A ansiedade é uma questão de saúde mental cada vez mais relevante em todo o mundo, e o Brasil não está imune a essa tendência preocupante. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o ranking global de prevalência de transtornos de ansiedade, com 26,8% da população brasileira recebendo diagnóstico médico para esse distúrbio.
Os números destacam ainda mais essa realidade alarmante: um terço dos brasileiros mais jovens, entre 18 e 24 anos, enfrenta ansiedade, sendo essa faixa etária a mais afetada. Além disso, cerca de 12,7% relatam diagnóstico médico para depressão, com maiores prevalências entre mulheres e na região Sul do país.
O que é uma crise de ansiedade?
A ansiedade é uma emoção universal, uma parte natural da experiência humana que todos enfrentamos em algum momento da vida. Desde a espera por uma resposta importante até a antecipação de uma notícia significativa, diversas situações podem despertar essa sensação de inquietação e alerta em nosso organismo.
No entanto, quando esses sentimentos se tornam excessivos e começam a interferir nas atividades diárias, pode indicar a presença de uma crise de ansiedade. Nesse estágio, os mecanismos que regulam a resposta emocional ao estresse podem entrar em desequilíbrio, resultando em reações físicas e emocionais indesejadas.
Indivíduos que sofrem de ansiedade frequentemente experimentam sintomas como agitação, dificuldade para dormir, falta de concentração, preocupação excessiva e pensamentos intrusivos, que geralmente se concentram em uma preocupação específica.
Como identificar a chegada de uma crise?
Identificar uma crise de ansiedade pode ser desafiador, especialmente se for a primeira vez que você experimenta esses sinais e ainda não recebeu um diagnóstico formal. É comum que eles sejam confundidos com problemas cardíacos ou outras condições médicas semelhantes.
No entanto, à medida que a crise se desenrola, torna-se mais evidente a presença de:
- Taquicardia
- Tremores
- Sudorese
- Falta de ar
- Tontura
- Enjoos
- Tensão muscular
- Calafrios ou sensação de calor
- Sentimentos de despersonalização
- Irrealidade ou medo persistente
É importante destacar que muitos dos sintomas de uma crise de ansiedade se assemelham aos de outro transtorno psicológico comum, especialmente em pessoas que enfrentam períodos prolongados de estresse: os ataques de pânico. No entanto, eles geralmente se distinguem pela intensidade e frequência dos sintomas.
Quais podem ser os gatilhos?
Quem lida com a ansiedade compreende que uma crise pode surgir a qualquer momento, independentemente do local ou horário. Esses episódios podem ocorrer em casa, no trabalho, ou mesmo ao ar livre. Identificar os gatilhos para essas crises pode ser desafiador, pois varia de pessoa para pessoa.
No entanto, é possível observar que as crises frequentemente estão relacionadas a situações de preocupação excessiva, onde o medo e a angústia em relação a eventos futuros ocupam um espaço significativo na vida da pessoa. Essas situações tendem a desencadear muitos dos sintomas já mencionados.
Durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19, o Brasil registrou um aumento de 25% nos casos de ansiedade, tornando-se o país mais ansioso do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O que pode ajudar durante uma crise?
Controle da respiração
Durante uma crise de ansiedade, a respiração desregulada é frequentemente um dos sintomas mais desconfortáveis, causando a sensação de falta de ar. Nesse sentido, restabelecer o ritmo natural da inspiração e expiração do ar pode ser fundamental para controlar o problema.
Uma técnica útil consiste em inspirar pelo nariz contando até quatro, e depois expirar pela boca durante oito segundos. Após a expiração, é recomendado esperar mais quatro segundos antes de repetir o exercício até sentir-se mais calmo. Ao colocar a mão sobre o peito, é possível perceber o movimento do diafragma, subindo e descendo.
Mudança de foco e distração
Outra característica comum durante uma crise de ansiedade é a hiperfocalização do pensamento em determinados aspectos, o que pode sobrecarregar a mente. Nesse sentido, buscar maneiras de desviar a atenção pode auxiliar na superação do episódio.
Cada pessoa pode ter sua própria estratégia para lidar com essa sobrecarga mental. Algumas sugestões incluem conversar com alguém de confiança, imaginar-se em um local agradável, recordar atividades prazerosas, ou mesmo realizar uma contagem de 1 a 10 repetidas vezes para acalmar a mente.
Relaxamento muscular
A tensão muscular resultante da contração involuntária dos músculos durante uma crise de ansiedade pode aumentar o desconforto. Por isso, é útil praticar pequenos alongamentos, combinados com o controle da respiração.
Uso de fitoterápicos
Uma boa dica para auxiliar nos sintomas, por exemplo, é o Fiquezen, um fitoterápico que é indicado para o tratamento de ansiedade leve, como estados de irritabilidade, agitação nervosa e tratamento de insônia.
Caso os sintomas persistam ou não melhorem com a medicação, é recomendável buscar orientação de um profissional de saúde para reavaliar o quadro.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.