Polêmica com creme dental da Colgate vai parar na Anvisa

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CREME DENTAL DA COLGATE
Foto: Canva

A polêmica que cercou a Clear Mint, linha de creme dental da Colgate, mobilizou a Anvisa durante a semana. A autarquia chegou a suspender as vendas do produto na última quarta-feira, dia 26. A fabricante recorreu da decisão e conseguiu revertê-la, mas as reações dos consumidores geraram uma crise de confiança difícil de se reverter.

Segundo informações do UOL, a medida da agência havia sido protocolada de maneira cautelar, sendo vigente pelo prazo de 90 dias previsto em lei. Foi uma resposta à crescente onda de reclamações de usuários do produto, que reportaram diferentes efeitos colaterais.

Entre 1° de janeiro e 19 de março, foram relatados ao menos 13 casos de “eventos adversos” após o uso da pasta. Clientes da marca mencionaram sintomas que variam de inchaço nas amígdalas, lábios e na mucosa oral, sensação de dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

Consumidores que sofreram com efeitos mais graves pronunciaram-se nas redes sociais, cobrando uma satisfação da empresa e alertando outros usuários. “Minha boca sangrava sem parar”, “Fiquei com tantas feridas que não consigo comer” e “Fiquei com bolhas na boca” foram alguns dos relatos encontrados em diversas publicações relacionadas à Colgate.

Creme dental da Colgate passou por reformulação recentemente

O creme dental da Colgate teve sua formulação alterada em julho do ano passado, quando passou a utilizar o fluoreto de estanho no lugar do de sódio. Em resposta à reportagem, a Colgate afirmou que a substância é segura, tem seu uso autorizado e está presente em diversos produtos semelhantes ao redor do mundo.

Além disso, a fabricante reforçou que “a nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil”. Afirmou ainda que os ingredientes “passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo”.

Apesar dessas garantias, a companhia admitiu que “uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes, como fluoreto de estanho, corantes ou sabores”, recomendando que os prejudicados parem de usar o produto.

Confira a nota completa da Colgate

A Colgate reforça seu compromisso com a qualidade e segurança de seus produtos. Estamos cientes da decisão da Anvisa por uma interdição cautelar ao creme dental Total Clean Mint, que não implica no recolhimento do produto. A companhia entrou com recurso que resultou na suspensão automática dessa interdição na quinta-feira (27). Seguimos tomando todas medidas cabíveis para interagir com a Anvisa e demonstrar a segurança do produto. É importante reafirmar que o produto não oferece riscos à saúde, mas algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a certos ingredientes – como fluoreto de estanho, corantes ou sabores. Nossas equipes estão preparadas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o creme dental Total Clean Mint com autoridades, profissionais, clientes e consumidores.

Exames rápidos nas farmácias inspiram campanha inédita

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Exames rápidos nas farmácias
Iniciativa atende à demanda crescente do mercado / Foto: Freepik

O incentivo ao uso racional dos exames rápidos nas farmácias torna-se tema de uma ampla campanha junto aos profissionais do setor. A iniciativa inédita é resultado da parceria entre a plataforma Clinicarx, healthtech do portfólio do hub de negócios Interplayers, e a ECO Diagnóstica, especializada em soluções de diagnósitico rápido.

A iniciativa tem como objetivo fortalecer o papel dos farmacêuticos como protagonistas no cuidado com a saúde, ampliando o acesso da população a serviços de qualidade.

Prevista para ocorrer durante 2025, a campanha estabelece metas ambiciosas, como o aumento de 20% no acesso racional a testes rápidos pelos pacientes. Além disso, a ação busca a adesão de pelo menos 50% das farmácias participantes nas premiações trimestrais, incentivando o engajamento dos profissionais da área na prevenção de doenças e na promoção da saúde comunitária.

“Observamos que a oferta de exames rápidos e confiáveis em farmácias atende a uma necessidade urgente da população, permitindo intervenções ágeis e eficazes”, explica Alexandre Lopes, gerente comercial de Linha Farma da ECO Diagnóstica.

“Estamos reafirmando o compromisso pioneiro ao lançar a primeira campanha de incentivo de rastreamento, triagem e acompanhamento farmacoterapêutico por meio da realização de EACs (Exames de Análises Clínicas), com foco especial na valorização do profissional farmacêutico”, acrescenta.

Exames rápidos nas farmácias estimulam inovação

A campanha para incentivar os exames rápidos também representa um estímulo à inovação, na visão de Albery Dias, CEO da Clinicarx e diretor de Serviços de Saúde da Interplayers.

“Estamos integrando tecnologia de ponta à prática diária e promovendo um modelo de atendimento mais eficiente e humanizado. Queremos oferecer uma experiência de cuidado que vai desde a triagem, rastreamento e acompanhamento farmacoterapêutico inicial até o apoio contínuo dos pacientes em suas jornadas de tratamento.”, destaca.

“Até o fim da campanha, esperamos gerar um impacto significativo, aumentando a acessibilidade a exames rápidos e demais serviços, ampliando o conhecimento da população quanto a possibilidade de realizar tais exames em farmácias, contando com a capilaridade das farmácias brasileiras como reais estabelecimentos de saúde”, finaliza.

Exclusivo: Carlos Sanchez omitiu informações ao Cade

Carlos Sanchez
Controlador também teria deixado de lado informações sobre o aumento em sua posição acionária / Foto: Divulgação

Surgem novos desdobramentos sobre o interesse de Carlos Sanchez em entrar no conselho administrativo da Hypera. Segundo informações de bastidores às quais teve acesso o Panorama Farmacêutico, o controlador da EMS omitiu informações ao acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Fontes revelaram ao portal que o empresário não teria mencionado ao conselho o histórico de ofertas de fusão, nem o aumento recente de sua posição acionária na farmacêutica concorrente. Em paralelo, o investidor estaria contando com o apoio de Lírio Parisoto, amigo próximo e também acionista da Hypera, para “alugar” ações para votar em seu nome.

Procurada, a EMS afirmou não comentar sobre o assunto.

Hypera enviou ato de concentração ao Cade contra Carlos Sanchez 

A reportagem também teve acesso ao Ato de Concentração enviado pela Hypera à superintendência-geral do Cade. No documento, a farmacêutica reforça o fato de Sanchez ter omitido informações em sua petição e apresenta o caso sob seu ponto de vista.

Em seu formulário de notificação, o controlador afirma que a compra de ações teria apenas fins financeiros, sem intenção de utilizar direito político, ao que a farmacêutica nega. O documento utiliza entrevistas do empresário para afirmar que o grupo rival deseja usar sua posição para obter informações concorrencialmente sensíveis

“Fosse essa participação detida pelo Grupo NC Farma efetivamente passiva, de interesse meramente financeiro, o presente Ato de Concentração não teria sido submetido ao CADE. Afinal, o Grupo NC Farma poderia simplesmente fazer uso do benefício da regra que permite a aquisição de ações em bolsa desde que direitos políticos não sejam exercidos. Logo, a única explicação para submissão feita pelo Grupo NC é exercer direitos políticos e interferir nas atividades da Hypera”, afirma trecho do documento.

Controlador recorreu ao conselho

Segundo apurações do InvestNews, Sanchez recorreu ao Cade para ter a possiblidade de comprar mais ações da concorrente e ganhar fôlego para uma nova proposta de aquisição.

O controlador já detém 6,02% das ações da concorrente, por meio de seu fundo de investimentos, o Dodgers. A meta de ampliar participação na Hypera tem outra motivação – poder indicar membros para o conselho da companhia, que se tornou um importante palco dessa disputa.

Fusão entre EMS e Hypera: briga agora é no conselho

Se o controlador da EMS deseja se fortalecer para indicar conselheiros, o fundador da Hypera, João Alves de Queiroz Filho, o Junior, também se movimenta no mesmo sentido. De janeiro para cá, o executivo já aumentou sua participação acionária de 21,38% para 27,31%.

Carlos Sanchez quer indicação ao conselho

Segundo apurações do Brazil Journal, o executivo vem buscando apoio junto a investidores da Hypera para conseguir indicar até três conselheiros na próxima assembleia. Um dos possíveis nomes seria o de Parisotto.

Apesar de ser um nome de peso na Bolsa de Valores, o investidor tem menos ações do que Sanchez, algo em torno de 1,5% e 3%. Sem o apoio de outros interessados, ambos poderiam eleger somente um conselheiro.

Júnior quer voltar 

Ainda como parte de seu plano para blindar aproximações de Sanchez, Júnior quer voltar ao conselho da Hypera. O fundador da farmacêutica já figura como candidato oficial ao board e incluiu seu próprio nome na lista tríplice de conselheiros que tem direito a indicar. Os outros sócios (Votorantim e Maiorem) podem sugerir mais dois nomes cada. João Schimidt, presidente do Votorantim, está nessa relação. A informação foi noticiada em primeira mão por Lauro Jardim, do O Globo, e confirmada pelo Valor Econômico.

Acionistas tentam blindar farmacêutica

Em outubro do ano passado, a EMS fez uma proposta de fusão onde pagaria R$ 30 por ação para assumir o controle da Hypera. Combinadas, as farmacêuticas teriam um market share de 17% e uma receita anual superior a R$ 15 bilhões.

O laboratório fundado por Júnior rechaçou a ideia e recusou prontamente a oferta. Em resposta, começou a ampliar sua fatia na farmacêutica. No começo deste mês de março, o Votorantim SA dobrou sua participação na empresa, passando a deter 11% da Hypera. De acordo com a carta do conglomerado industrial, a empresa iria “iniciar um diálogo com os atuais acionistas controladores da Hypera sobre seu eventual papel na governança”. O objetivo já era indicar candidatos ao conselho de administração.

Faturamento da Eurofarma cresce 20,3% em 2024

Faturamento da Eurofarma
Farmacêutica alterou perfil da dívida e impulsionou receitas – Foto: Divulgação

Os números de faturamento da Eurofarma em 2024 foram confirmados após a divulgação dos resultados do Q4. A farmacêutica multinacional brasileira apresentou um crescimento de 20,3% em sua receita líquida, atingindo a marca de R$ 11 bilhões.

A receita líquida dos mercados internacionais superou R$ 2,8 bilhões, uma evolução de mais de 58% em comparação com 2023, com todos os países registrando crescimento. Pela primeira vez na história, a Eurofarma alcançou a liderança na América Latina no canal farmácia.

A operação da Genfar, marca de genéricos para a América Latina exceto Brasil, completou um ano de integração à Eurofarma com bons resultados. Em junho de 2024, a empresa iniciou sua expansão da Colômbia, Peru e Equador para a América Central, alcançando mais nove países e somando atualmente mais de 650 colaboradores.

No Brasil, a Eurofarma seguiu na liderança em prescrição médica e vice-líder em genéricos. As duas unidades de negócio tiveram crescimento de 15% e 48%, respectivamente, superando o crescimento do mercado, com aumento de market share e diversos lançamentos.

A inovação também segue como prioridade. Em 2024, os investimentos em pesquisa & desenvolvimento somaram R$ 755 milhões, uma expansão de 23% em relação a 2023. O valor, que corresponde a quase 7% da receita líquida do ano, foi destinado inclusive na exploração de produtos incrementais e radicais que possam oferecer novas abordagens de tratamento aos pacientes.

Relatório de faturamento da Eurofarma aborda pendências

A declaração financeira ainda expõe o endividamento da empresa, que registrou um aumento geral, mas sofreu uma alteração de perfil. Enquanto as pendências de curto prazo caíram 85% no comparativo anual, saltando de R$ 4,08 bilhões para R$ 586,5 milhões, os déficits de longo prazo dispararam, crescendo 117,3% (de R$ 4,09 bilhões para R$ 8,88 bilhões).

CMED aprova reajuste de medicamentos com teto de 5%

REAJUSTE DE MEDICAMENTOSCMED, Indústria farmacêutica, medicamentos
Foto: Freepik gerado com IA

A Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED) aprovou o reajuste de medicamentos para 2025, cujo teto será de 5,06%. A resolução ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), mas entra em vigor na próxima segunda-feira, dia 31. Como esperado, o aumento será escalonado, chegando a um reajuste médio de 3,83%. O percentual é o menor desde 2018.

“Isso pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e na modernização fabril”, lamenta o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Reajuste de medicamentos ficou próximo do previsto

Na primeira quinzena de março, o Sindusfarma divulgou sua previsão para o reajuste de medicamentos, cujo resultado ficou muito próximo do oficializado. Na ocasião, a entidade estimou uma média de 3,48% e um teto de 5,06%. A previsão também ficou em linha com o que instituições financeiras haviam apontado em fevereiro, projetando três níveis na faixa de 2,5% a 5%.

Entenda o cálculo do reajuste de medicamentos 

O valor do índice do ajuste anual é resultado da fórmula VPP=IPCA-X+Y+Z. O fator X representa a produtividade no mercado farmacêutico; o Y refere-se ao ajuste de preços entre o mercado farmacêutico e os demais setores da economia; e o Z está relacionado ao ajuste de preços relativos intrassetores.

Em sua simulação, o Sindusfarma tomou como base o IPCA dos últimos 12 meses (5,06%) para o Fator X (2,46%) e o Fator Z, que foi definido em três diferentes valores (2,46% para nível 1; 1,23% para nível 2 e 0% para nível 3). O Fator Y foi definido em 0%, não impactando na fórmula.

Viveo contrata banco para agilizar venda da Cremer

venda da Cremer
Valor da empresa se multiplicou sob o comando da Viveo – Foto: Canva

A Viveo parece ter dado mais um passo em direção à venda da Cremer, sua unidade de produtos de higiene pessoal. Informações divulgadas pelo NeoFeed indicam que a companhia teria contratado o Itaú BBA para assumir as rédeas de uma eventual negociação.

A instituição financeira ficou responsável por encontrar um comprador, que deverá desembolsar aproximadamente R$ 2 bilhões para adquirir a empresa, que foi incorporada pelo grupo em 2017 por R$ 500 milhões.

Reestruturação da Viveo motiva venda da Cremer

O projeto de reorganização da Viveo foi iniciado ainda em 2023, e já passou por etapas que incluíram ajustes na gestão de estoque; análise de clientes e fornecedores; redução de custos; logística e, agora, venda de ativos.

A negociação da Cremer seria importante para impulsionar a alavancagem da companhia, fator de preocupação para muitos de seus investidores. O movimento começou a ser estudado, e noticiado pelo Panorama Farmacêutico, no mês passado, após a Viveo discutir a possibilidade em várias assembleias internas.

“Esse é um dos caminhos que têm sido estudados. Mas há outras possibilidades e estratégias que estão na mesa”, afirma uma pessoa próxima à empresa.

Fecofar amplia cadastro de farmácias em feira da Abradilan

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Fecofar
Representantes das sete redes associadas estiveram presentes no evento / Foto: Ana Cláudia Nagao

Estreante na Abradilan Conexão Farma, a Fecofar acumula motivos para comemorar. Nos três dias de evento, a entidade atraiu novos credenciamentos de farmácias interessadas em ingressar em alguma das sete redes que compõem a federação.

“Ficamos surpreendidos com o número de lojas cadastradas durante a feira”, afirmou o presidente Marcelo Grasso, em entrevista no estúdio exclusivo do Panorama Farmacêutico no evento.

Para sua primeira participação na feira, a Fecofar empreendeu uma verdadeira força-tarefa para contar com uma equipe de peso. “Para trazer representantes de todas as redes associadas, começamos o planejamento ainda em 2024”, revela.

“Pedimos para que todos os diretores das redes estivessem aqui, assim como representantes de setores chave em cada uma delas. Nosso objetivo era estreitar elos com o mercado e também com associados e pretendentes que estivessem presentes”, explica o executivo.

Fecofar registrou faturamento de R$ 6 bilhões 

Apesar de jovem, a Fecofar já registrou resultados exponenciais em 2024. A entidade fechou o ano com faturamento de R$ 6 bilhões. Ao todo, a federação reúne sete redes, entre franchising e associativismo. Drogarias Max (RJ), Farmácias São Rafael (SC), Farmais (SP), Grupo AMR (MG), Grupo Redemed (PE), MasterFarma (SC) e Rede Multidrogas (SP) somam 3,3 mil lojas espalhadas por 24 estados e 1.261 municípios.

Para 2025, o objetivo é dar tração para o projeto de parcerias com outros players do canal farma. “Ao todo, serão dez projetos que possibilitarão vendas novas para os associados. Até novembro, quando comemoraremos o encerramento do ano, desejamos já ter todos esses planos em funcionamento”, finaliza Grasso.

Carlos Sanchez vai ao Cade por fusão entre EMS e Hypera

FUSÃO ENTRE EMS E HYPERAEMS, Hypera, indústria farmacêutica
Controlador de laboratório já tem posição de 6,02% na companhia rival | Foto: Divulgação

A fusão entre EMS e Hypera ganha novos contornos com as movimentações do CEO do Grupo NC, Carlos Sanchez. Segundo apurações do InvestNews, o empresário recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ter a possiblidade de comprar mais ações da concorrente e ganhar fôlego para uma nova proposta de aquisição.

Sanchez já detém 6,02% das ações da concorrente, por meio de seu fundo de investimentos, o Dodgers. A meta de ampliar participação na Hypera tem outra motivação – poder indicar membros para o conselho da companhia, que se tornou um importante palco dessa disputa.

Fusão entre EMS e Hypera: briga agora é no conselho

Se o controlador da EMS deseja se fortalecer para indicar conselheiros, o fundador da Hypera, João Alves de Queiroz Filho, o Junior, também se movimenta no mesmo sentido. De janeiro para cá, o executivo já aumentou sua participação acionária de 21,38% para 27,31%.

Carlos Sanchez quer indicação ao conselho 

Segundo apurações do Brazil Journal, o executivo vem buscando apoio junto a investidores da Hypera para conseguir indicar até três conselheiros na próxima assembleia. Um dos possíveis nomes seria o de Lírio Parisotto, que, além de ser um grande investidor, é amigo pessoal do controlador da EMS.

Apesar de ser um nome de peso na Bolsa de Valores, Parisotto tem menos ações do que Sanchez, algo em torno de 1,5% e 3%. Sem o apoio de outros interessados, ambos poderiam eleger somente um conselheiro.

Júnior quer voltar

Ainda como parte de seu plano para blindar aproximações de Sanchez, Júnior quer voltar ao conselho da Hypera. O fundador da farmacêutica já figura como candidato oficial ao board e incluiu seu próprio nome na lista tríplice de conselheiros que tem direito a indicar. Os outros sócios (Votorantim e Maiorem) podem sugerir mais dois nomes cada. João Schimidt, presidente do Votorantim, está nessa relação. A informação foi noticiada em primeira mão por Lauro Jardim, do O Globo, e confirmada pelo Valor Econômico.

Acionistas tentam blindar farmacêutica

Em outubro do ano passado, a EMS fez uma proposta de fusão onde pagaria R$ 30 por ação para assumir o controle da Hypera. Combinadas, as farmacêuticas teriam um market share de 17% e uma receita anual superior a R$ 15 bilhões.

O laboratório fundado por Júnior  rechaçou a ideia e recusou prontamente a oferta. Em resposta, começou a ampliar sua fatia na farmacêutica. No começo deste mês de março, o Votorantim SA dobrou sua participação na empresa, passando a deter 11% da Hypera. De acordo com a carta do conglomerado industrial, a empresa iria “iniciar um diálogo com os atuais acionistas controladores da Hypera sobre seu eventual papel na governança”. O objetivo já era indicar candidatos ao conselho de administração.

Venda de genéricos impulsiona receita do varejo brasileiro

venda de genéricos
Foto: Divulgação

O varejo farmacêutico brasileiro finalizou o ano de 2024 com um retrospecto positivo, impulsionado principalmente pela venda de genéricos. Dados coletados pela IQVIA e divulgados pela Abafarma revelam que o crescimento desta classe de fármacos superou o de todas as outras categorias.

Enquanto o valor movimentado pelo varejo como um todo saiu de R$ 147,6 bilhões para R$ 158,4 bilhões, registrando um aumento de 11,1%, os genéricos saltaram de R$ 15,7 bilhões para R$ 17,8 bilhões, avançando 13,5%.

“São medicamentos importantes para possibilitar o acesso à saúde e bem-estar dos brasileiros. Por serem produtos mais acessíveis, os distribuidores garantem a ampla disponibilidade em farmácias e drogarias espalhadas pelo país”, afirma Oscar Yazbek Filho, presidente-executivo da Abafarma.

Aumento na venda de genéricos consolida categoria

O bom resultado foi importante para que os medicamentos genéricos pudessem se manter e consolidar como a terceira categoria mais relevante do varejo farmacêutico, sendo responsável por 11,2% do faturamento do segmento. As outras duas colocações do pódio são ocupadas por produtos não medicamentosos (35,5%) e medicamentos de prescrição (37,9%).

Com relação ao número de unidades comercializadas os genéricos também apresentaram a maior alta nacional, com crescimento de 9,7%, chegando a 1,8 bilhão de medicamentos. Esse valor representa 22,4% do total de 8,1 bilhões de unidades vendidas em 2024. Em todo o país, o volume de produtos movimentados aumentou 5,2%.

Vendas de artigos farmacêuticos caíram 1,5% em fevereiro

artigos farmacêuticos
Apenas 2 setores apresentaram crescimento – Foto: Canva

Dados da 26° edição do Índice do Varejo Stone (IVS) revelaram uma queda de 1,5% no volume de vendas de artigos farmacêuticos durante o último mês de fevereiro, na comparação mensal.

Ao se analisar o desempenho do mercado em relação ao mesmo mês do ano passado observa-se um resultado ainda mais negativo, 2,6% inferior.

As informações são corroboradas por levantamentos de outras instituições, noticiadas pelo Panorama Farmacêutico. Em janeiro o IBGE reportou que o varejo atingiu o terceiro mês consecutivo de desaceleração no ritmo de vendas, impactado por um recuo no canal farma.

Mercado de artigos farmacêuticos seguiu tendência do varejo

O momento de recessão não é exclusivo do canal farma, o mercado de artigos farmacêuticos foi um dos cinco setores analisados que apresentaram uma redução no volume de compras.

Os segmentos de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (5,9%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,6%), Combustíveis e Lubrificantes (1,9%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,7%) acompanharam o momento negativo do varejo como um todo.

A lista de exceções à tendência engloba os mercados de Tecidos, Vestuário e Calçados, que apresentou estabilidade, e os de Material de Construção e Móveis e Eletrodomésticos, que cresceram 0,7% e 0,2%, respectivamente.