O IFA do canabidiol passará a ser produzido no país. A FarmaUSA Life Science será a primeira empresa a trazer a produção para o mercado brasileiro. As informações são da Folha de S. Paulo.
Apesar de vários produtos finais serem fabricados por aqui, o insumo precisava ser importado. De acordo com a produtora, o impacto de um IFA nacional pode baratear em 30% o preço ao paciente.
Além disso, caso a iniciativa tenha sucesso, ela pode ser uma grande aliada dos planos de distribuição de canabidiol pelo SUS, que deve começar no segundo semestre.
Pandemia popularizou o conceito de IFA
Antes da pandemia de Covid-19, o grande público não sabia o que era um Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Termo técnico do jargão farmacêutico, trocando em miúdos, ele é um dos ingredientes que compõem a receita do que se tornará, no fim da produção, o remédio ou vacina.
No caso específico do óleo de cannabis, apenas o ingrediente ativo pode ser importado, sendo proibida a compra de flores da planta.
IFA do Canabidiol será fabricado em São Paulo
São Paulo será a casa da planta produtiva da FarmaUSA. O laboratório já foi auditado e aprovado pela Anvisa. No último mês de dezembro, a decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
Até o momento, a farmacêutica investiu R$ 30 milhões no projeto, mas os aportes podem atingir os R$ 50 milhões.
“Temos capacidade para atender o mercado interno e ainda exportar para a América Latina. A capacidade produtiva será de 10 toneladas por ano”, comenta Helder Dario, diretor farmacêutico da FarmaUSA.
Segundo os planos da empresa, o objetivo é ter a fábrica funcionando no segundo semestre com 20% de sua capacidade e aumentar esse total para 35% em 2023.
A avaliação é da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), com base em dados da Euromonitor. “Em torno de 30 mil pacientes já tiveram acesso a produtos à base de CBD no Brasil por meio de importação, mas esbarraram na dificuldade para continuar o tratamento por ausência de programas de assistência farmacêutica”, analisa Fábio Costa, coordenador do grupo de trabalho farmacêutico da entidade.
O laboratório Bergamo lança seu 11° produto para tratamento do câncer de mama – o Koksara (docetaxel tri-hidratado). Em 2022, o portfólio para tratar essa enfermidade ganhou quatro produtos: Breelet, Letrozol, Capecitabina e Bryst.
O portfólio completo da empresa para onco-hematologia conta com mais de 15 medicamentos. Além da linha oncológica, o laboratório também conta com produtos destinados ao segmento hospitalar (como antifúngicos) e medicina geral (incluindo somatropina, toxina botulínica, entre outros).
A Reckitt apresenta ao mercado a nova embalagem de 30 ml de Luftal Infantil. O novo formato oferece mais comodidade aos pais no tratamento das cólicas em bebês em relação ao preço sugerido da embalagem de 15 ml, otimizando quantidades suficientes para uso nos primeiros seis meses de vida – período em que as cólicas são mais intensas nos lactentes (quatro a cinco meses).
Sua fórmula contém simeticona, um fármaco antiflatulento que age dissolvendo as bolhas de gases no aparelho digestivo e alivia os sintomas de desconforto abdominal.
Com fórmula sem corantes, pode ser recomendado por pediatras já nos primeiros meses de vida, evitando reações a esse tipo de substância presente em outros medicamentos infantis. Após a ingestão, a medicação pode agir em até dez minutos no organismo.
As doses diárias devem ser administradas conforme critérios médicos, sendo a dose diária máxima de 60 gotas em crianças com até 12 anos de idade (incluindo lactentes), e para adultos, 166 gotas.
Distribuição: sistema próprio de distribuição Analista de trade marketing: Bruno Marcondes Giacobbe
Líder no mercado de suplementos em pó, Nutren amplia o portfólio e passa a oferecer soluções nutricionais na categoria de vitaminas e minerais em cápsulas com seis lançamentos para reforçar o cuidado com a saúde de seus consumidores.
A linha da Nestlé Health Science é composta por seis produtos que oferecem diferentes soluções nutricionais para a rotina do brasileiro.
Multi A-Z, para complementar o aporte diário de vitaminas e minerais essenciais
Ômega 3 1000 mg, que possui a maior concentração por cápsula em comparação à média de mercado
Vitamina D 2000UI, que auxilia no funcionamento do sistema imune, no funcionamento muscular e na formação de ossos e dentes
Mov Flex, combinação de colágeno, vitamina D e magnésio, para fortalecer as articulações
Good Night, fórmula com melatonina e triptofano
Pré Ciclo FEM, fórmula que traz uma combinação única de nutrientes essenciais como Vitamina E, cromo, triptofano, para atenuar os sintomas da TPM
Distribuição: sistema próprio de distribuição Head de marketing da área de VMS: Juliana Lofrese
A Divina Pharma apresenta o Artros Plus, lançamento da linha Osteo voltado para dor crônica. O produto é composto pela inovadora combinação de 40 mg de colágeno não hidrolisado UCII, com 130 mg de extrato padronizado de Cúrcuma USP.
O UCII é um colágeno não hidrolisado importado, patenteado e amplamente estudado por sua atuação na melhora das dores nas articulações, principalmente no contexto da osteoartrite.
Além do colágeno não hidrolisado e cúrcuma, o Artros Plus também conta com 1000UI de vitamina D, micronutriente que auxilia no fortalecimento ósseo. O suplemento conta com uma posologia confortável de apenas uma cápsula ao dia.
As lojas da Poupafarma podem pertencer em breve à Nissei. A rede paranaense fez uma oferta de R$ 18,9 milhões por 55 unidades da varejista, que vive atualmente um processo de recuperação judicial.
Pouco mais de 20 dias antes da oficialização do negócio, o Panorama Farmacêutico antecipou com exclusividade o namoro entre as duas empresas.
Segundo informações do portal Amanhã, será formada uma unidade produtiva isolada abrangendo os 55 PDVs. Com isso, haverá a abertura de uma concorrência com direito de preferência à Nissei.
A futura compradora, inclusive, ganhará o direito de promover uma auditoria nas lojas e descartar as unidades que tenham algum tipo de restrição contratual, com possibilidade de reduzir o valor da aquisição. A proposta tem prazo de dois meses.
Nissei mira lojas da Poupafarma no interior de São Paulo
Na condição de empresa de capital aberto, a Nissei não confirmava o interesse no fim de abril. Mas por meio de sua assessoria de imprensa, revelou que estabeleceu para este ano um plano de crescimento orgânico focado em regiões capazes de reforçar a presença da marca, inclusive com atendimento em novas cidades. E o interior de São Paulo seria uma das áreas contempladas.
E seriam exatamente as unidades do interior os principais alvos da rede. Fundada em 1986 pela família Maeoka, a companhia acelerou sua expansão principalmente a partir de 2018, após uma emissão de debêntures de R$ 153 milhões que abasteceu o caixa. Na época, o total de lojas chegava a 262. Hoje já são mais de 350.
O Paraná ainda concentra quase 85% dos PDVs, mas a ideia da Nissei seria ampliar participação nos outros dois mercados onde atua – São Paulo, atualmente com 35 lojas e 4,6% de market share – e Santa Catarina.
Com isso, a empresa espera seguir a escalada no faturamento, que passou de R$ 1,69 bilhão para R$ 2,34 bilhões em dois anos. O resultado a consolidou como oitava maior rede do grande varejo farmacêutico nacional, sendo a sétima colocada considerando apenas as associadas à Abrafarma.
Demais lojas da Poupafarma seguem fechadas
As demais 21 lojas da Poupafarma na Região Metropolitana de São Paulo, litoral e interior permanecem sem rumo definido após amanhecerem fechadas no início de fevereiro. Controlada pela InvestFarma, a rede passou a conviver com dificuldades financeiras no período da pandemia, alegando também enfrentar obstáculos ocasionados pela pressão dos juros sobre as cadeias de abastecimento e a ruptura de estoques com a falta de medicamentos.
A Poupafarma solicitou a recuperação judicial e trabalha para cortar custos, o que envolveria a demissão de 1.200 funcionários e colaboradores e a venda total ou parcial dos seus ativos.
Representantes da Nissei, inclusive, haviam visitado algumas unidades para analisar a possibilidade de compra. E este seria o motivo do fechamento dos PDVs, com a meta de agilizar as negociações e evitar o crescente desgaste com fornecedores e clientes pela falta de mercadoria nas prateleiras.
Uma das maiores preocupações na vida dos atletas, tanto de alto quanto de baixo rendimento, é com certeza a lesão de rompimento no ligamento do joelho. Cada vez mais comum, ocorre com relativa frequência em esportes com mudanças de direção, como futebol, basquete e tênis. A entorse é temida por causar forte dor momentânea e distanciar a pessoa de atividades de choque por bastante tempo, podendo causar dor constante, inchaço, instabilidade e diminuição da amplitude dos movimentos.
Os ligamentos do joelho têm a função de alinhar os ossos e estabilizar a articulação. Sabendo disso, o rompimento total ou parcial (comprometimento) é um grande problema, seja o ligamento colateral medial ou lateral, ou o ligamento cruzado anterior ou posterior. Sempre realizado por um ortopedista, o tratamento para a lesão de qualquer um desses é realizado com cirurgia, fisioterapia e repouso. Confira tudo sobre a lesão de rompimento no ligamento do joelho.
Como saber se eu rompi o ligamento do joelho?
Os principais sintomas de rompimento no ligamento do joelho são diversos e podem variar a intensidade. São eles:
Dificuldade para andar;
Dificuldade ao esticar e dobrar o joelho;
Instabilidade ou fraqueza na região;
Dor no joelho;
Inchaço forte ou moderado, podendo evidenciar nas primeiras 24 horas após a entorse;
Sensibilidade pela linha de articulação do joelho;
Perda total ou parcial da amplitude dos movimentos da perna.
Outro “sintoma” que não entra na lista, mas é muito relatado, é o fato de se ouvir um estalo forte no momento da lesão, que pode detectar o rompimento do ligamento do joelho. Também é comum sentir o joelho travado antes de surgir os sintomas. É mais do que necessário ir ao ortopedista ou ao hospital mais próximo após uma forte lesão no local ou depois de começar a sentir os sintomas. O ortopedista que indica os exames que devem ser realizados, para que assim seja feito o diagnóstico e possa saber se houve ou não rompimento do ligamento do joelho.
Como é diagnosticado o rompimento no ligamento do joelho?
Após a detecção dos sintomas ou de uma forte entorse e do encaminhamento ao ortopedista, será o próprio médico que realizará o diagnóstico. Ele avaliará os sintomas, pedirá exame físico da articulação do joelho e analisará o histórico de atividades que possam ter provocado isso, como uma ocorrência em jogo, por exemplo. Para que seja confirmado, são solicitados exames de imagem como ressonância magnética, raio x, ultrassom do joelho ou artroscopia. A partir desses exames que o diagnóstico será definido completamente.
Principais causas de lesão ligamentar no joelho
Causado pela torção de um dos ligamentos, essa lesão no joelho ocorre, na maioria das vezes, na ação de esforços repentinos ou golpes diretos na região. Geralmente é muito associado à prática de esportes de impacto, como basquete, tênis e futebol, mas comum também no esqui, ginástica olímpica e beisebol. Quedas repentinas ou acidentes de carro podem ser causadores.
Dentro do esporte, essas são as causas mais comuns de rompimento no ligamento do joelho:
Mudança brusca de direção;
Aterrisagem incorreta após saltar;
Choque com outro atleta;
Frear fortemente em alta velocidade.
A rotura em cada ligamento do joelho depende do tipo de movimento realizado na causa, sem haver uma obrigação de qual movimento acometerá qual ligamento.
Tratamento para rompimento de ligamento do joelho
Sempre orientado por um ortopedista, o tratamento da lesão ligamentar passa por diversos estágios e varia de acordo com qual ligamento foi acometido, grau da lesão e gravidade dos sintomas. Veja quais são:
Repouso
Durante todo o período de tratamento, o mais indicado a ser realizado é o repouso, para evitar maiores problemas. Ele ajuda na recuperação, alivia o desconforto que surge na movimentação da articulação do joelho e controla a dor, que pode ser mais forte se a região for mais estimulada.
O recomendado pelos médicos é que o lesionado interrompa a prática de atividades físicos e não utilize peso sobre o local afetado. Muitas vezes, a muleta é uma ótima opção para auxiliar nas práticas do dia a dia, suportando o peso corporal e diminuindo o esforço realizado na movimentação do joelho. Em total incapacidade, a cadeira de rodas pode ser indicada para repouso máximo.
Uso de compressas frias (gelo)
Utilizar compressas frias no local afetado pode diminuir bastante a dor no joelho, reduzindo o inchaço e aliviando a inflamação da região. Para isso, o gelo deve ser inserido em uma bolsa térmica, ou então um saco de gel colocado no congelador para ficar bem gelado. Coloque o saco de gel ou a bolsa dentro de uma toalha para realizar a ação 3 vezes por dia, em sessões de 15 a 20 minutos.
Imobilização do joelho
A imobilização é feita pelo próprio ortopedista, o que faz com que o joelho não se movimente e fique protegido da instabilidade gerada pela lesão ligamentar. Assim, a cicatrização ocorre de maneira mais fácil. Ela pode ser feita com faixa, joelheira elástica ou órteses de joelho, e o tempo de imobilização será orientado pelo médico, variando de acordo com as condições da lesão.
Remédios
Na maioria das vezes são indicados remédios para auxiliar no tratamento da lesão no ligamento do joelho. A recomendação do ortopedista ajuda com que a dor e o inchaço sejam aliviados, que são bastante comuns principalmente nos primeiros dias após a entorse. Geralmente, são indicados anti-inflamatórios não esteroides, como naproxeno ou ibuprofeno, por exemplo.
Fisioterapia
A fisioterapia representa boa parte do tratamento da lesão. Ela é indicada para ser realizada antes e depois a cirurgia, principalmente depois. O ortopedista recomenda para que seja feita com orientação do fisioterapeuta, com práticas de fortalecimento e alongamento muscular para aumentar a flexibilidade, estabilidade e diminuir os sintomas.
As indicações do tratamento fisioterápico contêm:
Exercícios com thera-band, para ganho de força na perna e coxa;
Corrente russa, para os músculos da coxa posterior e anterior;
Gelo, para aliviar o inchaço, anestesiando o local e preparando para a massagem transversa profunda;
Tratamento a laser, para diminuir a dor e facilitar a cicatrização;
Mobilização articular manual, para conferir amplitude de movimento, soltar aderências e lubrificar a articulação;
Mobilização da patela, para aumentar a flexão do joelho;
Exercícios de propriocepção, com os olhos abertos e fechados.
Cirurgia
A cirurgia é indicada no rompimento completo do ligamento cruzado anterior ou posterior, quando o joelho está muito instável, ou quando o lesionado é atleta e precisa se recuperar o quanto antes. Quando afetados os ligamentos colaterais medial ou lateral, dificilmente será indicada a cirurgia.
A realização se dá com um enxerto de tecido retirado de outra parte do corpo determinada pelo especialista, que recompõe o ligamento afetado. Após isso, a fisioterapia que determinará sua recuperação.
Possíveis complicações
É uma cirurgia relativamente comum, mas mesmo assim é necessário se atentar a complicações, pois como qualquer operação, essa também contém riscos. É possível que surjam algumas complicações, como dor crônica, instabilidade permanente do joelho, lesão neuro vascular (como a da artéria poplítea), osteoartrite, osteonecrose, fratura e rigidez.
Você se sente cansado depois de fazer algum esforço físico? Não se preocupe, isso é normal. Desde que você se sinta melhor após descansar, sem problema. Mas, se a fadiga é muito comum, ou mais intensa do que deveria, você pode sofrer de insuficiência cardíaca (IC).
Aproximadamente dois milhões de brasileiros convivem com algum problema no coração que atrapalha seu funcionamento regular, é o que aponta o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
São vários os possíveis tipos de IC, mas o foco que daremos hoje é na insuficiência cardíaca congestiva, também conhecida como ICC.
Mas, o que é?
Quando o coração apresenta alguma dificuldade para cumprir sua função, no caso, bombear o sangue, o corpo todo padece. Isso porque diminui o oxigênio transportado para os tecidos e vários são os resultados dessa menor oferta.
Nós nos sentimos mais cansados, sentimos falta de ar, o coração bate mais rápido, para tentar compensar, e mais fluídos são acumulados em áreas como braços, pernas e pulmões.
Esses são só alguns efeitos da ICC.
O que causa a insuficiência cardíaca congestiva?
Usualmente, a ICC é mais comum em pacientes que convivem com comorbidades como a hipertensão, obesidade, diabetes, infecções virais ou problemas reumáticos.
Idosos também são um grupo de risco para a insuficiência. Além disso, hábitos como o excesso de álcool e o tabagismo podem tornar o paciente mais propenso ao quadro.
Fora os motivos já citados, existem outras cardiopatias que podem levar a ICC:
Arritmia cardíaca
Cardiomiopatia
Disfunção diastólica
Doença arterial coronariana grave
Doença cardíaca congênita
Estenose valvar
Infarto agudo do miocárdio
Valvulopatias
Quais os principais sintomas?
Dentre os sintomas mais importantes da insuficiência cardíaca congestiva estão:
Abdômen inchado ou mole
Aumento de peso
Cansaço excessivo
Confusão mental
Dificuldade para dormir
Falta de ar (que piora com o tempo e pode ser sentida, inclusive, em repouso)
Falta de energia
Inchaço das pernas e pés
Incômodos respiratórios
Maior vontade de urinar, principalmente durante a noite
Perda de apetite
Problemas de memória
Sensação de cansaço
Tosse constante, com catarro e/ou sangue
Quais são as opções de exame?
A IC tem tratamento e pode ser diagnosticada com a ajuda de um médico especializado em cardiologia. Dentre os exames mais comumente solicitados pelo profissional da saúde estão:
Cateterização cardíaca
Ecocardiograma
Eletrocardiograma (ECG)
Raio X do Tórax
Teste de esforço
Como é o tratamento?
Existem três abordagens possíveis para tratar casos mais leves de insuficiência cardíaca congestiva e uma para os casos mais graves.
Em quadros mais leves, o paciente pode ter que apenas que mudar seus hábitos, fazer um tratamento medicamentoso, ou então implantar um marca-passo. Já os mais graves podem exigir um transplante de coração.
Dentre os medicamentos, os mais comuns são:
Bisoprolol
Carvedilol
Espironolactona
Furosemida
Metoprolol
De acordo com a análise do paciente, seu quadro e saúde global, o cardiologista irá determinar o caminho mais seguro e assertivo. É importante que, a partir dos primeiros sintomas, o paciente já busque atendimento médico, para evitar o agravamento da situação.
Inclusive, quanto mais cedo o tratamento começar, melhores serão seus resultados.
A infecção intestinal pode parecer um quadro simples, inofensivo, só que não é bem assim. De acordo com a OMS, quando associada a diarreia, essa é considerada a segunda causa de morte por origem infecciosa mais comum no mundo.
Por ano, estima-se que ocorram entre 3 e 5 bilhões de infecções do trato gastrointestinal. E esse não é um problema restrito às nações menos ricas. Mesmo nos países desenvolvidos, estudos apontam que um mesmo paciente pode ter de 4 a 10 episódios em 12 meses.
Para os pacientes lactantes e pré-escolares, essa é uma das principais causas de morte. Mas nem todos os dados são ruins. Os níveis de mortalidade caíram nos últimos anos: em comparação, em 1982, 3,5 milhões de pessoas morreram e, em 2011, 1,5 milhões.
Para entender um panorama completo sobre essa doença, siga com a gente neste artigo.
Infeção intestinal: o que é?
A doença é a causa mais comum de diarreia em nível agudo em adultos. Usualmente, ela é resultado da contaminação por meio de alimentos ou água. Exatamente por esse motivo, é possível que pequenos surtos sejam identificados em uma determinada região.
Como já destacamos anteriormente, apesar dos números totais terem apresentado considerável queda nos últimos anos, a infecção intestinal ainda causa uma mortalidade alta em lactantes e pré-escolares.
Com curso tradicionalmente autolimitado, além da diarreia, outros sintomas comuns são febre e vômito. Casos mais graves podem evoluir para sangramento fecal e diarreia persistente.
No geral, essa infecção é causada por vírus, mas bactérias e parasitas também podem estar por trás dos casos.
Mais detalhes sobres as possíveis causas
Várias são as possíveis causas para a doença e elas podem variar ante diversos parâmetros: a infecção intestinal foi contraída em ambiente urbano ou rural? O paciente tem comorbidades ou outras complicações ao sistema imunológico?
De maneira geral, os casos agudos costumam ser motivados por vírus. Abaixo, confira uma lista desses e outros organismos que podem causar a doença:
Bactérias: Aeromonas, Campylobacter jejuni, E. coli enteroagregativa, coli enterohemorrágica, E. coli enteropatogênica clássica, E. coli enterotoxigenica, Pleisiomonas, Salmonella, Shigella, Vibrio cholerae e Yersinia
Fungos: Candida albicans
Parasitas: Cryptosporidium, Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e Isosopora
Vírus: Adenovírus, Astrovírus, Calicivirus, Coronavírus, Norovírus e Rotavírus
Bactérias mais agressivas e resistentes, como as Aereobacter, C. difficile, Cryptosporidium, Isosopora, Klebsiella, Pseudomonas e outras, são mais comuns em pacientes com deficiências na imunidade ou em tratamento prolongado com antibióticos.
Em casos de infecção intestinal mais grave, onde há diarreia de alta intensidade e/ou sangramento, é mais comum que o agente causador seja uma bactéria. Em casos mais brandos, como os com diarreia mais aquosa, é menos comum que sejam elas por trás do caso.
Quais são os grupos de risco?
Algumas pessoas, devido a suas condições de vida ou comportamentos tomados, se encontram mais em risco para contrair a doença. Esses hábitos e condições são:
Comer alimentos mal higienizados ou crus
Consumir água não potável ou alimentos dos quais a pessoa não conhece a procedência
Viver com condições de higiene e sanitárias abaixo do necessário
Quais os sintomas?
A diarreia é o principal sintoma da infecção intestinal. O quadro será considerado de diarreia aguda quando o paciente apresentar três ou mais episódios num período de 24 horas. É considerado um episódio de diarreia quando as fezes estão com consistência diminuída ou aquosa.
Com curso potencialmente autolimitado, o início dos sintomas da doença costuma ser abrupto. Apesar de algumas análises poderem dar uma ideia do agente causador da infecção, não é possível crava-lo clinicamente.
Além da diarreia, outros sintomas notáveis são:
Dor abdominal
Febre
Fezes com sangue ou heme-positivas
Náuseas e/ou vômitos
A presença ou não desses outros sintomas da infecção intestinal que irão dar uma ideia de qual o agente causador. Por exemplo, a presença de muco ou sangue nas fezes pode indicar uma infecção por bactéria ou parasitas.
Como é feito o diagnóstico?
Em geral, o diagnóstico é apenas clínico, pois o custo-efeito de exames laboratoriais não se justifica para esses quadros. Mas, eles serão necessários caso algum dos agravantes abaixo sejam registrados:
Desidratação grave
Diarreia que dure de três a sete dias, mesmo com tratamento adequado
Diarreia nosocomiais e/ou institucionais
Dor abdominal em pacientes com mais de 50 anos
Entre seis e dez evacuações por dia
Febre elevada
Hipotensão ortostática
Idade igual ou superior aos 70 anos
Imunosupressão
Letargia
Presença de sangue nas fezes
Redução da diurese
Taquicardia
Na apresentação desses sintomas, exames que podem ser realizados são:
Coprocultura
Parasitológico de fezes
Pesquisa de leucócitos fecais
Pesquisa de sangue oculto nas fezes
Testes imunológicos (ELISA)
Qual o tratamento?
Na infecção intestinal, não existe um tratamento específico, apenas cuidados de suporte e a reidratação. Independente do agente causador da doença, essas práticas podem e devem ser adotadas.
O ideal durante quadros de infecção intestinal é se reidratar por via oral, mas, caso haja náusea e/ou vômitos, a reidratação por via venosa também pode ser utilizada.
O tratamento com antibióticos só será indicado em, no máximo, 5% dos casos. Se for essa a situação, os medicamentos que podem ser indicados são:
Azitromicina de 500mg, uma vez por dia, por três a cinco dias
Ciprofloxacino de 500mg, duas vezes ao dia, de três a cinco dias
Sulfametoxazol de 800mg, combinado com trimetoprima de 160mg a cada 12 horas
Nos tratamentos comuns, com reposição hidro-eletrolítica, o paciente costuma se recuperar em um período de três a sete dias. O comum é que, já nas primeiras 48 horas, o paciente comece a apresentar melhora.
Na última sexta-feira, dia 12, a autarquia publicou a Nota Técnica n º 4/2022/CGTP/ANPD. O documento trata sobre o uso dos dados pessoais dos consumidores nos empreendimentos farmacêuticos.
A ANPD está de olho no trato dessas informações desde 2020 e solicitou que a Coordenação-Geral de Tecnologia e Pesquisa (CGTP) realizasse estudos exploratórios sobre o tema.
Essa análise não trouxe boas notícias.
Uso de dados pessoais no canal farma tem falhas
Segundo o estudo, a coleta desses dados pessoais e seu uso não estavam em total conformidade com a legislação. A pesquisa concluiu que os agentes do varejo farmacêutico ainda não estão maduros o suficiente para tratar com essas informações.
Isso porque foram identificadas falhas no uso dos dados, na coleta (por vezes excessiva) e também a falta de transparência sobre o possível compartilhamento dessas informações.
ANPD determinou fiscalização
Como resultado do estudo, no dia 3 de maio, a ANPD determinou a instauração de procedimento fiscalizatório pela Coordenação-Geral de Fiscalização (CGF).
Além disso, os limites do consentimento como hipótese legal na concessão de descontos serão avaliados em cooperação com a Secretaria Nacional do Consumidor.
Após essas ações, a Coordenação-Geral de Normatização (CGN) poderá orientar a prática de uma maneira mais assertiva.
De acordo com o texto da lei, as farmácias e drogarias da Paraíba estão proibidas de solicitarem o número do CPF do consumidor no ato da compra de qualquer produto ou medicamento para fins de descontos, sem antes informar sobre a abertura de cadastro ou uso do registro de dados pessoais.
Assim, a garantia de descontos na compra de remédios ou qualquer produto em farmácias ou drogarias não pode ser condicionada ao fornecimento do CPF.