A lucratividade das farmácias além dos medicamentos Rx

0
LUCRATIVIDADE DAS FARMÁCIASFarmácias, Medicamentos isentos de prescrição, não medicamentos, autosserviço
Foto: Divulgação Febrafar

Cada vez mais a lucratividade das farmácias têm como fatores determinantes as vendas de remédios isentos de prescrição e não medicamentos. O papel do varejo farmacêutico como mero dispensador ficou no passado.

Estamos em um processo de evolução, com uma procura maior por produtos dos segmentos de higiene, beleza e nutrição, gerando uma grande oportunidade no aumento do tíquete médio dos clientes. No entanto, na minha opinião, as farmácias não devem tirar o foco da venda de medicamentos, já que esse é o real propósito da existência delas no mercado.

Em minhas viagens pelo Brasil, vejo o setor aproveitando essa oportunidade ao diversificar o mix de produtos de saúde e bem-estar, incluindo suplementos, itens de higiene pessoal, dermocosméticos e artigos infantis.

Também observo empresas que ampliam ainda mais o mix para incluir produtos de conveniência não necessariamente relacionados à saúde. Um exemplo é a comercialização de artigos para casa, entre os quais panelas de pressão e umidificador de ar; e até de uso pessoal, como chinelos e óculos de sol.

Minha preferência é pelo primeiro modelo, pois acredito que o foco em saúde e beleza não só mantém a essência da farmácia, mas também oferece grandes possibilidades de crescimento. Contudo, para melhor aproveitar esse potencial, é importante que os proprietários do setor tenham, sempre à disposição, dados da sua loja e do mercado em que atua para consultá-los e garantir uma gestão assertiva dos processos de compra e venda.

Enquanto o associativismo organizado e as grandes redes de farmácias vêm avançando na valorização do autosserviço, os PDVs independentes enfrentam desafios, com a falta de informação e recursos limitando a capacidade de expansão.

Para mim, a integração de MIPs e não medicamentos no portfólio das farmácias é uma estratégia vital para aumentar a lucratividade e diversificar as fontes de receita. À medida que os consumidores buscam conveniência e uma variedade maior de produtos, os estabelecimentos que souberem capitalizar essa demanda estarão mais bem posicionados para prosperarem nesse mercado altamente concorrido.

A competitividade no segmento farmacêutico exige a profissionalização da gestão. Olhar para o PDV de forma ampla, a capacitação contínua e a adoção de boas práticas são essenciais para garantir um crescimento sustentável e lucrativo. Para tudo isso, a transformação digital é crucial. Farmácias que adotam tecnologias para digitalizar seus processos e clientes estão mais prontas para a utilização de dados sólidos para orientar suas ações e estratégias, especialmente na gestão além dos medicamentos Rx.

* Edison Tamascia é um empresário com 50 anos de experiência no varejo farmacêutico. É presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e um dos principais promotores do associativismo no país

Confira também: Notícias panorama Farmacêutico

Vending machines da Pacheco estreiam no metrô

Vending machines da Pacheco
Foto: Divulgação

Uma campanha do Grupo DPSP está focando na instalação de vending machines da Pacheco no metrô do Rio de Janeiro. As primeiras estações contempladas com as máquinas são Jardim Oceânico, General Osório, Jardim de Alah e Carioca. O principal objetivo da medida é aproveitar o intenso movimento nas plataformas e apostar na praticidade para impulsionar suas vendas.

“Nossas lojas estão espalhadas por toda a cidade. Temos o e-commerce, as entregas, e os clientes podem retirar os pedidos nas lojas. Agora, a ideia é facilitar ainda mais, levando as vending machines onde as pessoas estão de passagem, para que o cliente não precise sequer andar meia quadra até uma loja”, explica André Svartman, gerente de marketing, CRM e CX do Grupo DPSP.

 Vending machines da Pacheco não são novidade

O executivo explica que a escolha dos locais é um teste para uma possível expansão dos equipamentos não apenas para outras estações do metrô, mas também para a orla da Zona Sul. A instalação das máquinas em condomínios também está nos planos e é uma possibilidade no futuro.

O mix de produtos, com preços que variam de R$ 2 a R$ 50, inclui removedor de esmalte, lenço umedecido, escova e creme dental e filtro solar, além de balas de gengibre, própolis e vitaminas. Os itens são todos da marca própria da rede, a Ever – e as variações Ever Care, Ever Baby, Ever You e Ever Nutri.

A iniciativa já foi realizada pela Drogaria São Paulo. A primeira máquina de vendas automáticas foi instalada na estação Pinheiros, da Linha 4 – Amarela. Outras cinco máquinas estarão disponíveis na mesma linha.

Na capital paulista, a prefeitura, já por duas vezes, realizou instalações similares. Nas oportunidades, noticiadas pelo Panorama Farmacêutico, máquinas utilizadas na distribuição de medicamentos contra o HIV foram espalhadas por estações de metrô e diversos outros pontos estratégicos na cidade.

Estudo aponta desfavorecimento da indústria farmacêutica na justiça

indústria farmacêutica na justiça
Foto: Freepik

Uma pesquisa realizada por professores de universidades paulistanas apontou indícios de litigância predatória contra a indústria farmacêutica na justiça gaúcha. As informações são do portal Jota.

Ao comparar as decisões do Tribunal Regional do Trabalho da 4° Região (TRT4), sediado em Porto Alegre (RS), os professores Luciano Timm (FGV/SP), Thomas Conti e Luciana Yeung (Insper) notaram uma disparidade no valor médio das causas e na porcentagem dos casos analisados pela corte.

 Números da indústria farmacêutica na justiça gaúcha

No documento “Análise Econômica do Direito do Trabalho: um estudo de caso sobre a litigância predatória do setor farmacêutico no RS”, o grupo revelou que o valor médio das causas no estado é de R$ 293 mil, montante quase duas vezes maior que a média do TRT2 (SP), e 38% superior ao TRT1 (RJ).

Nos números de casos a disparidade também é evidente: os dez advogados que mais trabalharam em processos contra empresas farmacêuticas no TRT4 acumularam 2.373 ações, o equivalente a 57,9% do total. Nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro esse montante não superou 15,5% e 24,9%, respectivamente.

Rebranding da InterPlayers conta com R$ 80 mi para inovação

Rebranding da Interplayers
Foto: Divulgação

O rebranding da InterPlayers se tornará realidade em breve. O hub de tecnologia para o setor farmacêutico anunciou a mudança na última semana. Como parte do processo, a companhia investirá R$ 80 milhões para desenvolver tecnologias próprias e realizar eventuais aquisições.

De 2020 para cá, o ecossistema investiu quase R$ 200 milhões em pesquisa e desenvolvimento, transformação digital, cultura ágil, capacitação e M&A. Atualmente, o núcleo de serviços reúne cinco unidades de negócios, dentre eles distribuição e vendas B2B, varejo e programas B2B2C, cuidados em saúde, saúde suplementar e analytics.

Anualmente, a InterPlayers impacta 50 milhões de pacientes atendidos por mais de 70 mil farmácias, clínicas e hospitais, distribuídos em mais de 4,1 mil cidades brasileiras.

Rebranding da InterPlayers traz foco em tecnologia 

Um dos principais objetivos por trás da nova marca da InterPlayers passa por demonstrar seu foco em tecnologia. Em paralelo, o hub reforça seus investimentos em inteligência artificial em saúde.

Como parte da estratégia de divulgação dessa iniciativa, o grupo mobilizou 40 tomadores de decisão do setor em um evento para debater as aplicabilidades dessa tecnologia, ocorrido na primeira quinzena de junho, em São Paulo (SP). O projeto atraiu a atenção de farmacêuticas como Abbott, BMS, Ferring, Galderma e Hypera, por exemplo.

CRMBonus tem novo vice-presidente

0
CRMBonus, Luis Fischpan
Foto: Divulgação

A CRMBonus, plataforma de análise de dados especializada na relação entre as empresas e seus clientes, recrutou Luis Fischpan para o cargo de vice-presidente de novos negócios.

O executivo conta com mais de 20 anos de experiência no segmento, além de MBAs em gestão de negócios e projetos pela FGV, finanças pela PUC-RJ e varejo pela Linx SA. Fischpan assume seu novo desafio após três anos na Stone, onde era diretor executivo.

Expansão da RD Saúde leva rede a 600 cidades

0
Expansão da RD Saúde
Foto: Divulgação

Mais de 600 municípios brasileiros já contam com farmácias da Raia ou da Drograsil. A capilaridade foi ampliada com a recente expansão da RD Saúde, que levou as bandeiras para 24 novas cidades neste ano. As informações são da Veja Negócios.

Nos primeiros sete meses de 2024, a rede de farmácias estreou em cidades como Águas de Lindoia, Brotas e Brodowski, em São Paulo; Cajazeiras (PB), Itapipoca (CE), João Pinheiro (MG) e Maracaju (MS). Com planos de chegar aos 319 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes nos próximos anos, a varejista já se faz presente em 308 deles.

Com três mil farmácias em todo país, a companhia conta também com 14 centros de distribuição. Até 2025, a empresa quer abrir entre 280 e 300 PDVs por ano.

Expansão da RD Saúde também passa pelo digital 

Enquanto aumenta sua presença física chegando a municípios inéditos, a RD Saúde também vê suas vendas no ambiente digital crescerem. Enquanto 35 mil negócios eram fechados mensalmente em janeiro de 2023, em julho deste ano esse total chegou a 45 mil por dia. Atualmente a rede de farmácias tem um market share de 16,2% e é o maior grupo empresarial do setor no país.

Rede de farmácias também investe em capacitação 

Além de expandir sua capilaridade, outro grande objetivo da companhia é a de aumentar a parcela de colaboradores formados em farmácia em suas linhas. Para tal, a empresa ampliou seu programa de graduação.

A universidade interna da varejista inicia a sua segunda turma. Agora, 280 gerentes e supervisores de farmácia serão beneficiados pela iniciativa. As aulas começaram na última semana e o processo de seleção levou em conta as notas registradas pelos interessados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O curso tem duração de cinco anos e mensalidade fixa de R$ 250, sendo o restante subsidiado pela RD Saúde.

Fusão entre Kroger e Albertsons é suspensa

Fusão entre Kroger e Albertsons
Foto: Reprodução The Kroger Co

A fusão entre Kroger e Albertsons, varejistas norte-americanas, está momentaneamente suspensa.  A negociação de US$ 25 bilhões (R$ 141,1 bilhões) foi interrompida até que o tribunal do Distrito do Colorado decida sobre uma ação judicial movida para bloquear o acordo, sob a alegação de que ele deve aumentar os preços dos produtos. As informações são do portal Drugs Store News.

O pedido é de responsabilidade do procurador geral do estado, Phil Weiser. “O julgamento está marcado para o dia 30 de setembro, meu escritório está ansioso para argumentar que essa fusão eliminará a concorrência, impactando o preço dos alimentos, os empregos e as opções de escolha dos consumidores”, afirma o político.

Fusão entre Kroger e Albertsons é polêmica

Em fevereiro a Comissão Federal de Mercado dos Estados Unidos (FTC), junto a outros oito estados, anunciou sua intenção de bloquear a união das empresas na justiça.

A juíza Adrienne Nelson havia agendado para o dia 26 de agosto o início das audiências do caso, que ganhou forças após os estados do Colorado e Washington protocolarem seus processos. Os dois governos foram seguidos pela FTC e por mais seis estados.

No entanto, um juiz do Colorado concedeu uma liminar suspendendo totalmente o acordo e cancelando uma audiência originalmente prevista para o dia 12 de agosto. Em nota, um porta-voz da Kroger comentou a decisão.

“Defenderemos que a fusão entre a Kroger e a Albertsons trará benefícios reais para a população, incluindo redução nos preços e mais opções para famílias em todo o país, além de ampliar as oportunidades de empregos”.

Farmacêutica brasileira obtém R$ 500 milhões do BNDES

FARMACÊUTICA BRASILEIRAFarmacêutica, indústria farmacêutica, financiamento do BNDES, BNDES, Eurofarma, genéricos, biossimilares
Foto: Divulgação

Farmacêutica brasileira líder em vendas no varejo, a Eurofarma acaba de obter R$ 500 milhões em financiamento do BNDES. Segundo informações da Folha de S.Paulo, a companhia está de olho especialmente no desenvolvimento de novos medicamentos genéricos e biossimilares no país, com foco no atendimento à rede pública de saúde.

Esta é a oitava vez que a Eurofarma recorre ao BNDES nos últimos 20 anos, mas a última solicitação de crédito aprovada se deu em 2011. Esse montante atual, porém, é quase o dobro de todas as sete operações ocorridas entre 2005 e 2011, que somaram R$ 274 milhões.

O pipeline de expansão da Eurofarma prevê mais de 200 produtos, entre medicamentos com inovação incremental e radical. O mercado de genéricos, no qual a concorrente EMS ocupa a primeira colocação, deve ser um dos principais alvos desse projeto. A companhia planeja ampliar o portfólio nas categorias relacionadas à dor, diabetes e sistema cardiovascular. Também irá priorizar a consolidação em segmentos como o de antibióticos, saúde feminina e sistema nervoso central.

O desenvolvimento dos novos produtos ficará concentrado no centro de inovação de Itapevi (SP), considerado o maior polo de pesquisas farmacêuticas da América Latina. O complexo conta com mais de 750 pesquisadores. A Eurofarma mantém ainda uma plataforma comercial para viabilizar a exportação de medicamentos para a América Latina, onde atua em 22 países.

Farmacêutica brasileira terá financiamento a juros mais baixos

A farmacêutica brasileira utilizará o programa BNDES Mais Inovação, que concede financiamentos públicos a taxas de juros mais baixas. “Sem negacionismo na ciência, o governo do presidente Lula estimula a pesquisa e o desenvolvimento, contribuindo também para fortalecer a indústria nacional e reduzir o histórico déficit da balança comercial nesse setor”, declarou o presidente do banco, Aloizio Mercadante, em entrevista à Folha de S.Paulo.

Até meados de julho, os financiamentos do BNDES para a indústria farmacêutica totalizam R$ 2 bilhões, o maior valor desde 1995. Os recursos liberados neste ano são 32% superiores aos de 2023. O terceiro governo Lula registra a maior média de créditos aprovada entre os governos brasileiros desde 1995.

Farmácia mexicana combina saúde com cultura pop

FARMÁCIA MEXICANAFarmácias Similares, farmácia, varejo farmacêutico, cultura pop
Foto: Reprodução Facebook Farmácias Similares

Como uma farmácia mexicana, com um mascote que virou ícone da cultura pop, está revolucionando o sistema e o acesso à saúde no país? As mais de 9,9 mil lojas das Farmacias Similares, distribuídas pelo México, Chile e Colômbia, podem servir de inspiração para o varejo farmacêutico brasileiro na jornada para reter clientes e estimular a adesão aos tratamentos.

A farmácia é pop, mas não só pelos personagens lúdicos que ajudam a difundir sua gama de serviços. Além dos preços baixos, todos os pontos de venda contam com um consultório clínico cujo atendimento sai por menos de US$ 3 (R$ 16,93). O pai da ideia é um personagem icônico na história do país.

Farmacêutico, empresário e político, Víctor González Torres fundou a rede em 1997. Popularmente conhecido como Doutor Simi, ele tornou-se uma figura ainda mais reconhecida após sua candidatura frustrada à presidência, em 2006, devido a problemas com registro eleitoral.

Torres herdou de seu pai os Laboratórios Best, uma indústria farmacêutica que dependia da compra de medicamentos do Estado. Tinha licença para produzir genéricos, que correspondem a 90% dos fármacos no México. Ele decidiu vendê-los “75% mais baratos”, num país onde o medicamento médio custa o dobro em relação aos demais mercados da América Latina.

Em 2022, ele passou o comando da rede para seu filho, Victor González Herrera, que deu início a uma transformação para reposicionar a empresa, com um modelo de negócios que mescla acessibilidade com uma pitada de diversão. Em junho de 2023, a companhia inaugurou a primeira farmácia projetada para pessoas com deficiência, equipada com prateleiras mais baixas, corredores mais largos e entradas acessíveis. A unidade tornou-se um modelo para outros 19 PDVs.

Quando a farmácia mexicana encontrou a cultura pop

A farmácia mexicana tem no personagem Dr. Simi um dos símbolos da saúde no país. O personagem é um médico grisalho e bigodudo, que dança e posa para fotos em frente às lojas da rede desde o início das operações. No ano passado, o boneco de pelúcia ganhou ainda mais fama ao ser arremessado em shows de artistas como Lady Gaga, Justin Bieber, Dua Lipa, Adele, Taylor Swift e Harry Styles. E o que começou como uma moda passageira no México virou um ícone global.

Farmacia mexicana 2
Foto: Reprodução X

O interesse pelo Dr. Simi levou a varejista a iniciar uma escala de produção dos bonecos de pelúcia, cuja fábrica emprega, em grande parte, pessoas com deficiência. Em setembro do ano passado, as Farmácias Similares inauguraram a Similandia na Cidade do México, uma espécie de parque que promete uma experiência imersiva do personagem para crianças e adultos. O complexo comercializa mais de 70 versões do Dr. Simi, além de produtos básicos de farmácia. E também conta com uma clínica de atendimento de urgência.

Com informações da BBC e Fast Company

Pesquisa indica 10 medicamentos mais vendidos em 12 meses

MEDICAMENTOS MAIS VENDIDOSMedicamentos, farmácias, varejo farmacêutico
Foto: Freepik

Levantamento da consultoria IQVIA elencou os medicamentos mais vendidos nas farmácias nos últimos 12 meses até junho deste ano. No período, o varejo farmacêutico brasileiro atingiu a marca de 5,42 bilhões de unidades comercializadas. Trata-se de um crescimento de 1,92% em relação ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 5,32 bilhões.

O estudo revela uma predominância de quatro farmacêuticas nacionais no ranking, contra duas multinacionais. Mais uma vez o antidiabético de uso oral Glifage XR, da alemã Merck, ocupa a primeira colocação, com 116,7 milhões de unidades. No fim do ano passado, o medicamento atingiu a marca de 100 milhões de caixas produzidas no Brasil, o que corresponde a uma elevação de mais de 600% nos últimos dez anos.

Em segundo lugar vem o Neosoro AD, com 69,7 milhões de itens vendidos. Em abril, a linha foi ampliada com o lançamento do Neosoro Fluid para lavagem nasal diária. O descongestionante nasal faz parte do portfólio da Neo Química, que ainda tem mais quatro produtos no top 10. Um deles é a losartana potássica, anti-hipertensivo que contabilizou 48,7 milhões de unidades.

Já a quarta posição é ocupada pela Maxalgina (36,5 milhões). A dipirona sódica, da Natulab, detém 26,7% de market share, tendo sido o MIP mais comercializado no mercado em 2022. A lista ainda contempla o Puran T4, hormônio sintético para tratamento do hipotireoidismo da Sanofi, que vendeu 34,9 milhões de itens.

Medicamentos top 10 no varejo farmacêutico
(em milhões de unidades)

graficos panorama farmaceutico 3
Fonte: IQVIA

Medicamentos mais vendidos refletem onda do off-label e cesta OTC

Para especialistas, a lista dos medicamentos mais vendidos está em linha com duas tendências observadas desde 2022. “Os medicamentos antidiabéticos vêm ganhando peso não só pelo combate à doença, mas pelo seu uso off-label.  Além disso, o share de analgésicos e relaxantes musculares na cesta de OTC vem aumentando gradualmente e também favorece a alta na demanda”, analisa Wilton Torres, fundador da plataforma de consulta de medicamentos Farmaindex.