Pandemia aumenta parcerias entre varejistas e start-ups

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A pandemia da Covid-19 acelerou a adoção de soluções digitais pelo varejo, dando impulso às parcerias de start-ups e fintechs com o comércio. Segundo a última edição da pesquisa ‘Transformação Digital no Varejo Brasileiro’, da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, o investimento em iniciativas do tipo cresceu 87% no país no ano passado.

As principais ferramentas para essa transformação foram as soluções de meios de pagamento (94%) e análises de dados no ambiente on-line (77%).

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Como destacam Alejandro Padron e Helio Biagi, sócios do OasisLabb, ecossistema de inovação especializado em varejo, por causa da pandemia, em 2020 houve um avanço que só era esperado para os próximos cinco anos.

– A pandemia fez as empresas acelerarem as alternativas – diz Padron.

As parcerias, explica, ajudam os varejistas em três frentes: entrega das mercadorias, logística de pagamento e modo de oferecer os produtos.

É o caso da Logstore. Fundada em 2017 para acelerar a distribuição de mercadorias, a start-up decidiu migrar para o interior das lojas. Para isso, criou um aplicativo com tecnologia white label, isto é, que pode ser integrado aos apps e marcas dos parceiros.

Como app do estabelecimento, o consumidor lê um QR Code na loja, que mostra preços e promoções. Ao encontrar o que deseja, basta escanear o código de barras e informar a quantidade. O pagamento pode ser feito no app.

– Nossa proposta é possibilitar que o varejista aumente o número de transações sem mexer na infraestrutura – diz o CEO da Logstore, Helson Santos.

Entre seus clientes estão redes como Leroy Merlin e Hortifruti. A empresa espera crescer 50% neste ano.

Já a fintech PayFace desenvolveu uma tecnologia para identificação e para pagamento, que é incluída nos próprios apps dos varejistas.

Quando o consumidor se cadastra no app, ele cadastra seu rosto e meios de pagamento, que serão checados no caixa. Com o reconhecimento facial, ele pode pagar a compra sem o celular.

Segundo o CEO da PayFace, Eládio Isoppo, isso reduz o tempo da compra em 45 segundos. Até o fim do ano, a start-up pretende implementar a tecnologia, hoje usada em supermercados catarinenses e drogarias paulistas,em 15 varejistas de médio e grande porte.

Na pandemia, a start-up OpaBox viu crescerem as parcerias com administradoras de shoppings, como a JHSF, do Cidade Jardim, em São Paulo. A OpaBox desenvolve marketplaces próprios para as varejistas, que podem ser personalizados.

– Nos marketplaces tradicionais, os shoppings não conseguiam auditar suas vendas. Com a pandemia, eles perceberam que precisavam de algo mais – conta André Buratto, CEO da OpaBox, que espera dobrar o faturamento este ano.

A maior parte dessas iniciativas, no entanto, envolve o compartilhamento de dados, o que pode afastar alguns clientes. Para o coordenador do núcleo de varejo e retail lab da ESPM, Ricardo Pastore, essa resistência deve diminuir graças à nova legislação:

– A Lei Geral de Proteção de Dados ajuda tanto o consumidor quanto o varejista. Ela disciplina o mercado.

Fonte: O Globo

Erro de interpretação de receita faz paciente pegar medicamento trocado

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Um erro na interpretação de uma receita médica na rede pública de saúde de Brusque quase fez um paciente que necessitava de tratamento para alergia receber um medicamento para pressão arterial. O caso ocorreu na última quinta-feira (15).

Após mudanças alimentares, Robson Galvan, morador do Centro, buscou a Unidade Básica de Saúde (UBS) tratar dos sintomas. Para tentar controlar o problema, foi receitado para ele o medicamento Loratadina, de dez miligramas. O problema é que ele acabou recebendo Lozartana, de 50 miligramas. Ele atribuiu o problema à uma má comunicação.

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‘Quando cheguei em casa e fui olhar o remédio da sacolinha, lembrei que minha mãe toma para controlar a pressão. Olhei na internet e não tomei’, relata.

Galvan afirma que sua pressão tende a ser baixa e o medicamento poderia baixar ainda mais a pressão. ‘Se eu tomasse esse remédio, poderia ter problema ou se outra pessoa, em outra situação, poderia ter o mesmo problema ou pior’, conta.

Segundo a diretora da Secretaria de Saúde, Camila Pereira, a grafia não chegou a ser o problema. ‘A gente vê que a receita está legível, mas se percebe que houve uma dispensação incorreta, inclusive, na miligramagem. A receita tem 10 (miligramas) e foi dispensado 50 miligramas’, disse ela.

Na dúvida, afirma Camila, o paciente pode e deve procurar o farmacêutico responsável e o indicado para os casos onde a receita está ilegível é que o volte ao médico para a emissão de um novo receituário.

Hoje, a rede dos postos de saúde é informatizada, mas a emissão de receita é de escolha de cada médico. O procedimento adotado pela maioria dos postos, segundo ela, é a impressão das receitas e o uso da versão escrita como uma segurança, caso o sistema esteja fora do ar.

Em média, por mês, são distribuídos mais de 1,9 milhão de medicamentos pela rede pública, em Brusque. Casos de erros como o relatado, segundo Camila, são incomuns.

‘Este tipo de reclamação, por incrível que pareça, eu nunca tive. Até interessante que a pessoa nos procure, pare que se possa saber o que houve. Se teve uma dispensação errada, está no sistema’, finaliza.

Fonte: ASVEM-PE

CEO da BioPrime Cosméticos criava misturas de cremes e vitaminas para clientes

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Nenhum obstáculo foi grande o bastante para impedir os sonhos de Maria do Rosário, CEO da BioPrime Cosméticos. Cearense por nascimento, a empresária chegou em São Paulo com apenas 13 anos de idade, e, desde então, aprendeu a conciliar vida pessoal com profissional. ”Comecei a fazer cursos de cabeleireira e maquiadora, e posteriormente iniciei os atendimentos em casa mesmo: transformamos uma edícula em um salãozinho simples, com muito capricho. Quanto mais eu atendia as pessoas, mais amava deixá-las mais bonitas. E sendo motivada por isso, eu comecei a criar umas misturas de cremes e vitaminas que fizeram muito sucesso? eu costumo dizer que a BioPrime nasceu naquela época”, relembra.

”Eu me casei com 16 anos, e com 17 eu já tinha a minha primeira filha. Sendo assim, fiquei pensando na profissão que poderia exercer, e ao mesmo tempo conseguir cuidar da minha filha. O tempo foi passando, eu tive mais 2 filhos – com 24 anos eu tinha três filhos -, e posso dizer que eles foram minha principal motivação: eu queria proporcionar o melhor para eles, e também tinha muito prazer em contribuir com o bem-estar dos meus clientes”, contou.

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Maria do Rosário relatou que conciliar o seu papel de mãe, esposa e profissional foi o seu principal desafio. ”Eu era muito nova e com muitas responsabilidades. Mas mantive os meus sonhos vivos. Eu aproveitava todas as oportunidades que surgiam para conseguir me qualificar cada vez mais e aprender; também enfrentei muitas críticas, porém nunca deixei de acreditar e cultivar muita persistência e vontade de continuar”.

Uma pesquisa profunda acerca dos benefícios do coco para o cabelo e pele marcou a trajetória da CEO. ”Eu apresentei a pesquisa para algumas pessoas e todas acharam ela muito interessante, porém falaram que era algo muito caro, que isso não era para mim e que era muito difícil construir a minha própria marca. Durante algum tempo eu acreditei nisso, entretanto, apenas 2 anos depois eu vi o mercado cheio de produtos à base de coco. Este momento foi crucial, pois eu percebi que tinha deixado meu sonho na mão de outros. Logo, deste dia em diante eu refiz os meus objetivos e comecei tudo de novo, desta vez para nunca mais desistir”, relatou.

”Eu recuperei os meus sonhos, comecei a fazer novos cursos e fui falando com pessoas que podiam investir na marca; fui fazendo novas conquistas. Hoje, estamos trilhando o caminho para nos tornarmos uma marca famosa e reconhecida no mercado da beleza. Tudo valeu a pena e serviu de aprendizado para este sonho chamado BioPrime”, finaliza.

Fonte: 2A+ Cosmética

Anvisa encerra análise de pedido de uso emergencial da Covaxin

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu por unanimidade, neste sábado (24), encerrar o processo que tratava da autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina Covaxin.

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A decisão foi tomada após a Anvisa ser comunicada pelo laboratório indiano Bharat Biotech Limited International que a empresa brasileira Precisa não possui mais autorização para representá-la no país. A farmacêutica é a fabricante da vacina Covaxin.

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A diretora Meiruze Freitas, relatora do processo, destacou no voto que ‘o rompimento da relação comercial entre as empresas, bem como a decadência de requisito fundamental para a Autorização de Uso Emergencial, implica em impedimento da manutenção e continuidade da avaliação do pedido. A negativa está ancorada ao princípio da eficiência, uma vez que seguir com uma avaliação técnica de uma petição já administrativamente corrompida implicaria em significativo desperdício de esforços e recursos da administração’.

Em nota, a agência informou que o processo ‘será encerrado, sem a avaliação de mérito do pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, protocolado pela empresa Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda no dia 29 de junho deste ano’.

Estudos clínicos

Também pelo fato da Precisa não representar mais a Bharat Biotech no Brasil, ontem (23), a Anvisa já havia suspendido, cautelarmente, os estudos clínicos da vacina Covaxin no país. Por determinação da Coordenação de Pesquisa Clínica (Copec) do órgão, os ofícios comunicando a suspensão cautelar foram enviados ao Instituto Albert Einstein e à então patrocinadora do estudo, a empresa Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda. A aplicação da vacina em voluntários brasileiros não chegou a acontecer.

Fonte: Tribuna Hoje – AL

Novo estudo sugere que intervalo ideal entre as duas doses da vacina da Pfizer é de oito semanas

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Atualmente preconizado pelo Ministério da Saúde, o intervalo de 12 semanas entre as duas doses da vacina contra o coronavírus produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer não é o ideal. A conclusão é de um novo estudo da Universidade de Oxford (Inglaterra), realizado junto a mais de 50o profissionais de saúde e que sugere oito semanas.

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A pesquisa indica que essa redução para um hiato equivalente a dois meses, em vez dos três já em uso, melhora a proteção proporcionada ao indivíduo pelo imunizante. Os resultados da pesquisa ainda precisam passar por revisão, ressalvam os cientistas envolvidos.

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Além de Oxford, eles acompanharam grupos de voluntários nas cidades inglesas de Birmingham, Liverpool, Newcastle e Sheffield. A comparação teve por base profissionais que receberam vacinação em esquema de dosagem de curto intervalo (média de três a quatro semanas entre a primeira e a segunda injeção) ou longo (dez semanas).

O intervalo mais longo de aplicação da vacina da Pfizer foi relacionado a níveis de anticorpos neutralizantes duas vezes mais altos do que seriam com a interrupção mais curta. Isso considerando todas as variantes do Sars-CoV-2, incluindo a Delta – detectada inicialmente na Índia e que já avança em mais de 100 países, incluindo o Brasil.

A nova pesquisa revelou que o regime prolongado de 10 semanas também melhora a resposta das células ‘T’ auxiliares, que trabalham na memória imunológica e ajudam na produção de anticorpos. Além do mais, o critério aumentaria o número de pessoas totalmente imunizadas mais rapidamente.

Por outro lado, o intervalo mais longo também trouxe uma desvantagem: os cientistas registraram que houve um declínio nos níveis de anticorpos entre uma dose e a outra, o que deixou os participantes menos protegidos durante essa pausa.

De acordo com Susanna Dunachie, a principal pesquisadora do estudo, ‘oito semanas é provavelmente o ponto ideal’ para a segunda dose, para conseguir o equilíbrio entre obter o máximo de pessoas totalmente vacinadas o mais rápido possível e com os níveis mais elevados de anticorpos.

Ela também chama a atenção para a importância de seguir o esquema de vacinação completo. ‘Está claro a partir de nossas descobertas que, para maximizar sua proteção individual, é muito importante receber duas doses da vacina contra Covid-19 quando oferecida’, sublinhou a equipe de Oxford, por meio de um comunicado.

Estudos anteriores mostraram que só com as duas doses a vacina da Pfizer tem efeito protetor significativo contra a variante Delta. Por isso o Reino Unido anunciou que passaria a vacinar seus cidadãos em intervalo de 8 semanas, e não mais 12, como no Brasil, afim de oferecer a mais pessoas proteção alta contra a Delta. O estudo de Oxford indica que a estratégia é correta.

Brasil

A bula hoje registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preconiza um intervalo de 21 dias entre as duas doses da Pfizer, preferencialmente.

Na avaliação da farmacêutica norte-americana, a segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes, mas ‘as indicações sobre regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública.

Fonte: O Sul

Campanha ‘Vacina UFPR’ chega a mais de mil doações individuais; saiba como contribuir

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A campanha ‘Vacina UFPR’ mobiliza a sociedade para a captação de recursos e o financiamento de uma vacina 100% nacional e de baixo custo contra a Covid-19 e outras doenças. Em 20 dias, já foram arrecadados R$ 83.323,48 em 1005 doações individuais. No mesmo período, o site vacina.ufpr.br já teve mais de 8 mil acessos e os posts nas redes sociais da UFPR já alcançaram quase 400 mil pessoas, com 3600 compartilhamentos.

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A divulgação da campanha estimulou outros tipos de engajamento. Por sugestão de uma amiga, a fotógrafa e influenciadora digital Patrícia Miguez compartilhou um vídeo para incentivar as doações. Apenas nas redes da UFPR, o material já foi visto por mais de 132 mil pessoas.

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Ela aceitou o desafio por entender que a vacina pode servir para outras doenças e ajudar pessoas no Brasil e em outras partes do mundo, no futuro. ‘É uma questão de ajudar a comunidade científica e o nosso país como um todo. A vacina é uma arma muito importante. Caso você não possa ajudar, marque as pessoas nas suas redes e espalhe. Quanto mais gente tiver essa informação, mais gente pode doar e ajudar a UFPR a desenvolver a vacina. Vai ser uma bênção ter uma opção barata, nacional e com multipropósito’, relata Patrícia.

As contribuições para a campanha ‘Vacina UFPR’ permitirão aos pesquisadores avançar com as fases de testes em animais até o final do ano, o que credenciará o pedido à Anvisa para os testes em humanos.

Com as doações, será possível também aprimorar a infraestrutura física e laboratorial, buscar a transferência de tecnologia para produção em escala industrial e o desenvolvimento de imunizantes.

Sobre a capacidade de produção 100% nacional, o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, destaca: ‘É muito importante para a soberania do país que tenhamos uma vacina sem a dependência de importação de insumos. Esta luta por uma vacina nacional reforça a importância da ciência e da universidade pública, que se mostraram imprescindíveis durante essa pandemia’.

O superintendente de parcerias e inovação da UFPR, Helton José Alves, ressalta a economia para os cofres públicos que o imunizante da UFPR poderá trazer. ‘Para cada real economizado por dose da vacina, estamos falando de milhões de reais, o que torna mais interessante essa plataforma, para a Covid-19 e outras patologias’, revelou Alves em entrevista ao programa ‘Volume UFPR’, da Rádio UniFM.

O professor Emanuel Maltempi de Souza, um dos pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da Vacina UFPR, em reportagem da Agência Escola de Comunicação Pública da UFPR, explica que o projeto foi concebido pensando no retorno à sociedade dos conhecimentos produzidos na universidade. ‘Se continuarmos tendo sucesso no desenvolvimento e testagem da Vacina UFPR, estou convencido que o país terá condições de produzir as doses necessárias para todos os brasileiros’.

Para alcançar esses objetivos, os custos estão estimados em R$ 76 milhões de reais. Por isso, a campanha aceita doações de qualquer valor, por depósito, transferência bancária para a conta da campanha ou usando chave Pix.

No site vacina.ufpr.br, estão disponíveis os relatórios de acompanhamento dos recursos captados para o desenvolvimento da vacina e notícias sobre o avanço das pesquisas.

A conta bancária para as doações é exclusiva do Programa de Imunizantes da UFPR, gerida pela Fundação da Universidade Federal do Paraná – FUNPAR. Todas as doações de pessoas físicas e/ou jurídicas são destinadas exclusivamente à continuidade da pesquisa e desenvolvimento da vacina e não são dedutíveis do Imposto de Renda.

Os valores captados pela campanha se somam aos financiamentos já obtidos via Rede Vírus, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a recursos próprios da UFPR e aos do Governo do Estado do Paraná, que chegam a R$ 1,3 milhão.

Além disso, o Tribunal de Contas do Estado transferiu R$ 18 milhões ao Governo do Estado, que serão destinados à estrutura de laboratórios para a Vacina UFPR. O poder executivo deve repassar esse valor à universidade por meio de um acordo que será celebrado em breve.

Fonte: Bem Paraná Online

Covid-19: América Latina e Caribe ultrapassam 40 milhões de casos

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A América Latina e o Caribe ultrapassaram uma marca infeliz neste sábado (24). Desde o início da pandemia, as duas regiões registraram mais de 40 milhões de casos de Covid-19.

A partir do primeiro caso de infecção, a América Latina e o Caribe totalizaram 40.073.507 casos do novo coronavírus. Uma quantidade realmente alarmante. O número de mortes, infelizmente, também é grande: são mais de 1.353.335 de óbitos registrados por Covid-19.

E a preocupação das autoridades sanitárias só aumenta com a rápida disseminação da variante Delta, que é altamente contagiosa. A nova cepa, inclusive, já aumentou os casos e os óbitos pelo novo coronavírus em todo o mundo. No Brasil, mais de 100 pessoas já foram infectadas por ela.

Anvisa suspende estudos clínicos da Covaxin no Brasil

Na última sexta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou que determinou a suspensão de maneira cautelar dos estudos clínicos da vacina contra a Covid-19 de origem indiana, chamada Covaxin, no Brasil. A decisão foi tomada pela Coordenação de Pesquisa Clínica da Anvisa (Copec/GGMED).

Através de uma nota, a Anvisa disse que os ofícios comunicando a suspensão cautelar foram enviados ao Instituto Albert Einstein e à patrocinadora do estudo, a empresa Precisa Comercialização de Medicamentos.

A agência também informou que a decisão da suspensão foi tomada por um comunicado da empresa indiana Bharat Biotech Limited Intercional enviado para a avisa Anvisa hoje, informando que a empresa Precisa não tem mais autorização para representar a Bharat Biotech no Brasil.

Fonte: Portal IG

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Lei aprovada libera 23 medicamentos contra o câncer

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Uma lei aprovada pelo Congresso Nacional – que ainda depende de sanção do presidente Jair Bolsonaro – abre espaço para a incorporação de 23 novos medicamentos orais para clientes de planos de saúde diagnosticados com câncer. Defendida por entidades médicas, a proposta enfrenta resistência de operadoras de saúde, que falam em risco de aumento de custos para empresas e clientes.

A proposta foi aprovada pelo Legislativo no início deste mês. Além dos tratamentos orais domiciliares, a lei prevê que os planos entreguem as medicações em até 48 horas após a receita médica, de maneira fracionada ou conforme o ciclo de evolução e tratamento da doença.

Neste novo modelo, pacientes passariam a ter acesso a remédios que não têm cobertura das operadoras – seria exigido apenas que o medicamento já fosse aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de prescrição médica. A etapa de análise para inclusão no rol dos convênios médicos, realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), não seria mais necessária para a quimioterapia oral. Atualmente, há 59 tratamentos cobertos pela ANS e outros 23, que já tem aval da Anvisa, mas não têm oferta garantida pelos convênios.

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou que ainda aguarda manifestação de ministérios consultados sobre o projeto. O prazo se encerra no próximo dia 26. A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) Clarissa Mathias, diz que a questão vai resolver um antigo problema de diferentes vias para incorporação entre o tratamento pela veia e o oral.

“Se for endovenoso, ao ser aprovado pela Anvisa, é incorporado pela ANS. Se for oral, precisa esperar abrir o rol (de produtos a serem incorporados). É uma particularidade do Brasil ter duas vias, mas são medicamentos importantes, que podem ser tomados em casa e ficam nesse limbo”, afirma. Segundo Clarissa, essas medicações são caras e a questão de equalizar custos é parte de um debate constante. No entanto, a oferta de tratamento com agilidade para os pacientes deve fazer parte dessa conta.

O oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer e membro do comitê gestor do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, diz que o nova lei traria benefícios para ao menos 50 mil pacientes. Segundo ele, a cada dez medicamentos para câncer, sete são orais e não têm versão endovenosa.

“Esse impasse tem relação muito grande com a parte do equilíbrio financeiro, porque as fontes pagadoras teriam um gasto a mais. O equilíbrio do sistema é fundamental, mas ele se faz criando guidelines (orientações), evitando desperdício, mas não cortando o uso de medicações”, afirma Maluf. Para entidades ligadas aos planos de saúde, a lei nova abre precedentes para que tratamentos sejam adotados sem análise de custo-efetividade, algo que afetaria a incorporação de medicamentos para outras doenças e aumentaria as mensalidades de todos os beneficiários. O Brasil tem cerca de 48,2 milhões de clientes de planos.

Renato Casarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), diz que o problema tem origem no prazo de revisão do rol da ANS. Antes, eram dois anos, e, em 2021, esse período foi reduzido. Passa a vigorar uma análise contínua revisada a cada seis meses – a medida entrará em vigor em outubro.

“Nosso principal ponto é que concordamos com o prazo de análise que era longo, mas somos contra a incorporação automática. Incorporar medicamentos que não são custo-efetivos interfere na incorporação de outros medicamentos”, diz ele.

Diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente diz que, na última revisão, 12 medicamentos foram rejeitados pela ANS. Com a lei, seriam automaticamente incorporados. “Essa avaliação é feita no mundo inteiro e nenhum país do mundo passa a vender de forma automática após ser aprovado. O recurso privado é limitado e vem do pagamento das mensalidades pelos beneficiários. Se começa a aumentar muito, vai ser rateado”, afirma.

A ANS informou que não comenta projetos de lei em tramitação. Disse ainda que, na última atualização, 19 antineoplásicos orais foram incluídos.

Nos Estados Unidos, a quimioterapia oral já é uma realidade para pacientes oncológicos. Segundo estudo publicado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica, o tratamento ganhou popularidade por apresentar vantagens de conveniência e toxicidade quando comparados ao tratamento quimioterápico convencional.

Pacientes vão à Justiça por tratamento

A rapidez da cobertura de medicamentos pelo plano de saúde fez diferença na vida da contadora Carla Berenguel, de 44 anos. Diagnosticada com câncer de rim em 2014, ela realizou uma nefrectomia (remoção do órgão). A partir de então, passou a acompanhar seu estado de saúde por meio de exames de rotina.

No ano passado, no entanto, Carla sentiu-se mal e descobriu uma metástase na pleura (membrana que envolve o pulmão). “Meu Deus, como vai ser agora? Minha vida vai ser em hospitais”, pensou ela de Campinas, no interior de São Paulo.

A contadora conseguiu manter a rotina, apesar dos efeitos colaterais do tratamento. Entretanto, em abril, Carla começou a se sentir cansada, teve a visão de um olho comprometida e precisou mudar a terapia.

Ela necessitava do medicamento oral, que poderia custar até R$ 30 mil reais por mês. Como o quimioterápico oral não estava no rol de produtos aprovados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para convênios médicos, seu plano de saúde negou a cobertura.

Ao acionar a Justiça contra a decisão da operadora, Carla relata que conseguiu a liberação do medicamento em menos de uma semana. “Mas a gente sabe que nem sempre as pessoas conseguem isso. Tem gente que tem muita dificuldade para conseguir, para entrar com a ação”, afirma a contadora. “Quem tem câncer não tem tempo de esperar. A gente tem muita pressa”, acrescenta.

Terapia alternativa

“Isso é um caso excepcional diante das situações que a gente vive”, concorda Inês Lima, gerente administrativa aposentada por invalidez de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Aos 54 anos, ela trata uma metástase – no fígado, de um câncer de mama descoberto em 2013 – com um quimioterápico oral. Ela chegou a fazer uma quimioterapia venosa que a debilitava com os efeitos colaterais.

Quando não podia mais alterar a fórmula da medicação, o oncologista de Inês sugeriu mudar a terapia. “A gente só vai conseguir fazer quatro sessões, porque senão você pode não aguentar”, disse o médico à paciente.

Inês conseguiu que o plano cobrisse o medicamento em 2019, quando ele custava R$ 19 mil reais por ciclo. Na época, a operadora havia negado a cobertura do remédio por não constar na relação de medicamentos liberados. O processo judicial se resolveu em uma semana e, na seguinte, a ex-gerente iniciou o tratamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Tribuna do Norte

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Impasse da Sputnik no Nordeste afasta outros Estados

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No 1º semestre, a vacina russa Sputnik V foi vista por governadores como alternativa para a escassez de doses no Brasil Agora, as restrições de uso e a demora na definição de cronograma de envio do 1º lote ao Nordeste têm desanimado governadores de outros Estados, que já preveem desistir da compra. Mato Grosso do Sul já confirmou o recuo e Minas Gerais deu prazo até esta semana para receber a remessa.

Neste mês, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a Sputnik não será incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), uma vez que já existe um volume suficiente de outras vacinas encomendadas pelo governo federal. O Fundo Russo, responsável pela Sputnik, afirmou que essa sinalização de Queiroga põe em risco o envio do 1º lote ao Nordeste, de 1,6 milhão de doses, segundo os governadores da região. A remessa era prevista para o dia 28, mas na semana passada o Fundo Russo disse que só confirmaria o envio anteontem – a resposta não chegou até ontem.

Secretário estadual de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti disse anteontem que, se a Sputnik não for entregue ao Estado ainda em julho, o “caminho previsto” é cancelar a importação do imunizante. “Caso essa vacina não chegue agora, pelo adiantamento do nosso calendário, não valeria a pena esforço tão grande e investimento tão grande”, afirmou em coletiva de imprensa o secretário.

Assim como outros 15 Estados, Minas conseguiu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar a Sputnik para aplicação em 1% da população do Estado – que equivale a 428 mil doses da Sputnik V. “Estamos em tratativas e negociações com o Fundo Soberano Russo para que a gente consiga, sim, trazer”, destacou Baccheretti. Porém, segundo ele, os indícios não se mostram tão favoráveis.

O governo argentino também tem pressionado a Rússia para acelerar as entregas – o país vizinho já enfrenta atraso na aplicação da 2ª dose. Anteontem, o Kremlin informou trabalhar para resolver o problema, mas ressaltou que sua prioridade é a demanda interna.

Para o secretário de Saúde do Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, foram as mais de 20 condições listadas pela Anvisa que fizeram o Estado perder o interesse. Ele explica que o governo até chegou a assinar carta de intenção de compra no início da negociação junto ao Consórcio Brasil Central – formado por Estados do Centro-Oeste e agregados, como Rondônia e Tocantins -, mas desistiu.

“As condicionantes postas, principalmente de só poder comprar para 1% da população, e o processo de morosidade da entrega, fazem não compensar”, disse. Principalmente, reforça Resende, por conta de o Mato Grosso do Sul ser o Estado cuja imunização completa está mais avançada no País. Cerca de 41% da população adulta do Estado está completamente imunizada contra a covid-19.

Pela determinação da Anvisa, a vacina deve ser aplicada só em 1% da população, em unidades especializadas e com monitoramento posterior. “O melhor caminho que nós devemos fazer é continuar recebendo as doses do Ministério da Saúde e vacinando com a máxima velocidade”, disse Resende ao Estadão.

Indefinição

Procurado, o Consórcio Nordeste informou que, até ontem, ainda não tinha recebido retorno do Fundo Russo. Em nota, o ministério disse que os imunizantes ofertados pelo PNI devem ter registro de uso emergencial ou definitivo da Anvisa. “A pasta esclarece que o processo de compra da vacina Sputnik segue em análise.”

Responsável pela produção da Sputnik V no Brasil, a União Química, que ainda tenta aprovar o uso emergencial do imunizante, informou que espera a chegada da vacina “o quanto antes”. Destacou, ainda, que a efetividade e segurança do produto têm se mostrado satisfatórias no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Diário de Cuiabá

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PIB pode crescer 1,6% com redução de IR para empresas, indica estudo

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Se aprovada neste ano, a reforma do Imposto de Renda pode gerar alta de 1,6% no Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2023 e cobrir o rombo estimado de R$ 30 bilhões na queda da arrecadação, aponta estudo do Centro de Liderança Política (CLP)

Os cálculos levam em consideração o desenho apresentado pelo relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), que prevê uma redução de 12,5 pontos porcentuais da alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) combinada com a volta de tributação da distribuição de lucros e dividendos a uma alíquota de 20%.

O CLP resolveu fazer o estudo depois da divulgação do parecer prevendo o buraco de R$ 30 bilhões da arrecadação do imposto, sem a contrapartida de medidas de cortes de renúncias que poderiam aumentar as receitas do governo.

A aposta do relator foi justamente a de que a reforma iria promover um crescimento e levar consequentemente à elevação da arrecadação, zerando o rombo e até mesmo reforçando o caixa do governo, afastando o risco fiscal de aumento do déficit das contas públicas.

‘Queríamos entender que tipo de decisão é essa’, diz Tadeu Barros, diretor de operações do CLP, uma organização suprapartidária que trabalha para desenvolver líderes públicos capazes de enfrentar os problemas mais urgentes do País.

O ponto de partida foi o de que as mudanças de impostos das empresas costumam ter efeitos sobre outras variáveis da economia, especialmente o investimento privado.

Em 2023, quando a queda total da alíquota prevista estará concluída, a perda de arrecadação do IRPJ foi estimada no estudo em R$ 95 bilhões (menor um pouco do que a estimativa do governo; veja ao lado). Segundo o economista Daniel Duque, chefe da área de inteligência técnica do CLP, mesmo que as empresas estejam com mais R$ 95 bilhões por ano em caixa, não há garantia de que investirão mais. Mas, observa ele, com a taxação de dividendos, a queda no IRPJ tende a levar, de fato, a maiores investimentos privados, ao desestimular a divisão dos lucros com os acionistas

As simulações foram feitas considerando a hipótese de que pelo menos 20% dos R$ 95 bilhões de incremento de caixa nas empresas seriam redirecionados para investimentos, em razão do estímulo à retenção de lucros pela nova taxação. Com esse movimento, o investimento privado aumentaria cerca de 2 pontos, passando de 13,8% para 14% do Produto Interno Bruto (PIB). Haveria também um aumento de R$ 34 bilhões na arrecadação, o que neutralizaria o impacto da reforma.

O cálculo de 20% teve como base comportamento das empresas depois de um dos maiores aumentos na alíquota do imposto sobre dividendos no mundo – na França, em 2013, de 15,5% para 46%. Na época, as empresas francesas afetadas pela mudança reduziram substancialmente os pagamentos de dividendos, o que levou a maiores investimentos e vendas.

Para cada aumento de 1% na taxa de imposto sobre dividendos, os empresários franceses aumentaram seu investimento em 0,4%. O aumento no investimento e a expansão do crédito ajudaram as empresas a crescerem mais rapidamente.

MACHISMO NO AUTOMOBILISMO

O relator Celso Sabino considerou importante o resultado do estudo. ‘Quando as pessoas entenderem que projeto vai significar, não será só a Bolsa de Valores que vai bater recordes, mas o ânimo dos empreendedores vai revigorar’, disse.

Ressalvas

O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, afirmou na sexta-feira, 23, que, apesar de a arrecadação estar em alta, o governo não tem condições de abrir mão de receitas de ‘forma livre’ na reforma tributária. ‘As receitas devem continuar se recuperando, com crescimento da economia e mudanças de composição da arrecadação. As pessoas em casa passaram a comprar mais pela internet, que são bases mais fáceis de acompanhar para a tributação. E, se podemos discutir a redução da carga tributária agora, é porque a despesa está controlada’, afirmou ele.

O relator da reforma do Imposto de Renda, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), já adiantou que seu texto deve trazer uma perda de R$ 30 bilhões em arrecadação, já com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bittencourt considerou que a reforma do IR ainda está em aberto, com muito para se discutir. ‘Não temos jamais total liberdade para perder arrecadação. Temos de manter a preocupação com a consolidação fiscal. Estamos entregando melhores resultados fiscais, mas esses números não podem deixar a gente relaxar’, completou.

Na sexta, o governo anunciou que a perspectiva é que as contas públicas voltem para o azul entre 2023 e 2024 – antes, a previsão era 2025 e 2026. Para ele, a melhora nas projeções para a arrecadação em 2021 vem muito mais do crescimento do PIB do que da inflação. ‘Tivemos uma melhora na receita devido a essa composição de mais crescimento e um pouco mais de inflação, enquanto na despesa foi possível cortar alguns gastos sujeitos ao teto (regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação) para abrir espaço.’ As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Diário da Manhã

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