela
Embora a tecnologia ofereça grandes oportunidades para otimizar o mix de produtos, é essencial que o varejo farmacêutico conte com a estrutura necessária para interpretar e aplicar os dados corretamente. O simples uso da ferramenta não garante sucesso. É preciso ter equipe capacitada e disposta a utilizar essas informações de forma estratégica, além de estar preparada para implementar mudanças em seu portfólio.
O Grupo Panvel anunciou seu novo gerente executivo de arquitetura de TI, dados e IA, Raphael Monteiro. O executivo está na companhia há cinco anos, tendo atuado em três posições diferentes ao longo desse período.
Formado em tecnologia da informação pela Estácio, cursou especializações em gestão executiva na ISE Business School, machine learning na Universidade de Stanford, ciência de dados na FIAP e aplicação de IA generativa na transformação digital pelo MIT.
Presidente do Sindusfarma também prega necessidade de um farmacêutico na loja / Foto: Freepik
A possível venda de MIPs em supermercados é um assunto que contrapõe varejo alimentar e farmacêutico. Agora, a indústria também entrou no tema e emitiu sua opinião.
Em entrevista à IstoÉ, Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, elencou alguns pontos de atenção para a eventualidade da pauta ser aprovada. Dois entraves dizem respeito ao armazenamento dos medicamentos e o atendimento ao paciente.
Os desafios para a venda de MIPs em supermercados segundo a indústria
Armazenamento é assunto delicado
Segundo Mussolini, um dos principais pontos de alerta diz respeito às boas práticas de armazenamento. Para o presidente-executivo do Sindusfarma, o varejo alimentar teria obrigatoriamente que enxergar os medicamentos como mercadorias diferentes das que estão acostumados a lidar.
“Os medicamentos exigem boas práticas de armazenagem. Não podem ficar guardados dentro do estabelecimento comercial da mesma forma que se guarda arroz, feijão ou cerveja”, alerta.
Presença de farmacêutico seria necessária
Outro destaque feito por Mussolini diz respeito à presença de farmacêuticos nos supermercados, o que não é previsto no projeto de lei em análise. O autor da proposta, senador Efraim Filho (União Brasil – PB), prega que haja uma flexibilização, podendo esse profissional atuar de forma remota.
O executivo alerta que, para as farmácias, essa é uma prática obrigatória. “Você precisa ter um profissional de saúde, no caso um farmacêutico, para fazer a reposição dos estoques e para orientar quando o comprador tiver alguma dúvida específica”, afirma.
Ação está disponível em cinco cidades brasileiras– Foto: Divulgação
Farmácias do Grupo DPSP, Venancio, Pague Menos e Araujo estão de cara nova, tão coloridas quanto as garrafas do novo sabor do Engov After: Pink Lemonade. As unidades envolvidas na ação estão localizadas nas cidades de Belo Horizonte, Salvador, Olinda, Fortaleza e Rio de Janeiro.
A bebida da Hypera Pharma, que recupera, reidrata e reenergiza após momentos intensos de curtição, conta com uma fórmula que combina glicose, cafeína e sais minerais. O produto, que tem o cantor Léo Santana como sócio, será distribuído em blocos de Carnaval nas capitais paulista, baiana e carioca.
Novo sabor do Engov After é lançado com ativações especiais
As farmácias envelopadas contarão com ativações focadas na entrega de uma experiência diferenciada aos consumidores, ao mesmo tempo em que oferecerão ofertas exclusivas em toda a linha Engov.
Cresce procura por repelentes e testes de dengue nas farmácias – Foto: Canva
Segundo levantamento realizado pela Abrafarma, a demanda por testes de dengue nas grandes redes cresceu 25% nas três primeiras semanas de fevereiro, em comparação com o mesmo período de janeiro. Entre 30 de dezembro e 19 de janeiro, foram realizados 6.949 exames. Já entre 27 de janeiro e 16 de fevereiro, a quantidade subiu para 8.689.
Na última semana com dados disponíveis (10 a 16 de fevereiro), 2.629 pessoas procuraram alguma farmácia das redes associadas à entidade para realizar a testagem. Dessas, 19% acusaram diagnóstico positivo. EmSão Paulo, os testes custam entre R$ 30 e R$ 200, a depender do tipo do exame.
Uma das líderes no segmento de testes rápidos, com 90% do market share nas drogarias, a ECO Diagnóstica prevê um aumento na busca pelos exames especialmente após o carnaval. “Muitas redes estão utilizando estoques do ano passado e, até agora, os pedidos estão normalizados”, explica o diretor executivo Vinícius Pereira.
Já a MedLevensohn registrou incremento de 157% na demanda em relação a fevereiro de 2024. Os testes da companhia estão presentes em mais de 10 mil PDVs. “Esses exames representam um importante apoio para a detecção da dengue em estágio inicial e aplicação de um tratamento eficaz contra a doença, diminuindo seu agravamento e até o número de óbitos”, avalia o diretor comercial e de marketing, Fernando Marinheiro.
Segundo o executivo, desde o início do ano a MedLevensohn comercializou mais de 1 milhão de unidades de testes rápidos para a dengue, 52% a mais do que no mesmo período no ano anterior.
Testes de dengue estimulam também interesse por repelentes
Os testes de dengue nas farmácias também estimulam o interesse por repelentes. No comparativo entre os meses de dezembro de 2024 e janeiro de 2025, a rede paranaense Vale Verde contabilizou aumento de 94,83% na compra do produto. Em relação a janeiro de 2024, a procura foi 56,72% superior.
Com o avanço dos casos de dengue em todo o estado de São Paulo, a aquisição de repelentes registrou um avanço expressivo na Farma Conde. Em janeiro deste ano, as vendas do produto multiplicaram cerca de dez vezes em comparação ao mesmo período de 2024.
Um dos repelentes mais vendidos da rede é o ON, que tem fabricação do laboratório MCG, de São José dos Campos, e é vendido pela Farma Conde. No estado de São Paulo, o laboratório é um dos únicos com fabricação do produto.
O Grupo DPSP informa que historicamente, o pico de vendas de produtos ligados à dengue, como testes, repelentes e vacinas é em fevereiro. Como o mês ainda não se encerrou, não é possível fazer uma avaliação exata sobre aumento ou diminuição dessa demanda em relação a 2024. Atualmente as vendas de repelente nas farmácias da rede estão estáveis.
A RD Saúde registrou um aumento de 65% na procura por testes de dengue entre a primeira semana de fevereiro e a atual. A positividade subiu de 17% para 26% no mesmo período. Já na venda de repelentes, a rede contabilizou uma alta de 10% em fevereiro em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, há uma queda de 53%.
Buscas por informações médicas sobre dengue crescem quase 3 vezes
Dados do Afya Whitebook, ferramenta de apoio à decisão clínica utilizada por médicos, indicam que as buscas por informações sobre dengue aumentaram 2,81 vezes no país de 18 de novembro de 2024 a janeiro de 2025, com destaque para São Paulo (4,52 vezes) e Minas Gerais (3,10 vezes).
Essa busca reflete-se no aumento de casos notificados. Segundo informações do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 139 mil casos prováveis em 2025, sendo cerca de 7 mil em São Paulo e 3,8 mil em Minas Gerais.
São Paulo confirmou 2.976 casos de dengue por dia em 2025, em média, segundo o Painel de Arboviroses da Secretaria Estadual da Saúde. Os dados levam em consideração o período até a oitava semana epidemiológica, que terminou em 22 de fevereiro. De janeiro até esta data, o estado somou 157.767 casos de dengue. O intervalo de 19 a 25 de janeiro teve a maior ocorrência da doença – 25.615.
Vacina à vista
Nesta terça-feira, dia 25, o governo anunciou a produção – em larga escala – da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A previsão é que, a partir de 2026, sejam ofertadas 60 milhões de doses anuais, com possibilidade de ampliação do quantitativo conforme demanda e capacidade produtiva.
A Anvisaainda avalia o pedido de registro do imunizante, feito pelo Instituto Butantan em dezembro de 2024. Há cerca de duas semanas, a autarquia solicitou mais informações e dados complementares sobre a vacina e informou que foi concluída, de forma antecipada, a análise de dados de qualidade, segurança e eficácia apresentados.
Produção em larga escala
Segundo o governo federal, a partir de uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics, a produção em larga escala da vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue se dará por meio do Programa de Desenvolvimento e Inovação Local do Ministério da Saúde. O investimento é de R$ 1,26 bilhão.
Também estão previstos R$ 68 milhões em estudos clínicos para ampliar a faixa etária a ser imunizada e incluir idosos, além de avaliar a coadministração da dose contra a dengue com a vacina contra o Chikungunya, também desenvolvida pelo Instituto Butantan.
Na rede privada, atualmente duas vacinas da dengue foram aprovadas – a QDenga, da Takeda; e a Dengvaxia, da Sanofi. Os preços variam de R$ 500 a R$ 300, respectivamente.