Atlhetica Nutrition busca expansão em farmácias regionais

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O diretor comercial Jefferson Silva aposta em inovação e collabs / Foto: Divulgação

Especializada na produção de suplementos alimentares, a Atlhetica Nutrition completa 25 anos com foco no aumento da positivação de PDVs. E a entrada em farmácias regionais tornou-se a prioridade nos planos de crescimento da fabricante.

Atualmente, o varejo farmacêutico responde por 30% do volume de negócios da companhia e o setor é visto como estratégico para incrementar a receita em 45%. Com cerca de 300 SKUs, a marca está presente em 15 mil farmácias, incluindo 100% das unidades da RD Saúde e 80% das lojas do Grupo DPSP.

“O projeto que temos desenvolvido ao longo dos anos no grande varejo acabou servindo de vitrine, nos referenciando para outros empresários do canal farma como um caso de sucesso”, enfatiza o diretor comercial Jefferson Silva. O executivo também se ampara no potencial do mercado de suplementos no país.

De acordo com projeções da Future Market Insights, o segmento deve alcançar R$ 1,5 bilhão em vendas neste ano.

Entre 2023 e 2024, a Atlhetica Nutrition bateu a marca de 1 milhão de snacks comercializados na RD Saúde, o que a credencia entre as três maiores empresas do segmento com atuação em drogarias. Com essa expertise adquirida nas redes de maior porte, a ideia é replicar o modelo junto às associativistas e independentes, mas adequando o mix segundo a necessidade de cada farmácia.

“Nesses nichos, a reposição tem uma relevância ainda maior para o negócio, o que exige trabalharmos com pedidos menores e mais atrativos. Para respaldar essa operação, temos planos de desenvolver centros de distribuição regionais e parcerias que dinamizem as operações logísticas”, ressalta Silva.

Atlhetica Nutrition investe em inovação e collabs 

Com olhos voltados para a inovação, a Atlhetica Nutrition é uma empresa 100% nacional e familiar. Tem como carros-chefes os mais de 20 sabores que compõem o portfólio da linha Best Whey, como panetone, brigadeiro e doce de leite.

E seguindo a tendência das collabs, a companhia comemora o sucesso das vendas do Best Whey Toddy em parceria com a PepsiCo. “Foi uma chance ímpar de unir a nossa marca com a segunda maior empresa de alimentos do mundo, que acumula mais de 90 anos de tradição no mercado”, comenta.

Segundo ele, a parceria atesta a qualidade dos produtos e a capacidade da companhia de sustentar uma parceria de tal magnitude, abrindo as portas para outros projetos. “Um exemplo é a criação do Best Whey Dadinho, o famoso doce de amendoim que desperta a memória afetiva do consumidor”, pontua.

A aposta nos sabores e produtos diferenciados localizados no checkout das lojas visa a chamar a atenção para o consumo de suplementos e alimentos saudáveis. É o caso de snacks como o Best Whey Protein Ball, que se tornou o produto mais vendido do gênero na Drogaria São Paulo, pela sua capacidade de entregar sabor mantendo uma alta concentração de proteína. Um dos principais projetos para 2025, inclusive, será uma collab voltada para a linha de bebidas energéticas.

A ampliação do portfólio é sustentada pela planta de Matão, no interior paulista. A fábrica conta com 75 mil metros quadrados de área, que concentra 95% da produção. “E já temos reservado um terreno adicional de 20 mil metros quadrados para expansão da capacidade”, antecipa.

Ações de trade 

Entre as ações realizadas no PDV, a Atlhetica Nutrition promove treinamentos e eventos de degustação para estimular a venda por impulso e indulgência. “Estamos organizando um projeto de trade marketing para trabalhar melhor as pontas de gôndola e o planograma da loja, com a presença de promotores para cuidar do posicionamento das nossas linhas”, acrescenta.

Outra frente de atuação é a oferta de kits de whey com creatina, que facilita a venda para o consumidor e contribui para aumentar o tíquete médio. Para uma melhor visualização dos produtos na farmácia, a empresa desenvolveu embalagens de 450 gramas, menores que os potes tradicionalmente comercializados em lojas especializadas.

ATHLETICA NUTRITION
Fundação: 2000
Sede: planta de 75 mil metros quadrados em Matão (SP)
Escritório comercial: Vila Olímpia, zona sul de São Paulo (SP)
Capilaridade: presença em 8 mil PDVs especializados e 15 mil farmácias
Número de SKUs: 300

Colômbia discute implementação de distância mínima entre farmácias

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distância mínima entre farmácias
Debate contrapõe liberdade e sustentabilidade do setor – Foto: Canva

O varejo farmacêutico da Colômbia está debatendo a volta de uma lei que regula a distância mínima entre farmácias no país. As normas, que já existem há anos, determinam que apenas um PDV possa atuar a cada 75 metros. As informações são do portal America Malls & Retail.

A questão voltou a pautar discussões depois que a Corte Constitucional do país confirmou que as regras devem ser aplicadas em todo o território colombiano, decisão que desagradou as grandes varejistas e contou com o apoio de organizações como a Asocoldro (Asociación Colombiana de Droguistas y Detallistas). O principal intuito é evitar o acúmulo de drogarias, combatendo os monopólios e possibilitando uma concorrência mais justa.

“A lei é uma medida de planejamento territorial que busca equilibrar a oferta de serviços farmacêuticos no país”, afirma um trecho da decisão oficial da corte.

Distância mínima entre farmácias: confira os principais argumentos

Grande apoiadora da legislação, a Asocoldro associa o sucesso do texto à garantia do acesso equitativo da população aos medicamentos, além da preservação da diversidade no segmento.

“As farmácias cumprem uma função social e não podem ser reduzidas a meras concorrentes numa guerra de preços. As regulamentações são necessárias para evitar o deslocamento de pequenas empresas que atendem comunidades há décadas”, explica Greison Camargo, diretor jurídico da associação.

Na posição contrária estão as grandes varejistas presentes no país, com destaque para a Farmatodo e a para a rede mexicana Dr. Simi, que classificou a norma como “obsoleta”. Na visão delas a legislação limita a livre concorrência do mercado e restringe a capacidade de expansão das empresas, prejudicando não apenas os consumidores, mas também a população em geral, que poderia se beneficiar com a abertura de vagas de emprego.

Solução de retail media da RD Saúde vira case em evento

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Solução de retail media
Solução opera em 15 canais diferentes, além das telas instaladas em loja / Foto: Reprodução Mercado & Consumo

A solução de retail media da RD Saúde, a Impulso, foi um dos cases de sucesso apresentados no Retail Innovations 2025, estudo realizado pelo Grupo Ebeltoft. A ferramenta utiliza os dados dos 46 milhões de clientes cadastrados para oferecer publicidade assertiva a seus perfis. As informações são do Mercado & Consumo.

Além das telas digitais instaladas nas farmácias do grupo, Drogasil e Raia, a Impulso também opera em outros 15 canais, como mídia programática, e-mail marketing e SMS, por exemplo. Além disso, a plataforma expandiu em mais de 50% o número de telas, de 6 mil para 10 mil, por meio da aquisição da E-Loopz.

“A Impulso exemplifica a inovação em retail media, mostrando como os varejistas estão diversificando seus modelos de negócios e monetização de ativos além do varejo tradicional”, afirma o estudo.

Solução de retail media maximiza resultados da RD Saúde no setor 

O reconhecimento recebido pela Impulso pode intensificar os resultados da RD Saúde em retail media. E esse é um mercado cuja expectativa era movimentar US$ 2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) na América Latina em 2024.

Quem afirma é a consultoria eMarketr, a partir de estudo organizado pela Newtail. A empresa de pesquisa de mercado também estima que, até 2028, esse montante chegue a US$ 5 bilhões (R$ 28,5 bilhões).

Em 2023, essa modalidade abocanhou R$ 2,6 bilhões, algo em torno de 8% do total investido em publicidade no país. E o varejo farmacêutico é um dos setores mais pujantes nessa inciativa.

Novo protocolo digital da Anvisa entrará em vigor em 13 de março

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protocolo digital da Anvisa
Iniciativa promete maior agilidade durante o trâmite de documentos – Foto: Canva

O novo protocolo digital da Anvisa foi anunciado na última sexta-feira, dia 14. As  regras e recomendações fazem parte da RDC 947, de 12/12/2024, que passa a valer oficialmente a partir de 13 de março. O texto prevê que todos os documentos terão que ser protocolados de forma eletrônica, ou seja, não serão mais aceitos documentos em papel.

A medida visa tornar mais ágeis a análise processual e a resposta ao cidadão, bem como eliminar custos com digitalização e guarda de documentos em arquivos físicos. Além disso, os documentos nato-digitais (aqueles que já são criados em meio eletrônico) ou digitalizados terão a garantia de integridade, de autoria e de autenticidade, mediante utilização de assinatura eletrônica.

Entre os tipos de assinatura digital aceitas estão a digital qualificada, com certificado digital no padrão de Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil; e a digital avançada, realizada por meio do portal Gov.Br ou outro que venha a substituí-lo.

Novo protocolo digital da Anvisa é resposta a críticas

 A constante busca por melhorias e otimizações em seus processos é parte de uma série de ações da autarquia em resposta ao setor farmacêutico e ao próprio governo, que cobraram por diversas vezes nos últimos anos mais agilidade da agência.

Comitê debate o transporte aéreo de medicamentos

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Transporte aéreo de medicamentos
Modal é considerado essencial para transporte rápido dos fármacos / Foto: Freepik

Realizada na última quinta-feira, dia 13, a primeira reunião de 2025 do Comitê de Logística Farmacêutica teve como um de seus principais temas o transporte aéreo de medicamentos. As informações são da Abralog.

A farmacêutica responsável técnica da Unicargo, Alice Lucena, apresentou a palestra Logística Aérea de Medicamentos – Desafios do Transporte. Na ocasião, a especialista ressaltou que o modal se destaca por sua agilidade, mas sofre pela ausência de regulamentação.

Barreiras documentais ainda travam transporte aéreo de medicamentos 

Alice também observou que a falta de regulamentação específica gera barreiras fiscais e documentais para esse transporte. Segundo a farmacêutica, são frequentes os problemas com a liberação da carga e retenção de produtos, o que impacta significativamente nos prazos de entrega.

Outro grande entrave é a estabilidade dos itens ante às drásticas mudanças de temperatura nos porões de aeronaves. A especialista aponta que, com tamanhas variações, é necessário o monitoramento contínuo, assim como a adequação dos processos logísticos.

Operações das Drogarias Bom Preço têm novo diretor

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Drogarias Bom Preço, João Viana
Foto: Acervo pessoal

João Viana é o novo diretor de operações das Drogarias Bom Preço, rede varejista amazonense. Com pouco menos de um ano na empresa, o executivo se destacou no cargo de gerente de operações e garantiu sua promoção para a nova colocação.

Bacharel em economia e gestão empresarial pela UNINTER, Viana acumulou experiências no mercado ao atuar como gerente de expansão na Brasil Pharma e na RD Saúde.

Contato: Joao.viana@bomprecodrogaria.com.br

Cinco tendências devem reger o e-commerce farmacêutico

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E-COMMERCE FARMACÊUTICO
Foto: Divulgação

O e-commerce  farmacêutico promete ser um dos motores do crescimento das vendas online em 2025. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta aumento de 10% no volume de transações do gênero no varejo, atingindo a marca de R$ 224,7 bilhões.

“O e-commerce se consolidou como um canal de vendas essencial após a pandemia da Covid-19, com algumas redes alcançando até 20% de participação. Além de ampliar a abrangência dos varejistas, ele potencializa a jornada de consumo. No entanto, muitas farmácias de médio e pequeno porte ainda negligenciam esse canal, principalmente por falta de conhecimento sobre sua implementação e benefícios”, alerta Gabriel Ribeiro, CEO da  Voái Commerce.

Para a farmácia que busca desenvolver um canal de vendas online ou implementar melhorias na plataforma já existente, o executivo elenca cinco tendências que moverão o e-commerce em 2025.

Confira as cinco tendências para e-commerce farmacêutico

1 – Entrega Ultra Rápida

Atualmente, o tempo de entrega é um dos fatores mais decisivos para o sucesso das vendas no e-commerce. Embora muitas farmácias já operem com um tempo médio de 45 minutos, esse prazo ainda pode ser longo para quem precisa de um medicamento com urgência, como uma mãe com um filho febril ou alguém com dor intensa.

“Por isso, desenvolvemos a entrega ultra rápida, reduzindo o tempo para menos de 30 minutos. Para atingir essa meta, criamos um novo aplicativo de separação e uma torre de controle capaz de informar e gerenciar a entrega, acionando os motoboys de forma mais eficiente”, explica.

2 – Conteúdo educativo confiável

As farmácias contam com uma verdadeira tropa de farmacêuticos dentro de suas unidades, mas muitas ainda não aproveitam esse conhecimento no ambiente digital. “Esses profissionais poderiam atuar como pontos de referência, oferecendo orientação sobre o uso correto de medicamentos, além de compartilhar dicas de saúde e prevenção”, afirma Ribeiro.

Segundo ele, a própria inteligência artificial pode auxiliar esses profissionais, simplificando processos e ajudando a enriquecer os conteúdos assinados por esses especialistas, tornando a informação mais acessível e confiável.

3 – Hiperpersonalização

Imagine uma cliente que, por anos, comprou anticoncepcionais e, recentemente, passou a adquirir testes de gravidez e vitaminas. A hiperpersonalização reconhece essa mudança e, em vez de sugerir os mesmos produtos, começa a recomendar óleos corporais, cremes antiestrias e suplementos para gestantes, ajustando-se às novas necessidades dessa fase.

“Além disso, a inteligência artificial pode personalizar a experiência, sugerindo conteúdos sobre cuidados na gravidez e, após o nascimento do bebê, indicando produtos como fraldas, leites e pomadas para assaduras, tornando a farmácia uma parceira essencial nessa jornada”, exemplifica.

4 – IA potencializa a gestão do e-commerce

A maior dificuldade das redes médias e pequenas é a gestão eficiente de uma plataforma de e-commerce. “Com o uso da BIA, a nossa inteligência artificial, é possível otimizar a operação, automatizando processos como a criação de conteúdos para blogs, o cadastro de produtos otimizado com SEO e o desenvolvimento de banners promocionais, tornando a gestão mais ágil e eficaz”, afirma o CEO. “O objetivo é enriquecer a plataforma com um ótimo conteúdo, capaz de atrair a atenção do consumidor e facilitar a jornada de compra”.

5 – Live commerce 

Tendência mundial que ainda está em fase inicial no Brasil, o live commerce apresenta um enorme potencial para impulsionar as vendas no varejo farmacêutico. “Um exemplo marcante foi a ação das Farmácias Nissei com a Cimed, para divulgação do Kit Carmed. O hidratante labial bateu recorde de vendas durante a live realizada pela rede”, explica.

No entanto, para obter resultados consistentes, é essencial manter recorrência nas transmissões, criando uma agenda semanal para apresentar novidades e temas interessantes, estratégia já consolidada entre influenciadores e grandes marcas.

Foco em redes médias e pequeno varejo

A Voái Commerce nasceu como um spin-off da curitibana Inteliger Consultoria, especializada em análise de negócios e inovação. Seu grande diferencial é ser a única plataforma totalmente especializada no varejo farmacêutico, oferecendo módulos específicos como integração com PBMs, venda de medicamentos controlados e todas as regras regulatórias necessárias para um e-commerce de farmácia.

Esse know-how é resultado de mais de oito anos de experiência junto a grandes redes do Brasil, como Farmácias Nissei, Farmácias São João e Farmácias Permanente, consolidando a companhia como uma solução especializada e de alto desempenho para o setor.”

“Com um crescimento de 22% em 2024, a Voái Commerce busca se consolidar como a principal plataforma de e-commerce para o varejo farmacêutico, neste ano com foco especial em redes de médio e pequeno porte. Para isso, desenvolvemos uma solução mais acessível e intuitiva, permitindo que farmácias menores possam concorrer em igualdade com as grandes redes”, finaliza.

AMC Distribuição mira saudabilidade para crescer 30%

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O fundador Alexandre Cunha mira esforços num mercado avaliado em R$ 2,6 bi | Foto: Divulgação

A AMC Distribuição e Logística investe suas fichas no mercado de saudabilidade para avançar nas farmácias brasileiras. Além de incrementar a rede de fabricantes parceiros, a empresa aposta na ampliação da estrutura de armazenanento.

Desde outubro de 2024, a empresa mudou-se para um CD com maior capacidade no município de Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo e com localização estratégica nas proximidades do Rodoanel. O complexo tem 5 mil m². A meta da companhia é crescer 30% este ano, alcançando uma receita de R$ 70 milhões.

A distribuidora mira esforços em uma categoria que pode movimentar US$ 452,93 milhões (R$ 2,6 bilhões) até 2027, de acordo com a empresa canadense de pesquisa de mercado Technavio. Com 23 anos de atuação, a AMC inclui em seu escopo não apenas a distribuição, como também os serviços de representação e consultoria para conectar a indústria de saudabilidade à farmácia.

“Muito além da operação logística, estruturamos todo o planejamento para garantir que a categoria tenha relevância e exposição no PDV, gerando valor agregado para o varejista e expandindo os horizontes de atuação dos fabricantes”, ressalta o fundador Alexandre Cunha.

“Temos clientes para os quais administramos os pedidos e também estabelecemos negociações diretas com a farmácia, realizando um trabalho educativo junto aos gestores e balconistas”, acrescenta o executivo. Para sustentar esse objetivo, a AMC constituiu um portfólio de marcas renomadas, a exemplo da Apis Flora, pioneira na categoria de apiterápicos; a Atlhetica Nutrition, especializada em suplementos; e a Chá Leão, com sua linha de infusões.

No início deste ano foram incorporadas ao portfólio as coberturas, caldas e snacks sem adição de açúcares da Mr Taste; e a linha de adoçantes Stevita, da SteviaFarma. “No caso desta última, acabamos de assinar um contrato de exclusividade para o canal farma, o que deve adicionar 10% à nossa receita”, enfatiza.

Já a Mr Taste representa uma oportunidade de incremento na cesta, por ainda não estar presente no varejo farmacêutico e atrair diferentes perfis de consumidor, desde o paciente diabético até o shopper ávido por itens semelhantes aos da pasta de amendoim.

AMC Distribuição quer incentivar saudabilidade no associativismo

A AMC Distribuição já está presente em 100% das varejistas associadas à Abrafarma que atuam no estado de São Paulo, além de redes como a Coop. O próximo passo é incentivar a consolidação da categoria no associativismo. “Estudos de mercado que encomendamos indicam que esse nicho de farmácias tem potencial para elevar em mais de 20% o faturamento com a aposta em produtos saudáveis”, avalia.

Antiga farmácia portuguesa preserva relíquias aos 113 anos

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Foto: Reprodução site Municipio de Vila Viçosa

Uma antiga farmácia portuguesa ganhou notoriedade ao desempenhar papel fundamental durante a Gripe Espanhola, firmando-se como principal polo produtor de medicamentos para atender às vítimas da epidemia no país.  Fundada há 113 anos, a Farmácia Monte, situada na região de Vila Viçosa (Distrito de Évora), tornou-se em 2022 um museu com acervo invejável.

Por meio de frascos e utensílios organizados de forma criteriosa nas estantes e armários, o local recria, de maneira impressionante, o ambiente onde eram dispensados os medicamentos no início do século 20.

A intensa frequência de visitantes no espaço estimula o município português a investir em parcerias com a Associação Nacional de Farmácia, o Museu da Farmácia e a Ordem dos Farmacêuticos, entre outras entidades do segmento. O objetivo é fortalecer a divulgação do museu como patrimônio cultural do país e do varejo farmacêutico.

A origem da histórica farmácia portuguesa

Criada em 1912, a antiga farmácia portuguesa foi fruto do sonho empreendedor de António Vítor do Monte. O farmacêutico autodidata obteve da Universidade de Coimbra a chancela para atuar na área após se submeter a uma série de provas mesmo sem ter formação acadêmica tradicional.

Com amplo conhecimento prático, ele ergueu no espaço um laboratório de manipulação e formou uma linha industrial de fabricação de comprimidos, xaropes e injetáveis. Incentivado, chegou a construir, abaixo do imóvel, uma cisterna para captação de água da chuva – considerada, à época, um valioso ingrediente para viabilizar a produção de agentes terapêuticos. A frascaria para armazenar seu portfólio foi adquirida diretamente da Alemanha.

Visionário, o fundador sempre demonstrou zelo especial com a preservação do estabelecimento e do acervo. “Ao percebermos que tínhamos uma coleção tão valiosa no aspecto histórico, decidimos cultivar esse legado para que todas as pessoas pudessem apreciar e conhecer o ofício do profissional de farmácia”, afirma o filho Victor Monte.

O museu reproduz uma típica farmácia de aldeia, exatamente como funcionava há mais de 100 anos. Não à toa, tornou-se uma das melhores coleções artísticas de Portugal na visão de especialistas.

Estudo avalia rumos do mercado de biossimilares em 2025

MERCADO DE BIOSSIMILARESBiossimilares, medicamentos, indústria farmacêutica
Apesar da chegada de novos players, especialistas ainda veem lacunas na oferta de novos tratamentos / Foto: Freepik

O portal norte-americano Pharma Boardroom elencou as principais tendências que moverão o mercado de biossimilares em 2025. Na visão da publicação, quatro serão os principais pontos de atenção para os líderes da indústria farmacêutica.

O primeiro e mais profundo impacto é a onda de expirações de patentes nos próximos dois anos, que mudará a dinâmica do setor. A Europa continuará a ser referência na pesquisa e desenvolvimento da categoria, mas a Ásia promete ganhar representatividade nesse segmento, com destaque para a Coreia do Sul.

No entanto, embora os avanços sejam inegáveis, especialistas ainda enxergam uma série de lacunas na oferta diversificada e acessível de tratamentos à base desses fármacos.

As 4 tendências que ditam os rumos do mercado de biossimilares 

Liderança europeia

Mais de 50% da demanda no mercado de biossimilares está concentrada na Europa. Esse gênero de remédios se mantém como opção mais conveniente para o canal hospitalar do continente, em função dos 15 a 35% menores em relação a outros medicamentos de especialidades.

Duas características contribuem para sustentar essa liderança. O tempo de atuação nesse segmento faz a indústria farmacêutica europeia acumular know-how e aparato tecnológico. Além disso, a concorrência de outros países recorre às companhias do continente para ingressar nesse mercado e navegar no complexo cenário regulatório. Entre 2014 e 2024, alianças estratégicas com fabricantes do Velho Mundo foram responsáveis ​​por 45% de todas as aprovações de biossimilares na Europa.

Coreia do Sul quer protagonismo 

Se o consumo está concentrado na Europa, a inovação tem na Ásia seu principal epicentro. Nesse cenário destacam-se a Índia e, principalmente, a Coreia do Sul. De 2022 a 2024, 11% dos biossimilares aprovados pela agência reguladora europeia, a EMA, vieram desses países. A expectativa da publicação é que a tendência de avanço permaneça em 2025.

O mercado sul-coreano de biossimilares é avaliado em US$ 177 milhões (cerca de R$ 1 bilhão). Com apoio governamental e investimentos próprios, trabalha com a projeção de expansão de 20% a 30%. O estudo elenca 15 empresas do país que atuam no setor. Ao todo, 24 biossimilares produzidos por indústrias do país já foram aprovados internacionalmente e outros cinco estão em fase de pré-registro.

Fim das patentes no futuro… 

Com uma onda de fim de patentes no horizonte, o mercado de medicamentos biossimilares pode passar por transformações sem precedentes. De acordo com a consultoria Medicines for Europe, as oportunidades geradas nos próximos cinco anos serão oito vezes maiores do que as registradas entre 2012 e 2014.

Até 2030, 187 patentes de produtos biológicos, sendo 69 na Europa e 118 nos Estados Unidos, chegarão ao fim.

… poucas opções no presente

Apesar do campo aberto para oportunidades, talvez ainda não haja tantos players capacitados para aproveitá-las. Segundo a consultoria, apenas 29% das moléculas próximas de perder exclusividade na Europa têm versões mais acessíveis em desenvolvimento.

Uma das hipóteses para esse panorama é a viabilidade comercial. Os biológicos fora de patente ainda não são grandes geradores de receita e hoje adicionam menos de € 500 milhões anuais (cerca de R$ 3 bilhões) aos cofres de suas fabricantes.

Apesar de a cifra parecer alta, os custos para o desenvolvimento são proporcionais e variam de US$ 100 milhões a US$ 300 milhões (cerca de R$ 577,8 milhões a R$ 1,7 bilhão). Além disso, diferentemente dos genéricos tradicionais, não há certeza de ganho de mercado na categoria, que é menos competitiva.