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Autocuidado em farmácias terá congresso inédito

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autocuidado em farmácias

O autocuidado em farmácias inspirou a criação de um evento inédito. A ACESSA (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde), antiga ABIMIP, e a Associação Latino-Americana de Autocuidado Responsável (ILAR) fecharam os detalhes para a realização do 1º Congresso Latino-Americano de Autocuidado.

O evento acontecerá em São Paulo nos dias 8 e 9 de novembro e terá a colaboração da Global Self-Care Federation (GSCF), principal federação mundial do segmento de MIPs, com sede na Suíça e que congrega associações, fabricantes e distribuidoras. A entidade internacional, inclusive, promoverá em paralelo sua conferência regional.

O 1º Congresso Latino-Americano de Autocuidado terá como tema “Fazer do Autocuidado um movimento de saúde” e o objetivo é gerar um espaço de discussão para colaborar com o avanço na adoção dessa prática.

A programação abordará as principais tendências globais e regionais e a relevância da construção de sistemas de saúde mais resilientes, políticas públicas e regulação, acesso a produtos de autocuidado, empoderamento e letramento em saúde, entre outros.

Autocuidado em farmácias: setor quer resolução global e dia nacional

O autocuidado também é pauta de um movimento para criar uma resolução global sobre o assunto. Já no Brasil, o setor farmacêutico se mobiliza para acelerar a aprovação do Projeto de Lei 3099/2019, que institui no calendário oficial da saúde o Dia Nacional do Autocuidado. De autoria do deputado federal Juninho do Pneu (União-RJ), a proposta aguarda designação de relator na Comissão de Saúde da Câmara.

A data já é celebrada em outros países no dia 24 de julho. “Acreditamos que a oficialização ajudará a promover a conscientização sobre a importância e os benefícios do autocuidado para a população brasileira, 24h por dia, sete dias por semana”, comenta Rodrigo Garcia, presidente da Acessa.

MIPs em supermercados podem colocar autocuidado em risco

O advento do autocuidado, porém, pode sofrer um revés caso vingue a proposta que autoriza supermercados e estabelecimentos similares a vender medicamentos isentos de prescrição.

PL 1774/19, de autoria do parlamentar Glaustin da Fokus (PSC-GO), aguarda designação de relator na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. A proposta permite a comercialização dessa classe de medicamentos não apenas em supermercados, como também em estabelecimentos similares.

Até quitandas estariam habilitadas para a venda, sem nenhuma previsão de uma farmácia dentro do estabelecimento ou da presença obrigatória de um farmacêutico para assistência ao consumidor. Em duas ocasiões no ano passado, a Câmara analisou o regime de urgência para avaliar o projeto ainda em 2022. Mas mesmo sob intensa pressão do setor supermercadista, a tentativa fracassou e o pedido não recebeu o apoio necessário.

E o movimento pelos MIPs em supermercados estendeu-se agora para o Senado Federal. Efraim Filho (União Brasil-PB) apresentou o PL 2158/2023 para autorizar a dispensação dos MIPs nesses estabelecimentos, com a prerrogativa da presença de um farmacêutico. A matéria está em tramitação na Comissão de Assuntos Sociais, cujo presidente, o senador Humberto Costa (PT-PE) avocou a relatoria da proposta.

Venda de MIPs em alta reforça tendência do autocuidado

venda de MIPs movimenta valores recordes e mais uma vez posiciona a categoria como a mais promissora nas farmácias brasileiras. A receita do segmento cresceu 25% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,6 bilhões.

É o terceiro ano consecutivo de recorde no faturamento dessa classe de medicamentos, que acompanha o processo de amadurecimento do consumidor com foco no autocuidado.

Os medicamentos isentos de prescrição respondem por 15% do volume de negócios, resultante das 1,42 bilhão de unidades comercializadas no período.

“O brasileiro incorporou o consumo desses produtos à sua rotina, estimulado pelo fortalecimento das farmácias como hubs de atenção primária e pela ascensão do e-commerce, cujas transações já somam R$ 2,7 bilhões”, observa Renan Oliveira, gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA.

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