Dismorfia facial é tão identificada quanto a corporal

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Dismorfia

A dismorfia, ou transtorno dismórfico, é frequentemente identificada por cirurgiões plásticos de todo o Brasil no dia a dia dos atendimentos aos pacientes. A denominada “síndrome da feiura imaginária” é recorrente. De acordo com o cirurgião plástico da face e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Yuri Moresco, ficou ainda mais fácil de ocorrer no rosto após o início da utilização dos filtros digitais e o fácil acesso aos procedimentos estéticos não invasivos.

“Se antes os pacientes chegavam no consultório com a folha da revista que constava uma atriz ou um ator famoso, atualmente eles chegam com uma foto completamente modificada de si mesmos. Até mesmo a assimetria, que é algo natural da face, tem incomodado”, diz.

O cirurgião explica que grande parte das pessoas de fato não se enxergam como são, já que a grande maioria das fotos de hoje são por celular, que distorcem a imagem, mas que isso, até certo ponto, é natural. Contudo, o dismorfismo ocorre quando a pessoa começa a buscar defeitos onde não existem ou se incomodar demais com características que acabam levando à baixa autoestima e até mesmo ao isolamento.

“A face é a região mais exposta do corpo e a que causa mais impacto. Como médico, tento salientar que a beleza está nos aspectos naturais. A cirurgia plástica precisa ser um aprimoramento e não uma mudança exagerada”, argumenta Moresco.

Dismorfia atinge cerca de 4 milhões de brasileiros

Quando o transtorno dismórfico corporal (TDC) é identificado em consultório, o paciente é encaminhado para um acompanhamento psicológico. “Nesses casos eu acabo optando por não seguir com a cirurgia e solicito ao paciente que primeiro faça um acompanhamento psicológico. Isso porque o paciente com dismorfia dificilmente vai ficar satisfeito com o resultado cirúrgico porque nem ele mesmo sabe o que de fato está incomodando. Já tive casos de solicitação de transplante de face porque o paciente realmente queria ser uma outra pessoa completamente diferente”, revela o cirurgião.

De acordo com os últimos dados sobre o assunto, o TDC atinge cerca de 4 milhões de brasileiros e aproximadamente 2% da população global. “Os filtros digitais, assim como o acesso aos procedimentos estéticos não invasivos, de menor complexidade, com toda certeza elevaram esse número nos últimos anos. Faz parte do papel do cirurgião plástico conscientizar sobre os parâmetros de perfeição que na verdade não existem”, finaliza o cirurgião.

Profarma lança programa de inovação em logística

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inovação em logística

Por meio do Próton, seu hub de inovação, o Grupo Profarma está com inscrições abertas para acelerar projetos internos em parcerias com startups.

O objetivo é selecionar empresas que possuem soluções aderentes às zonas de atuação do grupo, com foco em quatro pilares: saúde, bem-estar, varejo (físico e digital) e distribuição.

Para o primeiro desafio, a chamada busca empresas que apresentem soluções na área de saúde e bem-estar tanto para o varejo quanto para a distribuição.

“Desejamos nos conectar a outros negócios para promover transformações no mercado com rapidez e precisão”, afirma Reinaldo Donadio, diretor de Inovação.

Esboços de projetos de inovação em logística já começaram

Os times das unidades de negócios já iniciaram o desenho de algumas resoluções e a companhia realiza alguns testes de otimização de custos e melhorias de processos.

“Queremos encontrar startups que tenham vocação para adaptabilidade e capacidade de gerar soluções transversais para o BackOffice, que nos tragam ganhos de eficiência, produtividade e novas tecnologias de inteligência artificial, como Machine Learning, Deep Learning, AR, VR e IoT”, destaca Donadio.

Podem se inscrever na chamada aberta startups de todo o país, através do formulário.

Estreia recente no mercado canábico

Em meados de 2022, a Profarma anunciou a compra de 10% da Health Meds. A fabricante é especializada em produtos à base de CBD, iniciou operações em 2019 e tem capacidade de até 7 mil frascos semanais.

Com a aquisição o grupo deve incorporar os produtos ao portfólio da distribuidora e, em breve, a expectativa é que os itens à base de cannabis cheguem às farmácias da Rede d1000, que integra a Drogasmil, Farmalife, Drogarias Tamoio e Drogaria Rosário.

Dailus leva metaverso para nova coleção

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DailusHá boatos que vem muito glow por aí e a Dailus é a responsável por essa novidade incrível. Com pegada nostálgica dos anos 2000, a marca lança a coleção Lip Glitter, combinando os visuais glossy e glittery do passado e a tecnologia do metaverso.

Para dar mais glamour aos lábios e complementar a make, o Lip Glitter já está disponível no PDV em três tons – Gold Glitter, que é incolor e reúne partículas de brilho dourado; Holo Bomb, também incolor, mas com brilho holográfico que se adapta a qualquer produção; e o Pink Glass, com fundo levemente rosado e brilho rosa.

Apesar das micropartículas de brilho, o gloss não é chamativo e ainda garante aquele volume discreto aos lábios, sem sensação pegajosa. Para melhorar a experiência do consumidor, o lançamento conta com ácido hialurônico, vitamina E e D-Pantol.

Distribuição: sistema próprio
Diretor comercial, trade e distribuição:  Samir Silva – samir.silva@dailus.com.br

 

Sindusfarma premia melhores fornecedores da indústria

Sindusfarma

O Sindusfarma realizou na última segunda-feira, 12, a edição 2023 de seu Prêmio Sindusfarma de Qualidade. A solenidade, sediada no Tokio Marine Hall, em São Paulo (SP), homenageou os melhores fornecedores e prestadores de serviço da indústria farmacêutica em 25 categorias.

Confira a relação completa dos vencedores.

Prêmio Sindusfarma de Qualidade 2023 (H2)

Categoria

Empresa

Armazenagem de medicamentos em recintos alfandegados de zona primária e secundária

Embragen

Armazenagem e distribuição de medicamentos

Ativa
Bulas

CentralPack Embalagens

Cartuchos e displays

Macron Industria Gráfica

Embalagens de transporte

BLS – Biothermal

Consultoria jurídica-regulatória

Spektra

Embalagens primárias, bisnagas e acessórios

CentralPack Embalagens

Equipamentos de laboratório

Agilent Technologies

Fabricantes nacionais de matérias-primas

Colorcon

Filmes plásticos para blister

Klockner Pentaplast
Importadores de matérias-primas

Merck

Laminados de alumínio

CentralPack Embalagens

Máquinas e equipamentos de produção

Merck

Materiais de laboratório

LAS do Brasil

Prestação de serviços para controle de qualidade

T&E Analitica

Prestação de serviços para produção

Merck

Prestadores de serviço em despachos aduaneiros e logística internacional

DMS Logistics

Projetos e instalações

Nordika

Rótulos

Prakolar Rótulos Autoadesivos

Softwares e soluções para equipamentos de produção

FIVE Validation

Soluções ativas para cadeia fria

Solistica

Soluções passivas para cadeia fria

Grupo Polar

Terceirização de ensaios e análises

T&E Analitica

Terceirização de produção e embalagem

Eurofarma

Transporte de medicamentos

Ativa

Dentre as autoridades, estiveram presentes à cerimônia, representando o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o presidente, Wilames Freire Bezerra, e secretário-executivo, Mauro Guimarães Junqueira.

Líderes setoriais também prestigiaram a cerimônia, como Sérgio Mena Barreto (Abrafarma), Giovanni Guido Cerri (Icos), Renato Porto (Interfarma), e Celso Araujo Braga (Sinfar).

Patronesse do Prêmio Sindusfarma de Qualidade

Como é de costume, o sindicato escolheu uma personalidade do mercado farmacêutico para homenagear durante a cerimônia. Dímitra Apostolopoulou foi a escolhida para a 27 ª edição do prêmio.

Sindusfarma

Dímitra nasceu em Atenas e, durante a sua infância, imigrou para o Brasil. Após concluir seus estudos na USP, Dímitra decidiu retornar à Grécia, onde trabalhou na indústria farmacêutica.

No entanto, seu amor pelo Brasil a trouxe de volta ao país, e ela dedicou a maior parte de sua carreira à Boehringer Ingelheim, ocupando cargos gerenciais na área de qualidade.

Além disso, Dímitra destacou-se como farmacêutica responsável e auditora internacional de Boas Práticas de Fabricação, realizando auditorias em diversos países, consolidando, assim, sua sólida trajetória profissional.

“A indústria farmacêutica, com suas adversidades, é uma escola de vida”, disse a executiva ao agradecer a homenagem. “Deixo uma mensagem aos novos profissionais: que trabalhem com amor e nunca parem de se atualizar e aprender novas formas de realizar os processos, sempre em busca da excelência”.

Patentes farmacêuticas vão ao Cade

Patentes farmacêuticas

A duração das patentes farmacêuticas agora é pauta também para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A briga entre a Apsen Farmacêutica e a Astellas Pharma é tema de um inquérito que tramita na autarquia. As informações são do Valor Econômico.

De acordo com a Apsen, a Astellas tem trabalhado para estender de forma ilegal uma patente que teria, de acordo com a farmacêutica, há, pelo menos, 24 anos. O medicamento centro da disputa é a mirabegrona, utilizado para tratamentos de bexiga hiperativa e incontinência urinária.

Esse processo é visto como o primeiro a chegar no Cade desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou, em 2021, o pedido das farmacêuticas de estender as patentes em casos de atraso da parte do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Patentes farmacêuticas: Apsen alega conduta anticoncorrencial

A Apsen argumenta ao Cade que, dificultando a fabricação de genéricos ou similares da mirabegrona, a Astellas adota uma conduta anticoncorrencial. A acusação também aponta um “abuso do direito de petição”.

O laboratório destaca várias manobras que teriam sido utilizadas pela concorrente para se isolar no mercado:

  • Em 1998, a Astellas teria depositado um pedido de patente relacionado a mirabegrona;
  • Em 2002, teria sido depositado um pedido para o polimorfo, outra forma da mesma molécula;
  • Em 2003, teria sido pedida a patente para a indicação terapêutica e, no mesmo ano, a divisão desta patente;
  • Em 2009, outras duas divisões teriam sido solicitadas e também haveria acontecido um novo pedido de patente relacionado a composição.

Para a Apsen, essas estratégias de patentes farmacêuticas têm como objetivo garantir o “sobrepreço monopolista” por mais tempo. Além disso, a companhia indica uma “defesa ostensiva” da exclusividade.

Astellas processou Apsen por importação de matéria prima

A briga judicial pelas patentes farmacêuticas é uma via de mão dupla. Afinal, a própria Astellas já entrou na justiça contra a Apsen. Após a farmacêutica importar a matéria-prima do produto, a detentora da patente a acusou de importação ilegal.

De acordo com o advogado da farmacêutica, Hayley Ferreira, não houve nenhuma infração. “A lei permite importar matéria prima para desenvolver produto. O impedimento é para comercializar”, afirma.

No último mês de março, a Superintendência Geral do Cade começou a investigar se houve infrações de ordem econômica no caso ou não. Em paralelo, a superintendência da autarquia também analisará junto ao INPI se houve abuso nas patentes farmacêuticas.

FarmaBrasil quer entrar na jogada

E uma terceira parte interessada pode entrar no debate em breve. A FarmaBrasil deseja ingressar na conversa pois, em sua visão, a briga entre Apsen e Astellas limita a entrada de novos players nesse mercado.

A Superintendência Geral ainda analisa o pedido da entidade.

Disputa por patente pode custar R$ 7 bi ao consumidor

No começo do mês, um estudo do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou que a briga pelas patentes farmacêuticas pode pesar muito para os consumidores.

Segundo o estudo, os pacientes podem ter que desembolsar R$ 7 bilhões a mais.

Mas diferentemente da regra derrubada pelo STF, a pedida atual da indústria pode tornar as patentes ainda mais extensas. Na proposta anterior, o registro seria de quatro anos. Na atual, o máximo pode superar os 12 anos.

Venda da Natulab pode sair do papel ainda este ano

Venda da Natulab

A venda da Natulab pode se tornar uma realidade ainda neste ano. Fontes do mercado relataram, com exclusividade ao Panorama Farmacêutico, que a Pátria Investimentos estaria em busca de compradores para a companhia, no intuito de concentrar esforços em outros segmentos.

O fundo de private equity adquiriu o controle de 80% das ações da farmacêutica em 2013, em um negócio que movimentou em torno de R$ 130 milhões. Os demais 20% do capital pertencem a um grupo de 16 famílias italianas. Na época da aquisição, o faturamento da Natulab girava em torno de R$ 200 milhões. A receita multiplicou 250% em 2022 e beirou R$ 500 milhões.

De acordo com dados da IQVIA, o laboratório foi o que mais cresceu em vendas no ano passado, considerando o preço de compra em farmácia (R$ PPP). Saltou 11 posições no ranking da indústria farmacêutica. Em volume de unidades, chegou à 15ª posição. Mas o que explicaria a venda diante desses bons resultados?

Venda da Natulab seguiria movimento atual da Pátria

O movimento seguiria a cartilha cumprida em outras empresas que integram o fundo. A investidora anunciou, em maio, que fará uma oferta de sua participação na Smart Fit com a expectativa de arrecadar R$ 550 milhões. As ações da rede de academias registram valorização acumulada de 24% em 2023. Também no mês passado, se desfez de 10,1 milhões de papéis da construtora Tenda, cujo valor das ações já aumentou 73% desde janeiro.

Com essas operações, o grupo quer ganhar corpo para investir em setores que são “a China dentro do Brasil”, conforme afirmou o sócio e country manager da Pátria, Daniel Sorentino, em entrevista ao portal Neofeed. O executivo comentou sobre o ousado plano de quase dobrar os ativos sob gestão do fundo, hoje na casa de US$ 27 bilhões.

A meta é chegar a US$ 50 bi até 2025, com foco em “segmentos que crescem acima do PIB e vão muito além das tendências macroeconômicas”. Entre essas atividades estariam agronegócio, alimentos e bebidas, energia renovável e tecnologia.

A saúde estaria entre as prioridades, porém mais atrelada a soluções inovadoras do que a indústrias tradicionais como a farmacêutica. Exemplo é o investimento na Athena Saúde, rede de saúde suplementar que usa a tecnologia para mapear os hábitos de seus 1,1 milhão de beneficiários de planos médicos e odontológicos, especialmente no Norte e Nordeste. A Pátria também passou a ter participação minoritária na Kamaroopin, holding da qual faz parte a plataforma dr.consulta.

Oscilações na trajetória da Natulab

Quando o Panorama Farmacêutico visitou a fábrica da Natulab em Santo Antônio de Jesus (BA), no fim de 2019, os projetos eram ambiciosos. Faturamento de R$ 2 bilhões, chegada ao top 5 do setor, centro de distribuição em São Paulo e avanço nas grandes redes do Sul-Sudeste estavam entre as metas.

Até maio de 2020, a Natulab ocupava o 14º lugar depois de avançar sete posições em três anos. Mas segundo fontes do mercado, a suspensão da operação da planta por duas semanas, por causa de quatro casos de Covid-19 entre funcionários, e problemas na relação com distribuidores vieram como um baque e resultaram na saída do então CEO Wilson Borges, em outubro do mesmo ano.

Foram necessários quase seis meses para a transição, que levou à escolha de Guilherme Maradei como novo presidente, recrutado a partir de sua experiência no setor, em companhias como Merck, Pfizer e P&G.

Desde então, teve início uma profunda reformulação no portfólio, baseada em um mix reduzido e concentrado em medicamentos de maior valor agregado. Dos 175 produtos que a Natulab mantinha até dois anos atrás, 25 foram substituídos por lançamentos mais rentáveis. Em paralelo, ampliou a capacidade produtiva em 10% para priorizar SKUs de maior rentabilidade, além de reforçar a rede de relacionamentos com farmácias regionais.

A injeção de investimentos da Pátria no caixa da farmacêutica alcançou R$ 200 milhões. Agora, a empresa estaria pronta para a venda. A conferir os próximos capítulos.

Congresso debate democratização da cannabis

Cannabis

O WNTC – We Need to Talk About Cannabis, congresso sobre cannabis medicinal realizado dentro da FCE Pharma reuniu entidades governamentais, cientistas, parlamentares e importantes players dos setores farmacêutico, médico e veterinário.

“Tanto para pesquisa e desenvolvimento, como para controle de qualidade farmacêutico de uma substância com alto potencial de cura e tratamento para diversos problemas de saúde, o WNTC tem como objetivo gerar conversas entre as frentes e viabilizar novas práticas para o uso da cannabis medicinal, por meio de porta-vozes que estão fazendo a diferença no mercado brasileiro”, afirma Nadja Bento, diretora do portfólio Life Science da NürnbergMesse Brasil.

A falta de regulamentação sobre o plantio e cultivo ainda são obstáculos para o uso amplo da cannabis medicinal no tratamento de doenças severas, como transtornos neurológicos, doenças neurodegenarativas, glaucoma, endometriose, dores musculares crônicas, epilepsia refratária, distúrbios do sono, esclerose múltipla, TEA, Parkinson, Alzheimer, doenças mentais como depressão, ansiedade e até tratamento adjuvante para câncer.

O CBD (Canabidiol) é liberado para importação no Brasil desde 2015, mas apenas para casos específicos de tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes, refratárias às terapias convencionais; e isso com autorização para a importação excepcional de uma lista restrita de medicamentos. O THC (Tetrahidrocanabinol), princípio psicoativo da erva, também foi autorizado, mas dentro dos mesmos critérios de consumo.

Cannabis

De 2015 a 2022, o Brasil recebeu quase 80 mil pedidos de importação de CBD, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Destes, o Sistema Único de Saúde (SUS) custeou mais de R$ 50 milhões. Até 2017, o Brasil havia concedido a importação para produtos à base de cannabis para 2.101 formulários preenchidos. Em 2021, o número foi 15 vezes maior:  32.416 liberações.

Mais de 180 mil brasileiros fazem uso da cannabis medicinal

Hoje, segundo a Kaya Mind – companhia brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos, 187,5 mil brasileiros realizam tratamentos com medicamentos à base de cannabis medicinal. Na maioria das vezes, a demanda pelo uso da substância vem do próprio paciente e não do médico que irá prescrever.

Para importar a medicação, as famílias brasileiras precisam desembolsar de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês. Há ainda o custo com a taxa de importação e da consulta médica. Deste modo, discussões sobre democratização se fazem necessárias, uma vez que a distribuição deste tipo de medicação pelo SUS nacional impactaria positivamente pacientes em todo território nacional, independentemente de sua condição financeira.

CFF passa a integrar conselho parlamentar

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CFF

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) vai integrar o Conselho Consultivo da Frente Parlamentar Mista da Saúde (FPMS), do Congresso Nacional. O convite foi feito pelo presidente da frente parlamentar, o deputado federal Dr. Zacharias Calil.

A entidade aceitou a posição nesta segunda-feira, 12. “É fundamental contarmos com a participação ativa dos farmacêuticos, que desempenham um papel crucial na promoção do cuidado com a saúde da população. Juntos, podemos alcançar resultados expressivos em benefício de todos os brasileiros”, ressalta Calil.

Para Walter Jorge João, presidente do CFF, o convite é uma honra e reflexo da atuação do conselho. “Fico muito honrado pelo convite!  Estivemos envolvidos em todos os assuntos de maior relevância para a pauta da saúde pública no país, como a discussão sobre a qualidade do ensino de graduação em saúde, a garantia da venda de medicamentos sob a supervisão dos farmacêuticos, a recomposição do orçamento do Programa Farmácia Popular e sua reestruturação, entre outras”, afirma.

O executivo participa, já representando o conselho, da solenidade de lançamento da FPMS, nesta quarta-feira, 14. O evento acontece no Sesi Lab, em Brasília.

CFF atento também a saúde dos farmacêuticos

Não é só a saúde pública que tem um olhar atento da entidade, os profissionais do setor também.

No fim do mês de maio, o CFF regulou seu fundo de assistência aos farmacêuticos. O plenário do conselho aprovou o regulamento padrão que norteará o fundo. Agora, todos os conselhos regionais o seguirão.

O fundo tem como objetivo dar auxílio financeiro para profissionais afastados por enfermidade ou invalidez, que se enquadrem na definição de necessitados.

A normativa já foi publicada no Diário Oficial da União e está disponível no Portal da Transparência.

Pesquisadores utilizam IA para prever insuficiência renal

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insuficiência renal

A insuficiência renal pode ser causada por diversos motivos: diabetes, pressão arterial elevada, doenças autoimunes e doença renal policística (DRP). Esta última, trata-se de uma doença hereditária que provoca a formação de cistos ao redor dos rins. A forma mais comum de DRP é a doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) que é diagnosticada com mais frequência em adultos entre 30 e 40 anos.

O médico Fouad Chebib, nefrologista e especialista em doença renal policística da Mayo Clinic, diz que os pacientes entendem que há possibilidade de desenvolver insuficiência renal. É por isso que os pesquisadores continuam inovando. No momento, a Mayo Clinic está usando a inteligência artificial para ajudar a prever a progressão do paciente com DRPAD.

“Para esses pacientes com doença renal policística e a chamada DRPAD, metade deles atingiria insuficiência renal por volta dos 50 anos. E então, 75% poderia atingir insuficiência renal por volta dos 60 anos”, afirma Chebib. Os avanços na tecnologia permitiram que o especialista e os pesquisadores da Mayo Clinic pudessem usar os dados diferentemente.

“Com o uso da inteligência artificial, somos capazes de coletar todos esses dados, particularmente de exames de imagem, como o volume total do rim. Atualmente, isso faz parte de nossas práticas clínicas, como fazer uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada para que sejam enviadas para a nuvem de inteligência artificial e, em seguida, retornem para a nossa equipe de radiologia com os números exatos”, ele explica.

“Podemos criar fórmulas com esses números, ajustar a idade e, com isso, podemos prever o futuro da função renal, e quando os pacientes possivelmente poderão atingir a insuficiência renal ou talvez não a atingir”, explica Chebib. Trata-se de oferecer aos pacientes as informações para que possam tomar decisões sobre o futuro.

Estágio terminal da insuficiência renal

Manter os rins o mais saudáveis possível pode ajudar a prevenir algumas das complicações desta doença. Uma das maneiras mais importantes de proteger os rins é controlando a pressão arterial, seguindo uma dieta com baixo teor de sódio, fazendo bastante exercício físico e evitando o consumo excessivo de tabaco e álcool.

Para as pessoas que sofrem a progressão rumo ao estágio terminal da insuficiência renal, poderá ser necessário iniciar a diálise renal ou fazer um transplante renal.

Infecção urinária: sintomas e causas

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infecção urinária

Uma infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, o que inclui os rins, ureteres, bexiga e uretra. A maioria das infecções envolve o trato urinário inferior – a bexiga e a uretra.

As mulheres correm maior risco de desenvolver infecção urinária do que os homens. Se ela for limitada à bexiga, pode ser dolorosa e irritante. Mas sérios problemas de saúde podem caso a infecção se espalhar para os rins.

O médico geralmente trata as infecções do trato urinário com antibióticos. Você também pode tomar medidas para diminuir a chance de contrair a doença.

Sintomas de infeção urinária

  • Forte vontade de urinar que não desaparece
  • Sensação de queimação ao urinar
  • Urinar frequentemente e passar pequenas quantidades de urina
  • Urina que parece turva
  • Urina que aparece vermelha, rosa brilhante ou cor de cola – sinais de sangue na urina
  • Urina com cheiro forte
  • Dor pélvica, em mulheres – especialmente no centro da pelve e ao redor da área do osso púbico

Em adultos mais velhos, as infecções do trato urinário podem ser negligenciadas ou confundidas com outras condições.

Causas

As infecções geralmente ocorrem quando as bactérias entram no trato urinário através da uretra e começam a se espalhar na bexiga. O sistema urinário é projetado para impedir a entrada de bactérias. Mas as defesas às vezes falham. Quando isso acontece, as bactérias podem se instalar e se transformar em uma infecção completa no trato urinário.

As mais comuns ocorrem principalmente em mulheres e afetam a bexiga e a uretra.

  • Infecção da bexiga. Este tipo geralmente é causado por Escherichia coli (E. coli). E. coli é um tipo de bactéria comumente encontrada no trato gastrointestinal. Mas às vezes outras bactérias são a causa.

Todas as mulheres correm o risco de infecções da bexiga por causa de sua anatomia. Nas mulheres, a uretra fica próxima ao ânus. E a abertura uretral fica perto da bexiga. Isso torna mais fácil para as bactérias ao redor do ânus entrar na uretra e viajar para a bexiga.

  • Infecção da uretra. Esse tipo de ITU pode acontecer quando as bactérias gastrointestinais se espalham do ânus para a uretra. Uma infecção da uretra também pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis. Eles incluem herpes, gonorréia, clamídia e micoplasma. Isso pode acontecer porque as uretras das mulheres estão próximas à vagina.

Complicações

Quando tratadas prontamente e adequadamente, as infecções do trato urinário inferior raramente levam a complicações. Mas, se não forem tratadas, elas podem causar sérios problemas de saúde.

As complicações podem incluir:

  • Infecções repetidas, o que significa que você tem duas ou mais ITUs em seis meses ou três ou mais em um ano. As mulheres são especialmente propensas a ter infecções repetidas.
  • Danos renais permanentes de uma infecção renal devido a uma ITU não tratada.
  • Dar à luz um bebê de baixo peso ou prematuro quando ocorre uma ITU durante a gravidez.
  • Uma uretra estreitada em homens devido a infecções repetidas da uretra.
  • Sepse, uma complicação potencialmente fatal de uma infecção. Isso é um risco, especialmente se a infecção subir pelo trato urinário até os rins.

Prevenção

  • Beba bastante líquido, principalmente água. Beber água ajuda a diluir a urina. Isso leva a urinar com mais frequência – permitindo que as bactérias sejam eliminadas do trato urinário antes que uma infecção possa começar.
  • Limpe da frente para trás. Faça isso depois de urinar e depois de evacuar. Ajuda a prevenir a propagação de bactérias do ânus para a vagina e uretra.
  • Esvazie a bexiga logo após fazer sexo. Beba também um copo cheio de água para ajudar a eliminar as bactérias.
  • Evite produtos femininos potencialmente irritantes. Usá-los na área genital pode irritar a uretra. Esses produtos incluem sprays desodorantes, duchas e pós.
  • Mude seu método de controle de natalidade. Diafragmas, preservativos não lubrificados ou preservativos tratados com espermicida podem contribuir para o crescimento bacteriano.