Apesar de reações críticas do mercado e embora as farmacêuticas neguem qualquer negociação, um grupo de empresários mantém a disposição de adquirir vacinas da Covid-19. E segundo informações de O Globo, a chamada Coalizão da Indústria teria o aval do presidente Jair Bolsonaro.
O grupo representa 15 setores produtivos e em torno de 45% do PIB da indústria. A coalizão conta com nomes de referência em segmentos como construção civil, siderurgia, máquinas e equipamentos, plásticos e vestuário. Os seus representantes têm procurado farmacêuticas e fundos de investimento em busca de doses disponíveis.
Uma das procuradas teria sido a AstraZeneca, por meio dos fundos que apostaram na vacina da farmacêutica britânica em parceria com Oxford. A companhia, porém, desmente qualquer conversação. O BlackRock, acionista da empresa, afirma que não procede que o fundo tenha direito a um lote de vacinas por se tratar de mero acionista, sem ter participado de qualquer financiamento direto para desenvolver o imunizante.
Pfizer e a indiana Bharata Biotech, responsável pela vacina Covaxim, também estariam em negociações.
Fura-fila e debandada
No entanto, houve uma reação negativa de parte da sociedade. As empresas temem o dano de imagem por serem vistas como fura-fila. Desde que a iniciativa veio a público, inclusive, algumas empresas teriam abandonado o projeto. Em nota oficial, o governo diz apenas que exigiu que 50% das vacinas fossem doadas ao SUS e que elas não fossem comercializadas, usadas apenas na imunização de funcionários.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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