A CVS Health investiu em 264 mil megawatts-hora de energia renovável com emissão zero, equivalente ao uso anual de eletricidade de quase mil locais da rede nos Estados da Califórnia, Washington, DC, Delaware, Maryland e Nova Jersey.
“O investimento no nosso planeta e a saúde das pessoas estão interligados”, disse Sheryl Burke, diretora de sustentabilidade e vice-presidente sênior de responsabilidade social corporativa da CVS Health. “À medida que o nosso mundo continua a evoluir, estes investimentos em sustentabilidade que estamos a fazer neste momento são cada vez mais importantes para criar um futuro mais saudável para as comunidades que servimos.”
A CVS Health adquirirá certificados de energia e energia renovável (RECs) por meio de dois acordos separados de longo prazo com a empresa de energia Constellation. Apoiar o desenvolvimento de projetos de energia renovável é parte integrante dos esforços contínuos da rede para investir em iniciativas e programas que se concentram na melhoria da saúde mundial e na abordagem dos fatores ambientais que contribuem para as desigualdades na saúde.
Para causar um impacto significativo contra as alterações climáticas, a empresa está focada na redução da pegada de carbono das suas operações diretas e da cadeia de abastecimento, aumentando a eficiência energética, implementando programas de poupança de água, eliminando desperdícios e reduzindo a utilização de combustível.
Cinco investimentos em energia renovável
A CVS Health já fez cinco investimentos em energias renováveis desde 2022. Estes dois novos investimentos com a Constellation, os dois acordos da empresa anunciados em 2023 e o primeiro investimento feito em 2022 representam mais de 500 mil MWh de energia limpa e renovável. Esta é uma parcela significativa dos 2,2 milhões de MWh de energia que a CVS Health utilizou em 2022. São marcos importantes à medida que a CVS Health continua a trabalhar para obter 50% de energia renovável até 2040.
A dengue no Rio de Janeiro provocou um estado de alerta. O número de casos registrados na primeira semana do ano, quando comparado ao mesmo período de do ano passado, cresceu quase cinco vezes.
A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, tem se propagado em ritmo acelerado e preocupante no estado, exigindo ação imediata e estratégias eficazes por parte da Secretaria de Saúde para conter essa ameaça.
Neste artigo, exploraremos as razões por trás desse aumento, os riscos associados e as medidas cruciais que a população e as autoridades devem adotar para combater a Dengue.
A situação atual da dengue no Rio de Janeiro
A dengue no Rio de Janeiro é atestada por números. Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) revelam que os casos de Dengue atingiram níveis alarmantes, foram registrados mais de mil casos semanais desde o meio de dezembro, colocando o sistema de saúde sob pressão e afetando a qualidade de vida da população.
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, encontra no Rio um ambiente propício para sua reprodução, principalmente devido às condições climáticas favoráveis e a presença de locais propícios para a proliferação de larvas.
A situação da cidade do Rio hoje é ainda mais alarmante devido as fortes chuvas que tem assolado a capital fluminense, os danos causados pelas enchentes levaram a prefeitura a decretar estado de emergência no último domingo (14).
O aumento constante dos casos somado aos impactos da chuva gera preocupação nas autoridades locais que temem uma nova epidemia, como revela o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz:
“Em todas as epidemias de dengue, tivemos história de alagamento anterior. Tivemos um aumento grande. A gente pode entrar em uma epidemia depois de fevereiro”.
Razões por trás do aumento da dengue
Várias razões contribuem para o aumento de casos de dengue no Rio de Janeiro. As condições climáticas são um fator significativo, já que o calor e a umidade proporcionam um ambiente ideal para a reprodução do mosquito.
Além disso, o acúmulo de água, proveniente das intensas chuvas, em recipientes como pneus velhos, vasos de plantas e caixas d’água não vedadas oferece locais ideais para a criação de larvas, aumentando ainda mais o risco de infecção.
O crescimento urbano desordenado e a má qualidade do saneamento básico em algumas áreas da cidade também contribuem para a disseminação da Dengue.
A presença de locais com acúmulo de lixo e água parada criam as condições necessária para a reprodução do mosquito, tornando essas regiões mais suscetíveis aos surtos da doença.
Riscos associados à dengue
A dengue não é uma doença a ser subestimada. Além dos sintomas clássicos, como febre alta, dores no corpo e nas articulações, a infecção por Dengue pode evoluir para formas mais graves, como a Dengue Hemorrágica, colocando a vida do paciente em risco.
Além disso, a carga sobre os serviços de saúde pública aumenta significativamente, afetando a capacidade de resposta a outras emergências médicas.
Além dos riscos à saúde, a Dengue também impacta a economia local. A diminuição da produtividade devido aos casos no trabalho e os custos associados ao tratamento e controle da doença representam um ônus para a sociedade e para as autoridades locais.
Medidas Cruciais para Combater o avanço da Dengue
Diante desse cenário desafiador, é crucial adotar medidas eficazes para combater a Dengue no Rio de Janeiro. Aqui estão algumas estratégias cruciais que devem ser implementadas:
Campanhas de Conscientização: Informar a população sobre os riscos da Dengue e as medidas de prevenção é fundamental. Campanhas educativas, através de meios de comunicação tradicionais e redes sociais, podem desempenhar um papel vital na conscientização e na mudança de comportamento.
Fiscalização e Limpeza de Áreas de Risco: As autoridades devem intensificar os esforços de fiscalização em áreas propensas à proliferação do mosquito. A limpeza de terrenos baldios, a remoção de lixo e a eliminação de potencias criadouros são passos essenciais para reduzir a população de mosquitos transmissores.
Incentivo à Participação Comunitária: Envolvimento da comunidade é crucial. Incentivar a participação ativa dos moradores na identificação e eliminação de possíveis focos de mosquitos fortalece a resposta local e cria um senso de responsabilidade compartilhada.
Investimento em Saneamento Básico: A longo prazo, investir em infraestrutura de saneamento básico é fundamental para reduzir os criadouros de mosquitos. Sistemas eficientes de gestão de resíduos e drenagem de águas pluviais contribuem para um ambiente menos propício à proliferação do Aedes aegypti.
Fortalecimento dos Serviços de Saúde: Reforçar os serviços de saúde, garantindo recursos adequados, treinamento de profissionais e aprimoramento da capacidade de diagnóstico e tratamento, é vital para lidar com o aumento de casos e prevenir complicações graves.
A prevenção e o combate eficaz à proliferação do mosquito transmissor requerem uma abordagem abrangente e a colaboração de toda a comunidade. Em caso de contaminação com a doença tire suas dúvidas e procure um médico.
Somente com esforços coordenados e ações decisivas será possível superar esse desafio e devolver à cidade a tranquilidade que merece.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação
Plataforma SaaS especializada em precificação inteligente, a startup Proffer concluiu sua mais recente rodada de investimento seed. Liderada pelo Fundo Criatec 4, a captação de recursos visa impulsionar a expansão da empresa nas verticais de varejo e distribuição, além de trazer soluções de pricing para outros segmentos.
A startup surgiu da percepção da complexidade que a precificação representa nos diversos setores da economia, sobretudo no varejo farmacêutico. Com uma visão clara de simplificar esse processo desafiador por meio do uso de inteligência artificial (IA), a Proffer tem se destacado por oferecer soluções digitais e automatizadas que revolucionam a maneira como os preços são estabelecidos no setor.
Antes de fundar a Proffer, os sócios Edmilson Varejão e Vinícius Pantoja acumularam sólida formação acadêmica de mestrado e doutorado em instituições de ponta, como FGV, UCLA e MIT. Também haviam fundado uma consultoria de desenvolvimento de softwares customizados com IA, atendendo a empresas de diversos setores, incluindo, por exemplo, a gigante Vale.
Startup é focada no varejo farmacêutico
A startup optou por iniciar sua operação com foco no varejo farmacêutico devido à compreensão de que esse segmento enfrenta desafios únicos na gestão de preços, especialmente devido à vasta variedade de produtos e à intensa competição. “Notamos que o setor precisava de soluções como as que a Proffer já vinha desenvolvendo. Trata-se de uma área com muitos produtos, alta competição, que sofre com preços regulados, além de ser um segmento muito delicado para se fazer precificação”, afirma Varejão.
Segundo ele, quando se pensa de medicamento, normalmente, fala-se de algo de primeira necessidade das pessoas, então essa precificação, obviamente, precisa ser equilibrada e razoável. “Tanto para gerar lucro para o empresário quanto para que os clientes consigam comprar esses produtos. Eu diria que é um dos setores mais difíceis de se precificar”, acrescenta.
No início de sua trajetória, a Proffer atraiu investimentos de estágio pré-seed com a WOW Aceleradora e a FCJ Venture Builder. A parceria com essas organizações, especializadas em apoiar startups em fases iniciais, foi essencial para que a empresa atingisse o ponto de tração em um período notável de apenas um ano.
Com menos de três anos de existência, a Proffer vem recebendo grande reconhecimento no mercado. Em 2023, a startup foi selecionada como uma das finalistas do Startup Summit e conquistou um lugar de evidência na lista anual das “100 Startups To Watch”, um evento importante que destaca as startups mais inovadoras do país.
Hoje, a startup atende a aproximadamente 50 clientes e está presente em mais de 1500 lojas em todo o Brasil, abrangendo farmácias de pequeno, médio e grande porte. Entre seus clientes estão as redes Drogaria Globo, Farmácia Indiana e Farmacia Permanente.
Os resultados obtidos por seus usuários são expressivos. A ferramenta não apenas descomplica os métodos de precificação, mas também já proporcionou aumento de de até 10 pontos percentuais na lucratividade, o que representa ganhos significativos para as empresas que aplicam as suas recomendações de preço.
“Estamos comprometidos em impulsionar a inovação no varejo por meio de soluções tecnológicas avançadas. Com a Proffer trazemos uma nova abordagem para a precificação, capacitando as empresas nacionais e internacionais a tomar decisões estratégicas baseadas em dados confiáveis e precisos”, ressalta Pantoja
Com essa injeção de capital, a Proffer está pronta para expandir suas operações e introduzir tecnologias mais avançadas de inteligência artificial generativa nos seus produtos. Ademais, permitirá atender às necessidades específicas de pequenas redes, bem como a de outros setores no Brasil e no exterior, fortalecendo, portanto, sua presença no mercado nacional e internacional.
“Já recebemos muitos convites de parceiros estratégicos para entrar em outros setores, mas decidimos aguardar um pouco, a fim de realizarmos mais testes na ferramenta. As respostas recentes de crescimento e geração de resultados para os nossos clientes nos deixam mais confiantes que este é o momento. Então o novo aporte vai ser importante para nos dar fôlego nesse crescimento”, finaliza Varejão.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto Bio-Manguinhos, negocia a produção da vacina da dengue com a farmacêutica japonesa Takeda, produtora do imunizante Qdenga.
Segundo reportagem do R7, o Instituto afirma que teve “conversas iniciais” com o laboratório japonês sobre uma “possível transferência de tecnologia” da vacina da dengue, mas que nenhuma decisão foi formalizada até o momento.
Por meio de nota, a Takeda informa que a empresa “está comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina” e que possui um plano estratégico para atingir a meta de 100 milhões de doses por ano até 2030.
O Brasil adquiriu 6,5 milhões de doses da vacina Qdenga, que devem ser distribuídas ao longo do ano. A previsão é que 3,2 milhões de pessoas sejam imunizadas a partir de fevereiro, considerando que a vacina precisa de duas doses com intervalo de, no mínimo, três meses.
Campanha de vacina da dengue
Segundo o Censo de 2022, a população do Brasil é de 203 milhões de pessoas. Ou seja, a previsão é que aproximadamente 1,5% de brasileiros seja vacinado contra a dengue este ano. O governo federal afirma que outras 9 milhões de doses da Qdenga estão garantidas para 2025.
A escolha do público-alvo de crianças e adolescentes se deve ao fato de que esse é o grupo com maior quantidade de hospitalizações, atrás somente dos idosos. A vacina, porém, não foi autorizada para este público pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela está aprovada apenas para quem tem entre 4 e 60 anos de idade.
Outras vacinas
O Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina tetravalente contra a dengue. A “Butantan-DV” está na fase 3 dos ensaios clínicos, e a previsão é terminar o estudo em 2024. Resultados preliminares apontam 79,6% de eficácia geral para prevenir casos da doença.
Manoel Conde Neto, presidente e sócio-fundador: “Temos que olhar para dentro de casa” Foto: César Ferro
A rede de farmácias paulista Farma Conde é a responsável pelo primeiro laboratório a receber liberação para atuar em São Paulo em mais de 30 anos. O Panorama Farmacêutico visitou com exclusividade a operação do grupo, sediado em São José dos Campos (SP).
Alocada estrategicamente “a uma hora de São Paulo, uma hora do mar e uma hora da montanha”, como dizem os locais, a rede fundada no Litoral Norte paulista em 1993 já estabeleceu raízes profundas na principal cidade do Vale do Paraíba.
Depois de um 2023 positivo, mas desafiador, a rede de farmácias, que já soma mais de 360 PDVs, quer “olhar para dentro de casa”. É o que sinaliza o presidente e sócio-fundador, Manoel Conde Neto, cujo foco será o de consolidar as lojas já existentes neste primeiro semestre. “Nossa atuação começa na unidade madura, não na nova. Jamais podemos inverter as prioridades”, explica.
Duas das principais apostas da Farma Conde para 2024 residem em seu laboratório farmacêutico, que já opera em fase de testes; e na tecnologia. “Basta observar o exemplo da Amazon no Exterior, que vem ganhando mercado sobre players tradicionais, como a CVS. Quem não se modernizar não terá vez”, analisa.
Atributos do laboratório da rede de farmácias
Atualmente, o laboratório da rede de farmácias está situado em um prédio de três andares, que ocupa 2.400 m² e custou aos cofres da companhia cerca de R$ 100 milhões.
“O laboratório irá mudar a realidade da Farma Conde. Atualmente, nossa marca própria responde por 15% do faturamento. Com os medicamentos, queremos levar essa porcentagem a 50%”, garante.
Com um prédio de 20 mil m² preparado, a rede já estuda uma futura mudança e procura avançar nas liberações legais para poder trabalhar com a planta mais espaçosa.
Mais de 500 mil rótulos são fabricados mensalmente, empregados nos 580 produtos de marca própria, que cobrem as categorias de cosméticos, perfumaria e suplementos. O complexo também contempla produção gráfica, responsável pela confecção de fachadas e materias promocionais utilizados pelas farmácias.
Planta gráfica produz 500 mil rótulos por mês Foto: Divulgação – Enio Machado
“Já temos um prédio pronto, de 1 mil m², que receberá a gráfica já no segundo semestre. Com isso, poderemos ampliar o espaço físico do laboratório”, explica Dimitri Ferreira, diretor executivo.
Suplementos vitaminados
Falando em marca própria, a produção de suplementos da Farma Conde vive um momento de expansão. Ainda no primeiro semestre, a varejista finalizará o projeto de expansão de sua planta, que saltou de de 2.800 m² para 5.200 m², a um custo de R$ 5 milhões. “Vamos triplicar nossa capacidade de produção com esse investimento. Queremos, inclusive, estender a venda para outros estabelecimentos”, revela.
Produtos de marca própria serão vendidos fora da Farma Conde após expansão Foto: Enio Machado
Computador quântico e tecnologia israelense
Um fã confesso das pontecialidades da inteligência artificial, Conde Neto não esconde seu entusiasmo quando fala sobre as mudanças que essa tecnologia pode assegurar ao mercado. “Hoje, a IA já consegue prever mudanças climáticas pela maré em alto mar. A indústria também já está antenada a essa realidade”, avalia.
Apesar de não poder revelar detalhes, o executivo aponta que a Farma Conde já trabalha em parceria com um instituto de inovação israelense para um objetivo ousado: o computador quântico.
Mas não pense que os investimentos em tecnologia são apenas planos para o futuro.
Farma Conde investiu R$ 25 milhões em processador
“Aqui tudo é em dose dupla”, brinca Alexandre Rosati, diretor de TI, ao abrir as portas de uma sala de vidro ocupada “somente” por uma grande caixa de metal – que, na verdade, é um processador de valor milionário.
Farma Conde investiu R$ 25 milhões em processador Foto: Enio Machado
Refrigerado por dois aparelhos de ar-condicionado, resguardado por dois no breaks e com baterias na parede, o equipamento centraliza todas as informações da rede antes que sejam levadas para a nuvem.
“A maioria das empresas sobe os dados na nuvem e vai aumentando a capacidade digital gradualmente, até chegarem ao ponto de não conseguir armazenar esses dados fisicamente. Aqui, ao contrário: aumentamos nossa capacidade física previamente. Temos condições para atender até quatro vezes nossa demanda atual de lojas”, completa Rosati.
CD movimenta 24 mil volumes/dia
Durante a visita, o Panorama Farmacêutico também conheceu um dos quatro Centros de Disitrbuição (CDs) que a Farma Conde detém, sendo dois em São José dos Campos (SP), um em Minas Gerais e outro no Espiríto Santo.
Na unidade, 24 mil volumes chegam por dia ao centro que comporta 6,2 mil SKUs. Para chegar às lojas, a equipe de 288 colaboradores atua em dois turnos para preparar as cargas, que serão expedidas à noite por meio de frota própria ou em parceria com a Mabel Distribuidora para outras localidades.
CD comporta mais de 6.200 SKUs Foto: Enio Machado
“Estamos em processo de contratação e, em breve, almejamos chegar ao total de 300 empregos gerados”, afirma Tarciano Simas, diretor de logística.
Os dois primeiros “Conde”
O elo de ligação da família Conde com o varejo farmacêutico é Cláudia, a matriarca. Farmacêutica de formação, ela se mudou com Conde Neto para Ubatuba quando o futuro empresário era ainda um recém-aprovado delegado de polícia.
Em uma cidade nova, ela resolveu buscar uma colocação em alguma farmácia da região, mas um detalhe fazia com que os comerciários não a aceitassem em sua equipe: ela estava grávida de Giovana.
Notando tal dificuldade, o casal decidiu empreender e abrir a Farma Conde. “Eu brinco que eu cresci junto com a empresa , eu vi cada pedacinho do trabalho dos meus pais nessa jornada”, lembra Giovana Conde, vice-presidente de marketing.
Família Conde: negócio começou com Cláudia, Manoel assumiu e Giovana ganha protagonismo no marketing Foto: César Ferro
Quando a rede ganhava corpo e chegava próxima das duas dezenas de lojas, foi a hora de o patriarca Manoel se dedicar totalmente ao canal farma e largar o trabalho em segurança pública.
Aos poucos, o império foi se consolidando e profissionalizando, até chegar ao faturamento de R$ 1,35 bilhão no último ano. Agora, a rede que já “trintou” começa a viver um novo momento e uma cara nova começa ganhar destaque.
A terceira “Conde”
Um dos principais investimentos da Farma Conde nos últimos anos pouco tem relação com o varejo farmacêutico, mas vem fortalecendo os laços da varejista com a comunicade local: a concessão da arena poliesportiva da cidade.
Agora conhecida como Farma Conde Arena, o espaço chama atenção pelas cores tradicionais da companhia e também por um rosto que pode ser visto em outdoors e na careta da empresa, que funciona como farmácia móvel – o de Giovana.
“Queremos levar a saúde para as pessoas e, por meio do investimento no esporte local, a população começou a nos ver dessa maneira”, comenta a executiva.
Farma Conde em 2024
Mas quais os objetivos da Farma Conde para 2024? Segundo Conde Neto o objetivo é contar com lojas maiores e investir pesado em conveniência, reforçando o mix de não-medicamentos.
“Trabalhamos, hoje, com 10 mil SKUs por loja e queremos levar esse nível para 15 mil SKUs. Planejamos trabalhar com copos térmicos, chinelos, transformar a farmácia em um espaço não de doença, mas sim de saúde. Para isso, vamos aportar R$ 80 milhões em PDVs maiores”, explica Conde Neto.
“Queremos registrar um avanço de 8% em nosso faturamento, totalizando R$ 1,5 bilhão em 2024”, revela o presidente. Mas, apesar desse foco em consolidação, a abertura de novas farmácias não está completamente descartada. Os planos são inaugurar 40 novas drogarias no ano, sendo a maioria das unidades abertas no segundo semestre.
“Mantemos nosso foco na Região Metropolitana de São Paulo, onde entendemos que ainda temos muito espaço para explorar, mas não iremos desperdiçar oportunidades em outros locais”, confidencia Fabiano Morais, diretor de operações.
Como alicerce para esse projeto de expansão, a Farma Conde quer se aproximar da equipe de colaboradores, usando uma espécie de “loja cenográfica” para promover uma bateria de capacitações internas.
Fabiano Morais, diretor de operações: 2024 será o ano de aproximação com a equipe Foto: César Ferro
Além disso, outros projetos seguem no radar da varejista, como a implementação de uma loja fixa na arena esportiva e o início da construção de um shopping na região.
FARMA CONDE
Fundação: 1993
Faturamento: R$ 1,35 bilhão
Capilaridade: mais de 360 lojas no estado de São Paulo
Número de CDs: quatro, sendo dois em São José dos Campos (SP), um em Minas Gerais e outro no Espiríto Santo
Número de SKUs: mais de 10 mil por PDV
Pesquisas clínicas convivem sempre com incertezas, mas as que fracassam podem ter custo alto. E um levantamento do portal Fierce Pharma relacionou 10 ensaios que apresentaram resultado desastroso em 2023.
A consultoria Deloitte ajuda a entender o peso desse insucesso, ao apontar que o desenvolvimento de um novo medicamento gera, em média, investimentos de US$ 2,3 bilhões.
Algumas dessas pesquisas clínicas arrastaram as indústrias farmacêuticas para baixo no mercado de ações, causando preocupação da comunidade científica em relação à ausência de terapias para determinada doença ou redirecionando as esperanças para opções alternativas.
Confira as pesquisas clínicas que mais fracassaram em 2023
Mosaico
Indicação: vacina contra HIV Patrocinador: Janssen
Em 18 de janeiro de 2023, a Janssen anunciou que a fase 3 do estudo sobre o Mosaico, realizado em várias partes do mundo, havia falhado. Posteriormente, a farmacêutica encerrou a unidade de pesquisa e desenvolvimento de doenças infecciosas
Rezpeg
Indicação: Doenças autoimunes e inflamatórias Patrocinador: Nektar Therapeutics
O medicamento desenvolvido em parceria com a Eli Lilly falhou em um ensaio clínico de fase 2 para tratamento de lúpus. A Lilly acabou abandonando o ensaio para o lúpus e disse que reavaliaria o desenvolvimento para a dermatite atópica. Mas, meses depois, a Nektar acusou a farmacêutica parceira de estragar a análise dos dados de um ensaio de fase 1b, o que foi confirmado
BEN-2293
Indicação: Eczema Patrocinador: BenevolentAI
O inibidor tópico não superou o placebo no teste de gravidade do eczema ou da coceira causada pela dermatite atópica. O BEN-2293 também já havia registrado resultados inconclusivos nos testes da fase 1b
Sitravatinibe
Indicação: Câncer de pulmão Patrocinador: Mirati Therapeutics
A Mirati Therapeutics estava pronta para inaugurar sua próxima era com o sitravatinibe, esperando ver um benefício de sobrevida global de 3,5 meses. A empresa optou por encerrar o desenvolvimento do medicamento. Em outubro de 2023, o laboratório foi adquirido pela Bristol Myers Squibb por US$ 5,8 bilhões, preço considerado baixíssimo por analistas do mercado de ações
O medicamento não trouxe ganhos de acuidade visual após 64 semanas quando comparado à terapia aprovada pela Regeneron. Além disso, a Kodiak relatou um “aumento inesperado de casos de catarata”. Após uma pausa, a companhia anunciou a reinicialização do estudo em novembro
A surpreendente falha dessa pesquisa causou choque no mercado, uma vez que a companhia usou o medicamento para angariar um IPO de US$ 540 milhões. Mas a onda de entusiasmo desabou quando os dados mostraram que o tratamento não conseguiu vencer o placebo no desfecho primário. As ações despencaram 58%. Posteriormente, a biofarmacêutica alegou que a falha pode ter sido causada por um erro de programação, o que teria impedido a destinação da dosagem correta aos pacientes testados
Efruxifermina
Indicação: Esteato-hepatite associada à disfunção metabólica (MASH) Patrocinador: Akero Therapeutics
A efruxifermina não conseguiu reduzir significativamente a fibrose em pacientes com cirrose na fase 2b do estudo. Em dezembro teve início a fase 3, mas o alvo mudou e os testes passaram a ser aplicados em pessoas no estágio pré-cirrótico. Os dados são esperados para março
Elevidys
Indicação: Distrofia muscular de Duchenne (DMD) Patrocinador: Sarepta Therapeutics
A realização do estudo foi aprovada em junho de 2023, mas o tratamento não resultou na melhoria das funções motoras básicas. Apesar disso, a farmacêutica prometeu prosseguir com a pesquisa e insistiu em afirmar que o ensaio “atendeu ao padrão” ao mostrar “evidências de eficácia”
Asundexian
Indicação: Fibrilação atrial com risco de acidente vascular cerebral Patrocinador: Bayer
O inibidor deveria ser um rival do blockbuster da Pfizer, o Eliquis, mas não correspondeu às expectativas em um ensaio de fase 3. A Bayer encerrou a pesquisa após planejar ganhos de US$ 5,5 bilhões por ano com o medicamento, que poderia inclusive substituir a receita do anticoagulante Xarelto
O medicamento não superou a eficácia do Aubagio, da Sanofi, em dois ensaios clínicos de fase 3 para tratamento de esclerose múltipla. Para piorar o cenário, a concorrência é acirrada, pois Biogen, Novartis e Roche também começaram seus ensaios voltados exatamente a essa classe terapêutica
Em comparação com 2022, a venda de produtos de cuidados pessoais nas farmácias avançou 7,2%. É o que aponta o estudo organizado pela Mtrix sobre o mercado no país.
Em suma, 2023 foi um ano positivo para o mercado farmacêutico quando o assunto é a comercialização de itens para personal care. Com exceção do volume de vendas, que caiu 5,5%, os demais indicadores fecharam no azul, como preço médio (13,5%), tíquete médio por loja (5,6%) e também o total de PDVs (1,5%).
Varejo farmacêutico é principal canal de cuidados pessoais
Não é de hoje que as farmácias deixaram de vender apenas medicamentos. E agora, o setor lidera até a venda de outras categorias, como a de cuidados pessoais.
Em 2022, 73.172 drogarias comercializavam a categoria e, no ano passado, com o crescimento pouco superior a 1%, esse total chegou a 74.302. Mas é a comparação com as perfumarias e lojas de cosméticos que mostra a força do setor.
“O avanço desse canal foi mais representativo – 2,6% no período – mas as farmácias ainda concentram a maior fatia do bolo. Atualmente, as farmácias detêm mais de três quartos do mercado”, comenta Fernando Figueiredo, diretor de desenvolvimento de negócios da Mtrix.
1º trimestre foi o campeão de vendas
O estudo também apontou que o começo do ano passado foi o período mais fértil para esses produtos no canal farma. O problema é que o valor em reais caiu nos trimestres seguintes.
Norte liderou o crescimento
Apesar de todas as regiões terem registrado um avanço em 2023, o Norte do país apresentou maior crescimento em reais – 52,5%. Em contrapartida, o Sul teve o avanço mais modesto e evoluiu somente 2,6%.
O Congresso Nacional avalia um projeto de lei que prevê compra de medicamentos sem licitação. A proposta valeria apenas para remédios contra o câncer, segundo informações da Agência Câmara de Notícias.
O Projeto de Lei 2512/23 tramita em caráter conclusivo e passará por análise das comissões de Saúde; Finanças e Tributação; Constituição e Justiça; e de Cidadania.
A redação é de autoria dos deputados federais Weliton Prado (Solidariedade-MG) e Silvia Cristina (PL-RO). Os parlamentares argumentam que o objetivo é tornar mais ágil a aquisição desses medicamentos e ampliar as possibilidades de recuperação de pacientes que utilizam a rede pública de saúde.
O texto insere a medida na nova Lei de Licitação e Contratos Administrativos. Essa norma já inclui a dispensa de licitação para medicamentos voltados ao tratamento de doenças raras.
Medicamentos sem licitação seguiriam caminho de outro PL
A possível compra de medicamentos sem licitação, no caso de remédios oncológicos, seguiria o caminho de outro projeto que avança na Câmara dos Deputados
Foi aprovado pela Comissão de Saúde o Projeto de Lei (PL) 3.070/21, que prevê a compra direta de medicamentos contra o câncer. A decisão foi tomada no fim de 2023.
O PL prevê que, depois do parecer favorável do Conitec para a inclusão de um tratamento no SUS, ele deve estar disponível em até 180 dias para os pacientes atendidos pela rede pública de saúde.
O texto muda, principalmente, como a compra desses remédios pode ser feita. Atualmente, hospitais habilitados fazem essa aquisição e são reembolsados pelo Ministério da Saúde. Com o PL, o objetivo é que a pasta possa fazer as compras diretamente.
O deputado Dr. Frederico (Patriota-MG), autor do projeto, argumenta que o PL terá um importante papel na democratização do acesso aos medicamentos contra o câncer.
Isso porque muitos desses hospitais habilitados não tem conseguido arcar com os custos dos tratamentos, uma vez que o reembolso oferecido pelo poder público não é compatível com os gastos.
“Portanto, é possível afirmar que apenas alguns poucos centros de excelência conseguem captar recursos suficientes para complementar os repasses oferecidos pelo Ministério e disponibilizar terapias mais modernas e eficazes a seus pacientes”, afirma o parlamentar.
Com a centralização das compras, o objetivo é tornar a distribuição desses fármacos mais uniforme e democrática. O projeto ainda precisa ser aprovado pelas comissões de Finanças e Tributação, Constituição e Justiça e de Cidadania.
Sidcley Sabino Lima assume o posto de gerente nacional do canal de franquias na Rennova. A empresa goiana é a maior importadora de ácido hialurônico da América Latina e vende produtos de estética facial e corporal produzidos a partir desse polímero orgânico.
Formado em propaganda e marketing pela UNIP e pós-graduado em serviços e gestão de marketing pela FAAP, o executivo tem mais de 20 anos de experiência no mercado farmacêutico. Conta com passagens por Sanofi, Galderma, Cellera e Dermhalys.
A aplicação de testes de Covid levou a Drogaria São Paulo a uma condenação judicial. A rede de farmácias recebeu o veredicto da 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. As informações são do Conjur.
Segundo laudo pericial, a farmacêutica que acionou a Justiça ministrava, durante o período da pandemia e de crise sanitária, de uma a três injeções e de dez a 20 testes de Covid diariamente. De acordo com o perito, a farmácia não comprovou a entrega do EPIs necessários para a realização do serviço. Além disso, as luvas que ela utilizava não dispunham de proteção contra agentes perfurantes.
Testes de Covid sem proteção devida renderá adicional de insalubridade
Após decisão em primeira instância, a Drogaria São Paulo recorreu alegando que a farmacêutica não aplicava testes de Covid por não ter como responsabilidade o atendimento a pacientes no estabelecimento. A rede alegou também que a profissional, por consequência, não mantinha nenhuma interação com material infecto-contagiante.
A Justiça, porém, preservou seu entendimento inicial e condenou a farmácia a pagar adicional de insalubridade, argumentando que a empresa não trabalhou para conter os riscos de agentes biológicos a que a farmacêutica estava exposta.
“As conclusões periciais são robustas, não mereceram impugnação técnica convincente e afinam-se com a jurisprudência deste Tribunal”, afirma o relator do acórdão, juiz Wilson Ricardo Buquetti Pirotta. O magistrado cita, ainda, precedentes do Tribunal Superior do Trabalho e da própria Turma do TRT-2 sobre o tema. Com informações da assessoria de imprensa do TRT-2.
Decisão vai ao encontro de intepretação do STF
A condenação vai ao encontro de uma interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a constitucionalidade da Lei 14.128/2021, que garante o pagamento de indenização em casos de Covid-19 aos farmacêuticos e profissionais de saúde.
O pagamento de compensação financeira ocorre em casos em que, em atendimento direto às pessoas acometidas pela doença, os profissionais tenham se tornado permanentemente incapazes para o trabalho ou, ainda, aos seus herdeiros e dependentes, em caso de morte.
O então presidente Jair Bolsonaro havia vetado o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, mas o veto foi derrubado. Ele, então, questionou a lei no STF, alegando violação da competência privativa do chefe do Poder Executivo federal, pois o auxílio financeiro iria alcançar servidores públicos da União. O colegiado do STF julgou improcedente, por unanimidade, o pedido do presidente.