Anvisa dará lista de passageiros em quarentena obrigatória para aéreas

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai encaminhar a lista de viajantes que devem fazer quarentena às companhias áreas nacionais e para a rede do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), que poderá repassar a informação para empresas de transporte rodoviário.

O objetivo é impedir que eles façam voos domésticos, colocando em risco a saúde dos demais passageiros e da tripulação, e reforlando a proteção contra a disseminação da covid-19.

A medida é resultado de trabalho conjunto do MPF (Ministério Público Federal) e da agência para tornar mais efetivas as medidas previstas na portaria 654, de 28 de maio, assinada pelos ministros da Casa Civil, da Saúde e da Justiça e Segurança Pública. De acordo com o documento, estrangeiros não podem ingressar no país por via terrestre ou hidroviária, mas podem fazê-lo por via aérea, desde que sejam observadas algumas medidas de segurança epidemiológica.

MPF e Anvisa realizaram duas reuniões para discutir as providências cabíveis. A última videoconferência ocorreu em 31 de maio. A Polícia Federal também receberá a lista com viajantes que deverão fazer quarentena, aumentando o controle do cumprimento da portaria.

“Com isso, conseguiremos evitar que uma pessoa eventualmente contaminada com a cepa indiana possa, no período de quarentena, embarcar num voo doméstico ou em um transporte público interestadual, por exemplo, bem como se possibilitará aos órgãos estaduais e municipais de controle epidemiológico realizarem um acompanhamento rigoroso do cumprimento da quarentena no local indicado pelo viajante às autoridades da Anvisa“, afirmou o procurador da República Guilherme Göpfert. “A vacina já está sendo aplicada e quanto maior controle for realizado para impedir a entrada de novas cepas, como a indiana, menos casos graves e mortes teremos.”

Segundo a portaria 654, devem fazer quarentena obrigatória de duas semanas os viajantes que estiveram no Reino Unido (incluindo Irlanda do Norte), na África do Sul e na Índia no prazo de 14 dias anteriores ao desembarque no Brasil. Se houver descumprimento, o infrator fica sujeito a responsabilização civil, administrativa e penal, se for brasileiro; repatriação ou deportação imediata e inabilitação de pedido de refúgio, caso seja estrangeiro.

Fonte: Jornal de Uberaba

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/anvisa-autoriza-importacao-e-uso-da-vacina-covaxin/

Mais rápido e barato, teste de Covid-19 desenvolvido pela UFG começa a ser aplicado por laboratório em Goiânia

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Um teste de covid-19 desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) já está sendo usado por um laboratório de Goiânia desde a semana passada. Segundo a coordenação do projeto, ele custa R$ 145, metade do preço do RT-PCR, que é o mais usado, e o resultado fica pronto em torno de 4 horas.

O G1 pediu posicionamento para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a autorização para uso e comércio do teste e aguarda retorno.

O teste é chamado de RT-LAMP e foi desenvolvido depois de quase um ano de pesquisa. A coleta é feita com amostra de secreção do nariz, da mesma forma que o RT-PCR, considerado o teste mais eficiente para se detectar a Covid-19.

Enquanto a maoria dos laboratórios demoram entre 24 horas e 48 horas para entregar os resultados, o resultado do RT-LAMP fica pronto em torno de 4 horas, segundo a coordenadora do projeto na UFG, Gabriela Duarte.

A professora diz que o teste não foi validado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas tem autorização da agência para ser usado por causa da forma como foi produzido.

‘A Anvisa tem as regulações próprias que permitem o desenvolvimento do que a gente chama de metodologia in house, ou seja, são metodologias próprias que podem ser usadas em diagnóstico. Esse teste passou por uma robusta validação, com mais de 500 pessoas testadas, comparado o RT-LAMP com o PCR, e tivemos uma concordância de 95% nos resultados”, explica a professora.

Repasse de tecnologia

Como forma de repassar o teste à população por um preço mais acessível, a UFG abriu um edital de licitação para a transferência gratuita de tecnologia. Cinco laboratórios assinaram o acordo para produzir o teste.

Desde o começa da semana passada, um laboratório na capital já está vendendo e aplicando o teste produzido em três unidades. Para dar conta da demanda, foi preciso ampliar a estrutura.

“A cada dia que passa, a gente nota que a demanda está sendo maior. O laboratório passou por mudanças e as salas são específicas, por isso fizemos uma reorganização para construir novas salas”, comentou a biomédica Ana Claudia Gomes Tonetti.

“A cada dia que passa, a gente nota que a demanda está sendo maior. O laboratório passou por mudanças e as salas são específicas, por isso fizemos uma reorganização para construir novas salas”, comentou a biomédica Ana Claudia Gomes Tonetti.

Fonte: G1.Globo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/ans-autorizacao-para-teste-de-covid-19-rt-pcr-deve-ser-imediata/

Laboratórios brasileiros buscam produção 100% autônoma das vacinas contra Covid

Vacinas – As primeiras doses de vacina produzidas inteiramente no Brasil só devem estar disponíveis em outubro. Até lá, o país vai depender de matéria prima-importada. E os atrasos nas entregas prejudicam o cronograma de imunização.

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O som que já se tornou familiar anuncia que novas doses de vacina estão sendo produzidas. O envase é uma das últimas etapas de um longo processo. Para chegar até lá, os laboratórios dependem do ingrediente farmacêutico ativo, o IFA, a matéria-prima das vacinas.

Depois de quase um ano e três meses de pandemia, o Brasil ainda não tem autonomia na produção desse produto tão importante. Os insumos da CoronaVac são importados da China. Os da Oxford/AstraZeneca vêm de diferentes laboratórios do mundo, conforme a disponibilidade.

Na semana passada, a Fiocruz assinou com a AstraZeneca o contrato de transferência de tecnologia, o primeiro passo para a produção de uma vacina 100% brasileira, e recebeu o banco de células e vírus para o IFA nacional.

‘O ciclo de produção da vacina que se inicia esta semana é de 90 dias, por isso que a gente vai ter esse espaço de três a quatro meses entre o início da produção que está sendo feita agora até as primeiras entregas que estamos estimando para outubro, a entrega da vacina 100%nacional’, explicou Marco Aurélio Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz.

Até lá, a Fiocruz ainda vai precisar do IFA importado. A próxima remessa deve chegar no sábado (12).

A epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização, diz que enquanto depender de defensores internacionais, o Brasil corre o risco de apagão de vacinas.

‘Enquanto o Brasil não tiver a capacidade de produção nacional, e os laboratórios desenvolvam essa capacidade, nós ainda vamos viver com essa intermitência das entregas. Possivelmente, ainda vamos ver a interrupção da vacinação e, principalmente, a gente não vai conseguir acelerar a vacinação, que é o que a gente quer’, explicou.

O Instituto Butantan também tenta se livrar da dependência estrangeira. A fábrica da CoronaVac deve começar a produzir o IFA entre dezembro e janeiro de 2022. Mas, para conseguir entregar os 54 milhões de doses da CoronaVac já contratados pelo Ministério da Saúde até setembro, o Butantan vai ter que esperar pela chegada da matéria-prima que vem da China.

Em maio, o instituto recebeu três mil litros de IFA, suficientes para produzir cinco milhões de doses e espera mais seis mil litros no dia 28 de junho.

O Butantan aguarda ainda autorização da Anvisa para começar os testes de uma nova vacina da ButanVac. Ela será produzida inteiramente no Brasil a partir de ovos de galinha – a mesma tecnologia já usada pelo instituto na fabricação da vacina da gripe.

O vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa, vê benefícios futuros no esforço da Fiocruz e do Butantan para conseguirem a autossuficiência na produção de vacinas contra a Covid.

‘Capacidade de produção completa, infelizmente, nós a temos muito concentrada em alguns países desenvolvidos do mundo e em dois ou três países em desenvolvimento. Esse é um dos temas que nós queremos discutir com uma resposta não só no curto prazo, mas pensando no futuro, em futuras pandemias. A América Latina não pode continuar com essa vulnerabilidade que tem’, afirmou.

Fonte: G1.Globo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/plano-gratuito-da-clinicarx-viabiliza-servicos-clinicos-em-pequenas-farmacias/

‘Lockdown’ em Franca, SP, paralisa produção de itens de higiene para hospitais, diz diretor de indústria

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O ‘lockdown’ decretado pela Prefeitura de Franca (SP) para tentar frear o avanço da Covid-19 paralisou a produção de itens de higiene para hospitais e drogarias nesta segunda-feira (7), diz Luiz Roberto Magrin Filho, diretor da indústria que fabrica esses produtos na cidade.

No início das restrições, a fábrica conseguiu uma liminar na Justiça de Franca, que foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) na sexta-feira após a Prefeitura recorrer. A indústria entrou com agravo de instrumento e aguarda nova decisão.

Dentre os produtos com produção parada estão máscaras, álcool em gel e kits de higiene para pacientes internados, como xampu e sabonetes.

“A demanda está grande, os hospitais estão ligando, clínicas ligando, e a gente não pode atender”, afirma Magrin Filho.

O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Franca e aguarda posicionamento nesta segunda-feira.

Impactos

Segundo ele, por dia, a empresa, que opera com 130 funcionários e reduziu o quadro para 112 para possibilitar um maior distanciamento durante as restrições, é capaz de fazer entre 100 mil e 140 mil itens.

Até quinta-feira (10), último dia do ‘lockdown’ na cidade, quase 500 mil pessoas podem ser afetadas com a produção parada, segundo Magrin Filho

‘Quase meio milhão de itens, quase meio milhão de pessoas sem serem atendidas por causa de 100 funcionários em casa. É essa matemática que estou questionando’, afirma.

O diretor diz que mantém contato com o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) quase todos os dias e ofereceu, como doação, 50 mil frascos de tubo de álcool em gel para distribuição na cidade. Segundo ele, o pedido ainda não teve resposta.

Eu acho realmente um absurdo. Se há preocupação com a vida, tinha que estar distribuindo o álcool gel. Está pronto, na fábrica. Os frascos estão prontos. E eu não tive retorno até o momento.

A Prefeitura foi procurada pela reportagem, mas ainda não se posicionou.

Há 15 anos em Franca, o diretor conta que essa é a primeira vez que a fábrica precisa fechar as portas. ‘O sentimento é uma amargura, você perde um pouco a confiabilidade no que está sendo feito, o rumo que as coisas estão tomando. A gente precisa de solução. A gente não precisa causar problema onde não tem problema’, diz.

Pandemia em Franca

Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, Franca soma 31.597 conformações de coronavírus e 714 óbitos.

Os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) destinados ao tratamento contra a Covid-19 estavam com 91,5% de ocupação, sendo 97 internados em 106 vagas na noite de domingo (6), data da última publicação.

UTI pública: 59 vagas / 58 internados: 98,3% de ocupação

UTI particular: 47 vagas / 39 internados: 83% de ocupação

UTI pública: 59 vagas / 58 internados: 98,3% de ocupação

UTI particular: 47 vagas / 39 internados: 83% de ocupação

Nas enfermarias, a ocupação era de 89,7% na noite de domingo, com 61 pacientes internados em 68 leitos disponíveis.

Fonte: G1.Globo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/justica-autoriza-reabertura-de-farmacias-e-drogarias-em-franca/

Queiroga volta à CPI da Covid sob acusações de omissão; veja a agenda de depoimentos da semana

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Em meio a críticas realizadas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a realização da Copa América no Brasil, a CPI da Covid tomará amanhã um novo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A expectativa dos senadores é questionar o ministro sobre os riscos que o evento poderá provocar em um momento no qual o número de casos da Covid-19 volta a subir. Durante a semana, o relator Renan Calheiros chamou Queiroga de ‘omisso’ por não ter se posicionado a respeito do evento, o que indica que o clima do depoimento deve ser tenso.

Os senadores haviam decidido reconvocar Queiroga para que ele apresentasse explicações sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro em aglomerações, mas a presença do ministro também se tornou necessária após o depoimento da infectologista Luana Araújo, que havia sido convidada por Queiroga para integrar sua equipe e foi barrada pelo governo. No depoimento, ela fez duras críticas à gestão da pandemia do governo federal.

Na quarta-feira, é a vez do ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco prestar esclarecimentos. Braço-direito da gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, ele deverá ser questionado sobre a demora na compra de vacinas e sobre a existência de um ‘gabinete paralelo’ de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro.

Na quinta-feira, a CPI ouvirá o governador do Amazonas Wilson Lima (PSC), primeiro gestor estadual a prestar depoimento. Sua data foi antecipada depois que a Polícia Federal realizou, na semana passada, quarta fase de investigação contra o governador por suspeitas de desvios na aplicação de recursos de combate à Covid-19.

A semana da CPI termina com os depoimentos, na sexta-feira, de especialistas para falar sobre aspectos técnicos no combate à Covid-19: a microbiologista Natalia Pasternak e o médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Depoimentos da semana

Terça, 9h: Marcelo Queirogta, ministro da Saúde.

Quarta, 9h: Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde

Quinta, 9h: Wilson Lima (PSC-AM), governador do Amazonas

Sexta, 9h: Natalia Pasternak, microbiologista; e Cláudio Maierovitch, médico sanitarista

Fonte: Extra online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/cpi-da-covid-as-perguntas-que-o-ministro-marcelo-queiroga-deixou-de-responder/

Gabinete de Bolsonaro acusou recebimento de carta da Pfizer em setembro, diz documento

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RIO – Cópias de emails trocados entre o governo federal e a Pfizer, obtidos via Lei de Acesso à Informação, mostram que o gabinete do presidente Jair Bolsonaro acusou recebimento, no dia 14 de setembro, de uma carta da farmacêutica americana que reiterava propostas de venda de doses da vacina contra Covid-19. O governo só voltaria a negociar com a Pfizer no dia 9 de novembro, dois meses depois, por intermédio do então secretário de Comunicação da Presidência (Secom) Fábio Wajngarten, segundo relato do próprio à CPI da Covid.

O email do dia 14 de setembro, assinado pela chefe do gabinete adjunto de gestão interna da Presidência da República, Aida Iris de Oliveira, foi enviado à Pfizer dois dias depois de a farmacêutica endereçar uma carta diretamente a Bolsonaro, cobrando resposta sobre uma oferta de vacinas. A oferta mais recente à época, feita pela farmacêutica no dia 26 de agosto, oferecia 70 milhões de doses de vacina, sendo 1,5 milhão para entrega ainda em 2020.

Entenda: Por que a vacina da Pfizer demorou tanto a chegar ao Brasil

Na resposta à Pfizer, o email assinado pela chefe do gabinete adjunto – subordinada direta ao então chefe de gabinete de Bolsonaro, Pedro Marques de Sousa – faz referência à proposta apresentada pela farmacêutica, no mês anterior, a representantes dos ministérios da Saúde e da Economia e da embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

“Acusamos o recebimento da correspondência s/nº de 12/9/2020, dirigida ao Senhor Presidente da República, informando que sua equipe do Brasil se reuniu com representantes dos Ministérios da Economia e da Saúde, bem como com a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, e apresentou proposta para fornecer potencial vacina contra a Covid-19, que até o presente momento não obteve qualquer posicionamento sobre a referida proposta”, diz a resposta do gabinete de Bolsonaro, divulgada primeiramente pelo portal “O Antagonista”.

“Pela natureza do assunto, informamos que o referido documento foi encaminhado ao Ministério da Saúde, bem como à Casa Civil da Presidência da República”, completa a resposta.

Embora a carta do presidente da Pfizer, Albert Bourla, no dia 12 de setembro fosse endereçada diretamente a Bolsonaro, com cópia para o vice-presidente Hamilton Mourão, os ministérios da Saúde e da Casa Civil e a embaixada nos Estados Unidos, até então o presidente não havia confirmado se tinha lido o documento ou se tinha conhecimento das propostas da farmacêutica.

Em depoimento à CPI da Covid, Wajngarten disse ter tomado conhecimento em 9 de novembro que a carta estava sem resposta, e que imediatamente colocou Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em contato com o presidente da Pfizer por telefone. Em seu relato, Wajngarten disse que Guedes repetiu “esse é o caminho”, e que Bolsonaro escreveu num pedaço de papel que, uma vez aprovada pela Anvisa, a vacina seria comprada pelo governo. Wajngarten não fez referência a qualquer sinalização de Bolsonaro de que já tivesse conhecimento da proposta anteriormente.

Também à CPI da Covid, o ex-chanceler Ernesto Araújo disse que não avisou Bolsonaro diretamente sobre as cartas da Pfizer porque “presumia” que o presidente tivesse conhecimento.

Mensagem encaminhada

Ainda no dia 14 de setembro, de acordo com os documentos disponíveis via Lei de Acesso à Informação, o gabinete de Bolsonaro encaminhou cópia da carta da Pfizer aos chefes de gabinete do Ministério da Saúde e da Casa Civil. A mensagem, de caráter protocolar, reiterou que a farmacêutica dizia não ter obtido até aquele momento “qualquer posicionamento sobre a referida proposta, que abrange pauta de natureza transversal, envolvendo assuntos de competência das pastas em epígrafe, salvo melhor juízo”.

O email informou ainda que a Pfizer seria comunicada deste encaminhamento às pastas da Saúde, à época sob gestão de Eduardo Pazuello, e da Casa Civil, cujo chefe no momento era Walter Braga Netto, e pedia que “eventual resposta seja enviada diretamente ao interessado”, ou seja, à farmacêutica.

Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a troca de emails indica que Bolsonaro “não deu importância” à oferta de vacinas da Pfizer.

“Além dos 53 emails, pelo menos, sem resposta, que foram encaminhados pela Pfizer ao governo brasileiro, o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, acusou recebimento da carta emitida pela farmacêutica Pfizer. (…) Em meio a uma pandemia, o próprio presidente não dá importância a uma carta de uma farmacêutica responsável pela vacina com maior eficácia contra a Covid-19 no planeta nesse instante”, disse Randolfe em vídeo divulgado nas redes sociais.

Fonte: Extra online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/governo-so-fez-contraproposta-formal-por-vacinas-da-pfizer-em-dezembro-apontam-emails-na-cpi/

Covid-19: Estudos investigam efeito de mistura de doses de vacina

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Com as mudanças na vacina fabricada pela AstraZeneca, as novas variantes do coronavírus e limitações de fornecimento, muitas pessoas se perguntam se podem ‘misturar e combinar’ as vacinas da covid-19.

Isso significa, por exemplo, receber a vacina AstraZeneca como primeira dose, seguida de uma segunda dose de uma vacina diferente, como a da Pfizer. E, posteriormente, reforços com outros imunizantes.

Vale lembrar que, por ora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda mesclar doses de diferentes fabricantes na imunização de pacientes contra a covid-19.

Segundo o órgão, ainda não há evidências de que a aplicação de doses de fabricantes distintos produza efeito contra o novo coronavírus.

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Em comunicado, a Anvisa acrescenta que, caso uma pessoa receba doses de diferentes fabricantes na aplicação dada pelas equipes de saúde da sua cidade, deve procurar as autoridades (secretarias de saúde, Ministério Público ou o Ministério da Saúde) e denunciar o ocorrido.

Apesar disso, existem muitos estudos em andamento sobre o assunto e, recentemente, foram publicados dados de testes com misturas e combinações na Espanha e no Reino Unido.

Segundo os cientistas Fiona Russell e John Hart, essas pesquisas são muito promissoras e sugerem que esquemas que misturam imunizantes podem fornecer níveis mais elevados de anticorpos do que duas doses de uma única vacina.

Mas como isso funciona e por que pode ser uma boa ideia?

Qual é a vantagem de misturar e combinar?

Se o programa de vacinação contra a covid-19 pudesse misturar e combinar vacinas, ele aumentaria muito sua flexibilidade.

Ter um programa de imunização flexível nos permite ser ágeis diante das limitações de oferta global. Se houver falta de vacina, em vez de parar todo o processo para aguardar o fornecimento, pode-se continuar com uma vacina diferente, independentemente daquela que foi dada como primeira dose.

Se uma vacina for menos eficaz do que outra contra uma determinada variante, esquemas mistos podem garantir que as pessoas que já receberam uma dose de uma vacina menos eficaz possam receber uma vacina mais eficaz contra a variante.

Ter um programa de imunização flexível nos permite ser ágeis diante das limitações de oferta global, defendem autores deste artigo

Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Alguns países já estão usando esquemas vacinais mistos após alterarem as recomendações da vacina AstraZeneca devido à ocorrência de trombose como um efeito colateral muito raro.

Vários países da Europa estão aconselhando os mais jovens que receberam esta vacina como a primeira dose a receber um imunizante alternativo como segunda dose. As vacinas mais indicadas para isso são as de mRNA, como a da Pfizer.

Espanha, Alemanha, França, Suécia, Noruega e Dinamarca estão entre os países que recomendam esquemas vacinais mistos por esse motivo.

É seguro?

Em um estudo feito no Reino Unido sobre a combinação de vacinas, publicado no Lancet, 830 adultos com mais de 50 anos foram escolhidos aleatoriamente para receber a vacina Pfizer ou AstraZeneca, primeiro uma e depois a outra.

Descobriu-se que pessoas que receberam doses mistas apresentaram maior probabilidade de desenvolver sintomas leves a moderados com a segunda dose da vacina, incluindo calafrios, fadiga, febre, dor de cabeça, dores nas articulações, mal-estar, dores musculares e no local da injeção, em comparação com aqueles que receberam vacinas da mesma empresa.

No entanto, essas reações foram de curta duração e não foram registrados outros problemas de segurança. Os pesquisadores já adaptaram este estudo para avaliar se o uso precoce e regular de paracetamol reduz a frequência dessas reações.

Outro estudo semelhante (não revisado por pares) realizado na Espanha revelou que a maioria dos efeitos colaterais foram leves ou moderados e de curta duração (dois a três dias). Eles foram semelhantes aos efeitos colaterais de receber duas doses da mesma vacina.

A resposta imune de receber a vacina da Pfizer seguida da AstraZeneca ainda não é conhecida, mas o Reino Unido terá os resultados em breve

Foto: Getty Images / BBC News Brasil

É eficaz?

O trabalho espanhol tem demonstrado que as pessoas tiveram uma resposta de anticorpos muito maior duas semanas após receber o reforço da Pfizer, depois de tomar uma dose inicial de AstraZeneca.

Esses anticorpos foram capazes de reconhecer e inativar o coronavírus em testes de laboratório.

Essa resposta ao reforço da Pfizer parece ser mais forte do que a resposta após o recebimento de duas doses da vacina AstraZeneca, com base em dados anteriores do estudo. A resposta imune de receber a vacina da Pfizer seguida da AstraZeneca ainda não é conhecida, mas o Reino Unido terá os resultados em breve.

Não há dados ainda sobre a eficácia dos esquemas mistos para prevenir a covid-19, mas é provável que funcionem bem. A resposta imune é semelhante, ou até melhor, em comparação com estudos que utilizaram a mesma vacina na primeira e segunda doses.

Isso indica que eles serão eficazes na prevenção da doença.

Isso poderia acelerar os programas de vacinação?

Na Espanha, aqueles com menos de 60 anos que receberam a primeira dose de AstraZeneca podem escolher entre continuar com o mesmo imunizante ou receber a vacina da Pfizer. Embora o Ministério da Saúde recomende uma segunda dose de Pfizer, muitos optaram por ficar com a AstraZeneca.

As descobertas recentes do mundo real no Reino Unido sugerem que, após duas doses, ambas as vacinas são igualmente eficazes contra as variantes que circulam nas Ilhas Britânicas.

As recomendações sobre a troca de vacina em diferentes países se devem à preocupação com o surgimento de casos de trombose após a primeira dose da AstraZeneca, além da alteração das faixas etárias dos cidadãos que a recebem e problemas de abastecimento.

Isso gerou incertezas generalizadas e fez com que os jovens de alguns países europeus que já haviam recebido a primeira dose fossem excluídos da segunda.

Os resultados destes estudos mistos sustentam a possibilidade de vacinar aqueles que receberam a primeira dose de AstraZeneca com um reforço diferente, se necessário.

Outras pesquisas estão em andamento para avaliar os cronogramas de mistura e combinação entre as vacinas Moderna e Novavax.

Estudos feitos até agora indicam que mesclagem de doses pode aumentar efeitos colaterais leves, mas é prática segura

Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Seja vacinado o mais cedo possível

Enquanto em alguns países os casos estão diminuindo, muitos outros estão registrando um aumento da doença. Entre eles estão Taiwan e Cingapura, que anteriormente eram considerados excelentes exemplos de como gerenciar a covid-19.

Esses exemplos destacam a dificuldade de supressão sustentada pelo vírus na ausência de uma alta cobertura de vacinação. O que deve ser agravado pelas novas variantes mais transmissíveis.

Os casos atuais em muitas regiões da Europa, Estados Unidos e Austrália são causados pela variante B.1.617.1 (conhecida como variante indiana e chamada de Delta pela OMS). Ambas as vacinas são eficazes contra a variante B.1.617.2, intimamente relacionada com a Índia (embora ligeiramente menos do que contra a B.1.1.7), e uma eficácia semelhante seria esperada contra a B.1.617.1.

Enquanto esperamos, é fundamental que as pessoas não atrasem a vacinação com o imunizante que lhes é oferecido. A vacinação é parte essencial da estratégia para acabar com a pandemia.

É provável que o esquema de vacinação mude no futuro, pois podem ser necessários reforços. Isso é normal em programas de imunização. Já fazemos isso todos os anos com a vacina da gripe. Isso não deve ser visto como uma falha de política, mas sim como uma resposta baseada em evidências a novas informações.

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* Fiona Russell é pesquisadora, pediatra e epidemiologista da Universidade de Melbourne, na Austrália. John Hart é pesquisador clínico do Murdoch Children’s Research Institute.

Este texto foi publicado originalmente publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons.Clique aqui para ler o original em espanhol.

Fonte: BBC

Baixa procura pela segunda dose da Pfizer nas farmácias de Porto Alegre

A segunda-feira foi de muita baixa procura pela segunda dose da Pfizer nas 20 farmácias e três unidades de saúde – Belém Novo, Panorama e Rubem Berta – onde esteve disponibilizada em Porto Alegre. O movimento, muito diferente do que vinha ocorrendo, surpreendeu quem trabalha nas drogarias.

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Na loja da Panvel, situada na avenida Goethe, no bairro Rio Branco, não havia movimento algum pela vacina. Na Agafarma da avenida Benjamin Constant, no bairro São João, em duas horas, apenas dez pessoas tinham tomado a segunda dose da vacina da Pfizer. ‘Hoje está bem diferente. Muita pouca gente’, afirma Joara Simoni Oliveira, gerente da Farmácias Associadas da rua dos Andradas, no Centro Histórico, que até às 10h30min, havia aplicado só 19 doses.

A segunda dose da Pfizer estava disponível para os que receberam a primeira até 17 de maio. Chegará terça, ao Rio Grande do Sul, mais uma remessa de vacinas contra a Covid-19. O lote, com 146.250 doses da Pfizer, chegará ao Aeroporto Internacional Salgado Filho às 15h.

Fonte: Correio do Povo

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CoronaVac, AZD1222, Cominarty, Ad26.COV2-S, Sputnik e Covaxin: compare as seis vacinas com aval da Anvisa

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Na noite da última sexta-feira (4/6), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu sinal positivo para o uso de mais duas vacinas contra a covid-19 no Brasil: a russa Sputnik V e a indiana Covaxin.

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Embora a entidade tenha liberado apenas a importação de alguns lotes desses dois imunizantes, que deverão obedecer a critérios bastante restritos, o fato é que a partir das próximas semanas o país poderá contar com seis produtos diferentes em seu programa nacional de vacinação.

Brasil e outros 51 países encomendaram vacinas antes da aprovação de ‘Anvisas’

O que muda na vacinação do Brasil com decisão da Anvisa sobre Covaxin e Sputnik

Além dos dois mencionados, os brasileiros já recebem desde janeiro de 2021 as doses da CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e da AZD1222 (AstraZeneca/Universidade de Oxford/FioCruz).

Em fevereiro, foi a vez da Cominarty (Pfizer/BioNTech) ganhar a aprovação da Anvisa. Mas as primeiras remessas dela só foram chegar ao Brasil no final de abril, após semanas de discussão entre as farmacêuticas e o Governo Federal sobre as cláusulas do contrato de venda e compra.

Outra vacina que já pode ser aplicada no país é a Ad26.COV2.S, da Janssen. A entrega das primeiras 3 milhões de doses está agendada para acontecer ainda em junho, segundo uma informação divulgada recentemente pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

É curioso notar que cada um desses produtos possui particularidades sobre as tecnologias utilizadas, o mecanismo de ação e o tempo de intervalo entre as doses.

A BBC News Brasil resumiu essas características e apresenta a seguir as principais diferenças entre os imunizantes que já são usados e aqueles que devem desembarcar por aqui nas próximas semanas:

CoronaVac A CoronaVac foi a primeira vacina contra a covid-19 a ser usada no Brasil

Fabricantes: Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil).

Tipo de tecnologia: Vírus inativado.

Essa é uma das técnicas mais antigas e conhecidas na produção de vacinas: os cientistas usaram o próprio Sars-CoV-2, o coronavírus responsável pela pandemia atual, para desenvolver a CoronaVac.

O agente infeccioso passa por uma série de processos químicos e físicos em laboratório para ser inativado. Isso significa que não há chance alguma de ele provocar a doença quando introduzido no nosso corpo.

Após a aplicação, o sistema imune reconhece as partículas virais e gera anticorpos contra elas.

Data de aprovação pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021.

Tipo de aprovação: Emergencial.

Isso significa que novos estudos e documentos precisarão ser enviados à Anvisa para comprovarem que o imunizante funciona em longo prazo e o pedido de registro definitivo seja aprovado futuramente.

Quantidade de doses necessárias: Duas.

Intervalo entre as doses: de 14 a 28 dias.

Armazenamento: Refrigeração normal em geladeira.

Taxa de eficácia: 50%.

Dados divulgados na última semana pelo Governo do Estado de São Paulo revelaram que a efetividade da CoronaVac no mundo real é bem maior que a porcentagem de eficácia obtida nos testes clínicos: após imunizar 95% da população adulta da cidade de Serrana, no interior paulista, os cientistas observaram uma redução de 95% das mortes, 86% das internações e 80% dos casos de covid-19 no município.

O que estudo de Serrana com CoronaVac diz sobre ritmo de vacinação no Brasil

Lugares em que está aprovada ou há previsão de uso: China, Indonésia, Turquia, Chile e outros 22 países/territórios/blocos econômicos.

Há mais de 897 milhões de doses da CoronaVac encomendadas pelo mundo para os próximos meses.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde também deu aprovação emergencial ao produto da farmacêutica Sinovac.

AZD1222 A AZD1222 é uma das vacinas mais utilizadas na União Europeia, no Reino Unido e no Brasil

Fabricantes: AstraZeneca (Inglaterra/Suécia), Universidade de Oxford (Inglaterra) e Fundação Oswaldo Cruz (Brasil).

Essa vacina também é conhecida como Vaxzevria e CoviShield.

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante.

Os desenvolvedores selecionaram um adenovírus, que não provoca nenhum tipo de doença em seres humanos. Daí eles colocaram dentro dele algumas informações genéticas do coronavírus.

Nosso corpo reconhece esses pedacinhos do genoma viral e, após uma série de processos, consegue criar uma resposta imune.

Data de aprovação pela Anvisa: 17 de janeiro de 2021.

Tipo de aprovação: Definitiva.

Após liberação emergencial em janeiro, a Anvisa concedeu o registro definitivo para a AZD1222 em 12 de março de 2021.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: Três meses.

Armazenamento: Refrigeração normal em geladeira.

Taxa de eficácia: 76%.

Lugares em que está aprovada ou há previsão de uso: União Europeia, Reino Unido, Japão, Canadá e outros 42 países/territórios/blocos econômicos.

Há mais de 2,6 bilhões de doses da AZD1222 encomendadas pelo mundo para os próximos meses.

Cominarty O produto desenvolvido por Pfizer e BioNTech utiliza a tecnologia de mRNA, uma das mais modernas

Fabricantes: Pfizer (Estados Unidos) e BioNTech (Alemanha).

Tipo de tecnologia: mRNA.

Essa é uma das plataformas mais modernas e inovadoras. As vacinas de Pfizer/BioNTech trazem um pequeno código genético que instrui as células de nosso próprio corpo a produzirem moléculas parecidas com o coronavírus.

O sistema imune então reconhece essas partículas e desenvolve os anticorpos necessários.

Data de aprovação pela Anvisa: 23 de fevereiro de 2021.

Tipo de aprovação: Definitiva.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: 21 dias.

O Brasil adotou um esquema diferente em relação ao que é recomendado pelas fabricantes. Pfizer e BioNTech entendem que a segunda dose da Cominarty deve ser aplicada três semanas após a primeira.

O Ministério da Saúde, porém, preconiza um intervalo de três meses. Os representantes do Governo Federal justificam a decisão com base nas políticas públicas de outros países, como o Reino Unido.

Armazenamento: Freezer na temperatura de -25 °C a -15 °C. Após a abertura da embalagem, as doses podem permanecer na geladeira comum por algum tempo.

Taxa de eficácia: 91%.

Lugares em que está aprovada ou há previsão de uso: Estados Unidos, Austrália, Israel e outros 48 países/territórios/blocos econômicos.

Há mais de 3,1 bilhões de doses da Cominarty encomendadas pelo mundo para os próximos meses.

Ad26.COV2-S O imunizante da Janssen foi aprovado em caráter emergencial há três meses, mas até agora não chegou ao país

Fabricante: Janssen (Estados Unidos)

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante.

Data de aprovação pela Anvisa: 31 de março de 2021.

Tipo de aprovação: Emergencial.

Quantidade de doses: Uma.

Esse é um ponto de destaque do produto da farmacêutica Janssen: ao contrário de todas as outras vacinas disponíveis, ela precisa de apenas uma dose para surtir efeito.

Num cenário em que há escassez de matéria-prima e muita gente que ainda não foi vacinada, essa é uma vantagem importante.

Apesar de o imunizante estar liberado no país desde março, ele ainda não é usado na campanha brasileira: as primeiras 3 milhões de doses devem ser entregues ainda em junho, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Armazenamento: Pode ficar em geladeira comum por até três meses.

Taxa de eficácia: Nos estudos, variou entre 64% e 72%.

Lugares em que está aprovada ou há previsão de uso: União Europeia, Reino Unido, Nova Zelândia e outros 14 países/territórios/blocos econômicos.

Há mais de 850 milhões de doses da Ad26.COV2-S encomendadas pelo mundo para os próximos meses.

Sputnik V A vacina do Instituto Gamaleya de Pesquisa, da Rússia, havia sido reprovada pela Anvisa numa análise feita há pouco mais de um mês

Fabricante: Instituto Gamaleya de Pesquisa (Rússia).

Tipo de tecnologia: Vetor viral não replicante.

A tecnologia é a mesma da AZD1222 e da Ad26.COV2-S, mas há uma diferença importante: a Sputnik V é feita a partir de dois adenovírus diferentes. A primeira e a segunda dose da vacina, portanto, têm formulações distintas.

E isso, por sua vez, exige um cuidado extra na hora da aplicação: para garantir o bom resultado, é importante que as orientações sobre a ordem e diferença entre as duas doses sejam seguidas à risca.

Data de aprovação pela Anvisa: 4 de junho de 2021.

Tipo de aprovação: Importação de lotes com restrições.

A decisão da Anvisa sobre a Sputnik atendeu os pedidos de seis Estados (Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe) e permitiu trazer quantias suficientes para 1% da população desses locais (algo ao redor de 928 mil doses).

As vacinas precisarão vir necessariamente de laboratórios da Rússia vistoriados e certificados pela agência brasileira e passarão por novas análises em território nacional antes de serem distribuídas.

O produto não será indicado para quem tem hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula, grávidas, lactantes, menores de 18 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses, portadores de enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia (reação alérgica grave).

Ela também não poderá ser aplicada em indivíduos que tenham recebido outras vacinas contra a covid-19, portadores de HIV, hepatite B ou C, indivíduos que tenham se vacinado no mês anteriores ou que tenham recebido tratamentos com imunoglobulinas, hemoderivados, imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia e radioterapia nos últimos 36 meses.

Anvisa ainda exigiu que a Sputnik V só seja aplicada em locais onde reações adversas possam ser monitoradas e tratadas. A agência também pediu que os fabricantes conduzam um estudo de efetividade do imunizante no Brasil.

Quantidade de doses: Duas.

Como dito anteriormente, os locais de aplicação precisarão ter atenção redobrada, pois o conteúdo da primeira e da segunda dose da Sputnik são diferentes.

Intervalo entre as doses: 21 dias, mas há discussões para que esse tempo também seja ampliado para três meses.

Armazenamento: Freezer na temperatura de -18 °C.

Taxa de eficácia: 91%.

Lugares em que está aprovada ou há previsão de uso: Rússia, Argentina, México e outros 46 países/territórios/blocos econômicos.

Há mais de 442 milhões de doses da Ad26.COV2-S encomendadas pelo mundo para os próximos meses.

Covaxin Governo Federal têm acordo de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, da Bharat Biotech

Fabricante: Bharat BioTech (Índia).

Tipo de tecnologia: Vírus inativado.

Data de aprovação pela Anvisa: 4 de junho de 2021

Tipo de aprovação: Importação de lotes com restrições.

As orientações da Anvisa para a Covaxin seguiram os mesmos moldes da Sputnik V: ela não poderá ser usada por pessoas que apresentam qualquer fator de risco de eventos adversos ou que se encaixam naquela longa lista de critérios, condições e tratamentos.

O pedido para liberação veio do próprio Ministério da Saúde, que já havia assinado em março um contrato com a Bharat BioTech para a compra de 20 milhões de doses.

A decisão da agência regulatória brasileira permitiu, por enquanto, o uso de 4 milhões de unidades desse imunizante.

Quantidade de doses: Duas.

Intervalo entre as doses: Quatro semanas.

Armazenamento: Temperatura ambiente por pelo menos uma semana.

Taxa de eficácia: 78%.

Uso em outros países: Além de Brasil, Índia, Filipinas, Irã e Estados Unidos possuem acordos e encomendas da Covaxin, que totalizam mais de 88 milhões de doses.

Vacina boa é vacina no braço

Apesar de todas as diferenças entre os produtos aprovados para uso no Brasil, uma coisa é consenso entre os especialistas da área: não há motivos para preferir um tipo ou outro de imunizante, uma vez que todos receberam o aval da Anvisa.

A frase “vacina boa é vacina no braço” virou praticamente um mantra entre epidemiologistas, enfermeiros, médicos e demais especialistas em saúde pública.

Isso porque precisamos levar em conta os ganhos coletivos de uma campanha massiva de imunização: mais que proteger uma pessoa de forma individual, as doses têm um efeito mais amplo, diminuindo a circulação do coronavírus por toda a comunidade.

Essa menor circulação viral, por sua vez, desemboca numa diminuição dos casos, das internações e das mortes por covid-19.

Será através da vacinação de uma boa parcela da população que alcançaremos a tão desejada imunidade de rebanho, para que a pandemia fique mais controlada e deixe de ser um problema enorme.

E, para que isso aconteça, é importante que todo mundo tome o imunizante quando chegar a vez: se você faz parte de algum público-alvo da campanha, vá ao posto de saúde mais próximo de sua casa assim que possível.

Até o momento, 22 milhões de brasileiros já tomaram as duas doses da vacina contra covid-19, o que representa pouco menos de 11% da população.

Fonte: Correio Braziliense Online

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Voluntários de 4 cidades do Brasil podem participar dos testes da Covaxin

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No Brasil, voluntários já podem participar dos testes da fase 3 da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O estudo é coordenado pelo Hospital Albert Einstein. Serão escolhidas 4.500 pessoas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Campo Grande.

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A fase três é a última e mais importante etapa de testes, quando o imunizante é testado em mais pessoas. Os voluntários receberão duas doses, que podem ser vacina ou placebo, em um intervalo de 28 dias.

Dessa forma, os dados serão analisados e será possível determinar a porcentagem de eficácia. Mais de 25 mil pessoas já passaram pelo teste na Índia e os resultados indicaram eficácia de 78% e 100% contra casos graves.

O que é preciso para participar?

Ter entre 18 a 50 anos

Nunca ter tido covid-19 ou morado na mesma residência com alguém que esteve com a doença

Não ser gestante e nem estar planejando engravidar em breve

Ser saudável ou possuir doença crônica estável

Não ter sido vacinado contra covid-19

Os interessados podem fazer pré-cadastro no site do Hospital Igesp ou no Instituto de Pesquisa Clínica de Campinas.

Covaxin e Anvisa

Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, por unanimidade, negar a autorização excepcional e temporária para importação e distribuição da Covaxin. A decisão aconteceu após a agência também negar a certificação de boas práticas de fabricação à empresa.

Entretanto, a situação mudou e os testes da fase três do imunizante foram autorizados pela Anvisa em maio. Neste mês, a agência aceitou um novo pedido de importação da vacina, porém com restrições pois ainda há ‘incertezas técnicas’ em relação ao fármacos, causado pela falta de algumas informações que possam garantir a segurança e eficácia contra covid-19.

Fonte: Correio Braziliense Online

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