Varejista inicia parceria com Google para personalização de dados

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personalização de dados

Exemplo para reflexão do varejo farmacêutico. A Americanas S.A tornou-se a primeira varejista brasileira a firmar parceria com o Google Cloud, braço do Google especializado em tecnologia na nuvem. As informações são do Estadão Conteúdo.

Com o acordo inédito no país, a Americanas busca a personalização de dados para facilitar a jornada de compra dos consumidores. O objetivo é permitir que os clientes encontrem mais facilmente os produtos que desejam ou necessitam adquirir, recebendo recomendações customizadas da plataforma.

Por meio de recursos de inteligência artificial e machine learning, a varejista passará também a ter uma análise desses dados em tempo real.

“Somos uma multiplataforma de inovação tecnológica e atuamos de forma ágil, com análise de dados que sustentam nosso planejamento e antecipação de cenários para gerar a melhor experiência de consumo para todos os nossos clientes. Esta parceria estratégica com um player com tanta experiência em seu campo de atuação vai nos trazer ainda mais oportunidades, não só de eficiência, mas também de inovação em novos modelos de negócios“, pontuou Márcio Cruz, CEO de operações digitais da Americanas.

Personalização de dados ajudará também a prever demanda

As soluções em nuvem também possibilitarão à Americanas gerenciar seu estoque de maneira automatizada, com capacidade para prever demandas e otimizar a operação da cadeia de suprimentos. A estratégia garante ainda mais eficiência à chamada last mile, com gestão do planejamento de rotas dos operadores logísticos vinculados à varejista.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Zion investe no relacionamento médico

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relacionamento medico

O novo gestor de produtos e relacionamento médico da Zion MedPharma é Estevão Reis. Experiente no mercado de cannabis, o executivo vem de uma passagem de mais de três anos pela GreenCare Store.

Começou sua carreira como propagandista na Novartis, onde atuou de 2013 a 2018, nas áreas respiratória, de cardiologia, diabetes e trade marketing.

Formado em marketing pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, tem MBA em administração, negócios e marketing pela Universidade Cruzeiro do Sul.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

DUX Nutrition amplia elos com farmácias

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farmácias

A DUX Nutrition traz Armando Augusto Lima para o cargo de gerente nacional de vendas para farmácias. O executivo atuou por quase um ano como líder comercial e de trade marketing na A Feirita Distribuidora (BA).

São 20 anos de trajetória na área comercial de grandes players, entre os quais Coca-Cola, GSK, L’Oréal, Hypera Pharma, Netshoes e Santher.

Administrador de empresas pela FIB, tem MBA em gestão estratégica de marketing e vendas pela FGV e pós-graduação em gestão empresarial pela FAAP.

Contato: armando.lima@duxnutrition.com

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

DPSP planeja 200 novas lojas com R$ 450 milhões

DPSP

A DPSP, que detém as marcas Drogaria São Paulo e Pacheco, aposta em um ambicioso plano para expandir a capilaridade e se firmar como segunda maior rede do varejo farmacêutico nacional. Com recursos próprios de R$ 450 milhões, o grupo anuncia a meta de abrir quase 200 lojas em dois anos, mesmo sem recorrer a IPO ou a algum investidor estratégico.

O aporte em expansão já é R$ 100 milhões maior que o de 2021. A companhia deve fechar o ano com a abertura de 77 PDVs, incluindo a primeira unidade no Mato Grosso. É o nono estado onde a DPSP mantém operações. Os demais são Bahia, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Para 2023, o ritmo de inaugurações deve ser ainda mais intenso. O objetivo é ter 120 novas lojas. “Nossa empresa é bem lucrativa e gera um bom caixa, que é suficiente para um crescimento forte”, avaliou o CEO Jonas Laurindvicius, em entrevista ao O Estado de S. Paulo.

DPSP entre uma líder consolidada e uma em ritmo de aquisições

O executivo assumiu o comando do grupo há um ano com o claro objetivo de reverter a estagnação da empresa no grande varejo farmacêutico nacional. De acordo com a Abrafarma, a rede é a segunda maior do setor desde seu nascimento, em 2011, a partir da fusão entre São Paulo e Pacheco. Mas nos últimos três anos, a Raia Drogasil descolou-se ainda mais da concorrente e alcançou R$ 25 bilhões de faturamento no ano passado.

Ao mesmo tempo, as Farmácias Pague Menos ameaçam chegar à vice-liderança após a aquisição da Extrafarma. Com receita de R$ 12 bilhões, a DPSP espera atingir R$ 13 bilhões em 2022.

Com 1,4 mil PDVs – cerca de 900 da Drogaria São Paulo e 500 da Pacheco, Laurindvicius entende que o melhor caminho é consolidar a atuação nos estados onde já fincou bandeira. O executivo enxerga espaço para pelo menos 600 novas lojas nessas regiões.

A estreia no Mato Grosso, com quatro lojas da Drogaria São Paulo em Cuiabá, vem surpreendendo a companhia. O faturamento por loja no Estado já supera a média nacional de R$ 850 mil por mês. “Um estudo interno mostrou que ali havia uma oportunidade de entrada por conta da proximidade do centro de distribuição da empresa, em Goiás, o que garantiria fácil logística”, explica. Ainda este ano, outras cinco unidades deverão ser inauguradas.

Fonte: Redação Panorama Famacêutico

Bertolini quer ampliar sistemas de armazenagem no canal farma

sistemas de armazenagem

Especializada em sistemas de armazenagem para indústrias, distribuidoras e varejistas, a Bertolini quer dobrar a participação do canal farma no faturamento, que totalizou R$ 750 milhões em 2021.

A empresa projeta crescer 15% este ano de olho no desempenho do segundo semestre, período que tradicionalmente registra maior demanda por sistemas de armazenagem. O setor farmacêutico responde atualmente por 10% do volume de negócios e o objetivo é aumentar para 20%.

“Nos últimos anos, detectamos um aumento na procura de distribuidoras de medicamentos e redes de farmácias, muito em função da capilaridade e da necessidade de ter CDs espalhados pelo país para aumentar a agilidade na entrega”, ressalta Francisco Luis Bertolini Neto, diretor de negócios da Bertolini.

Segundo o executivo, a área de sistema de armazenagem responde por 45% dos negócios do grupo, consumindo em torno de 6 mil toneladas de aço por mês.

Sistemas de armazenagem customizados para o setor

A Bertolini repaginou sua linha de produtos e incrementou os processos de automação no desenvolvimento de projetos customizados para pequenas e médias redes e distribuidoras, com 5 mil a 10 mil SKUs e que atendam em média até 2 mil pedidos por dia.

“Fazemos um estudo da base de dados dos clientes, coletando informações de curva ABC, e desenvolvemos um projeto específico de armazenagem e automação. Prevemos, inclusive, o quanto a empresa conseguirá entregar com a modernização desse processo. Foi o que ocorreu com os últimos projetos entregues no setor farmacêutico e de saúde, para a distribuidora Medchap e para a Unimed Natal”, explica o diretor.

Já para projetos de grande porte, a Bertolini trabalha em parceria com empresas de automação consolidadas no mercado. É o caso da Knapp. “Estamos realizando vários projetos em conjunto com grandes redes como Farmácias São João, Panvel e RaiaDrogasil”, acrescenta. Na indústria farmacêutica, atende companhias como Aché, Abbott, GSK e Eurofarma, entre outras.

Atendimento ininterrupto

A unidade fabril da Bertolini está localizada na cidade de Colatina (ES), com 27 mil m² de área construída. Já o escritório administrativo fica em Bento Gonçalves (RS), matriz do Grupo. “Acabamos de assegurar recursos em torno de R$ 20 milhões para aumentar nossa base instalada em 2023”, acrescenta Bertolini Neto.

Entre os produtos e serviços de maior destaque estão os porta paletes, drive in, cantilever, mezanino, dinâmico, push back, flow rack, bases móveis e estruturas autoportantes. A Bertolini disponibiliza também sistemas automatizados para movimentação de materiais como carro-satélite, transelevador, pistas e esteiras.

A empresa conta com uma prestação de serviço 24 horas por dia sete dias por semana tanto para a base instalada como para os softwares, com atendimento em até 20 minutos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Big Data auxilia indústrias a aprimorar performance no PDV

Big Data

A Big Data, especializada na análise de dados por meio de inteligência artificial, vem se firmando como aliada estratégica da indústria farmacêutica. A partir de uma solução exclusiva em parceria com o Grupo SantaCruz, a empresa auxilia os fabricantes a introduzir novos produtos, reduzir ruptura e aprimorar a performance nas redes de farmácias e PDVs independentes.

Denominado One Click Order, o programa indica o sortimento ideal para cada ponto de venda, além de recomendar quais e quantos SKUs da indústria determinada farmácia deve receber. As ferramentas de inteligência artificial da Big Data possibilitam a avaliação de 17 mil variáveis que impactam o sucesso de um produto no PDV.

“Indicadores dos próprios fabricantes revelam evoluções de até 14% no faturamento das empresas. O número de PDVs que compram os produtos da indústria também aumentou de 11% a 20%. Há casos em que lojas que aderiram à solução crescem mais de 16%, contra 7% das que não integram o programa”, afirma Gustavo Ioschpe, CEO e sócio-fundador da Big Data.

A aproximação com a SantaCruz teve início em 2021, atendendo a uma demanda da divisão de Consumer Health da GSK, hoje Haleon. A farmacêutica buscava estratégias mais assertivas para melhorar a performance de seus produtos nos PDVs de menor porte. “A satisfação foi tamanha que estendemos o contrato com a GSK para 2024 e fomos chamados a replicar a ideia no México e na Colômbia”, ressalta.

A iniciativa, inclusive, já ganhou a adesão de mais cinco indústrias – Granado, Germed, Kimberly-Clark, L’Oréal e Nivea –, que financiam a plataforma. “Temos mais 15 empresas com negociações avançadas e esperamos fechar o ano com pelo menos 30 indústrias dentro do programa de pedido eletrônico”, acrescenta Ioschpe.

Big Data: mais mix com otimização de recursos

As lojas que não estão performando com eficiência recebem recomendações baseadas no sortimento das farmácias mais próximas e que estão apresentando bons resultados. As indicações de compra aparecem na tela do pedido eletrônico da SantaCruz, na qual o farmacêutico e o balconista conseguem aferir a quantidade de unidades ideal para cada SKU. Quanto maior a adesão da farmácia a essa recomendação, mais desconto ela recebe na hora de fechar a compra. “Essas funcionalidades permitem não apenas ampliar a diversidade do mix, mas também otimizam verbas de trade da indústria”, acredita.

Tecnologia como antídoto contra o desperdício

Para Ioschpe, a compra sem uma análise de dados acaba gerando três problemas para a indústria – a começar pela ruptura, que deixa o cliente frustrado na ponta. O excesso de produtos, em especial medicamentos, força descartes evitáveis e prejuízos financeiros. E, por fim, essa má gestão gera desperdício de tempo.

“Os profissionais da indústria perdem, em média, uma hora por dia promovendo um sistema de reposição que é muito ineficiente, quando ele poderia estar otimizando seu tempo com a atividade-fim. E do ponto de vista da distribuidora, também evita a venda picada”, argumenta.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Foco do BC no início de 2024 não muda alvo de inflação e é temporário, diz Campos Neto

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BRASÍLIA (Reuters) – A decisão de focar a política monetária na inflação acumulada em 12 meses no primeiro trimestre de 2024 é temporária e não muda o alvo da inflação, disse nesta quinta-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em evento promovido pelo banco BTG, Campos Neto disse que a medida prioriza um período com menor incerteza, com menos efeitos das medidas temporárias implementadas pelo governo, e não altera objetivos do BC.

“Estamos falando sobre horizonte relevante, não sobre meta de inflação”, disse.

Ao dizer que a autoridade monetária tem afirmado que busca levar a inflação para o redor da meta, Campos Neto ressaltou que variações de 0,10 ou 0,15 ponto percentual em relação à meta são “uma sintonia fina”.

Fonte: IstoÉ

Retorno de fundos de previdência de renda fixa e multimercados empata em 10 anos, aponta análise

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Nos últimos dez anos, fundos de previdência de renda fixa e multimercados praticamente empataram na rentabilidade entregue aos investidores, apesar de contarem com níveis de risco distintos entre si. Além disso, na média, ambas as classes perderam para a taxa do CDI (referência de desempenho) no período.

A conclusão é de um levantamento realizado pela fintech Onze, gestora independente de fundos de previdência, a partir dos dados relativos a 510 carteiras que somam um patrimônio total de R$ 364 bilhões.

De acordo com a análise, os fundos de previdência de renda fixa renderam, na média, 7,28% ao ano na última década – praticamente o mesmo (embora ainda com uma pequena vantagem) que os multimercados, com retorno médio de 7,22% ao ano no período. O CDI, por sua vez, foi de 8,39% ao ano.

Dos 510 fundos de previdência analisados, 59 – equivalentes a 11,6% do total – conseguiram retorno acima do CDI.

Confira a rentabilidade média dos fundos de previdência de renda fixa e multimercados nos últimos dez anos:

Categoria de fundo de previdência Rendimento médio acumulado em dez anos Rendimento médio anualizado em dez anos
Renda fixa 101,80% 7,28%
Multimercado 100,90% 7,22%
CDI 123,90% 8,39%

Fonte: Onze. Considera 510 fundos (199 de renda fixa e 311 multimercados) no período de 01/06/2012 a 31/05/2022.

De acordo com o levantamento, um dos principais fatores que influenciaram o desempenho foi a taxa de administração cobrada pelos fundos de previdência. “Historicamente, a previdência privada é reconhecida por ter muitos fundos que cobram taxas de administração extremamente altas, principalmente no caso de fundos oferecidos pelos grandes bancos”, diz o documento.

A análise procurou capturar o peso desse efeito sobre a performance, agrupando os fundos por quartis de taxa de administração. A conclusão é de que, na média, quanto menores os custos, maiores as rentabilidades obtidas.

Entre os fundos de renda fixa, por exemplo, aqueles incluídos entre os 25% de menor taxa de administração (primeiro quartil, com taxas de até 0,80% ao ano) apresentaram retorno médio de 7,9% ao ano. Já os do quarto quartil (25% maiores taxas de administração, a partir de 1,80% a ano) tiveram ganhos anuais de 6,2%, na média.

Os resultados são semelhantes entre os fundos multimercados. As carteiras incluídas no primeiro quartil (taxas de até 1,10% ao ano) renderam, na média, 8% ao ano. Em contrapartida, as do quarto quartil (acima de 2,01% ao ano) apresentaram retorno médio de 6,3% ao ano.

Confira a rentabilidade média dos fundos de previdência de renda fixa e multimercados por quartil de taxa de administração:

Categoria 1º quartil de taxa de administração  Rendimento médio  anualizado no 1º quartil 2º quartil de taxa de administração  Rendimento médio anualizado no 2º quartil 3º quartil de taxa de administração  Rendimento médio anualizado no 3º quartil 4º quartil de taxa de administração  Rendimento médio anualizado no 4º quartil
Renda fixa Até 0,80% a.a. 7,9% 0,80% a 1,25% a.a. 7,8% 1,25% a 1,80% a.a. 7,0% Acima de 1,80% a.a. 6,2%
Multimercado Até 1,10% a.a. 8,0% 1,10% a 1,53% a.a. 7,4% 1,53% a 2,01% a.a. 6,8% Acima de 2,01% a.a. 6,3%

Fonte: Onze. Considera 510 fundos (199 de renda fixa e 311 multimercados) no período de 01/06/2012 a 31/05/2022.

Na visão de Samuel Torres, analista de investimentos e consultor financeiro responsável pelo levantamento da Onze, os resultados sugerem que o caminho para investir para a aposentadoria envolve duas preocupações principais: “O investidor deveria diversificar o portfólio e analisar muito bem os fundos que escolher, pois, na média, os multimercado não têm justificado o risco adicional”, afirma. “Contudo, há boas opções que apresentam performance superior e consistente”.

Nem todos os fundos com taxas de administração elevadas são ruins em termos de rentabilidade – 16 das 59 carteiras que conseguiram superar o CDI estão no terceiro e no quarto quartis de custos, com as maiores taxas do mercado.

Porém, via de regra, “fundos com taxas de administração muito acima da média devem realmente ser evitados, pois diminuem a probabilidade de obtenção de bons retornos”, diz o levantamento, ponderando que carteiras com taxas próximas à média, mesmo que um pouco acima, devem ser analisadas segundo critérios adicionais – como histórico do fundo e da gestora, histórico do time de gestão e composição da carteira do fundo.

Se no longo prazo fundos de renda fixa e multimercados empataram nos ganhos, no curto a gangorra da performance aparece com mais força. Torres, da Onze, ressalta que os fundos multimercados acumularam um retorno levemente mais positivo que os de renda fixa no primeiro semestre em função do avanço das ações nos primeiros três meses, parcialmente compensados pelas quedas registradas nos três meses seguintes. Já os fundos de renda fixa sofreram os impactos da marcação a mercado dos títulos, dado o avanço das taxas de juros, que pressionam os preços para baixo.

“O primeiro semestre relembrou (ou mostrou) para os investidores a importância de entender seu perfil de investidor e escolher investimentos que estejam alinhados a ele”, disse . “Muitos que se acreditavam arrojados no momento de alta dos ativos se sentiram bastante desconfortáveis no momento de baixa, o que levou vários a se desfazerem de ativos de risco no pior momento, tendendo ao comportamento de vender na baixa e comprar na alta”.

Fonte: InfoMoney

 

Situação financeira do brasileiro piorou no primeiro semestre

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No primeiro semestre de 2022, 45% dos consumidores brasileiros viram a situação financeira pior do que no ano passado, segundo a Pesquisa Perfil do Consumidor realizada pela Boa Vista semestralmente.

No semestre anterior, 39% tinham a mesma percepção. Outros 26% acreditam que a situação segue igual (contra 28% no semestre anterior), enquanto os 29% restantes creem que a situação financeira está melhor em 2022 (contra 33% no segundo semestre de 2021). A pesquisa ouviu mais de 1,5 mil consumidores de todo o Brasil.

A Boa Vista também questionou os consumidores sobre o comprometimento da renda com o pagamento de dívidas, atrasadas ou não. 58% tiveram mais de 50% de sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. No semestre anterior, eram 57% os consumidores na mesma situação. 26% dos consumidores afirmaram ter comprometido entre 25% e 50% da renda (contra 29% no semestre anterior), enquanto os 16% restantes comprometeram até 25% (estes foram 14% no semestre anterior).

No primeiro semestre de 2022, 71% dos entrevistados afirmaram que pagar as contas em dia estava difícil, contra 70% no semestre anterior.

Nas palavras de Flavio Calife, economista da Boa Vista, mesmo com a taxa de desemprego em queda, outros fatores pesam sobre o orçamento dos consumidores: o comprometimento da renda continua sendo alto, assim como a inflação e os juros. A taxa de inadimplência das famílias está numa tendência de alta desde o final do ano passado e em 2022 essa tendência ganhou um pouco mais de força.

“Outros fatores, como a liberação do FGTS e o aumento do Auxílio-Brasil, junto da melhora dos números no mercado de trabalho, podem até suavizar esse movimento de alta, mas não devem ser suficientes para revertê-lo”, diz Calife.

CONSUMIDORES ENDIVIDADOS

O nível de endividamento do consumidor, por sua vez, segue nos mesmos níveis, com 97% dos entrevistados se considerando endividados no primeiro semestre de 2022, mesmo número do segundo semestre de 2021. 40% afirmaram que a quantidade de dívidas aumentou.

No semestre anterior, 33% tinham essa percepção. 28% dizem que o número de dívidas seguiu igual, contra 24% no segundo semestre de 2021. Por fim, 32% disseram que o número de dívidas diminuiu. Estes eram 43% na última pesquisa. Já em relação às expectativas sobre a situação financeira para 2023, 90% dos consumidores disseram esperar melhora em relação às finanças pessoais. No semestre anterior, estes eram 88%.

6% opinaram esperar por uma situação igual, e 4% por uma piora. Outro dado da pesquisa apontou que as cinco principais despesas mais comuns entre os consumidores são, nessa ordem: cartão de crédito, contas de serviços básicos como água e luz; contas de TV a cabo, internet e telefone fixo; contas de telefone celular e, praticamente empatados, empréstimo pessoal/cartão de loja e aluguel/condomínio.

Após o pagamento das dívidas atuais, 25% dos entrevistados afirmam que pretender realizar novas aquisições. Entre elas, gastos com alimentação (20%), compra de terreno/casa própria (18%), materiais de construção (16%) e automóvel/moto (15%).

Quando questionados sobre quais contas deixariam de pagar primeiro em caso de diminuição na renda, 49% dos consumidores disseram que renegociariam os financiamentos assumidos por meio de carnês e boletos.

Em segundo lugar, os compromissos assumidos por meio do cartão de crédito, com 37%. Por fim, 14% deixariam de pagar empréstimos e dívidas de cheque especial. 61% dos consumidores disseram à pesquisa da Boa Vista que ao contratar um empréstimo para quitar uma dívida, levariam em conta principalmente o valor das parcelas. 33% dariam mais peso às taxas de juros, enquanto 6% se preocupariam mais com o prazo de pagamento.

Fonte: Diário do Comércio

Franchising tem alta de 16,8% no faturamento

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O franchising brasileiro acelerou sua trajetória de recuperação no segundo trimestre deste ano frente a igual período de 2021. Com um faturamento 16,8% maior, o setor se manteve firme frente a um cenário com inflação mais elevada e incertezas macroeconômicas, ao mesmo tempo em que superou em 11,4% o faturamento nominal do segundo trimestre de 2019.

Os números fazem parte da Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), que mostra que a receita do setor passou de R$ 41 bilhões para R$ 48 bilhões nesse período.

Quando observado o crescimento em relação ao segundo trimestre de 2020 – marcado pelo início da pandemia – o índice chega a 73,3%. Além da recuperação da economia de forma geral, a elevação está associada ao maior fluxo de consumidores nas lojas físicas, a retomada mais disseminada de hábitos presenciais e eventos sociais e corporativos e uma grande demanda reprimida em áreas como alimentação e turismo, sendo que o delivery e o e-commerce mantiveram níveis consideráveis. A retomada de serviços e a melhoria da taxa de emprego são outros fatores importantes.

No semestre, a alta no faturamento foi de 12,9% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado, saltando de R$ 81 bilhões para R$ 91 bilhões. Observando-se os primeiros semestres de 2020 e de 2022, a receita cresceu 32%, e em relação ao mesmo período de 2019, o faturamento aumentou 8%.

A inflação de 5,9% no primeiro semestre (IBGE) também concorreu para estes resultados, porém o setor não vem fazendo o repasse integral e tem buscado formas de mitigar pelo menos em parte seus reflexos, como renegociação ou troca de fornecedores, alteração de mix de produtos, adoção de novas tecnologias, revisão de processos e uma crescente digitalização.

Para André Friedheim, presidente da ABF, esses dados positivos reforçam a maturidade do setor de franquias brasileiro, que mesmo ainda enfrentando os impactos da pandemia e novos desafios, segue resistindo e, com muito esforço, avança em sua recuperação.

O presidente da ABF ressalta ainda que assim como os demais importantes setores da economia brasileira, o de franquias precisa que sejam mantidas ou ampliadas as medidas de apoio e financiamento às micro e pequenas empresas, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

“Estamos também lutando nesse momento para que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) beneficie o segmento de Alimentação, um dos mais impactados no período mais crítico da covid-19”.

EMPREGOS

De acordo com a pesquisa, o setor de franquias no Brasil totalizou aproximadamente 1.453.852 pessoas empregadas diretamente neste segundo trimestre, ante 1.292.034 no mesmo período do ano anterior. Isso equivale a uma alta de 12,5% no número de empregos diretos gerados pelo franchising nos meses analisados.

“O franchising é de fato um setor que tradicionalmente é a porta de entrada não só para os empreendedores, como também para os jovens no primeito emprego e, diante do aumento das vendas, mesmo que gradual, observado no segundo trimestre, os empresários do setor avançaram em contratações”, declara o presidenteda ABF.

Em relação à abertura de unidades de franquias no período pesquisado, o índice foi de 3,7%, ante 3,9% no segundo trimestre do ano passado. Foram encerradas 1,8% das operações contra 1,7% em igual período, resultando num saldo positivo de 1,9%.

O índice de repasses também manteve-se estável, ficando em 0,9% neste segundo trimestre frente a 0,8% de abril a maio do ano passado.

O desempenho dos segmentos no acumulado de 12 meses foi positivo para todos os segmentos. Na liderança, Hotelaria e Turismo teve aumento de 22,4%. Em seguida vem Saúde, Beleza e Bem-Estar (10,9%) e Casa e Construção (10,5%).

Com referência ao desempenho dos segmentos no semestre, Saúde, Beleza e Bem-Estar lidera (16,9%), sendo acompanhado por Alimentação – Foodservice (16,0%), Hotelaria e Turismo (15,9%), Moda (14,7%) e Casa e Construção (13,2%).

REGIÕES

O estudo apurou, ainda, a distribuição do faturamento e das unidades de franquias por região. Observou-se uma leve alta da receita no Sudeste, passando de 52,57% para 52,90% do primeiro semestre do ano passado para este ano. O mesmo movimento ocorreu quanto ao número de unidades, que avançou de 52% para 54% na região.

A ABF associa esse movimento a duas questões principais: o desenvolvimento de novas franquias, cuja expansão inicial tende a concentrar-se na região Sudeste, maior mercado consumidor do país, e empreendedores aproveitando para ocupar pontos comerciais vagos durante a pandemia.

PROJEÇÕES

Em virtude do desempenho do setor entre abril e junho e das perspectivas para o segundo semestre, foi revisada para cima a projeção do faturamento para 2022 – de 9% para 12%, e de unidades, de 7% para 8%. Já o crescimento do número de redes, previsto em 5%, e de empregos, no mesmo percentual, foram mantidos.

O segundo semestre do ano é tradicionalmente melhor, considerando datas como o Dia dos Pais, a Black Friday e o Natal, além do maior otimismo por parte dos empresários.

A expectativa, segundo Friedheim, é que o setor de franquias brasileiro ultrapasse a barreira de R$ 200 bilhões em faturamento neste ano.

Fonte: Diário do Comércio