Taxa de positividade de Covid-19 é a maior em 4 meses, diz Abrafarma

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Testes positivos da Covid-19De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a taxa de positividade dos testes de Covid-19 realizados nas farmácias brasileiras registrou o maior índice no período de 30 de maio e 5 junho desde o começo de fevereiro.

O percentual de resultados positivos na semana representa 27,5% das 212.878 testagens em junho, contra 24,7% do mês de maio. Segundo a Abrafama, é o maior percentual em 16 semanas.

A associação disse ainda que na semana avaliada, o número de infecções chegou a 58.631, cerca 14% a mais em relação aos sete dias anteriores – que teve 51.397 infecções.

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Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, disse que ‘em uma semana, tivemos quase 40% do total de casos registrados em maio, o que impõe a necessidade de mais medidas de proteção e mais velocidade na aplicação das vacinas de reforço’.

Um levantamento da Agência CNN mostra que menos da metade da população elegível tomou a terceira dose da Covid no Brasil – o percentual está em 43,45%.

Quando se avalia a 4ª dose, o índice é ainda menor, cerca de 1,81% das pessoas elegíveis estão vacinadas.

*Com informações de Maria Augusta Messias, da CNN

Este conteúdo foi originalmente publicado em Taxa de positividade de Covid-19 é a maior em 4 meses, diz Abrafarma no site CNN Brasil.

Fonte: Poliarquia

Solução sem água ou holística? Beautystreams aponta oito tendências

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Em seu relatório anual Cosmotrends, que analisa os produtos mais inovadores apresentados pelos expositores na feira Cosmoprof Worldwide Bologna, a Beautystreams identifica oito tendências principais:

Arrase! Os cílios (e sobrancelhas) ganham destaque nos rostos de homens e mulheres que valorizam cada vez mais a criatividade, as cores e a ousadia, aliando a autoexpressão ao prazer e a experiências inéditas.

Derma Nerd. Novos sistemas de aplicação inteligentes alimentados por recursos de IA para intensificar a ação dos ingredientes ativos e aumentar a eficácia dos produtos (encapsulamento inteligente, nanossomas ou microdosagem).

Beleza por números. Mais uma tendência focada em tecnologia: a personalização de produtos atinge níveis recordes graças a recursos de IA ainda mais sofisticados. A capacidade de obter diagnósticos detalhados e recomendações de produtos com fórmulas personalizadas leva a soluções de beleza verdadeiramente personalizadas.

Não para H2O. Cosméticos secos, anidros (sem água) ou sólidos estão se tornando cada vez mais populares. A escassez de água surge como um dos maiores problemas que a humanidade terá que enfrentar no futuro próximo. Portanto, é essencial reduzir a pegada hídrica do processo de fabricação de produtos de beleza.

Homenagem ao Ancestral. Essa tendência reflete o crescente interesse que os consumidores têm demonstrado por ingredientes tradicionais e rituais de beleza antigos. Em uma época de tantas incertezas, proporcionam uma sensação de maior estabilidade e conforto, além de estimular a curiosidade e a vontade de experimentar.

Surpreenda-me, Encante-me. Sinônimo de sensações e prazer proporcionados pelo uso de um produto. Ao contrário da crescente digitalização, a ênfase está nos pontos de contato concretos e nas sensações táteis. Esta tendência foca-se em surpreendentes benefícios sensoriais e texturas e formas interessantes, de forma a transformar a aplicação do produto numa experiência verdadeiramente divertida.

Mente corpo alma. Um reflexo da visão cada vez mais ampla que as pessoas têm do bem-estar, como algo que engloba todos os aspectos da vida. Além dos cuidados com a pele, uma nova geração de produtos de beleza busca contribuir para criar uma experiência holística que traga alegria e estimule o bom humor.

Naturais nascidos em laboratório. Por fim, essa tendência prioriza a sustentabilidade, mobilizando as possibilidades oferecidas pela biotecnologia para criar ativos eficazes e ingredientes naturais que não causem impacto negativo no planeta.

Fonte: peninsulaplayersgrimsby

Pacientes com esclerose múltipla no CE estão sem receber remédio e sentem efeitos físicos e emocionais

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Pacientes com diagnóstico de esclerose múltipla estão há dois meses sem acesso à medicação Tysabri (Natalizumab) em unidades públicas do Ceará devido à falta de repasse regular pelo Ministério da Saúde.

Sem a substância, que deve ser aplicada a cada 28 dias, os prejuízos podem afetar a visão e a capacidade de se locomover, além de impactar negativamente no emocional. Não foi detalhado o número de pacientes que precisam da medicação.

O medicamento é adquirido pelo Ministério da Saúde e repassado aos estados. No Ceará, tanto o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) como o Hospital Geral de Fortaleza (HFG) realizam a aplicação, mas o repasse da substância não aconteceu de forma regular.

O Tysabri não está disponível nas redes tradicionais de farmácias, mas apenas em farmácias de alto custo e na rede pública, conforme a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). É possível encontrar a substância por cerca de R$ 10 mil comercializada na internet.

“Duas remessas foram recebidas para atendimento do trimestre e estão sendo distribuídas às unidades. A previsão de regularização no Hospital Geral de Fortaleza (HFG) é para hoje”, informou a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em nota. O HUWC também deve ter a reposição do remédio nesta sexta-feira (10), conforme a Pasta.

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O Ministério da Saúde foi procurado para explicar sobre o que motiva a falta da medicação e como o problema deve ser solucionado, mas até esta publicação não houve resposta.

Na falta do remédio, um grupo de pessoas sem acesso à medicação se reúne no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), nesta sexta-feira (10) na busca por saber quando a medicação deve voltar a ser distribuída. O remédio, como relatam os pacientes, não é encontrado na rede privada.

Rotina de incertezas

Rhakel Freire Monteiro, de 40 anos, deixou a cadeira de rodas e de sentir as dores generalizadas pelo corpo quando começou a usar a medicação há 5 anos. Nesse período, ela conta que nunca houve um atraso superior a duas semanas.

‘Só o fato de estar sem a medicação já mexe com o emocional, que também é uma particularidade dessa doença, ficamos nervosos. Não temos nenhuma resposta, esse é o grande problema’, frisa.

Legenda: Pacientes temem os prejuízos à saúde com a falta da medicação

Foto: Acervo pessoal

Com isso há o receio de retroceder no tratamento e voltar a sentir sintomas mais intensos da doença. ‘Nós ficamos nessa angústia, nessa espera, com medo de ter uma piora. Alguns colegas, inclusive, não puderam estar aqui porque estão se sentindo piores e fica ruim para andar’, destaca.

Eu sou professora, mas estou aposentada porque não tinha mais condições de ir para a sala de aula devido às muitas lesões na cabeça. Hoje, com a medicação, estão estabilizadas, sem inflamação

Rhakel Freire Monteiro

Professora

No caso do jornalista Gustavo Neto, de 26 anos, o medicamento faz parte da rotina há dois anos ininterruptos até agora. ‘Eu comecei a usá-la porque já usei outros medicamentos, mas não foram eficazes, até chegar nesse remédio, quando a doença estagnou’, lembra.

Os sintomas antes da medicação iam da dificuldade de movimento dos membros superiores aos lapsos de memória. Sem o remédio, Gustavo já começa a sentir alguns prejuízos de volta à rotina.

“Um desânimo que não é natural, é da doença, a locomoção está mais difícil. Com o medicamento eu pude voltar a praticar exercícios físicos”, destaca.

O que é a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica em que o sistema imunológico agride a bainha de mielina, que é uma camada de gordura ao redor das fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal, conforme a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.

Essa doença compromete a função do sistema nervoso e isso faz com que os sintomas se manifestem no corpo inteiro. Por isso, o tratamento é tão relevante para interromper os agravos da doença e proporcionar qualidade de vida para os pacientes.

Fonte: Diário do Nordeste 

Preços de testes de covid-19 assustam brasilienses; aumento chega a 50%

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Com a alta de casos e da transmissão da covid-19 na capital federal, a população tende a buscar o exame para detectar a doença, mas esbarra em longas filas nos pontos de testagem pública. Com isso, muitos brasilienses procuram hospitais, clínicas, laboratórios e drive-thrus privados, mas se deparam com um empecilho: o alto custo dos valores dos testes de covid-19. Produtos para saúde, como kits diagnósticos e autotestes, não estão submetidos à política de controle ou regulação de preços no Brasil e, com isso, os consumidores tendem a pagar um valor definido por cada estabelecimento particular.

De acordo com o especialista Walter Viana, o consumidor que, ao se deparar com preços de testes de covid-19 que considera abusivos e arbitrários deve acionar o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF). “Identificado pelo órgão que o aumento de preço é injustificável e que apenas representa a ganância do estabelecimento frente ao consumidor já fragilizado pela pandemia, é possível a imposição de multas e até mesmo a interdição do local”, afirma.

Quem notou uma diferença acentuada no valor do RT-PCR foi Leandro Marinho, de 29 anos. Ele conta que, em novembro de 2021, fez a testagem em uma clínica na Asa Norte, pagando R$ 200. Ao voltar à clínica, agora em maio – em meio a alta de casos na capital federal -, após se queixar de sintomas da covid-19, o mesmo teste, no estabelecimento, era R$ 300. “Fiquei muito surpreso que o valor do teste sofreu esse ‘reajuste’, mas acredito também que deva ser em decorrência da grande procura dos testes. Decidi procurar um pouco mais e encontrei o RT-PCR em uma clínica, agora do Sudoeste, por valor mais em conta”, relata.

Apesar de ter procurado a testagem na rede pública, o estudante Igor Magalhães, de 20 anos, não conseguiu fazer o teste na UBS 1 (612 Sul). Com isso, segundo o estudante, foi necessário procurar a rede privada. Ele também notou uma diferença no valor pago anteriormente, em janeiro. “Fiz o teste em dezembro. Paguei R$ 65 em Taguatinga e quando fui fazer o antígeno, que é o mais barato de todos, consegui por R$ 99,99 no Cruzeiro. Não é caro, mas para pessoas que precisam fazer o teste para comprovar ou não a doença, a rede pública acaba te deixando na mão”, relata o jovem.

O Procon alega que não existe um preço mínimo e máximo para comercialização do produto, o que reflete no número de reclamações. “Desde que iniciou a testagem contra a covid-19 na rede privada, nunca houve sequer uma reclamação recebida pelo órgão de defesa do consumidor. “Não há nenhum registro de denúncia sobre o tema. A abordagem (em caso de notificações) é realizada observando os preceitos estabelecidos no artigo 39, inciso X do Código de Defesa do Consumidor (CDC)”, relata o órgão em nota.

A Dasa – maior rede de saúde integrada do Brasil – detalhou que o Distrito Federal apresentou o maior percentual de casos positivos do Brasil de 30 de maio a 5 de junho, na rede privada. De acordo com o boletim, a capital registrou 45,93% dos testes positivos de todas as 980 unidades da rede no país. Na semana anterior – 23 a 29 de maio -, o índice estava em 38,41%.

Coibir exageros

De acordo com o especialista Felipe Borba, o preço de qualquer produto, seja medicamentos ou não, segue a lógica da oferta e da procura. Em hipóteses que a população encontre algum preço abusivo, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) traz temas bem estruturados, para coibir casos do tipo por parte dos fornecedores.

“O preço de produtos e serviços em nosso país segue a lógica da oferta e da procura e não se deve ter definição de preço pelo Estado ou pela Anvisa, no caso concreto. Na hipótese de o consumidor acreditar que há abusividade nos preços dos testes contra a covid-19, poderá denunciar ao Procon, já que o CDC diz que é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços elevar, sem justa causa, o preço de produtos ou serviços, bem como exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva”, salientou.

O que diz o CDC?

Ao analisar o CDC, o especialista Walter Viana destacou, assim como o Procon-DF e o especialista em direito do consumidor Felipe Borba, o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor. De acordo com o especialista, o artigo compõe em sua estrutura temas muitos claros, sobre a elevação demasiada do preço de produtos. “É bastante claro e expressamente proíbe a elevação do preço de produtos e serviços dissociado de um justo motivo. Durante a pandemia, houve várias reclamações dos consumidores e intervenções de Procon de outros estados contra os preços abusivos em medicamentos, álcool, máscaras, luvas, testes de covid-19, entre outros”, esclarece.

Saúde

Para a infectologista Ana Helena Germoglio, a testagem de covid-19 é necessária para dar um diagnóstico da doença, além de servir de como monitoramento para órgãos de saúde em medidas que possam conter o avanço da pandemia nos estados e Distrito Federal. “Os testes trazem um diagnóstico correto da doença. Como é uma doença que afeta grande parte da população, só conseguimos fazer algum tipo de medida a partir do momento que a gente mensura a magnitude desses casos na população”, conta. “Se não conseguimos testar a população, não sabemos o impacto e qual estágio está a pandemia da covid”, finalizou.

Fonte: Correio Braziliense Online

Ministério da Saúde confirma terceiro caso de varíola dos macacos

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varíola dos macacosO Ministério da Saúde informou na noite deste domingo, 12, a ocorrência de mais um caso importado no Brasil de varíola dos macacos. De acordo com a pasta, trata-se de uma notificação do Rio Grande do Sul, que foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo.

Esse é o terceiro caso identificado no País de pessoas que estiveram recentemente na Espanha e em Portugal.

O ministério disse que o infectado é um homem de 51 anos, que retornou ao Brasil na sexta-feira, 10, de uma viagem para Portugal.

O paciente está em isolamento domiciliar, apresenta quadro clínico estável, sem complicações, e está sendo monitorado pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município.

“Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de Monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, trouxe a nota da Saúde.

O ministério informou ainda que segue em articulação direta com o Rio Grande do Sul para monitoramento do caso e rastreamento dos contatos.

Os outros dois casos confirmados são em São Paulo.

No total, há investigação de seis casos suspeitos, que seguem isolados e em monitoramento.

Fonte: Correio Braziliense Online 

Congresso internacional traz avanços no combate ao câncer

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Depois de dois anos no formato virtual, o congresso da Associação Norte-Americana de Oncologia Clínica, o Asco, voltou a reunir mais de 40 mil pessoas em Chicago, trazendo importantes novidades para o tratamento de câncer. Segundo especialistas, o evento, encerrado no último dia 7, atendeu às expectativas e mostrou que, apesar da pandemia de covid-19, foi possível avançar nos estudos sobre novas estratégias de tratamento. Também mereceu destaque o debate sobre a desigualdade no acesso aos medicamentos, o que se agravou durante a crise sanitária mundial.

De tumores raros aos mais comuns, ao longo de cinco dias, pesquisadores do mundo todo apresentaram, literalmente, milhares de resultados de estudos, incluindo as sessões de pôsteres. Na avaliação de médicos que participaram do evento, as pesquisas que mais repercutiram na comunidade científica foram relacionadas a câncer colorretal e de mama. Alguns dos artigos sobre essas doenças mostraram importantes ganhos na sobrevida dos pacientes.

Para o oncologista Cristiano Resende, do Grupo Oncoclínicas, a “menina dos olhos” do congresso foi a fase 3 do estudo Destiny, com pacientes de câncer de mama metastático. “O estudo foi apresentado na Plenária, com 100% dos médicos assistindo. Foi ovacionado, o público ficou de pé por um minuto e meio, aplaudindo”, relata o médico, que também levou um trabalho ao congresso (Leia mais nesta página). O motivo da comoção foi o aumento significativo da sobrevida livre de doença (quando o câncer está em remissão) e da sobrevida global de pessoas que, até então, não tinham a opção de serem tratadas com uma droga que já se mostrou muito eficaz no tratamento de tumores mamários.

Estima-se que metade das pacientes de câncer de mama possam ser beneficiadas com a descoberta. São pessoas que têm a forma metastática da doença, mas que apresentam baixa expressão de um receptor nas células cancerosas que é alvo do medicamento trastuzumab deruxtecan, uma combinação de anticorpo monoclonal com quimioterápico. “Há alguns anos, esse remédio mudou a prática clínica”, observa Resende.

Porém, a substância destina-se apenas às mulheres que têm uma grande quantidade do receptor HER2 nas células doentes. Aquelas cujos testes mostram uma expressão negativa ou duvidosa – classificadas agora de HER2-low (low de baixo, em inglês) não tinham indicação para esse tratamento. Agora, contudo, pesquisadores mostraram que essa população também pode ser tratada com o trastuzumab deruxtecan e ter um ganho significativo. O estudo do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, incluiu 557 voluntárias com o perfil HER2-low. Dessas, 373 receberam o medicamento, e as restantes foram tratadas com a quimioterapia padrão.

Segundo os pesquisadores, comparadas ao segundo grupo, nas mulheres que receberam o trastuzumab deruxtecan, o risco de a doença crescer e se espalhar foi 49% menor. A mortalidade durante o acompanhamento – 18,4 meses – foi 36% menor. “Nosso estudo mostra que a substância pode ser uma nova e altamente efetiva opção de terapia alvo disponível para a nova classificação das pacientes”, disse, em um comunicado de imprensa, Shanu Modi, principal autor do estudo.

O medicamento foi aprovado no Brasil neste ano para as pacientes com HER2 positivo. O laboratório já entrou com pedido de inclusão daquelas com perfil HER2-low na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Porém, sendo um remédio novo e muito caro – o tratamento de uma pessoa chega a US$ 50 mil -, ele não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e mesmo as usuárias de planos privados podem ter dificuldade de consegui-lo no país.

100% de remissão

Um fato inédito na história do congresso foi a apresentação de um estudo que relatou 100% de remissão de um raro tumor retal em estágio avançado. Pessoas com o chamado dMMR têm uma alteração molecular que dificulta a resposta ao tratamento padrão – quimio e radioterapia. Essa anomalia, que acontece no momento em que a célula faz cópias do DNA, está presente em aproximadamente 5% a 10% de todos os tumores de reto, segundo os autores da pesquisa. Tratados por seis meses com o imunoterápico dostarlimab aplicado via venosa a cada três semanas, todos os participantes do estudo se viram livres do câncer retal dMMR, o que foi comprovado em avaliações radiológicas e endoscópicas.

O número de pacientes envolvidos foi pequeno, 14, mas o suficiente para o trabalho ser reconhecido como um dos mais importantes do congresso. “As respostas nesses primeiros pacientes foram notáveis e excedem o que esperávamos com a quimioterapia padrão mais radiação”, comenta a oncologista gastrointestinal Hanna K. Sanoff, que não participou da pesquisa. Segundo a médica do Hospital do Câncer da Carolina do Norte, nos EUA, como esses tumores retais não respondem bem à quimioterapia e à radiação, muitos pacientes precisam ser operados. “Infelizmente, a cirurgia pode resultar em consequências notáveis para a saúde, incluindo danos nos nervos, infertilidade e disfunção intestinal e sexual.”

O dostarlimab é uma imunoterapia e deve chegar ao Brasil em agosto, com a indicação para tratamento de câncer de endométrio. No estudo, que, no fim, será feito com 30 pacientes, todos os 14 participantes tinham câncer retal dMMR nos estágios 2 e 3, mais avançados. “Gostaria de destacar que a maioria desses pacientes tinha tumores grandes e volumosos. O padrão de atendimento para eles provavelmente exigiria as três modalidades de tratamento: quimioterapia, radioterapia e cirurgia”, disse, na apresentação do estudo, Andrea Cercek, chefe da seção de câncer colorretal do Memorial Sloan Kettering Cancer Center e um dos autores do artigo, publicado simultaneamente na revista The New England Journal of Medicine. Na publicação, os dados são de 12 pessoas, mas o número subiu posteriormente.

“Nós já tratamos um total de 14 pacientes, e todos – 100% – tiveram uma resposta clínica completa apenas com dostarlimab. Nenhum paciente necessitou de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Não houve evolução de grau do tumor. Não foram observadas recorrências da doença”, continuou Cercek, ressaltando que é necessário um acompanhamento mais longo dessas pessoas para estabelecer a durabilidade do tratamento. Por enquanto, elas foram avaliadas ao longo de dois anos.

Três perguntas para

Fernando Maluf, oncologista e fundador do Instituto Vencer o Câncer

A pandemia de covid atrapalhou de alguma forma as pesquisas na área oncológica?

A pandemia atrapalhou a pesquisa e o tratamento de câncer no mundo inteiro, e um dos motivos principais foi o isolamento. O que aconteceu é que o número de pacientes incluídos nos protocolos clínicos caiu drasticamente. Muitos deles acabaram tendo dificuldade de acesso aos centros. No nosso país, houve, em vários locais onde a estrutura de câncer era acoplada a áreas não oncológicas, o direcionamento de leitos para a covid; salas de aplicação de quimioterápicos direcionadas a outras condições; e UTIs lotadas. O que aconteceu foi que, por uma questão estrutural, muitos hospitais tiveram uma redução no atendimento de pacientes de câncer.

Houve muitas expectativas em relação ao Asco 2022, por ser o primeiro congresso presencial desde 2019. Os trabalhos apresentados corresponderam ao que se esperava?

Foi muito bom ser presencial porque a gente consegue, outra vez, o que não consegue on-line, que é interagir com colegas e lideranças do mundo inteiro e desenhar projetos de pesquisa trabalhando como um grupo. Os trabalhos corresponderam às expectativas. Houve estudos de câncer de mama importantes, como o Destiny, que mostrou um ganho de sobrevida livre de progressão muito significativo. Outro estudo com 12 pacientes de tumor de reto que tiveram resposta completa só com o imunoterápico, sem precisar de quimio, rádio ou cirurgia. Além disso, houve consolidação importante, como os radiofármacos, o caso de câncer de próstata metastático resistente à castração; o papel da imunoterapia, aumentando a sobrevida de pacientes com câncer de colo de útero; novas drogas imunoterápicas no tratamento do câncer de bexiga superficial; e a introdução de novos agentes nos cânceres de cabeça e pescoço, aumentando a sobrevivência com a radioterapia. São estudos muito importantes porque podem beneficiar pacientes a curto prazo.

Além de resultados de estudos, o congresso abordou a desigualdade no acesso a medicamentos. Como foi esse debate?

Isso foi assunto de várias mesas do congresso. Não adianta ter tecnologia se ela não chega às pessoas como um todo. Então, acho que existe até do ponto de vista das agências internacionais uma preocupação maior de como a gente consegue garantir equidade no cuidado do paciente oncológico dentro dos próprios países e também entre os países do mundo inteiro.

Aumento dos casos de metástase

A pandemia de covid não fez vítimas somente entre os infectados pelo Sars-CoV-2. Pacientes de câncer foram prejudicados, o que teve como consequência uma redução do diagnóstico em fase inicial, dificultando as chances de cura. Um trabalho brasileiro apresentado na sessão de pôsteres do Congresso da Sociedade Norte-Americana de Oncologia Clínica (Asco) encontrou uma diminuição estatística importante nos atendimentos, ao mesmo tempo em que aumentou o número de pacientes com metástases.

O estudo foi realizado com base nos dados de quase 12 mil pessoas atendidas pelo grupo Oncoclínicas em todo o país, inclusive em Brasília. Os pesquisadores compararam a quantidade de pacientes de câncer de mama que buscaram as clínicas da rede entre 2018/2019 com as que procuraram ajuda médica entre 2020/2021.

“Houve uma diminuição no número de pacientes iniciais (que se consultaram pela primeira vez), passando de 68% para 58%. Ao mesmo tempo, aumentou o número de pacientes com doença metastática, de 12% para 19%”, diz o oncologista Cristiano Resende, um dos autores da pesquisa. Ele explica que, embora o estudo não tenha investigado relação de causa e consequência, é muito provável que as estatísticas sejam explicadas pela pandemia, quando muitas pessoas deixaram de sair de casa para fazer os exames de rotina que podem detectar a doença em fase inicial.

“Fica muito claro que isso está relacionado à falta do exame de rastreamento”, observa Resende. “Estamos falando de uma doença que, quando metastática, é incurável. Houve um aumento de pacientes com metástases de 7%. Exatamente na faixa etária onde havia mais chances de prevenir, que são as mulheres com mais de 50 anos e na pós-menopausa. Esse também é o grupo de maior risco de covid. Então, acreditamos que muitas pessoas deixaram de fazer os exames devido ao isolamento.”

Fonte: Correio Braziliense Online

Três doses da Pfizer contra Covid são eficazes e seguras na faixa até 4 anos, diz FDA

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Três doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 foram eficazes na prevenção de casos sintomáticos em crianças de 6 meses a 4 anos em estudos, de acordo com os reguladores de saúde dos Estados Unidos. A equipe da Food and Drug Administration (FDA), órgão dos EUA semelhante à Anvisa, também disse, em uma revisão de dados de estudo publicada neste domingo (12), que não havia novas preocupações de segurança sobre o uso do imunizante em crianças pequenas em comparação com grupos etários mais velhos.

A avaliação é o mais recente sinal de que as autoridades estão se aproximando da liberação de vacinas para crianças menores de 5 anos, o último grupo não elegível para a imunização contra a Covid-19.

Na sexta-feira (10), a FDA divulgou uma revisão apontando que duas doses da vacina contra Covid-19 da Moderna são geralmente seguras e eficazes em crianças de 6 meses a 5 anos de idade.

A FDA pode tomar uma decisão na próxima semana sobre autorizar as duas vacinas para uso entre crianças pequenas, depois que especialistas em vacinas que aconselham a agência considerarem os dados sobre as vacinas e fizerem uma recomendação.

Fonte: CNN Brasil

SP orienta sobre aumento de prazo de validade de vacinas contra covid

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Quem for tomar as vacinas contra covid em postos da capital paulista pode eventualmente se assustar por ver no rótulo a data de validade vencida, mas isso não deve ser motivo de preocupação, pois as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer obtiveram autorização da Anvisa para terem sua validade estendida.

O prazo da AstraZeneca aumentou de 6 para 9 meses, caso esteja armazenada nas temperaturas entre 2 e 8 graus centígrados. Em relação à vacina da Pfizer, tanto a adulta como a versão pediátrica, a validade foi estendida de 9 para 12 meses, caso seja armazenada entre menos 60 e menos 90 graus centígrados.

Os postos de saúde foram orientados a afixar cartazes informando a extensão no prazo de validade das vacinas. Atualmente na capital a 4ª dose está sendo aplicada para todos acima de 50 anos e os adolescentes a partir de 12 anos podem tomar a dose de reforço. Em ambos os casos, a pessoa precisa ter tomado a última dose há pelo menos quatro meses.

Fonte: Agência Brasil

STJ permite tratamentos fora do rol da ANS com evidência científica

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rol da ANS

Tratamentos fora do rol da ANS vêm despertando crescente interesse de pacientes nas últimas semanas. Isso porque a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras não são obrigadas a fornecê-los. Mas existem brechas. As informações são do Estadão.

O próprio STJ afirma que pode haver sim cobertura pelos convênios nos casos em que há comprovação científica. Além disso, outros cenários, como a não indeferição pela ANS e a recomendação por órgãos técnicos de renome, também podem liberar a cobertura.

Para o advogado e especialista em direito à saúde, Rafael Robba, a decisão traz mais dúvidas do que certezas. “Não ficou claro o que atestaria a eficácia do tratamento à luz da medicina baseada em evidências, mas entendo que isso ficaria a cargo do médico que assiste o paciente”, comenta.

No entendimento do advogado, para que os tratamentos fora do rol da ANS fossem liberados, bastaria um relatório do médico prescritor, junto aos estudos que comprovam a eficácia.

Tratamentos fora do rol da ANS em execução não serão suspensos

Robba também traz um alento para os pacientes que já recebem tratamentos fora do rol da ANS por meio de decisões judiciais. Elas continuam vigentes, ou seja, o tratamento não será suspenso pela decisão mais recente.

O novo entendimento do STJ apenas servirá como norte para a defesa dos planos de saúde em futuros casos. Mas o profissional entende que a mensagem passada pelo tribunal não foi a ideal.

“A mensagem que o STJ transmitiu pode estimular as operadoras a negar mais tratamentos solicitados pelos beneficiários, antes mesmo da ação judicial”, opina.

Base de dados públicas pode ajudar nas decisões

Uma ajuda importante para os juízes é o NatJus. A plataforma, criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi concebida para auxiliar os magistrados a tomar as decisões embasadas pelas evidências científicas quando precisam atuar em casos de tratamentos fora do rol da ANS.

Como funciona o NatJus?

Um convênio de instituições acadêmicas faz avalições técnicas sobre a eficiência dos tratamentos fora do rol da ANS. Basta então o juiz acessar, digitar o nome do medicamento e consultar o parecer dos pesquisadores.

Um paciente pode também realizar a consulta, visto que a plataforma é de livre acesso.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Farmácia terá que indenizar cliente acusada de furto

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cliente acusada de furto

A DrogaDelia, localizada no centro de Embu-Guaçu (SP), terá que indenizar em R$ 10 mil uma cliente acusada de furto pelas redes-sociais. A decisão da 8 ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) foi unânime e de acordo com o definido pela Vara Única da cidade. As informações são do TJSP.

A desembargadora da apelação, Clara Maria Xavier, reforçou que a indenização “deve atender os princípios da proporcionalidade e razoabilidade” e também que a reparação “não pode servir de fonte de enriquecimento indevido”.

Além do valor, a farmácia também terá que postar uma nota de retratação nas mesmas páginas em que postou a acusação. Caso a empresa postergue a postagem, terá que arcar com uma multa de R$ 100 por dia, limitada ao total referente à indenização (R$ 10 mil).

Caso de cliente acusada de furto ocorreu há dois anos

Segundo os autos, a cliente acusada de furto se surpreendeu com a postagem no perfil da DrogaDelia nas redes sociais no mês de julho de 2020. No conteúdo, a farmácia a apontava como causadora dos delitos, conteúdo esse que foi compartilhada centenas de vezes.

O constrangimento da vítima se tornou ainda maior, pois o post contava com sua foto.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico