Saúde anuncia estudo para avaliar 3ª dose em vacinados com Coronavac

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (28) que a pasta encomendou um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas que receberam a vacina Coronavac.

Segundo o ministro, a pesquisa deve ser feita pela Universidade de Oxford, e envolverá testes com uma nova dose da Coronavac e das outras três vacinas aprovadas no país: AstraZeneca, Janssen e Pfizer.

O anúncio ocorreu em conversa com jornalistas na saída da pasta, ao lado de Sue Ann Clemens, de Oxford, que coordenará o estudo.

“É um estudo patrocinado pelo Ministério da Saúde, e vai avaliar um reforço em indivíduos que tomaram a primeira e segunda dose da Coronavac. Por quê? Porque para essa vacina ainda não temos uma publicação detalhada na literatura sobre [a duração de] sua efetividade, e todas as respostas precisam ser dadas por meio de ensaios clínicos”, disse Queiroga.

De acordo com Clemens, a previsão é que o estudo seja iniciado nas próximas duas semanas e envolva até 1.500 voluntários, divididos entre aqueles de 18 a 59 anos e acima de 60 anos. Os testes devem ocorrer em duas cidades: São Paulo e Salvador. Até o momento, não há previsão da participação do Butantan nos testes.

“Estaremos vacinando pessoas que já tenham tomado duas doses da Coronavac e temos quatro grupos: um tomará o reforço com a Coronavac, outro com a da Pfizer, Janssen e AstraZeneca”, disse Clemens.

A expectativa é que os resultados sejam divulgados até novembro. Com os resultados, afirma, a pasta deve avaliar a necessidade de uma nova rodada de vacinação -o que, segundo ela, poderia ocorrer ainda no fim deste ano.

Ainda de acordo com Clemens, o estudo já teve aprovação da Conep, comissão que avalia ética em pesquisa. Para ser realizado, no entanto, o estudo também precisa ter aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A pasta ainda não informou se isso já ocorreu.

A eventual necessidade de reforço na vacinação tem sido discutida em outros países também. Um estudo conduzido por pesquisadores de dez departamentos da Universidade College London (UCL) e por clínicos dos hospitais Royal Free mostrou que os níveis de anticorpos contra o coronavírus após a vacinação completa com imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer começam a cair três semanas após a segunda dose.

Segundo o Virus Watch, mais abrangente estudo de coorte sobre Covid-19 do Reino Unido, a redução se mantém até a décima semana, mas em graus diferentes de acordo com sexo, idade e condições clínicas. O trabalho acompanha no longo prazo mais de 40 mil participantes na Inglaterra e no País de Gales.

Fonte: A Gazeta Online ES

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/butantan-anuncia-inicio-de-testes-de-eficacia-da-coronavac-contra-a-variante-delta-da-covid/

Vacinei contra a Covid e não tenho anticorpos. E agora?

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Chegamos ao fim de julho e os hospitais estão menos sufocados de casos de Covid. Felizmente, enfim, mais calmos. Em parte porque a variante Delta, mais contagiosa, ainda não se disseminou entre nós, mas principalmente em virtude do avanço da vacinação nos grupos idosos mais vulneráveis. Acontece que muitas pessoas vacinadas correm para fazer o exame de detecção de anticorpos no sangue e… surpresa! O anticorpo não aparece ou está em níveis mínimos. E agora?

É compreensível a ansiedade despertada por uma doença nova e o desejo das pessoas de ter um ‘comprovante’ de segurança para voltar à vida normal. No entanto quando vacinamos para gripe, tétano, meningites ou HPV, para citar alguns exemplos, não fazemos exames para saber se a vacina funcionou. Aliás, a única doença imunoprevenível em que existe esta prática é a hepatite B, na qual há um correlato de proteção estabelecido de anti HBs.

No caso do coronavírus, a avaliação da capacidade de neutralização do vírus por anticorpos tem como método de referência (padrão ouro) o ensaio de neutralização em placas, com o cultivo in vitro do vírus em células vivas e manipulação do próprio vírus, o que é inviável em laboratórios comerciais. Os testes sorológicos comerciais tentam estabelecer um correlato de proteção, que na verdade ainda não foi estabelecido com certeza para coronavírus.

Pessoas com valores muito elevados nos testes (supostamente felizardos) não podem relaxar totalmente porque além de não existirem valores definidos com certeza de proteção, estes testes foram calibrados com antígenos das variantes originais do vírus e não com as variantes Gama (hoje frequente) ou Delta (nossa provável próxima visita..). Aqueles com valores baixos ou indetectáveis (os abandonados pela sorte…) não precisam entrar em desespero porque, além de não se saber os correlatos exatos de proteção, os testes não medem a imunidade celular e células de memória, que têm papel definitivo na resposta imune contra o coronavírus.

O Food and Drug Administration (FDA) enfrenta situação similar nos EUA e soltou um memorando em maio último alertando aos médicos americanos para não solicitar dosagens de anticorpos pós vacina, lembrando que estas dosagens de anticorpos servem apenas para avaliar infecção passada, com ressalvas. Aqui entre nós, a Anvisa também elaborou nota técnica (33/2021) com recomendações semelhantes.

Então vamos acelerar a vacinação, ótimo! Mas não temos medida perfeita para aferir a variação individual de resposta à vacina, que com certeza existe.

Fonte: A Gazeta Online ES

Gigantes como Carrefour, GPA e Magalu crescem mais na pandemia e elevam concentração no varejo

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No ano da pandemia, o faturamento das 120 maiores empresas varejistas do País cresceu 20%, de R$ 526 bilhões para R$ 632 bilhões. Mas o movimento não foi uniforme. Enquanto nas dez maiores companhias o faturamento cresceu quase 30%, nas dez menores houve uma queda de 22%. O resultado desse desempenho foi uma maior concentração no mercado, segundo dados do ranking do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) – Instituto de Administração (FIA), obtido com exclusividade pelo Estadão.

As vendas das 120 empresas representaram 13,6% do consumo das famílias brasileiras no ano passado. No período anterior foi de 11,6%. Segundo a pesquisa, as dez maiores empresas do varejo (Carrefour, GPA, Magalu, Via, Americanas, Big, Raia Drogasil, Natura, Boticário e Mateus Supermercado) faturaram no ano passado R$ 317 bilhões, a metade do registrado pelo conjunto das 120 companhias. O valor é 48 vezes maior que o faturamento das dez menores desse ranking, de R$ 6,5 bilhões.

“Numa situação de crise, os elos mais fracos sempre sofrem mais. E a pesquisa de 2020 mostrou isso de forma muito clara”, afirmou o presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni de Ângelo, responsável pelo trabalho, publicado anualmente.Na avaliação de Ângelo, o processo de consolidação intensificado no ano passado vai continuar forte em 2021, ainda como efeito da pandemia.

Concentração maior

Embora não seja o setor mais concentrado do varejo, o segmento de supermercados teve o maior avanço no ano passado. A participação dos cinco maiores empresas subiu de 54,5% para 58,3%. O de material de construção avançou de 83,9% para 86,5% e o de eletroeletrônico e móveis, de 86% para 88,4%. No caso de drogarias e perfumarias, a participação dos cinco maiores grupos passou de 77,7% para 79,2%.

O sócio-diretor da Gouvêa Consulting, Jean Paul Rebetez, destaca que a maior concentração no varejo verificada no ano passado não é um fenômeno apenas brasileiro, mas mundial. “Esse já era um movimento que vinha ocorrendo, mas foi acelerado pela pandemia.” A explicação está no maior acesso das grandes empresas a recursos financeiros num custo menor, maior inteligência em suas estruturas e mais tecnologia, além de recursos humanos de qualidade.

Outro elemento foi a transformação digital, que colocou as empresas mais próximas do consumidor. A partir da visão e necessidade dos clientes, as companhias passaram a criar produtos mais adequados aos usuários e comprar empresas que tenham soluções inovadoras para seus negócios. Exemplo disso é que, no primeiro quadrimestre deste ano, o número de aquisições de startups por grandes grupos cresceu 120%, segundo a plataforma de inovação Distrito.

“Essa aproximação da empresa com o consumidor não está só no e-commerce. Tem a ver com a jornada do consumidor, desde o primeiro contato com a empresa até o pós-venda. Tudo isso agora está sendo rastreado e monitorado”, afirma Rebetez. Na avaliação dele, aquelas empresas mais bem estruturadas financeiramente ficaram mais relevantes para continuar a ganhar tração.

Para o executivo, quem não estiver nesse caminho, que envolve maior digitalização e maior aproximação com os consumidores, poderá ter problemas daqui para frente. “O mundo está polarizado. Ou você lidera ou será liderado. O mercado de varejo ainda tem muito para amadurecer e isso implicará maior concentração.”

Mudanças no ranking

De acordo com o ranking Ibevar-FIA, o Carrefour repetiu no ano passado o resultado de 2019 como maior empresa de varejo do País, seguida pelo Grupo Pão de Açúcar. A novidade foi o Magazine Luiza que agora é a terceira maior do setor, desbancando a Via, dona das Casas Bahia. Outro que caiu no ranking foi o grupo Big, que em 2019 estava em quarto lugar e no ano passado caiu para sexto lugar, atrás de Lojas Americanas.

Fonte: Terra

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/varejo-associativista-cresce-o-dobro-que-o-mercado/

Receita dos Estados sobe 25,3% no 1º semestre e bate recorde

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Os Estados tiveram alta na receita tributária de 25,3% no 1º semestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. É o maior aumento da série histórica, iniciada em 1999. Descontada a inflação, a elevação foi de 18,5%. Os dados são do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

De janeiro a junho de 2021 foram arrecadados R$ 362 bilhões. Nos 6 primeiros meses de 2020, a arrecadação foi de R$ 288,8 bilhões.

Faltam dados do Rio Grande do Sul e de Tocantins. Quando forem incluídos, o total crescerá. Todos os Estados arrecadaram mais no 1º semestre de 2021. Roraima teve a maior alta: 64,1%.

Os meses de abril, maio e junho puxaram o crescimento. O 2º trimestre de 2021 registrou elevação de 42,3% ante o 2º trimestre de 2020, o mais afetado pela pandemia. Descontada a inflação, 33,1%.

No 1º trimestre, a alta nominal em relação ao mesmo período de 2020 havia sido de 9,5%, e em valores reais, 4,3%.

A elevação sinaliza melhora no ambiente econômico. A base de arrecadação é o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). Corresponde a 80% dos tributos que os Estados recebem. Arrecadação maior significa que as pessoas e empresas aumentaram os gastos.

Na comparação com o 1º semestre de 2019, anterior à pandemia, a alta nominal foi de 20%. Descontada a inflação pelo IPCA, a alta no período foi de 9,7%.

O governo federal teve aumento semelhante na arrecadação do 1º semestre ante o mesmo período do ano passado: 24,5%. Houve alta do Imposto de Renda das empresas, que tiveram maior lucro.

Fonte: Poder 360

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Saúde recebeu mercadores de vacina mesmo depois de acionar PF e AstraZeneca

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Documentos em posse da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado mostram que o Ministério da Saúde acionou a Polícia Federal e a AstraZeneca a respeito de ofertas suspeitas de vacinas em 29 de janeiro, semanas antes de negociar milhões de doses de imunizantes com a Davati Medical Supply e a associação Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários). Os atravessadores jamais tiveram autorização ou acesso a qualquer dose das farmacêuticas fabricantes para negociar vacinas em seu nome.

Ofícios revelam que, em 29 de janeiro, o chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Paulo Marcos Castro Rodopiano de Oliveira, encaminhou ao então diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, uma notícia de fato sobre os contatos que a pasta havia recebido de ‘cidadãos, que se apresentam como supostos representantes de laboratórios internacionais, com propostas de venda de vacinas contra covid-19’.

Na mesma data, a diretora de Assuntos Regulatórios da AstraZeneca no Brasil, Alessandra Nicoli Hengles, enviou um e-mail para a diretora adjunta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Daniela Marreco Cerqueira, com cópia para o gabinete da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Eis a íntegra.

Hengles relata na mensagem ter recebido uma comunicação da Secretaria Executiva da pasta perguntando se era verdade que a empresa Biomedic, com sede em Vila Velha (ES), e uma outra empresa chamada Virality Diagnostic teriam autorização para vender, respectivamente, 300 milhões e 50 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a covid-19.

‘Conforme mencionado anteriormente para essa Diretoria em outra denúncia, em virtude do compromisso humanitário externado pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, toda a produção da vacina AZD 1222 durante o período de Pandemia é destinado exclusivamente a governos e organizações internacionais de saúde ao redor do mundo, ou seja, não há possibilidade de comercialização da vacina produzida pela AstraZeneca no mercado privado’, explica a executiva no e-mail.

No material que o ministério anexou à notícia de fato encaminhada para a Polícia Federal há uma troca de mensagens entre Elcio Franco e um contato com número com prefixo do Espírito Santo, também em 29 de janeiro.

O interlocutor apresenta na conversa um documento que alega ter sido emitido pela AstraZeneca para confirmar a disponibilidade de centenas de milhões de doses da vacina para pronta entrega ao Brasil e pergunta se Franco ‘ainda tem interesse’ no negócio. ‘Claro que sim’, responde o então secretário executivo. Eis a íntegra do material.

Mesmo após acionar a PF e ouvir da AstraZeneca ainda no fim de janeiro que a fabricante só negociava a vacina diretamente com governos nacionais, Franco teria se reunido em 12 de março com o presidente da Senah, reverendo Amilton Gomes de Paula, e os vendedores autônomos atuando em nome da Davati Medical Supply Cristiano Alberto Hossri Carvalho e Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que é cabo da PM de Minas. O encontro teria sido intermediado pelo tenente-coronel da reserva do Exército Hélcio Bruno de Almeida, líder da organização conservadora Instituto Força Brasil.

Dominghetti e Gomes de Paula já haviam sido recebidos em fevereiro pelo então diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz. Juntos, encaminharam diferentes propostas à pasta oferecendo, em nome da Davati, 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e 200 milhões de doses do imunizante da Janssen.

O reverendo foi convocado para depor à CPI da Covid em julho, mas apresentou atestado médico sobre problemas renais que o impediram de comparecer. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), deve marcar sua oitiva já na semana que vem, quando o colegiado retoma os trabalhos depois do recesso congressual.

Dominghetti também se reuniu com o então diretor do Departamento de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, em 26 de fevereiro. O cabo da PM afirmou à CPI da Covid que, na noite anterior, ouviu de Dias pedido de propina de US$ 1 por cada dose ofertada em nome da Davati. O ex-diretor de Logística e seu ex-assessor no ministério, coronel Marcelo Blanco da Costa, que também estava presente no jantar em Brasília em 25 de fevereiro, negam a acusação.

O Poder360 perguntou ao Ministério da Saúde por que gestores da pasta seguiram negociando com atravessadores sem autorização das fabricantes de vacinas contra a covid-19 mesmo depois de ter acionado a PF para coibir exatamente a mesma prática. Não houve retorno até o momento.

Operação Taipan

Em 25 de março deste ano, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Espírito Santo para investigar um grupo que havia feito ofertas fraudulentas de 200 milhões de vacinas contra a covid-19 ao Ministério da Saúde.

Um dos alvos foi o empresário Christian Pinto Faria, então sócio da Biomedic -uma das empresas que a executiva da AstraZeneca apontou estar negociando ilegalmente com o governo federal como se tivesse acesso a doses de seu imunizante.

Residente em Cariacica (ES), Faria era, possivelmente, o interlocutor de Elcio Franco na troca de mensagens enviada à PF.

Em seu depoimento à CPI da Covid, em 9 de junho, o ex-secretário executivo da Saúde chegou a falar sobre a comunicação à Polícia Federal acerca de ofertas falsas de vacinas anticovid. ‘Nós solicitamos [investigação] à Polícia Federal – assim como vários outros vendedores que vieram nos procurar, oferecendo quantidades enormes de vacina, 200 milhões, 400 milhões, no momento em que faltava vacina no mundo’, declarou.

Franco não disse à comissão, contudo, que continuou negociando com vendedores autônomos que diziam representar empresas que não são fabricantes de imunizantes mesmo depois de acionar a autoridade policial.

Fonte: Poder 360

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Instituto Vencer o Câncer manda carta a Bolsonaro contra veto a remédios

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O Instituto Vencer o Câncer divulgou carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro nesta 4ª feira (28.jul.2021) em defesa de projeto de lei vetado pelo chefe do Executivo. A proposta foi idealizada pela Instituto e facilitaria o acesso a remédios orais de tratamento do câncer. Eis a íntegra da carta (35 KB).

O projeto obrigava os planos de saúde a fornecer remédios de uso oral para tratamento de quimioterapia.

‘Os remédios contra o câncer representam um porcentual menor do que o custo de fraudes e o impacto econômico seria ínfimo para as empresas, sem nenhuma repercussão para as contas do governo. Estimamos o benefício para 50 mil pacientes num universo de quase 48 milhões de usuários com 555 mil novos beneficiários somente no ano passado’, informa o Ivoc na carta.

A instituição afirma que o veto trouxe ‘perplexidade’ porque foi embasado em ‘argumentos econômicos’ que não consideram os custos de um paciente que for privado desse tipo de tratamento.

‘Senhor Presidente, o senhor foi informado que a quimioterapia oral é uma alternativa fundamental para câncer de mama, cólon e pulmão, além de ser a única para outros tipos de câncer? Os custos de dar um medicamento de efetividade inferior são muitos mais elevados, porque aumentam a chance de retorno da doença, de casos mais graves e de morte’, relatou o Instituto.

Na carta, o Ivoc também ‘se coloca à disposição para um diálogo transparente’ com o presidente. ‘Discordamos respeitosamente de sua decisão e nos colocamos empaticamente no lugar de milhares de pacientes com câncer que ficarão à mercê dos interesses econômicos dos seus planos de saúde.’

Mais cedo, em conversa com apoiadores, Bolsonaro afirmou que o projeto ‘ia onerar drasticamente os planos privados de saúde’. ‘Se eu sanciono isso, onera lá na ponta da linha. E quando aumenta os planos privados o pessoal vem para cima de mim de qualquer maneira’, declarou Bolsonaro.

O oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer, afirma que com a pandemia da covid-19 a sanção do projeto ‘é mais vital ainda do que sempre foi’. Além dele, fazem parte da entidade os oncologistas Antonio Buzaid e Drauzio Varella

Pelo projeto, não haveria mais a exigência da inclusão do medicamento nos protocolos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e o plano de saúde seria obrigado a fornecer o tratamento com base no aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Maluf afirma que a análise da ANS dura em média de 2 a 3 anos. ‘É um tempo grande em que se deixa de dar remédio para as pessoas. Mas, além disso, é uma análise que reprova um número muito importante de remédios’, afirmou.

‘São remédios já aprovados pela Anvisa, pela União. Muitas das pessoas estão processando a União. Não querem processar o convênio, querem processar a União. O governo acaba pagando milhões de processos e judicialização’, afirmou Maluf.

Fonte: Poder 360

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/interfarma-e-instituto-vencer-o-cancer-fecham-parcerias/

Preço dos combustíveis aperta lucro de motoristas de app e motoboys

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O aumento severo no preço dos combustíveis dificulta a vida de motoristas de aplicativo e motoboys de São Paulo, que já sofriam para tirar lucro de suas atividades durante a pandemia do coronavírus.

O monitoramento mensal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o valor médio nacional do litro do etanol passou de R$ 3,54 para R$ 4,36, um aumento de 23,1% em apenas quatro meses.

Considerando a variação desde maio de 2020, quando houve o menor patamar de custo no auge da crise, o combustível chegou a custar R$ 2,74. O aumento é da ordem de 59% se comparado ao preço de junho de 2021.

Preços de diesel e gasolina nos postos fecham a semana perto da estabilidade, diz ANP

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A gasolina segue curso parecido, ainda que menos agressivo: de fevereiro a junho, o combustível sobe de R$ 5,12 para R$ 5,69, o equivalente a 9,6%. Mas, confrontado com o preço de maio de 2020, quando chegou a custar R$ 4,11, o aumento vai a 38% contra o valor mais recente.

Todos os comparativos levam em conta o reajuste pela inflação do período, com preços corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. Os percentuais, portanto, são de aumento real e balizados pelos preços do mês passado.

O reajuste chega a números tão surpreendentes porque, em maio de 2020, com a circulação em níveis muito baixos em todo o país, houve uma redução drástica dos preços dos combustíveis. Havia, afinal, pouquíssima demanda.

Ao longo de 2020, e conforme o isolamento foi se reduzindo, o custo da gasolina e do etanol passou a se normalizar. De fevereiro em diante, contudo, o valor dos insumos rompeu o nível anterior à pandemia em virtude da alta dos preços do petróleo, cotados em um dólar bem valorizado.

IPCA de junho: inflação atinge 8,35% em 12 meses

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Queda no faturamento

Desde o início da pandemia, as duas profissões haviam enfrentado fenômenos que reduziram o faturamento do trabalho. Enquanto os motofretistas perceberam um aumento de concorrência durante as fases mais intensas do isolamento social, os motoristas de apps de transporte viram sumir o público.

Agora, com o aumento acima do previsto dos combustíveis, há um novo efeito de aperto das margens que compõem o sustento dos profissionais por meio de um sério aumento de custo operacional.

Selecionando corridas

A Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) diz que, entre efeitos da pandemia e, agora, da alta de combustíveis, cerca de 25% da frota paulistana de motoristas desistiu de trabalhar no segmento.

A estimativa da entidade é que 120 mil trabalhadores circulavam pela cidade no início de 2020. Agora, são cerca de 90 mil. Além de uma menor oferta de motoristas, os remanescentes passaram a selecionar viagens que sejam mais rentáveis por conta do aumento de preço de combustível.

“Passamos a desaconselhar os motoristas a aceitarem as corridas promocionais, da Uber Promo e 99 Poupa. O repasse ao motorista não paga 1 litro de gasolina”, diz Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp.

“Passamos a desaconselhar os motoristas a aceitarem as corridas promocionais, da Uber Promo e 99 Poupa. O repasse ao motorista não paga 1 litro de gasolina”, diz Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp.

Do gasto diário de um motorista, a gasolina representa entre 40% e 50%. A taxa paga aos aplicativos gira em torno de 25%. Para boa parte dos condutores, há ainda o pagamento de parcelas do veículo ou locação.

A oferta menor de motoristas aumentou o tempo de espera para passageiros. Há uma porção de registros do aumento do intervalo nas redes sociais.

A categoria pede que as plataformas tomem uma de duas atitudes possíveis: elevem o preço das corridas ou diminuam a fatia cobrada dos motoristas. Sem uma mudança, a frota pode diminuir ainda mais.

Rosimar Pereira é motorista há mais de 20 anos, dos quais seis em atividade pelos principais aplicativos de transporte. Reconhece que a tecnologia o ajudou a ampliar a clientela – tanto que trocou o táxi pelos apps -, mas o lucro ao fim do mês já não dá conforto à família.

“Só não desisti ainda porque fiz dívidas durante a pandemia e, sem outro emprego, não consigo pagar. Trabalhar como motorista já foi muito bom, mas hoje o custo é muito alto e a troca valeria a pena”, diz.

“Só não desisti ainda porque fiz dívidas durante a pandemia e, sem outro emprego, não consigo pagar. Trabalhar como motorista já foi muito bom, mas hoje o custo é muito alto e a troca valeria a pena”, diz.

Trabalhando de 10 a 12 horas por dia, Pereira afirma que os lucros não passam dos R$ 1,5 mil desde que o preço do combustível explodiu. Se encontrar outra oportunidade de trabalho com salário semelhante, será um a menos nas ruas de São Paulo. “A depreciação do carro seria muito menor”, conta.

Mais trabalho, menos cuidados

Para os motofretistas, a fatia dos combustíveis fica entre 25% e 35% dos gastos, a depender de quanto o profissional fatura em um dia de trabalho. Mas a taxa paga pelos aplicativos, dizem os motoqueiros, varia com a demanda de pedidos e número de trabalhadores disponíveis.

A Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (Amabr) não consegue precisar o quanto aumentou a frota de motoboys durante a pandemia, mas fez uma estimativa de que o número gira em torno de 40%, chegando a um total de 70 mil só na capital paulista.

Com a entrada de muitos novos profissionais durante a pandemia e, agora, com maior custo de rodagem, foi preciso buscar mais corridas e cortar gastos para manter o mesmo faturamento.

“O que o motofretista faz é tirar de outro lugar: deixa de se alimentar adequadamente, de fazer a manutenção correta do veículo, trabalha mais horas e corre mais para fazer mais entregas no dia”, diz Edgar da Silva, o Gringo, presidente da Amabr.

“O que o motofretista faz é tirar de outro lugar: deixa de se alimentar adequadamente, de fazer a manutenção correta do veículo, trabalha mais horas e corre mais para fazer mais entregas no dia”, diz Edgar da Silva, o Gringo, presidente da Amabr.

O aumento de acidentes de moto é flagrante. Os últimos números do Infosiga SP mostram que o número de acidentes com motociclistas na capital paulista saltou de 1.011 em abril de 2020 para 1.584 em junho de 2021 (alta de 56,6%). As mortes subiram 58,8%, de 17 para 27.

São mais motociclistas nas ruas, expostos por mais tempo e andando mais rápido para manter o faturamento. A entrada maciça de novos motoboys na pandemia também ajuda a entender a situação, pois são profissionais menos experientes, enfatiza a associação.

“O cansaço também afeta os reflexos. E, fora tudo isso, o curso de habilitação de condutores também precisa mudar, pois não atende à realidade de quem anda de moto em 2021”, afirma Gringo.

“O cansaço também afeta os reflexos. E, fora tudo isso, o curso de habilitação de condutores também precisa mudar, pois não atende à realidade de quem anda de moto em 2021”, afirma Gringo.

A entidade tenta emplacar no poder público três tabelas com piso de remuneração para os serviços de motofretistas. Seriam estabelecidos valores mínimos por quilômetro rodado, por tempo de espera nos pontos de coleta e por complexidade de serviço – como a realização de compras em supermercados.

O que dizem as plataformas

O G1 procurou as principais plataformas para questioná-las sobre que tipo de suporte financeiro têm dado aos motoristas e entregadores. Os questionamentos tiveram como foco a remuneração dos profissionais e planos de resgate financeiro durante a pandemia.

A Uber informa que a taxa cobrada dos motoristas foi fixa em 25% do valor das corridas até 2018, mas desde então passou a ser variável como parte da estratégia da empresa para oferecer descontos para os usuários e promoções para os “parceiros” (nome que a empresa dá aos motoristas). Questionada expressamente se pretende atender ao pedido de reajuste de tarifa ou diminuir a cobrança, a Uber não respondeu.

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“O preço dos combustíveis foge ao controle da Uber, mas entendemos a insatisfação e trabalhamos para ajudar os motoristas parceiros a reduzir seus gastos fixos”, diz nota da empresa enviada ao G1.

“O preço dos combustíveis foge ao controle da Uber, mas entendemos a insatisfação e trabalhamos para ajudar os motoristas parceiros a reduzir seus gastos fixos”, diz nota da empresa enviada ao G1.

O apoio financeiro dado pela empresa foi voltado aos motoristas que precisaram parar de trabalhar por conta da Covid. A empresa destinou US$ 30 milhões para esse fim, mas não especifica quantos profissionais usaram o serviço.

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A 99 também não responde se pretende reduzir a “mordida” no valor das corridas ou reajustar o preço. A empresa esclarece que o cálculo também varia conforme o perfil da corrida (como horário e região), “mas existe um teto que visa preservar os ganhos dos motoristas parceiros”.

“Desde fevereiro, garantimos 10% de desconto em todo o abastecimento em postos da rede Shell pelo país, o que já representou uma economia de mais de R$ 2,5 milhões. Também estamos, em datas estratégicas, zerando as taxas aplicadas nas corridas, ou seja, 100% do valor é repassado ao motorista parceiro”, diz nota da empresa.

“Desde fevereiro, garantimos 10% de desconto em todo o abastecimento em postos da rede Shell pelo país, o que já representou uma economia de mais de R$ 2,5 milhões. Também estamos, em datas estratégicas, zerando as taxas aplicadas nas corridas, ou seja, 100% do valor é repassado ao motorista parceiro”, diz nota da empresa.

“Importante observar que todas as promoções são subsidiadas pela plataforma, sem ônus para o parceiro. (…) Assim, a empresa vem mantendo seus investimentos em novos serviços, produtos e iniciativas de segurança para passageiros e motoristas. Já foram mais de R$ 150 milhões destinados, desde abril do ano passado, em ações para apoiar quem usou o aplicativo.”

Sobre o 99 Poupa, a empresa diz que essa é uma das categorias criadas para “minimizar a crise provocada pela pandemia e aumentar a eficiência na rotina do motorista, pois estimula a corrida em momentos de menor demanda”.

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O Rappi afirma está “constantemente dialogando com seus entregadores independentes, e atento a soluções que possam beneficiá-los”. A empresa não responde, contudo, se pretende atender à demanda de entregadores de estabelecer pisos de remuneração para os serviços de motofretista.

“O frete é calculado levando em conta diversos fatores, entre eles clima, dia da semana, horário, zona da entrega, distância percorrida e complexidade do pedido. O frete não é linha de receita para o Rappi, que busca sempre equilibrar a demanda e os critérios de cálculo de entrega do pedido. Em momentos de alta demanda, por exemplo, o valor pago ao entregador é superior ao valor pago pelo cliente”, diz a empresa em nota.

A empresa não informa o número de entregadores cadastrados, mas diz que, para atuar pelo Rappi, os profissionais precisam apenas ter mais de 18 anos, enviar documentos pessoais e “outros dados comprobatórios”, sem dizer quais. “Aos motociclistas é exigida ainda CNH válida.”

Como suporte financeiro durante a pandemia, o Rappi informa que criou um fundo assistencial – “o auxílio Covid” -, mas não detalha o quanto foi alocado em dinheiro para a iniciativa, nem quantos profissionais tiveram acesso.

O iFood informa que tem uma política de valor mínimo de rota de R$ 5,31, além de repassar as gorjetas integralmente. Os valores são, contudo, variáveis e consideram a distância percorrida, a cidade, o dia da semana e o modal utilizado.

A empresa diz que “acredita que a tecnologia e a inovação têm o poder de incluir milhares de pessoas no mercado de trabalho e gerar oportunidades”.

A empresa diz que “acredita que a tecnologia e a inovação têm o poder de incluir milhares de pessoas no mercado de trabalho e gerar oportunidades”.

O iFood também criou um fundo de suporte para parceiros infectados pela Covid. A empresa diz ter investido R$ 133 milhões quando somado esse resgate às ações paliativas, como distribuição de máscaras e álcool em gel.

A empresa não responde sobre reajuste de taxas, mas diz que entregadores e familiares têm acesso a descontos em compra de seguro de motos, troca de óleo, educação universitária e aquisição de produtos eletrônicos. Além disso, fornece seguro para acidentes e plano de acesso à rede privada de saúde a preços mais baixos.

Fonte: G1.Globo

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Dois tripulantes com Covid-19 desembarcaram no Porto de Santos para atendimento médico

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Dois tripulantes com Covid-19 desembarcaram de um navio que está em quarentena no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, para receber cuidados médicos nesta terça-feira (27). A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que havia confirmado que 14 tripulantes desta embarcação testaram positivo para a doença.

O navio MTM Southport, de bandeira de Singapura, entrou em quarentena no último sábado (24) e permanecerá por até 14 dias no cais santista. Segundo a Anvisa, nesta terça, os dois tripulantes apresentaram queda de saturação e saíram para receber assistência médica hospitalar.

Apesar de comunicar o motivo do desembarque, a Anvisa reforça que o hospital de destino é uma informação sigilosa. A partir do momento em que tripulantes marítimos desembarcam e saem do porto, eles deixam o ambiente de competência da Anvisa. A Agência ainda explicou que o número de positivados da embarcação continua o mesmo.

O navio MTM Southport está carregado com barris de etanol e está fundeado na Barra de Santos, segundo informado pela Santos Port Autorithy (SPA), a autoridade portuária de Santos. O navio chegou ao cais santista na última terça-feira (20), vindo do Porto de Salvador, na Bahia.

A manobra de deslocamento para a área de fundeio aconteceu na noite do último domingo (25). Conforme informações da Anvisa, o navio conta com 23 tripulantes, sendo 14 confirmados com Covid-19. Os tripulantes doentes estão isolados a bordo.

Fonte: G1.Globo

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Farmácia de Alto Custo de São Carlos passa a atender pacientes pro WhatsApp

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A Farmácia de Alto Custo de São Carlos (SP) ampliou os canais de atendimento aos pacientes e passa a receber as demandas via WhatsApp, pelo número (16) 3364-5014, a partir desta quarta-feira (28).

Os medicamentos que chegam à farmácia são enviados pelo governo do estado de São Paulo via Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III).

Assim, os pacientes que precisam confirmar a disponibilidade de um determinado medicamento ou retirar pedidos podem entrar em contato com a farmácia por meio do aplicativo de mensagens, sem que haja a necessidade de deslocamento até o local para obter tais informações.

A ampliação dos canais de atendimento tem como objetivo otimizar a relação entre a drogaria especializada e os consumidores, principalmente em meio às restrições sociais impostas pela pandemia de Covid-19.

Fonte: G1.Globo

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AstraZeneca informou ao governo em janeiro que não negociava vacinas por intermediários, mostra documento

Documento enviado pelo Ministério da Saúde à CPI da Covid mostra que em janeiro deste ano a farmacêutica AstraZeneca informou ao governo que não negociava vacinas por intermediários no mercado privado.

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Conforme o documento, datado de 29 de janeiro deste ano, uma diretora da empresa enviou um e-mail à Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse e-mail foi enviado após a empresa ter sido informada que uma companhia em Vila Velha (ES) havia oferecido doses de vacinas ao governo brasileiro.

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“Toda a produção da vacina AZD 1222 durante o período da pandemia é destinado exclusivamente a governos e organizações internacionais de saúde ao redor do mundo, ou seja, não há possibilidade de comercialização da vacina produzida pela AstraZeneca no mercado privado”, informava o e-mail.

Procurado pela GloboNews, o Ministério da Saúde não respondeu até a última atualização desta reportagem.

O Jornal Nacional mostrou, no entanto, que em fevereiro deste ano o então diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, deu aval para que um reverendo e a entidade presidida por ele negociassem 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a empresa americana Davati.

O diretor foi exonerado em 8 de julho, cinco dias após a reportagem ter ido ao ar.

Além disso, em depoimento à CPI da Covid, o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que se apresenta como representante da Davati no Brasil, disse ter participado de um jantar em fevereiro com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, e negociado 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

Segundo Dominghetti, nesse jantar, Dias pediu propina de US$ 1 por dose de vacina. Em depoimento à CPI, o ex-diretor negou ter pedido propina, afirmando que Dominghetti é um “picareta”.

Em março deste ano, o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, se reuniu com representantes da Davati. O reverendo que recebeu aval do governo para negociar vacinas também participou do encontro.

Fonte: G1.Globo