Os medicamentos vencidos durante o governo de Jair Bolsonaro levaram o Ministério da Saúde atual a criar o Comitê Permanente de Gestão dos Insumos Estratégicos em Saúde. As informações são do portal Poder 360.
O grupo integra representantes das secretarias vinculadas ao Ministério e tem a Secretaria Executiva da pasta na coordenação. Como parte dos trabalhos, o comitê produzira relatórios bimestrais que permitirão monitorar a compra e o armazenamento de medicamentos, vacinas e insumos.
Medicamentos vencidos somam R$ 2 bilhões de prejuízo
Os medicamentos vencidos totalizam R$ 2 bilhões em prejuízo para os cofres públicos, de acordo com o órgão. Só na área de doenças raras, o prejuízo foi de R$ 13,5 milhões.
A Folha de S. Paulo obteve os dados por meio da Lei de Acesso à Informação, analisando informações sobre os remédios que integravam o estoque do Ministério da Saúde entre 2019 e 2022. E a motivação para essa incineração generalizada está relacionada ao prazo de validade. Até o início deste ano, por exemplo, a pasta deixou vencer 39 milhões de vacinas contra a Covid-19.
O levantamento revelou que, excluindo essas vacinas, mais de R$ 214 milhões em produtos passaram pela incineração. E ainda há uma fila de espera de outros insumos que também tiveram o prazo expirado, cujo valor gira em torno de R$ 38 milhões.
Entre os medicamentos para doenças raras que passaram pela incineração estão duas doses do Spinraza, considerado um dos tratamentos mais caros do mundo. Cada unidade do remédio da Biogen foi comprada pelo governo federal por R$ 160 mil. O produto destina-se a pacientes que convivem com a atrofia muscular espinhal (AME).
Governo desperdiça R$ 1 a cada R$ 3 em medicamentos
O processo de compra de medicamentos no Brasil é ineficiente e sem padronização, segundo avaliação do deputado Daniel Soranz (PSD-RJ), ex-secretário de Saúde do Município do Rio de Janeiro.
Estudo realizado pela equipe do parlamentar mostra que a falta de centralização na compra de medicamentos no país representa prejuízo bilionário para os cofres públicos. De acordo com o levantamento, dos R$ 21,4 bilhões gastos em compras de medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), R$ 6,5 bilhões – ou seja, quase 1/3 – poderiam ser economizados anualmente, considerando todos os remédios comprados de forma não centralizada.
Isso significa dizer que quase R$ 1 em cada R$ 3 é desperdiçado. Se considerar apenas os medicamentos genéricos, a economia seria de R$ 1,2 bilhão. “São quase 5 mil licitações por ano para comprar o mesmo produto. Isso acaba com o poder de compra do Estado, o que é muito grave, porque torna a compra ineficiente e mais cara”, considera o deputado.
O levantamento mostra que em alguns itens a variação de preço pode chegar a até 20 vezes na compra de medicamentos genéricos. O deputado cita o caso do Atenolol, remédio usado para o controle da hipertensão. Entre as licitações que foram realizadas para a compra do produto, o preço mínimo encontrado foi de R$ 0,03, e o máximo, de R$ 0,74, uma variação de 2.366%. O valor médio, por sua vez, foi de R$ 0,08, e a mediana, de R$ 0,07.
A Farmax tem Guilherme Martinez como novo head de projetos corporativos. Já é o seu quarto ano na empresa. Ao longo desse período, ocupou o cargo de gerente corporativo de engenharia e manutenção.
Desde 2009 no mercado, dedicou boa parte da carreira aos setores alimentício e de cosméticos e higiene pessoal. Seu histórico inclui passagens por grandes corporações como Grupo Boticário e Mondelez.
Engenheiro mecânico e pós-graduado em eficiência energética e energias renováveis pela UFPR, conta com programa executivo de gerenciamento de projetos pela Ohio University.
O mercado farmacêutico da Índia receberá uma delegação brasileira durante a nona edição da International Pharmaceutical Exhibition (IPHEX). A feira acontecerá entre os dias 1º e 8 de julho na cidade de Hyderabad. Os interessados podem se inscrever no site oficial.
O evento é uma iniciativa do Ministério de Comércio e Indústria do Governo da Índia e organizada pela Pharmexcil, parceira da Câmara de Comércio Índia-Brasil. Além da participação na feira, os empresários e executivos brasileiros terão acesso a uma agenda complementar, que abrange reuniões institucionais e visitas a players do setor farmacêutico no país. A organização prevê reembolso de até US$ 1.500 para custos de passagem aérea e hospedagem nos dias da feira.
Mercado farmacêutico da Índia reúne número superlativos
O mercado farmacêutico da Índia vem se firmando como referência mundial e já está avaliado em US$ 55 bilhões. Há seis anos, movimentava em torno de US$ 33 bilhões. Nos últimos 12 meses até abril, as exportações de medicamentos e insumos farmacêuticos cresceram 2,37 vezes na comparação com o mesmo período anterior.
O país é o maior fabricante de genéricos do mundo. É responsável por suprir 40% da demanda do principal mercado farmacêutico global – os Estados Unidos. Também assegura 50% da produção global de vacinas.
Mercado farmacêutico da Índia vem olhando o Brasil
O mercado farmacêutico da Índia vem olhando com carinho o potencial do Brasil. No segundo semestre do ano passado, uma delegação com 55 indústrias farmacêuticas locais mobilizou mais de 100 líderes do setor em São Paulo.
“Queremos abrir ainda mais o campo de ação entre os empresários do setor farmacêutico, especialmente com a comercialização de medicamentos genéricos e insumos farmacêuticos ativos (IFAs)”, afirma Ravi Udaya Bhaskar, diretor geral do Pharmexcil.
A Índia é sede de quatro das dez maiores fabricantes de genéricos do mundo, além de responder por 90% dos IFAs para vacinas contra o sarampo.
A América Latina é considerada um mercado emergente para produtos farmacêuticos indianos, com uma participação de 7%. Isso corresponde a US$ 1,7 bilhão do total de US$ 24,6 bilhões das exportações durante o ano fiscal 2021/2022.
O Brasil é o maior parceiro comercial da indústria farmacêutica indiana na América Latina e o sexto maior destino de exportação, movimentando US$ 580,8 milhões. Além de IFAs, as maiores demandas são por antirretrovirais e medicamentos para câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.
A reforma tributária pode gerar um efeito adverso sobre o setor farmacêutico. Na visão de Antônio Napp, CFO da Panvel, a proposta traz o risco de elevação dos impostos sobre medicamentos.
O executivo lançou esse alerta em entrevista ao portal InfoMoney. “As propostas para a reforma tributária, da maneira como estão escritas, partem do princípio de tributar todos os produtos, todas as cadeias, de uma forma mais equilibrada e mais simples. Até aí, ok. Quando nós olhamos para a cadeia de medicamentos, especialmente na parte de impostos federais, não estaduais, uma parcela muito significativa dos medicamentos que são vendidos não são tributados. Na reforma como ela está, existe uma previsão de tributação. Se os medicamentos serão excetuados ou não, isso nós não sabemos”, disse.
Napp também demonstrou preocupação com o recente posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O órgão decidiu excluir os benefícios do ICMS da base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Apesar de a medida apresentar baixo impacto para a Panvel, Napp acredita que outas empresas do setor que acessam mais benefícios fiscais podem ser mais afetadas. “O impacto possível se essas mexidas efetivamente acontecerem é pequeno no nosso caso. Existem alguns players que têm mais benefícios do que nós, é verdade, esses talvez sejam mais afetados”, afirmou.
Reforma tributária não altera apostas da Panvel
Embora a reforma tributária seja motivo de incertezas, a Panvel mantém sua aposta no potencial dos mercados de genéricos e não medicamentos, o que inclui investimentos em marca própria. De acordo com Napp, os genéricos vêm sendo determinantes para o aumento da margem bruta da varejista, por permitir maior negociação com fornecedores.
O CFO, porém, ressalta que a estratégia da Panvel para os genéricos não leva a uma canibalização da venda de medicamentos de marca.
“A gente está observando que o cliente de marca continua comprando os seus produtos, a gente tem programas específicos para esses clientes, acompanhamos toda a sua jornada, são clientes com doenças crônicas. Já o genérico tem esse papel de popularizar, atender o bolso e trazer novos clientes”, analisa.
Expansão focará na Região Sul
Napp também reiterou a meta de abrir 60 novas lojas neste ano, mas com foco na Região Sul. O executivo, entretanto, não descarta a expansão em São Paulo. “Em São Paulo, as lojas têm uma venda média muito alta, de aproximadamente R$ 1 milhão, é muito mais do que faturam as unidades no Sul”, concluiu.
A expansão da MasterFarma chega a mais dois estados brasileiros. Acre e Pará passam a integrar a área de atuação da rede associativista, que acelera seu plano para alcançar a marca de 1 mil farmácias.
A rede, formada pelas bandeiras MasterFarma e Super Popular, já está presente em oito estados. Mantém cerca de 880 unidades em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.
O projeto para avanço territorial da empresa tem como base o Projeto Crescer. Com a consolidação no Sul e no Centro-Oeste, a nova fase de expansão é estratégica para fortalecer operações no Norte do país. A projeção é somar 150 lojas associadas na região, com potencial de faturamento anual de R$ 260,8 milhões.
“Temos um plano de crescimento orgânico e organizado, embasado por premissas muito claras. Precisamos conhecer de perto a realidade daquele mercado onde fincamos bandeira, montar antecipadamente a estrutura de negociação e atendimento e, principalmente, avaliar se as ferramentas de que dispomos serão soluções efetivas para sanar as dores das farmácias”, explica o diretor comercial Eduardo Grasso.
“No caso da Região Norte, constatamos uma dificuldade muito grande dos empresários no acesso a condições comerciais vantajosas, novas tecnologias e uma assessoria para gestão profissional. A rede surge como oportunidade de melhoria nos processos e aumento nas vendas e na rentabilidade”, acrescenta.
Expansão da MasterFarma deve se estender ao Amazonas
A expansão da MasterFarma para este ano previa também a entrada no Tocantins, ocorrida em fevereiro. Além disso, o início das atividades no Amazonas deve se concretizar no segundo semestre.
“Em todas essas novas localidades, teremos alguns meses para efetivar a contratação do time que irá desenvolver os trabalhos de campo, como também as tratativas com as distribuidoras regionais. É importante salientar que essa preparação prévia garante que os novos associados usufruam plenamente das ferramentas e tenham retorno muito rápido da parceria”, ressalta Grasso.
O diretor frisa ainda que a estratégia é que as farmácias credenciadas trabalhem em parceria, “a fim de conquistar mercado e mostrar força perante seus clientes e concorrentes”.
Pilares da rede
A MasterFarma garante suporte 360º aos associados no cumprimento de exigências dos órgãos fiscalizadores e das respectivas regulamentações. Os benefícios abrangem ferramentas de marketing, como os tabloides de ofertas, banners digitais e demais materiais de divulgação, bem como cartões preferenciais.
Um dos carros-chefes da rede é o rol de soluções tecnológicas, que inclui o Sip Master. Exclusivo da Rede. O software contempla um ambiente para negociações com fornecedores, propiciando o acesso a descontos exclusivos.
Já o MAP Precificador possibilita a gestão de preços integrada ao modelo de negócio, enquanto o Simage provê às farmácias indicadores financeiros, de compra, venda e estoque. Os associados também podem usufruir de um sistema de crediário próprio automatizado e de uma plataforma de e-commerce disponível via aplicativo. Ao todo, são mais de 20 ferramentas à disposição.
A concentração de mercado ainda representa uma realidade distante no varejo farmacêutico, apesar do movimento de consolidação puxado pelas grandes redes. É o que indica uma pesquisa que compara o Brasil com outros países das Américas.
Em relação aos sete principais mercados do continente, o Brasil está no sexto posto quando o assunto é concentração de mercado. Os dados da Close-Up International são baseados no faturamento das cinco empresas líderes em cada nação.
Juntas, RaiaDrogasil, Grupo DPSP, Farmácias Pague Menos, Farmácias São João e Panvel somaram um montante correspondente a 33% do movimento do setor.
O panorama das farmácias brasileiras destoa por completo da realidade dos Estados Unidos, onde CVS Health, Walgreens, Walmart, Rite Aid e Kroger detêm 82% de market share. Chile (73%), Canadá (71%) e Colômbia (62%) também se destacam pela elevada concentração. Já na Argentina, predominantemente formada por PDVs independentes, o market share das cinco maiores é de somente 12%.
Concentração de mercado esbarra em independentes
A concentração de mercado encontra mais resistência no Brasil em função da resiliência de redes regionais, associativistas e farmácias independentes. Esse nicho representa 55% do faturamento do varejo farmacêutico. O índice está em linha com os dois anos anteriores, comprovando a persistência desse grupo de empresas no mercado nacional.
“Isso reflete um cenário estrutural do varejo brasileiro, muito calcado no regionalismo. Como cerca de 200 municípios do país concentram em torno de 80% do consumo nacional, a tendência é que as grandes redes foquem seus esforços nessas cidades e enfrentem mais dificuldades para ampliar sua capilaridade”, avalia Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail.
O especialista ainda lembra que o canal farma foi um dos últimos segmentos do varejo a ter redes efetivamente nacionais. “Em paralelo, o associativismo despontou como um contraponto às grandes, criando uma categoria promissora”, complementa.
O preço da insulina não vai subir. Pelo menos essa é a garantia Dave Ricks, CEO da Eli Lilly.
A declaração foi uma resposta a questionamentos de parlamentares do Congresso norte-americano. As informações são do ADVFN News.
O Comitê de Saúde do Senado dos Estados Unidos convidou os executivos das farmacêuticas líderes de mercado para discutir a importância de congelar os preços do hormônio.
“Vamos deixar nossos preços como estão para as insulinas no mercado hoje”, afirmou Ricks, em resposta ao senador Bernie Sanders. Ainda não há informações sobre se a empresa irá levar a prática para outros mercados, como brasileiro.
Preço da insulina congelado não foi bancado por outras farmacêuticas
As outras farmacêuticas citadas, a Novo Nordisk e a Sanofi, não ecoaram a atitude de congelar o preço da insulina.
O laboratório dinamarquês disse que limitará os aumentos de preço a “um digito”. Já os franceses afirmaram que já praticam uma “política de preços responsável”.
Cortes no preço da insulina acontecerão
Se nem todas as farmacêuticas se comprometeram a congelar o preço do hormônio, houve unanimidade quando o assunto foi cortar os preços praticados atualmente.
A Novo Nordisk prometeu cortar o custo de tabela da NovoLog em 75% e do Levemir e Novolin em 65% a partir de 2024.
E a Sanofi estabeleceu o compromisso de reduzir o Lantus em 78% e a Apidra em 70%.
Sob olhar atento
Apesar de dizer que as medidas são “boas notícias”, Sanders afirmou que o congresso seguirá de olho. O parlamentar afirmou que o comitê pretende realizar uma nova edição da reunião ano que vem, para checar se as promessas foram cumpridas ou não.
Rafael Andrade tornou-se o novo gerente de produtos da Alexion Pharmaceuticals, afiliada da AstraZeneca destinada a medicamentos para doenças raras.
Ele soma 18 anos de experiência no setor farmacêutico, com passagens pelas áreas de produtos e marketing de farmacêuticas como EMS, Libbs e Sandoz. Desde 2021 na Knight Therapeutics, esteve à frente da divisão de marketing e vendas na categoria de sistema nervoso central.
Graduado em propaganda e marketing pela Unip, tem MBA executivo em gestão empresarial e liderança pela INPG Business School, além de curso de extensão em gerenciamento de projetos da ESPM.
O antiparasitário e vermífugo ivermectina ganhou destaque de 2020 para cá após associações enganosas sobre o tratamento da Covid-19. Por conta disso, ele acabou se tornando “alvo” de preconceito devido a seu uso off label.
Para esclarecer as dúvidas sobre esse medicamento, confira essas perguntas que o Panorama Farmacêutico responde sobre a ivermectina.
Para que realmente serve a ivermectina?
De maneira geral, os vermes e os parasitas são o alvo da ação da ivermectina. As seguintes infecções causadas por esses microrganismos podem ser combatidas pelo medicamento:
Ascaridíase (lombriga)
Escabiose (sarna)
Estrongiloidíase intestinal
Filariose (elefantíase)
Oncocercose
Pediculose (piolho)
Como a ivermectina funciona?
Para eliminar do seu corpo esses parasitas, o medicamento atua paralisando a musculatura desses microrganismos. Sua ação se dá no corpo humano após quatro horas de sua ingestão (pico), até ser completamente eliminado, 18 horas depois.
Quem não pode tomar?
Pacientes com afecções do Sistema Nervoso Central ou com meningite, além daqueles alérgicos a qualquer composto da fórmula, não devem fazer tratamento com o remédio.
Crianças menores de cinco anos ou que pesem menos de 15 quilos também não devem fazer seu uso.
O que devo saber antes de começar o tratamento?
Abaixo, confira algumas coisas que você deve saber antes de dar início ao tratamento com o fármaco.
Pacientes com dermatite de origem oncológica
Pacientes que convivem com a oncodermatite podem sofrer com o agravamento do quadro ou aparição de edemas. Ambos os quadros são considerados reações adversas severas e tem uma maior probabilidade de ocorrer após o uso do medicamento.
Ascaridíase e estrongiloidíase
Para comprovar a cura e acompanhar o tratamento da ascaridíase e da estrongiloidíase com o uso do remédio, o paciente precisará realizar exames de fezes.
Oncocercose
Um novo tratamento pode ser necessário em casos de oncocercose, isso porque o farmáco não elimina os parasitas (Onchocerca) em fase adulta.
Filariose
As alterações clínicas já existentes e causadas pelos parasitas adultos não serão revertidas com o uso da ivermectina, que apenas elimina as microfilárias.
Escabiose e pediculose
Para se comprovar a cura nos casos de piolho ou sarna, o paciente deve realizar uma consulta de reavaliação de uma a duas semanas após o início do tratamento. Caso a infecção ainda esteja presente, o medicamento deverá seguir sendo ministrado.
Estrongiloidíase e sarna em imunocomprometidos
Com o acompanhamento de um profissional da saúde, o tratamento com o remédio, nesses casos, pode precisar ser repetido.
Gravidez
O fármaco não deve ser utilizado por grávidas sem o acompanhamento de um profissional da saúde.
Lactantes
O leite materno transmite uma baixa concentração de ivermectina. Mesmo assim, seu uso só deve ser realizado apenas com indicação de um profissional da saúde.
Idosos
Não existem grandes diferenças no uso do medicamento por pacientes idosos quando comparado ao tratamento em pacientes adultos.
Devo me preocupar com a interação medicamentosa?
Apesar de não haver relatos de interação medicamentosa, o ideal é utilizar com cautela o remédio em associação com fármacos para o tratamento de insônia, ansiedade e analgésicos. A ivermectina também não deve ser ingerida com bebidas alcóolicas.
Como devo guardar?
O medicamento deve ser armazenado protegido da umidade e da luz, além de em temperatura ambiente, entre 15 e 30 ºC. Nestas condições, ele poderá ser utilizado até o prazo de validade impresso na embalagem.
Com vinco em uma das faces, o remédio é redondo, branco e plano. Caso seu aspecto esteja diferente do descrito, consulte um farmacêutico antes de utilizá-lo.
Como devo usar?
Geralmente de dose única, o tratamento com o fármaco deve ser feito acompanhado por água. Com testes laboratoriais e a avaliação de um profissional de saúde, será determinado a necessidade ou não de se repetir o uso.
O tratamento para ascaridíase, escabiose, estrongiloidíase, filariose e pediculose
A dose de ivermectina para combater essas infeções é de 200 mcg por quilo, via oral e em uma única vez. Confira a tabela abaixo para um panorama geral sobre as quantidades de comprimidos que devem ser ingeridas:
Peso (Kg)
Dose
15 a 24
½ comprimido
25 a 35
1 comprimido
36 a 50
1 ½ comprimido
51 a 65
2 comprimidos
66 a 79
2 ½ comprimidos
Igual ou maior que 80
200 mcg/kg
Oncocercose
Diferente dos tratamentos anteriormente citados, para combater a oncocercose, a dose do medicamento é levemente menor: 150 mcg/kg. Confira a tabela abaixo para uma ideia:
Peso (Kg)
Dose
15 a 25
½ comprimido
26 a 44
1 comprimido
45 a 64
1 ½ comprimido
65 a 84
2 comprimidos
Igual ou maior que 85
200 mcg/kg
O que fazer se eu esquecer a dose?
Como o medicamento é de dose única, não há problema caso esqueça da dose, pois você poderá tomar em outro horário.
Quais sãos as reações adversas?
De intensidade leve e passageiras, esses são alguns efeitos colaterais que o remédio pode causar:
Aumento da frequência cardíaca;
Coceira;
Constipação;
Dor abdominal;
Diarreia;
Falta de apetite;
Inchaço;
Indisposição;
Lesão de pele e/ou urticária;
Náusea;
Queda de pressão arterial;
Sonolência;
Tontura;
Tremor;
Vertigem;
Vômitos;
Não é conhecida a frequência exata dessas reações adversas.
Oncocercose
Os pacientes que realizam o tratamento da doença com o fármaco podem apresentar reações adversas como:
Dor nas articulações;
Dor abdominal;
Aumento de tamanho e sensibilidade dos gânglios;
Coceira:
Inchaço;
Lesões na pele e /ou urticárias;
Exceção feita a casos mais graves, onde pode ocorrer a perda da visão, usualmente as reações são leves e não é necessário ministrar corticosteroides.
O que fazer se tomei mais do que devia?
Caso tome acidentalmente uma superdose de ivermectina, você deve procurar imediatamente um profissional da saúde. Comumente, os sintomas são:
Alterações de equilíbrio;
Alterações de sensibilidade;
Convulsões;
Diarreia;
Dor abdominal;
Dor de cabeça;
Falta de ar;
Falta de disposição;
Inchaço;
Lesões cutâneas e/ou urticária;
Tontura;
Vômitos;
Como evitar infecções parasitárias?
Você pode adotar alguns costumes e atitudes para evitar novas infeções parasitárias:
Manter banheiros limpos e sempre lavar as mãos após utilizá-los;
Não andar sem calçado;
Manter as unhas limpas e cortadas;
Beber água limpa (filtrada ou fervida);
Comer alimentos limpos (lavados ou cozidos);
Proteger os alimentos e a água com coberturas;
Combater insetos;
Lavar as mãos antes de comer;
Lavar os utensílios domésticos;
Em casos de infecções, ferver roupas íntimas, de cama e banho. Essas peças devem ser trocadas diariamente;
Utensílios assessórios de uso pessoal também devem ser lavados com água fervente;
Evitar contato direto com outras pessoas durante o tratamento;
Familiares também devem investigar uma possível infecção e tratá-la, em caso positivo
Em comparação com o 1T22, a receita líquida da Biomm apresentou um avanço de 34,8%. No total, a biofarmacêutica acumulou R$ 34,4 milhões no período. O aumento das vendas nos segmentos de diabetes e oncologia foi o principal motor desse crescimento.
A demanda da rede pública foi determinante para o resultado, com destaque para o Herzuma, voltado ao tratamento do câncer de mama e com 52% de avanço no faturamento; e o Glarglin, para pacientes com diabetes e que teve alta de 437%
“No primeiro trimestre deste ano, o Herzuma atingiu 19,2% de market share, crescimento expressivo ao compararmos com o mesmo período de 2022, quando a participação de mercado era de 13%”, comenta o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini.
Os números mostram um avanço ainda mais expressivo no market share do Glargin de 5,1% para 23,6%.
Biomm registrou lucro de R$ 6,9 milhões
A variação do lucro da biofarmacêutica também foi positiva no período, crescimento de 106% e um total de R$ 6,9 milhões.
Com a otimização da gestão de despesas e caixa, a companhia conseguiu reduzir suas despesas operacionais em 9,9%, somando R$ 22,3 milhões no período. As principais reduções ocorreram em gastos de marketing e propaganda e de pessoal.
R$ 1,4 mi foram investidos na operação
Em linha com seu planejamento estratégico, a Biomm investiu R$ 1,4 milhão em sua operação. O aporte será utilizado para ampliar o portfólio de medicamentos biotecnológicos, assim como na consolidação daqueles já fabricados.
Para trazer seus medicamentos de fabricação própria para o país, a biofarmacêutica segue no processo de validação e certificação de sua fábrica em Nova Lima (MG).