CRF-SP é contra autotestes sem política governamental

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Governo pede que Anvisa revise decisão sobre autoteste

O governo federal deu seu aval para autotestes da Covid-19 em farmácias. Só não informou qual será a sua parte nessa história. Com esse claro posicionamento, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) emitiu uma nota oficial enfática em que se mostra contrária à liberação desse serviço sem que o Ministério da Saúde anuncie uma política pública para a aplicação e monitoramento desses exames.

A entidade segue o caminho da Anvisa, que adiou a decisão sobre a liberação dos autotestes justamente por não ter recebido do governo um conjunto de regras definidas.

No documento, o conselho destacou que o Ministério não definiu política pública sobre esses exames sequer o direcionamento ao paciente que testar positivo para o novo coronavírus utilizando a ferramenta. Hoje, é necessária a participação de um profissional de saúde para a testagem.

“Sem dúvida nenhuma, os autotestes trazem vantagens. A tecnologia está aí e a população também quer ter acesso. Porém, sem uma política clara, corremos o risco de não atingir o objetivo”, afirmou a vice-presidente do conselho, Luciana Canetto, em entrevista à Rádio Eldorado.

O CRF-SP também argumenta que os serviços de saúde que atualmente mostram a atualização da doença no e-SUS Notifica não podem se responsabilizar pelas sinalizações de resultados de autotestes. Afinal, eles são realizados pelo paciente, em local diverso e sem acompanhamento de profissional habilitado.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Grupo DPSP compra startup de saúde digital

Mais um movimento do varejo com foco na assistência farmacêutica e na saúde digital. A Best Buy anunciou que irá adquirir a Current Health, uma

Grupo DPSP anunciou a compra da TI.Saúde. A startup integra o Porto Digital, parque tecnológico de incubação e economia criativa situado na Região Metropolitana do Recife (PE). A aquisição é parte do objetivo da rede de farmácias de democratizar o acesso à medicina e reforçar seu posicionamento como um hub de saúde digital, o que envolve investimentos totais superiores a R$ 500 milhões.

A operação da startup estará conectada à plataforma Viva Saúde, que agrega, em um único sistema, médicos, laboratórios, planos de saúde, hospitais e clientes – com foco nos 75% dos brasileiros que não possuem atendimento de saúde assegurado pela iniciativa privada. A meta do grupo é interligar 10 milhões de clientes e 150 mil médicos em cinco anos.

A ferramenta, quando estiver em funcionamento, vai possibilitar a realização de teleconsultas, marcação de exames, criação de prontuário eletrônico e até a comparação de preços de medicamentos e receber informações. Além disso, por se tratar de uma proposta de interface aberta e livres para concorrentes, caso o cliente deseje, poderá compartilhar seus históricos médicos, permitindo com isso uma customização de serviços oferecidos por cada núcleo que faça parte do ecossistema, seja farmácias, médicos, clínicas ou até hospitais.

Há cinco anos em operação, a TI.Saúde tem três irmãos como fundadores e reúne atualmente cerca de 50 funcionários e colaboradores. Esse número já deve dobrar ainda neste ano. A startup já atende 5 milhões de pacientes ativos, com suporte de 10 mil profissionais de saúde.

“É um modelo inédito de negócio no país, com imenso potencial de democratizar o acesso à saúde e desafogar hospitais, laboratórios e consultórios médicos”, comenta o CEO do Grupo DPSP, Jonas Laurindvicius.

“A TI Saúde nasceu no Recife com foco no desenvolvimento de sistemas para interligar processos médicos e de pacientes. Toda nossa experiência agora será expandida numa ferramenta que chega para quebrar os precedentes que dificultam acesso à saúde e garantir, principalmente no período de pandemia que estamos vivendo, o acesso rápido e prático a esses serviços”, destaca Fábio Revoredo, co-fundador e Diretor de Estratégias Médicas da Ti.Saúde, em entrevista à Folha de Pernambuco.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Para OMC, é impossível que economia de países pobres se recupere sem vacinas

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Diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala reforçou que a desigualdade na distribuição de vacinas contra a Covid-19 segura a recuperação de países de baixa renda, durante evento organizado em conjunto com o Banco Mundial nesta segunda-feira, 24.

“A recuperação econômica não é possível sem vacinas”, disse ela, após destacar que menos de 8% da população total de nações pobres recebeu ao menos uma dose dos imunizantes.

Para 2022, Ngozi ressaltou que será importante lidar com as vulnerabilidades comerciais destas regiões, como o fraco acesso ao comércio global, além de visar os problemas na cadeia de suprimentos no curto prazo.

Fonte: CNN Brasil

Economia no governo Bolsonaro é a pior em quatro décadas

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A pandemia atingiu em cheio a economia mundial e a retomada econômica neste ano esbarra no avanço da variante Ômicron e no aumento da inflação. Por aqui, as projeções indicam que este será um ano de grandes desafios, com o Produto Interno Bruto (PIB) alcançando um dos piores desempenhos do mundo, conforme relatório do Banco Mundial, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre mais de 170 países, apenas Mianmar e Guiné Equatorial terão desempenho mais fraco do que o Brasil. A projeção é que o PIB brasileiro cresça 0,5% neste ano na comparação com o ano passado. O resultado é 1,7 ponto percentual menor do que o projetado pela ONU para o Brasil no relatório anterior.

Com o baixo crescimento no último ano do governo do presidente Jair Bolsonaro, a gestão dele aparece como a que teve o menor crescimento do PIB em quatro anos de mandato. Levantamento realizado pelo economista Alex Agostini, da Austin Rating, mostra que os quatro anos do Governo Bolsonaro devem fechar com um PIB médio de 0,78%, o menor percentual dos governos das últimas duas décadas.

Conforme o estudo, o Governo Temer tinha apresentado o pior desempenho, com média do PIB de 1,32% no período de 31 de agosto de 2016 a 31 de dezembro de 2018. Os dois últimos anos de Dilma Rousseff na presidência contabilizaram um PIB de 1,92%.

No primeiro e segundo mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PIB atingiu média de 3,58% e 5,58%, respectivamente. E o segundo mandato do FHC contou com PIB médio de 3,05%.

O professor de macroeconomia do Insper, Eduardo Correia, vai além e diz que o país caminha para o pior crescimento desde a década de 1980, considerada a década perdida. “Ainda não sabemos, oficialmente, qual foi o crescimento do ano passado, mas juntando 2020 com 2021 praticamente dá crescimento zero. E juntar isso com 2022, mesmo que seja positivo, será abaixo de 1% e um pouquinho mais de 1% em 2019, estamos falando de um crescimento total nos quatro anos de governo de menos de 1%”, diz o professor.

“Vai ser o crescimento baixo desde a década de 1980, que foi um desastre total”, diz. “Nos anos 1990, com Plano Real, teve algum crescimento, e nos anos 2000, a gente cresceu bem”, avalia o professor do Insper. Correia considera que só no ano que vem o país deve ter uma retomada do crescimento, mas que isso vai depender dos próximos passos do presidente que for eleito.

“Um problema grave para o Brasil é que é nosso setor industrial tem tido queda de participação no PIB nos últimos 10 anos”, diz. Em 2010, a participação da indústria no PIB nacional era de 27,4%. No ano passado caiu para 20,5%, menor patamar da série histórica iniciada em 1947. Para se ter uma ideia, em 1985, chegou a 48%.

Fonte: Monitor Mercantil

Preços da gasolina e do diesel sobem nos postos

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Os preços médios da gasolina e do diesel avançaram nos postos do país na semana passada, após reajuste feito pela Petrobras, segundo levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O litro da gasolina teve alta de 0,85% em uma semana, passando de R$ 6,608 para R$ 6,664, em média.

O aumento do diesel, por sua vez, foi de 2,95%. O litro do combustível passou de R$ 5,422, em média, para R$ 5,582.

Depois de recuar no levantamento anterior, o valor do litro etanol voltou a subir. Passou de R$ 5,046 para R$ 5,053, leve alta de 0,14%.

Por fim, o preço médio do gás de cozinha de 13kg aumentou de R$ 102,24 para R$ 102,53 no intervalo analisado pela ANP.

Na terça-feira (18), o governo começou a pagar o vale-gás, no valor de R$ 52 para 5,47 milhões de famílias que fazem parte do Auxílio Brasil

Novo reajuste de Petrobras

Desde 12 de janeiro, os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras foram reajustados pela Petrobras.

Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%.

O valor do diesel subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.

O último ajuste nos preços foi realizado em dezembro do ano passado, quando a Petrobras promoveu uma redução no valor da gasolina de 3,13%. Foi a primeira queda desde 12 de junho.

Já o último aumento foi anunciado em outubro do ano passado.

Fonte: G1

Mercado financeiro aumenta estimativa de inflação para 2022

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Os analistas do mercado financeiro elevaram pela segunda semana seguida a estimativa de inflação para 2022.

De acordo com o BC, a projeção dos analistas para a inflação deste ano subiu de 5,09% para 5,15%.

A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Se confirmada a previsão, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou, em carta aberta, que a alta nos preços de commodities (produtos básicos, como alimentos e petróleo), da energia e falta de insumos levaram país a superar a meta.

Em 2022, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Com a nova alta, a previsão do mercado se distancia mais do teto da meta.

O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Para 2023, o mercado financeiro manteve em 3,40% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Produto Interno Bruto

Para o nível de atividade, o mercado financeiro também manteve a previsão de crescimento do PIB deste ano, que permaneceu em 0,29%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para 2023, o mercado reduziu a expectativa de alta do PIB de 1,75% para 1,69%.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,75% ao ano para o fim de 2022, o que pressupõe alta do juro básico da economia neste ano.
Atualmente, após sete altas seguidas, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, o maior patamar em mais de quatro anos.
Para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic permaneceu estável em 8% ao ano. Deste modo, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem.

Outras estimativas

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 permaneceu em R$ 5,60. Para o fim de 2023, avançou de R$ 5,46 para R$ 5,50 por dólar.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2022 ficou estável em US$ 56 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 51 bilhões para US$ 50,65 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 58 bilhões. Para 2023, a estimativa permaneceu em US$ 70 bilhões de ingresso.

Fonte: G1

Pacientes que dependem de medicamentos do Ministério recorrem a doações

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Pacientes com doenças crônicas, que precisam de tratamento contínuo, estão recorrendo a doações para conseguir os remédios de alto custo, que deveriam ser fornecidos pelo Ministério da Saúde.

Os comprimidos estão acabando e a angústia da psicóloga Cláudia Maria de Cristo só aumenta. Há dois meses, a clozapina que o irmão dela usa para controlar um transtorno mental grave, a esquizofrenia, está em falta na rede pública em São Paulo.

“Ele toma seis comprimidos por dia; dois de manhã de manhã e quatro à noite. Se nós fizermos uma conta para comprar essa medicação, vou ter que desembolsar, em média, R$ 2 mil por mês. Fica inviável, né?”, fala.

A Cláudia tem improvisado, com medicações similares ou até dosagem menor do que a recomendada, o que traz consequências. “Ele está um pouco mais agitado, ele anda o tempo todo. Isso aqui é desumano na minha opinião, sabe? Porque poderiam olhar com mais atenção. Por que faltou medicação?”, questiona.
Uma associação de famílias de pacientes com esquizofrenia identificou que a clozapina está em falta em nove estados.

“Sem resposta alguma. Nem do Ministério da Saúde nem do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Afinal de contas, direitos humanos serve para todos aqueles que são vulneráveis. A pessoa com esquizofrenia é uma deficiência psicossocial”, diz Sarah Nicolleli, presidente da Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (AMME).

A falta de remédios e de respostas atinge também pacientes com outras doenças. A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) dá o exemplo do Imatinibe, para tratamento de leucemia, que está em falta em 11 estados e no Distrito Federal.

“Tantos ofícios que a gente manda para as secretarias de Saúde, Ministério Público, Ministério da Saúde, e a gente não tem um esclarecimento do que está acontecendo. Está na Constituição e é um direito e um dever do Estado o paciente ter acesso ao seu tratamento”, explica a gerente de Apoio ao Paciente da Abrale, Melissa Pereira.

Para manter o tratamento mesmo com os remédios em falta na rede pública, muitos pacientes têm buscado socorro pelo celular. Pessoas que tomam as mesmas medicações formaram grupos de ajuda mútua. Aqueles que têm medicamento sobrando, doam para quem está sem.
No mês passado, a paciente Jéssica de Abreu não encontrou o remédio para o tratamento da leucemia mieloide crônica. O medicamento chega a custar R$ 1.800. Com a ajuda de um grupo de pacientes, conseguiu uma caixa que veio da Bahia para São Paulo pelo Correio.

“É um remédio muito caro, que a gente não tem como comprar. É desespero só, é a única coisa que eu posso te falar. Ainda bem que existem essas pessoas boas que nos ajudam, né?”, disse.

A doação, no entanto, é uma solução temporária. A professora e doadora de medicamento Vanessa de Oliveira Melo, de Aracaju, mandou 30 comprimidos no mês passado para um paciente de Pernambuco com leucemia. Não tem mais nada disponível, só que os pedidos não param de chegar.

“A gente precisa que o Ministério da Saúde nos diga alguma coisa, nos dê uma esperança, uma previsão de quando vai resolver. Porque a doação, o trabalho que nós fazemos, de contato paciente a paciente, é apenas um paliativo, é o socorro do momento. Mas não resolve a situação”, destaca.

A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que está sem estoques de 21 remédios de alto custo, que são entregues pelo Ministério da Saúde e que faltam medicamentos para doenças psiquiátricas, câncer, diabetes, artrite reumatoide, epilepsia, Doença de Chron, Parkinson e Alzheimer.
O Ministério da Saúde disse que o processo de compra de medicamentos para o estado de São Paulo está em andamento, com previsão de recebimento a partir de segunda-feira.

O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos ficou de encaminhar o pedido das famílias de pacientes com esquizofrenia para o Ministério da Saúde.

 

Fonte: Jornal Nacional

Farmácia dos EUA consolida-se como hub de saúde mental

Saude mental Kroger
Foto: Divulgação Kroger

A pandemia deu vazão a um tema quase sempre visto como um tabu. A saúde mental passou a ser alvo de debates públicos e consolidou-se, inclusive, como um ativo para farmácias norte-americanas. CVS Health, Kroger e Walgreens são algumas redes que adotaram esse serviço e já colhem frutos com a retenção de clientes e a qualificação dos farmacêuticos.

A Kroger começou a fornecer serviços de saúde mental há seis anos por meio da The Little Clinic. Atualmente, esses serviços estão disponíveis para pacientes em nove estados. Marc Watkins, diretor médico da rede, disse que a saúde mental continua sendo subtratada. “Um em cada cinco norte-americanos tem um problema de saúde mental ao longo da vida. Depressão, ansiedade, estresse e insônia podem fazer parte de uma crise ainda maior”, afirma.

A CVS Health lançou o hub de saúde mental em janeiro de 2021 por meio de seus MinuteClinics e HealthHubs, onde assistentes sociais licenciados oferecem exames e aconselhamento a pacientes com necessidades comportamentais leves a moderadas. “Mais de 50 milhões de pessoas têm uma doença mental diagnosticada nos Estados Unidos”, relata Cara McNulty, presidente de saúde comportamental da Aetna, uma empresa da CVS Health. A rede mantém essa operação em 30 farmácias nas cidades de Filadélfia, Houston, Nova Jersey e Tampa.

Parcerias estratégicas

À medida que os varejistas prestam assistência a pacientes com distúrbios relacionados à saúde mental, eles também estão descobrindo que as colaborações com parceiros são cruciais. Um bom exemplo é a Walgreens. Em 2016, a rede lançou uma plataforma digital para prover acesso gratuito 24 horas por dia a exames do gênero, a partir de uma parceria com a Mental Health America.

A Walgreens Find Care, plataforma de saúde digital expandida da rede, garante acesso a uma variedade de provedores, incluindo cuidados de saúde mental. Além das parcerias e da colaboração, as três redes de farmácias também dispõem de sistemas de telessaúde e planos para pacientes que requerem um nível mais alto de atendimento.

Envolvimento dos farmacêuticos

Os hubs de saúde mental também vêm contribuindo para valorizar o papel dos farmacêuticos. Esses profissionais assumiram a incumbência de promover revisões abrangentes de medicamentos em todos os pacientes, para assegurar que não haja efeitos colaterais.

A Walgreens, aliás, firmou um acordo de cooperação exclusivo com o Conselho Nacional de Bem-Estar Mental e a Associação Americana de Farmacêuticos em 2019, para fornecer treinamento em primeiros-socorros em saúde mental para farmacêuticos e membros da equipe. O treinamento inclui a compreensão de fatores de risco e estratégias de como ajudar alguém em situações de crise.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/equilibrio-vita-reforca-lancamentos/

Procon-PE identifica diferença de 289% entre preços de medicamentos

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O Procon-PE encontrou uma variação de 289% no preço dos medicamentos antigripais. A diferença foi encontrada no Ácido Acetilsalicílico utilizado para a febre. Em uma farmácia, o medicamento custava R$ 5 e noutra R$ 19,45.

Por outro lado, o genérico do mesmo produto, teve diferença de 276%, R$ 0,75 num estabelecimento e R$ 2,82 em outro. Em segundo lugar vem o conhecido Paracetamol, também para febre, com 250,63% de diferença entre o menor e o maior valor, R$ 3,99 numa farmácia e R$ 13,99 noutra.

Além desses medicamentos, o órgão de proteção ao consumidor ainda encontrou outras diferenças: o anti-inflamatório Nimesulida teve um percentual de diferença de 248% de um local para outro no medicamento genérico.

Nos outros produtos a diferença chegou a 226,48%, como é o caso do genérico do Maleato de Dexclorfeniramina para doenças alérgicas.

O Cloridrato de Fenilefrina, utilizado para sintomas gripais, foi de 26,40%, de R$ 8,90 passou para R$ 11, 25, em outro estabelecimento. O que menos variou de preço foi o xarope para tosse, que foi visto por R$ 10,10 numa farmácia e R$ 11,30 em outra.

De acordo com o Procon-PE é importante que o consumidor pesquise em mais de uma farmácia para não levar o produto com preço mais caro.  A pesquisa de preços dos antigripais ficará disponível no site do Procon-PE

Fonte: Folha de Pernambuco

Medicamento projetado para o Alzheimer pode reduzir tumor cerebral

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Os cânceres no sistema nervoso central, que incluem as áreas do cérebro e da medula espinhal, ainda são alvos de muitos estudos com relação a suas causas. Por esse motivo, até esse momento não existem medidas para prevenir esse tipo de câncer. Mas recentemente, muitos pesquisadores debruçam-se sobre o tema com o objetivo de encontrar um meio de melhorar o tratamento.

A novidade é uma pesquisa da New Cleveland Clinic, publicada no começo de novembro na “Nature Cancer”, que descobriu que medicamentos originalmente projetados para ajudar a tratar a doença de Alzheimer podem ser promissores para o glioblastoma, o tipo mais comum e letal de tumor cerebral primário.

“Uma classe de medicamentos chamados inibidores BACE1 já estiveram entre os candidatos mais esperados para o tratamento da doença de Alzheimer. Eles agem inibindo a proteína, chamada BACE1, que é responsável pela produção de placas β-amilóides no cérebro, que são uma das principais marcas da doença de Alzheimer. Depois de demonstrar baixa eficácia em ensaios clínicos, no entanto, o campo da neurociência se afastou dos inibidores de BACE1”, explica Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

O profissional conta que, no entanto, curiosamente BACE1 também é expresso em uma classe de células imunes – chamadas de macrófagos associados a tumor (TAMs) – que são encontradas no microambiente tumoral, ou nos componentes de células não cancerosas de tumores sólidos. Macrófagos associados a tumores são particularmente abundantes no glioblastoma, o que levou os pesquisadores a se perguntarem se os inibidores de BACE1 podem ser eficazes no tratamento ou prevenção da forma altamente agressiva de câncer no cérebro.

Eepresentante brasileiro do International Outreach Committee da Society for Neuro-Oncology (IOC-SNO), Gabriel explica que existem dois tipos principais de TAMs. “Em palavras mais simples, existem soldados que ajudam a replicar um tumor e soldados que agem para eliminar o câncer. A maioria dos TAMs promove tumores e contribui para a resistência ao tratamento, mas há alguns que suprimem o tumor. Desenvolver uma terapêutica que manipule esse equilíbrio – inclinando a balança para que haja mais TAMs supressores de tumor – pode tratar melhor o glioblastoma.”.

No estudo, os pesquisadores rastrearam uma ampla gama de compostos para identificar os candidatos mais promissores contra macrófagos promotores de tumor (pTAMs), revelando um inibidor que foi chamado de MK-8931 (verubecestate). “Eles descobriram que o tratamento de modelos pré-clínicos derivados de humanos de glioblastoma com verubecestate reprogramou os promotores de tumor em macrófagos supressores de tumor. Ou seja, como resultado, os ‘soldados’ supressores estiveram mais abundantes e ajudaram a destruir as células tumorais, incluindo as células-tronco de glioma, que são um tipo particularmente agressivo de células cancerosas que podem se autorrenovar e repovoar um tumor”, esclarece o médico. O estudo descobriu que essas mudanças reduziram significativamente o crescimento do tumor.

Os benefícios foram ainda mais pronunciados quando o verubecestate foi administrado em combinação com radiação de baixa dose, uma vez que aumenta a infiltração de supressores no tumor. Para o especialista, mais pesquisas serão necessárias, mas esse estudo sugere que a capacidade do verubecestate de transformar soldados promotores de tumor em soldados de supressão pode estar relacionada à atividade de três moléculas. Essas moléculas, junto com BACE1 – que é mais abundantemente expresso em promotores de tumor do que supressores – formam uma cascata de sinalização que, em última análise, ajuda a manter as propriedades pró-câncer dos promotores. A inibição de BACE1, como com verubecestate, interrompe essa via de sinalização.

O verubecestate já foi aprovado para uso em humanos por causa de seus testes anteriores para a doença de Alzheimer, o que ajudaria a acelerar a tradução dos achados pré-clínicos promissores. “Este é um grande benefício do reaproveitamento de medicamentos – ser capaz de preencher a lacuna entre a pesquisa pré-clínica e os testes clínicos, o que muitas vezes pode ser um processo demorado. De qualquer maneira, aguardamos mais estudos para confirmar esses achados”, finaliza o médico.

Fonte: Estado de Minas