Reajuste de medicamentos deve pressionar varejistas
Agência de rating afirma que margem de lucro das redes de farmácias pode sofrer reduções


O mais recente reajuste de medicamentos, aprovado pela CMED na última sexta-feira, dia 28, coloca pressão sobre as margens de lucro das varejistas brasileiros. É o que sinalizam analistas da Fitch Ratings. As informações são do Valor Econômico.
A adequação nos preços foi, em média, de 3,83%, número inferior à da inflação acumulada em 2024. Esse deságio acaba afetando diretamente a rentabilidade dessas companhias, já que os valores não são totalmente repassados ao consumidor final.
“Ainda que o impacto isolado desta variável seja de baixo a moderado para os ratings, ela pode intensificar os efeitos negativos associados a um ambiente de taxas de juros elevadas, inflação crescente e competição acirrada no setor”, explicam os analistas da agência de classificação de risco.
Reajuste de medicamentos tende a ser benéfico no longo prazo
A conclusão final dos profissionais, no entanto, é de que, apesar dos momentos inicias de instabilidade, as empresas do varejo farmacêutico continuem sólidas, principalmente devido à consolidação da demanda de consumo.
A Fitch ainda classificou as companhias que devem ter maior facilidade e dificuldade para lidar com a situação. A RD Saúde foi considerada a mais flexível delas, enquanto a Pague Menos e a Nissei foram apontadas como as mais afetadas.