O cliente oculto como trunfo para a jornada de consumo

CLIENTE OCULTOFarmácias, jornada de consumo orientação empresarial
Foto: Canva

Apostar no cliente oculto pode ser uma saída interessante para a tão sonhada excelência na jornada de consumo. Largamente utilizada por grandes corporações, a estratégia ganha ainda relevância em um setor com concorrência acirrada e shoppers exigentes.

“A avaliação do atendimento prestado aos clientes permite entender, de forma mais direta, como oferecer uma experiência que atenda aos desejos, preferências e comportamentos dos consumidores”, explica Haroldo Matsumoto, especialista em marketing e gestão e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa.

 

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Segundo ele, a aplicação periódica dessa tática é uma maneira inteligente de promover transformações importantes nos negócios. “Ao colocar o cliente oculto para interagir com os serviços ou produtos da empresa, a organização pode ter uma visão realista de como os shoppers percebem sua marca e qual a real qualidade de seu atendimento”, ressalta o especialista.

Cliente oculto ajuda a monitorar a concorrência

A partir dos relatórios gerados pelas análises do cliente oculto, a farmácia pode entender quais aspectos precisam ser melhorados, seja em relação ao atendimento, à navegação em plataformas de e-commerce ou até mesmo ao processo de entrega de produtos.

Para Matsumoto, o cliente oculto também pode visitar outros estabelecimentos farmacêuticos. “Isso pode fornecer insights valiosos sobre o que a concorrência está fazendo de certo ou errado, fato que permite que a empresa se ajuste e se posicione melhor no mercado”, acrescenta.

O que é e como implementar

O cliente oculto é, na prática, um profissional treinado para simular o interesse em adquirir um produto ou serviço da empresa, percorrendo toda a jornada como se fosse um consumidor real. “É claro que, por vivermos em uma realidade na qual ser omnichannel se tornou uma obrigação, essa estratégia pode ocorrer em diferentes canais, como lojas físicas e plataformas digitais”, explica Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil.

Para ele, os benefícios de implementar a metodologia do cliente oculto vão muito além da simples melhoria da satisfação do cliente. Por meio dos insights valiosos obtidos, as empresas podem:

  • Aprimorar o desempenho da equipe de vendas: o feedback revela oportunidades para treinar e desenvolver os colaboradores, aprimorando suas habilidades de comunicação, técnicas de atendimento e conhecimento dos produtos
  • Identificar pontos de melhoria e otimizar processos: a análise detalhada da jornada do cliente possibilita enxergar ineficiências nos processos internos, otimizando o fluxo de atendimento e reduzindo custos
  • Tomar decisões assertivas baseadas em dados: as informações coletadas fornecem uma base sólida para a elaboração de estratégias robustas e precisas, como o desenvolvimento de produtos que dialoguem com as preferências do consumidor

Embora a metodologia do cliente oculto seja altamente eficaz, é importante ressaltar alguns pontos importantes para garantir o sucesso da sua implementação. Em suma, os três principais são:

  • Contratar profissionais qualificados: a escolha de um profissional experiente e treinado na metodologia é fundamental para garantir a qualidade das informações coletadas e a precisão da análise
  • Recorrer a especialistas no tema: plataformas especializadas provêm tecnologia de ponta para conferir segurança e acurácia ao processo, além de equipes experientes para auxiliar na coleta e análise dos dados
  • Comunicação clara: por fim, é fundamental comunicar a todos os envolvidos na empresa sobre a realização do estudo, garantindo a transparência do processo e evitando mal-entendidos

Contratação de um C-Level acelera profissionalização

CONTRATAÇÃO DE UM C-LEVELC-Level, profissionalização, empresas familiares
Foto: Canva

A contratação de um C-Level pode representar um importante passo para pequenas e médias empresas, principalmente familiares, que buscam uma profissionalização de suas operações.

Esses executivos de alta performance estão aptos, inclusive, a conduzir processos de reestruturação de farmácias que, até então, funcionavam à base de processos mais simples e, muitas vezes, ineficientes.

 

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Na prática, o termo C-Level faz referência à palavra chief (chefe ou diretor, em português), presente no início de todas os cargos desse nível. Em geral, eles costumam ter uma boa carreira acadêmica, sólidas experiências na área de atuação e habilidades estratégicas para cargos de liderança, além de estarem em constante aperfeiçoamento.

Confira os exemplos mais comuns de executivos C-Level:

Chief Executive Officer (CEO) – A mais elevada posição da categoria é a de CEO, responsável por liderar toda a empresa, definir estratégias e supervisionar os outros executivos

Chief Operating Officer (COO) – Mais envolvido no dia a dia da operação, o COO é considerado braço direito do CEO, coordenando a execução do planejamento estratégico da companhia e acompanhando o desempenho da equipe em geral

Chief Financial Officer (CFO) – O diretor de finanças é responsável pela gestão de todos os recursos da empresa

Chief Marketing Officer (CMO) – Líder do departamento de marketing, se encarrega de comandar e impulsionar as ativações da marca no mercado, atraindo clientes e aumentando sua exposição

Chief Human Resources Officer (CHRO) – O diretor de recursos humanos cuida da gestão de todo o quadro de funcionários da companhia, ditando processos internos, zelando pelo equilíbrio do ambiente de trabalho e liderando os processos seletivos para novas contratações

Chief Technology Officer (CTO) – Líder do departamento de TI, o CTO responde por toda o departamento de inovação e infraestrutura tecnológica, lidando também com implementações de softwares para gerenciamento da operação e projetos de segurança cibernética

Fatores de atenção na contratação de um C-Level

O nível de impacto da contratação de um C-Level exige das farmácias um processo de recrutamento mais complexo e exigente. Agilidade de aprendizado, visão sistêmica, articulação e resiliência são algumas das características que devem ser observadas em um profissional desse escalão. Outro fator que pode dificultar essa procura é o convencimento dos profissionais de qualidade, que costumam já estar empregados em outras companhias.

“Para garantir que eles topem ingressar na sua empresa, é preciso ofertar um pacote vantajoso, não apenas em relação ao salário, mas também nos âmbitos da qualidade de vida, cultura organizacional e desenvolvimento de carreira”, afirma Mario Custódio, diretor associado da área de executive search da Robert Half no Brasil.

Essas posições também podem ser ocupadas por profissionais que já fazem parte da empresa, reforçando a importância da oferta de cursos e capacitações para a obtenção de novas habilidades. “Essa prática é uma importante forma de reter colaboradores, além de criar uma maior identificação com a companhia”, finaliza o executivo.

Tecnologia reduz custo com self-checkout nas farmácias

SELF-CHECKOUT NAS FARMÁCIASAutoatendimento, checkouts, feira da Abradilan, Conexão Farma, farmácias, varejo farmacêutico
Carlos Bueno Júnior destaca resultados com adoção da tecnologia nas lojas da CallFarma | Foto: Divulgação

O self-checkout nas farmácias, considerado um dos maiores gargalos do setor, motivou as empresas de tecnologia Aris e Pilot Self a se unirem no desenvolvimento de uma solução específica para autoatendimento. A inovação já foi adotada e comprovada, como projeto-piloto, em mais de 30 lojas da CallFarma, rede presente no Paraná.

Embora esteja se popularizando em diferentes segmentos do varejo, o self-checkout ainda “engatinha” no canal farma e a ideia das companhias é apresentar as vantagens da tecnologia na Farmácia do Futuro na Abradilan Conexão Farma, que acontecerá de 18 a 20 de março no Expo Center Norte (SP).

Além de agilizar o processo de compra, proporcionando mais autonomia e praticidade para o consumidor final, a adoção do tótem de autoatendimento ainda contribui para reduzir os custos com mão de obra em até 70%. “Não apenas é possível aprimorar a experiência do cliente, mas também otimizar os processos internos”, argumenta Carlos Bueno Júnior, CEO da Pilot Self e diretor da CallFarma.

Para o executivo, a solução tende a atenuar uma das maiores dores dos donos da farmácia – a formação das equipes, principalmente de operador de caixa, função historicamente associada à alta rotatividade.

“É muito comum o cliente ir a uma farmácia, conviver com fila na hora do pagamento e encontrar quatro caixas, mas com apenas uma pessoa efetivamente disponível para atendimento. E ao buscar na tecnologia uma alternativa para minimizar esse problema, percebemos que o caminho passava pela implementação de um equipamento”, declara.

Foi então que Bueno Junior resolveu criar sua própria solução, por  meio de um programa específico que reunisse tecnologia, acessibilidade e a melhor experiência para o cliente da farmácia. Enquanto a Aris disponibilizou o equipamento, a Pilot Self desenvolveu o software configurado para o canal farma.

Self-checkout nas farmácias otimiza espaço e reduz furtos

Um dos maiores desafios internos para aplicar o self-checkout nas farmácias foi convencer a rede de que os riscos de furtos seriam mínimos. “Partimos do princípio de que 99% dos nossos clientes são honestos, e os que não são roubam as mercadorias nas prateleiras sem passar pelo caixa. Mas para ter um indicador fiel desses números, ao longo de 2024 efetuamos inventários quinzenalmente nas primeiras lojas, antes e depois do autoatendimento, e não tivemos variações significativas no volume de desvios de mercadoria”, avalia Bueno Junior.

Para medicamentos de alto custo e produtos de maior valor agregado adquiridos no balcão, o controle é feito por um painel de pré-venda localizado nos caixas, que indicam a quantidade de itens disponibilizados na cesta do cliente. Nas farmácias que dispõem do equipamento de self-checkout, em média, 50% dos cupons emitidos são provenientes dos totens de autoatendimento. Na unidade de Ponta Grossa (PR), a rede contabilizou 56% do número total de cupons emitidos pelo equipamento.

Outra vantagem é que a disposição do equipamento não requer grandes espaços no PDV, podendo ocupar o lugar de caixas já existentes, encostado na parede ou no vidro.

A aquisição do self-checkout é feita por locação, a um custo mensal de R$ 1.580 por equipamento mais software. “O valor contempla consultoria e a implantação. Estima-se que as despesas para manter um operador de caixa em São Paulo, por exemplo, giram em torno de R$ 4.500 por mês, mais variáveis. Não significa que a função vai acabar. Mas com a ajuda da tecnologia, a gestão da farmácia ficará muito mais otimizada, na qual um operador de caixa se transforma em um atendente consultivo, com foco no cliente e, sozinho, consegue auxiliar até quatro self-checkouts em operação”, relata.

“Nosso objetivo é ser o parceiro ideal para os ERPs do mercado, pois nos tornamos especialistas nessa tecnologia”, finaliza o executivo, que antecipa os planos de trabalho em conjunto com as software houses para escalar a operação.

Governo estuda reduzir teto de preços de medicamentos

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Preços dos medicamentos
Objetivo seria diminuir a diferença entre o teto e o valor de venda praticado nas farmácias / Foto: Freepik

Às vésperas do tradicional reajuste dos remédios, o governo deve colocar em pauta a redução do teto para os preços de medicamentos. O objetivo seria reduzir a diferença entre o limite máximo de precificação e o valor praticado pelas farmácias, que conta com um desconto médio de 30%. As informações são do Valor Econômico.

A Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED), que fica sob o guarda-chuva da Anvisa, deve determinar uma diminuição não agressiva, para não interferir na política comercial do varejo farmacêutico. Mas a possibilidade preocupa o mercado.

Redução no teto dos preços de medicamentos preocupa o setor 

Fontes do mercado ouvidas pelo Panorama Farmacêutico se mostraram apreensivas com a possibilidade. “Se isso for implementado, irá dificultar a vida de muitas empresas, em especial aquelas com despesas atreladas ao faturamento”, afirmam.

Varejistas e indústrias concordam que a medida desincentiva a concorrência e será nociva para os varejistas regionais de pequeno ou micro porte, que representam 80% do varejo farmacêutico. Em paralelo, medicamentos que já têm um tíquete baixo podem se tornar ainda menos atrativos para as farmácias e fabricantes.

“A meu ver, se o preço diminui a margem em reais cai. Haverá pressão para mantê-la. Inicialmente, os grupos menores serão afetados e, no fim, vai acabar sendo repassado ao consumidor”, comenta o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Por meio de nota, a Interfarma alegou não ter conhecimento de nenhuma movimentação nesse sentido, mas alertou que “valores não adequadamente formados podem levar a indústria a deixar de lançar produtos, ou mesmo causar desabastecimento”.

“Se baixar o teto, 50 mil a 60 mil farmácias não sobrevivem. Muitas vivem do preço cheio e só dão desconto quando podem. É insustentável para elas venderem num preço menor”, afirma uma fonte ligada ao varejo farmacêutico.

Reajuste deve variar entre 2,5% a 5% 

Segundo estimativas de instituições financeiras, o reajuste de medicamentos deve ficar entre 2,5% a 5%, a depender da competitividade do produto. A média prevista é de 3,8%.

Assinam a previsão, divulgada em fevereiro, bancos como BTG, Citi, Goldman Sachs, Itaú BBA e XP. Caso seja confirmada, a taxa para o aumento atingirá duas marcas preocupantes para o mercado farmacêutico: o menor reajuste aprovado de 2018 para cá e a primeira vez em sete anos que o índice fica abaixo da inflação.

Grande rede de farmácias dos EUA deixa bolsa

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Venda sofreu reviravoltas durante os últimos meses – Foto: Divulgação

A venda da Walgreens, a maior rede de farmácias dos EUA, foi oficializada na última quinta-feira, dia 6, por meio de um comunicado emitido pela varejista. A companhia foi adquirida pela empresa de private equity Sycamore Partners, que pagou inicialmente US$ 11,45 (R$ 66,86) por ação, podendo subir o valor para US$ 14,45 (R$ 84,38) após o atingimento de metas. O montante atual representa um prêmio de 8% sobre preço de fechamento do papel no dia. As informações são do portal Brazil Journal.

O valor total da aquisição se aproxima dos US$ 10 bilhões (R$ 58,39 bilhões), montante que representa apenas 10% do ápice histórico da companhia na bolsa de valores americana, registrado há menos de 10 anos.

O acordo, que gerou desconfiança ao mercado pela existência de dívidas e obrigações de arrendamento que somam US$ 30 bilhões (R$ 175,18 bilhões), será finalizado ainda no terceiro trimestre deste ano e marcará a retirada da companhia da bolsa de valores. Durante os próximos 35 dias a companhia iniciará um período de go-shop, procurando uma oferta melhor para seus acionistas.

Declínio marca venda da segunda maior rede de farmácias dos EUA

Fora dos holofotes da bolsa e sem se preocupar com variações em suas ações e resultados trimestrais a companhia poderá focar em sua reestruturação, combatendo um mau momento que se arrasta por quase uma década.

A aquisição da rede britânica Boots em 2014 marcou o que pode ser considerado o ápice da Walgreens, quando buscava se tornar um conglomerado de assistência médica e contava com 12 mil lojas nos EUA, além de um valor de mercado de US$ 100 bilhões (R$ 583,95 bilhões).

O movimento foi na contramão dos concorrentes, que optaram por apostar no mercado de seguros e garantir margens melhores na comercialização de medicamentos controlados. O crescente movimento de compras online, principalmente nos segmentos de cosméticos e itens para casa também não auxiliou a empresa, que vinha fechando lojas e vendendo suas participações em negócios nos últimos anos.

Pharlab apresenta novas embalagens que unem design e funcionalidade

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Pharlab
Foto: Divulgação

A farmacêutica brasileira Pharlab que completa 25 anos neste mês de março, anuncia a modernização das embalagens de suas mais de 160 apresentações de medicamentos. A mudança contempla todos os formatos, desde cartucho, bisnaga, blíster e frasco, e possibilita identificar mais facilmente seu portfólio nas cerca de 80 mil farmácias onde a empresa está presente.

O novo layout combina elementos visuais, uma iconografia exclusiva e design que facilitam a visualização dos produtos. Além disso, proporciona uma melhor experiência ao consumidor, com apelo estético e funcionalidades que colaboram para a adesão correta ao tratamento.

“A embalagem é o principal ponto de contato com o paciente na loja física. Por isso repensamos todo o design para fortalecer a presença da marca e aprimorar o diálogo das farmácias com os clientes. Com informações mais claras, asseguramos maior visibilidade ao medicamento e fidelizamos o paciente”, explica Rachel Chamusca, gerente de marketing da Pharlab.

A transição para as novas embalagens começou em fevereiro e será implementada gradualmente nas farmácias. O destaque está na tabela posológica, com melhor organização das informações e uso correto do produto.

“Estamos reafirmando nosso compromisso com a saúde, fortalecendo a presença no varejo farmacêutico, indo além da eficácia dos nossos produtos, gerando atenção ao paciente e apoio na atenção farmacêutica, em conformidade com as indicações regulatórias. Nossa essência inovadora está presente em cada detalhe, inclusive na forma como entregamos nossos produtos”, conclui o gerente técnico Kerlon Pureza.

Distribuição: Sistema próprio de distribuição e parceria com distribuidoras regionais
Diretor comercial e de excelência comercial: Rafael Tavares – rafael.tavares@pharlab.com.br e (37) 99969-6708

Pharlab apresenta novas embalagens que unem design e funcionalidade QR CODE

Acionista dobra participação na Hypera Pharma

Hypera
Movimento visa proteger laboratório de investida hostil de concorrente / Foto: Divulgação

Para evitar novas ofertas de aquisição, a Votorantim SA ampliou sua participação na Hypera Pharma. Agora, a acionista detém 11% das ações da farmacêutica. As informações são do Valor Econômico.

Essa não é a primeira vez que um dos principais investidores do laboratório adota a estratégia. No passado recente, o fundador da companhia, João Alves de Queiroz Filho (Junior), aumentou sua participação acionária duas vezes.

Segundo formulário de referência da empresa divulgado no fim de fevereiro, a Votorantim detinha pouco mais de 5% dos papéis ordinários. De acordo com a carta do conglomerado industrial, a companhia irá “iniciar um diálogo com os atuais acionistas controladores da Hypera sobre seu eventual papel na governança”. O objetivo é chegar a uma possível participação no acordo de acionistas e a indicação de candidatos ao conselho de administração.

Novo acordo de acionista é articulado desde o começo do mês 

Ainda no último dia 5, Junior já se articulava para montar um novo acordo de acionistas na Hypera. Segundo informações da coluna Broadcast, o empresário debatia a possibilidade com a Votorantim e também com o fundo mexicano Maiorem.

Os três acionistas, juntos, detinham 47,1% do controle da farmacêutica e uniriam esforços no intuito de ampliar essa presença para mais de 50%. Com a fatia majoritária do negócio (garantida com a movimentação da Votorantim) e um novo acordo, o grupo passaria a votar em bloco matérias de interesse, reduzindo o apetite de potenciais compradores.

Hypera quer se blindar contra a EMS 

Os recentes aumentos de cotas dos acionistas da Hypera têm um motivo bem definido: frear qualquer pretensão da NC Farma – controladora da EMS – de unir os negócios.

No último mês de outubro, o Grupo NC enviou uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% da concorrente, o que foi considerado “hostil” pelo laboratório. O negócio previa o pagamento de R$ 30 por ação, o que representava um prêmio de 39% sobre o preço dos papéis na época.

O Conselho da companhia rejeitou a proposta, alegando que o portfólio de genéricos da pretendente não estaria “alinhado com os segmentos” estratégicos para seu negócio, além de destacar significativas diferenças na governança coorporativa de ambas as empresas.

O comunicado ao mercado também afirmou que a proposta foi feita “de forma não solicitada” e que subestimava o valor da Hypera.

Imprensa aponta conversa antiga, mas acelerada com queda de ações

Segundo apurações do Pipeline do Valor Econômico, ambas as farmacêuticas conversavam há meses sobre uma possível combinação de negócios. O ponto de atrito foi que, com a queda no preço das ações da segunda durante 2024, o empresário Carlos Sanchez, CEO da EMS, se adiantou ao fazer a proposta oficial. Apesar do entrave, o executivo “rival” ainda detém cerca de 5% da concorrente.

Eli Lilly prevê lançar Mounjaro no Brasil ainda em 2025

MONJAURO NO BRASIL,Monjauro, medicamento para emagrecer, Elil Lilly
Foto: Divulgação

A Eli Lilly aposta no lançamento do Mounjaro no Brasil como estratégia para alavancar as vendas do medicamento para diabetes, também utilizado de forma off label para o controle do peso. Em evento nesta segunda-feira, dia 10, um dos diretores da farmacêutica norte-americana revelou a projeção de iniciar as vendas no país no segundo semestre de 2025.

Ver também: Mounjaro nas farmácias já tem data definida em 2025

O objetivo é que o Mounjaro esteja disponível nos principais países emergentes do mundo, incluindo Índia e México. “O tamanho desse mercado é significativo. Estamos falando de 900 milhões de pacientes que poderiam se beneficiar do medicamento”, afirmou o diretor financeiro Lucas Montarce, em conferência para analistas e investidores durante a Leerink Partners Global Healthcare Conference.

Também conhecido como tirzepatida, o Mounjaro já é comercializado com a indicação para o tratamento do diabetes tipo 2 no mercado internacional. Já o Zepbound,  produzido com o mesmo princípio ativo, tem foco no tratamento da obesidade. No ano passado, a Eli Lilly havia promovido o lançamento na China, mas com estoque limitado. No entanto, ao ver o resultado da concorrente Novo Nordisk, que iniciou a comercialização do Wegovy em novembro, a farmacêutica projeta incrementar o volume disponível no gigante asiático.

Mounjaro no Brasil acompanha meta de até US$ 61 bi em vendas

O Mounjaro no Brasil pode ser determinante para a Eli Lilly cumprir sua ambiciosa meta de faturamento neste ano. A companhia prevê que o medicamento deve movimentar de US$ 58 bilhões (R$ 335 bilhões) a US$ 61 bilhões (R$ 353 bilhões) neste ano.

A faixa de preço do fármaco já teria até sido definido por autoridades brasileiras, conforme noticiado pelo Panorama Farmacêutico. Publicada em abril do ano passado, uma lista de reajuste nos preços dos medicamentos garantiu que, quando fosse comercializado no país, o Mounjaro poderia custar de R$ 1.677,10 a R$ 3.782,17, a depender da embalagem.

Desde 2020, os investimentos do laboratório para aumentar a produção do medicamento para diabetes tipo 2 ultrapassaram US$ 23 bilhões (R$ 133 bilhões), por meio das fábricas localizadas nos Estados Unidos e também na Espanha, Irlanda e Itália.

Eli Lilly mira faturamento trilionário

Apesar da concorrência da Novo Nordisk, a Eli Lilly acredita que poderá assumir a dianteira no mercado de medicamentos utilizados para o emagrecimento. Para tanto, sua aposta se concentra em alto volume de produção e remédios inovadores. Enquanto fortalece suas plantas produtivas com investimentos elevados, a farmacêutica também estuda novas opções de tratamento.

O valor de mercado da empresa aproxima-se de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,8 trilhões), de acordo com projeções de analistas consultados pelo Financial Times.

Pesquisa revela que 70% das empresas usam WhatsApp

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WhatsApp
Aplicativo tem mais de 147 milhões de usuários ativos só no Brasil / Foto: Freepik

O WhatsApp já é lugar comum no celular dos brasileiros, afinal, são mais de 147 milhões de usuários ativos só no país. Mas, segundo um estudo da RD Station, as empresas também estão abraçando mais e mais o aplicativo de mensagens instantâneas.

Segundo o Panorama de Marketing e Vendas 2024, da RD Station, 70% das empresas do Brasil usam a plataforma como parte de suas estratégias comercias e de relacionamento com os clientes. E essa é uma tecnologia que tem se mostrado democrática também.

Isso porque, não importa o porte do negócio, por ser gratuito, o app se faz presente. A diferença que pode ser notada diz respeito à forma como ele é usado.

WhatsApp poder manual ou automatizado 

Segundo a pesquisa, as empresas de maior porte já se utilizam de ferramentas de automação e recursos de IA para o manuseio do WhatsApp. Mas essa ainda não é uma realidade difundida.

Afinal, 45% das companhias enviam mensagens manualmente, seja de forma individual ou por meio de listas de transmissão. A prática, apesar de ter menos custos agregados, acaba limitando a capacidade de atendimentos.

Biomm fecha parceria para produção de insulina no Brasil

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Fármaco será distribuído no SUS – Foto: Canva

A farmacêutica Biomm anunciou que conseguiu autorização para produzir insulina no Brasil. A confirmação veio por meio de um retorno do Comitê Técnico de Avaliação em parceria com o Comitê Deliberativo das Propostas de Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que analisavam uma solicitação da empresa. As informações são do portal Dikajob.

O acordo envolve a farmacêutica brasileira, o Bio-Manguinhos (Fiocruz) e a Gan & Lee, maior produtora de insulina glargina da China, que será responsável pela transferência da tecnologia da potência asiática às unidades fabris das companhias brasileiras em Nova Lima (MG) e na região metropolitana de Fortaleza (CE), respectivamente.

Acordo abastecerá mercado de insulina no Brasil

A importação desses recursos possibilitará a produção da Insulina Glargina no país, que conta com mais de 20 milhões de diabéticos segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). O produto final será distribuído pelo SUS, como estipula o acordo assinado entre as partes e o Ministério da Saúde.