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Remédio injetável contra HIV ganha aval da Anvisa

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remédio injetável contra HIV
Divulgação: Anvisa

O primeiro remédio injetável contra HIV no Brasil acaba de ganhar aprovação da Anvisa. Segundo informações do portal Metrópoles, a agência deu aval para o registro do medicamento Cabotegravir, que consiste em uma profilaxia pré-exposição (PrEP).

Essa alternativa terapêutica vem se firmando como uma estratégia eficiente para prevenir novos casos, combinada a práticas sexuais mais seguras.

O medicamento será comercializado pela farmacêutica britânica GSK e com o nome Apretude, mas ainda não tem previsão para chegar ao mercado. A sua presença na rede pública depende de aprovação por parte da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde.

Em 2021, o Cabotegravir recebeu aval da FDA nos Estados Unidos. Já no ano passado, foi recomendado também pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Opções além do remédio injetável contra HIV

Além do remédio injetável contra HIV, desde 2019 a PrEP já está disponível na rede pública, por meio da farmacêutica brasileira Blanver.

“Estima-se que o medicamento permite ao sistema público economizar R$ 150 milhões com gastos evitáveis no combate ao vírus. A PrEP também já é realidade em mais de 500 lojas de grandes redes de farmácias, o que se revelou fundamental para ampliar exponenciamente a adesão ao método”, argumenta o CEO Sérgio Frangioni.

Entre janeiro e março deste ano, o laboratório comercializou 10,9 milhões de comprimidos. A média mensal é 234% superior à contabilizada nos últimos três anos. Para absorver essa crescente demanda, a farmacêutica aumentou o ritmo de produção em 77% no primeiro trimestre.

Estudo mostra viabilidade da PrEP

Estudo publicado na revista The Lancet HIV mostra que a oferta imediata de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV é viável no Brasil, com baixa perda precoce de acompanhamento. Os resultados mostram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço a longo prazo foram boas. As informações são da Agência Brasil.

PrEP é um medicamento anti-HIV, tomado de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição. A pesquisa foi conduzida pelo Grupo de Estudos ImPrEP no Brasil, México e Peru, de 2018 a 2021 e teve como objetivo central avaliar a viabilidade da oferta de PrEP oral diária nesses três países, servindo de espelho para iniciativas similares na América Latina.

Ao todo, participaram 9.509 pessoas, sendo 3.928 no Brasil, 3.288 no México e 2.293 no Peru. A maioria, 94,3%, gays, bissexuais e outros homens cisgêneros que fazem sexo com homens (HSH). Os demais 5,7% são travestis e mulheres trans, populações mais afetadas pela pandemia de HIV e aids na América Latina, a maioria com idade entre 18 e 30 anos.

Os resultados mostram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço a longo prazo foram boas, sendo pior entre os mais jovens e mais vulneráveis; e a incidência de HIV foi muito baixa, sendo maior nas populações mais vulneráveis e com baixa adesão à PrEP.

PrEP como tecnologia de prevenção

De acordo com o estudo, a PrEP comprovou ser uma importante tecnologia de prevenção, especialmente junto a populações como HSH, travestis e mulheres trans na América Latina. A pesquisa aponta que os determinantes sociais e estruturais de risco ao HIV precisam ser abordados para a plena realização dos benefícios da profilaxia.

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