Fabricante do Melagrião recebe visita inusitada

Fabricante do Melagrião
Foto: Divulgação

Fabricante do Melagrião, xarope presente no Brasil há mais de 100 anos, a Catarinense Pharma recebeu a visita da equipe do Manual do Mundo, maior canal de ciência e tecnologia da América Latina. A publicação faz parte da série “#Boravê”, por meio do qual os processos de produção de diversos produtos utilizados pela população no dia a dia são explicados de maneira mais detalhada.

 Na planta sediada em Joinville (SC), os apresentadores do canal registraram todas as etapas da fabricação do produto, desde a seleção da matéria-prima até a adição dos ingredientes, o processamento dos produtos, o envase e os testes de qualidade.

Vídeo sobre fabricante do Melagrião da Catarinense é estratégico

 O material é parte de uma nova campanha da fabricante do Melagrião, denominada A gente ama. A gente cuida, que busca consolidar a companhia como referência em cuidados no Brasil.

“O reposicionamento da marca está alinhado com o propósito da Exit (consultoria de mídia) de transformar a essência dos negócios em marcas vivas e trazer esse valor para a comunicação”, destaca Felipe Grossl, diretor de criação da empresa.

Na visão da farmacêutica, a iniciativa também é um importante passo na aproximação com a população, como afirma Karen Filter, gerente executiva de marketing. “Será uma experiência única para os clientes que confiam no Xarope Melagrião há décadas”, comenta.

Nova fábrica da Viveo tem investimento de R$ 20 milhões

Nova fábrica da Viveo
Foto: Divulgação

A nova fábrica da Viveo, localizada em Blumenau (SC), está em fase final de construção. A unidade contará um galpão de 8 mil metros quadrados, que deve iniciar suas atividades em 2025. As informações são do portal NSC Total.

 A inauguração é um importante passo para a distribuidora de medicamentos e produtos de saúde, estabelecendo a cidade de Blumenau como um dos principais centros de operação da companhia, com quatro de suas oito plantas no Brasil. É estimada também a criação de 120 novos empregos.

“Santa Catarina um estado forte na nossa operação, com qualidade de mão de obra, gestão industrial e malha logística” afirma Leandro Xavier, diretor industrial do grupo.

 Nova fábrica da Viveo é plano antigo

Os estudos sobre a criação da nova fábrica existem desde 2021, quando a Viveo concluiu a aquisição das empresas FW e Daviso. A compra das duas companhias custou cerca de R$ 300 milhões.

A nova planta será utilizada para unificar a produção da nova linha de lenços umedecidos da Cremer – empresa do grupo. Esse processo está atualmente dividido entre fábricas no estado de São Paulo e Santa Catarina.

 

Marcas de fraldas infantis investem em novos modelos

Marcas de fraldas infantis
Foto: Freepik

As marcas de fraldas infantis vêm investindo em novos modelos, de olho em fatores como a queda da natalidade impactando no volume de vendas. Seja em tamanhos maiores ou em modelos reutilizáveis, as fabricantes estão se reinventando, segundo reportagem do Valor Econômico.

A indústria vem se apoiando na tendência do uso mais prolongado das fraldas e lançando produtos voltados a um público um pouco mais velho e, portanto, mais abrangente. É o caso das fraldas de vestir, que se assemelham a um ‘shortinho’ e contam com versões extragrandes.

Para Marina Mizumoto, diretora de marketing da Softys, fabricante da Babysec, as vendas dessas fraldas ‘shortinho’ cresceram de 20% a 30% nos últimos anos, puxadas principalmente pela demanda no Nordeste. Segundo a executiva, a categoria tem recuado em volume e a única forma de ganhar participação de mercado é ‘roubando’ fatia dos concorrentes, como as marcas globais Pampers (da P&G) e Huggies (da Kimberly-Clark).

Reutilização no radar das marcas de fraldas infantis

Uma das marcas de fraldas infantis aposta em modelos reutilizáveis. Trata-se da Huggies, que também lançou uma linha de banho para o cuidado dos cabelos das crianças. O Brasil foi o primeiro país da América Latina, entre os que a fabricante está presente, a entrar nesse segmento.

Entre janeiro e maio deste ano, houve queda de 3,1% no volume de fraldas vendidas, para 2,51 bilhões de unidades, e recuo de 2,6% na receita do setor, para R$ 2,86 bilhões, segundo pesquisa da plataforma de inteligência Scanntech. A comparação é com igual período de 2023.

A diretora de marketing da Scanntech, Priscila Ariani, diz que esse fenômeno pode ser explicado pelo aumento da procura por pacotes maiores de fraldas. Esses produtos competem em valor com pacotes premium, mas oferecem um preço unitário menor — de R$ 0,91 a R$ 1,42 por unidade. Essa tendência influencia a categoria de itens mais baratos que também encolheu neste ano.

Assim, as marcas mais caras (acima de R$ 1,42 por unidade), que respondiam por 28,2% do faturamento do mercado em 2023, passaram para 26% em 2024, enquanto as mais baratas (abaixo de R$ 0,91) caíram de 16,3% para 14,4%. Em compensação, as de preço mediano foram de 55,5% para 59,7% nesse intervalo.

Filhos de Ricardo Boechat receberão R$ 600 mil de indenização da Libbs

Filhos de Ricardo Boechat
Foto: Reprodução site Libbs

A Libbs foi condenada a indenizar os filhos de Ricardo Boechat, jornalista morto em acidente de helicóptero quando retornava de evento para o qual foi contratado pela farmacêutica brasileira como palestrante. A decisão é da 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que reduziu o valor da reparação por danos morais de R$ 1,2 milhão para R$ 600 mil – metade para cada um dos filhos.

O órgão ainda manteve o restante da sentença da 11ª Vara Cível da Capital, proferida pelo juiz Dimitrios Zarvos Varellis. O jornalista faleceu aos 66 anos enquanto regressava da cidade de Campinas, no interior de São Paulo, onde participou de uma palestra sobre o cenário econômico e político do país no hotel Royal Palm Plaza. Ele foi contratado pela Libbs e o helicóptero caiu sobre uma carreta da Rodovia Anhanguera. O acidente vitimou também o piloto Ronaldo Quattrucci.

Para filhos de Ricardo Boechat, Libbs não garantiu segurança no transporte

Os filhos de Ricardo Boechat, Paula e Rafael, moveram o processo sob o argumento de que a farmacêutica brasileira não garantiu a segurança no deslocamento do jornalista. A empresa responsável pelo helicóptero não tinha autorização da Anac para realizar o transporte de passageiros.

A farmacêutica alegava não ter responsabilidade pelo acidente, pois a contratação do transporte aéreo foi realizada por empresa terceira, encarregada pela organização do evento. A hipótese, entretanto, foi afastada no julgamento. O colegiado entendeu que cabia à Libbs não apenas a segurança de seu contratado no decorrer do evento, mas também no trajeto de ida e volta, devendo, portanto, reparar os danos, nos termos do Código Civil.

“O modo pelo qual o transporte foi efetivado, se diretamente pela farmacêutica ou por meio de outra empresa por ela contratada para a realização desse serviço, não altera o fato indiscutível de que esta, efetivamente, assumiu expressamente a obrigação perante o jornalista de efetuar o seu transporte, para que realizasse a palestra no evento festivo”, escreveu o magistrado em seu voto.

“A cadeia de responsabilização, portanto, documentalmente encontra-se clara e estabelecida nos autos e a ré ocupa o ponto mais alto, sendo-lhe vedado escudar-se em responsabilização indireta de empresas por ela contratadas para a realização do evento que tinha ela própria como única destinatária e interessada”, concluiu o relator, desembargador Spencer Almeida Ferreira.

Completaram a turma julgadora os desembargadores Fernando Sastre Redondo e Flávio Cunha da Silva. A decisão foi unânime.

Distribuidoras da ABRADIMEX questionam prazos da indústria

DISTRIBUIDORAS DA ABRADIMEXABRADIMEX, distribuidoras de medicamentos, medicamentos de especialidades, indústria farmacêutica, canal hospitalar
Foto: Divulgação

As distribuidoras da ABRADIMEX, associação que representa 15 empresas com foco em medicamentos de especialidades, cobram maior flexibilidade da indústria farmacêutica na concessão de prazos e descontos. Ao atuar como um hub financeiro de clínicas, hospitais e farmácias de especialidades e com a explosão na demanda, o setor vê cada vez mais comprometida sua sustentabilidade financeira.

Os medicamentos de especialidades, que formam o chamado mercado non-retail, movimentaram em torno de R$ 62 bilhões no ano passado. As distribuidoras integrantes da ABRADIMEX respondem por metade desse montante. No entanto, as despesas e os níveis de exigência operacional aumentaram na mesma proporção.

“Com as farmacêuticas alocando mais esforços para pesquisa e desenvolvimento, nosso segmento assumiu tarefas adicionais na prestação de serviços, inclusive no ambiente intra-hospitalar. Em paralelo, o canal hospitalar não vem demonstrando fôlego financeiro, principalmente após a pandemia”, contextualiza Marcos Marques, presidente do conselho da associação.

As consequências desse panorama escancaram o descompasso. Em média, as distribuidoras concedem 75 dias de prazo de pagamento para hospitais e o período de estoque de cada SKU gira em torno de dois meses, totalizando 135 dias. Por outro lado, a indústria estabelece 42 dias de prazo médio, com uma semana para entrega.

“Isso resulta em 35 dias. Se fizermos a conta de 135 menos 35, na prática é como se estivéssemos bancando inteiramente 100 dias dessa operação. Nosso cash flow é baixíssimo, ainda mais se considerarmos a necessidade de atender cerca de 3,6 mil hospitais, o que equivale a 80% de cobertura, e 9,9 mil clínicas. O balanço final é um cash flow apertadíssimo”, adverte.

Distribuidoras da ABRADIMEX veem frete mais caro e concorrido

O custo do frete revela outro gargalo para as distribuidoras da ABRADIMEX. O Sindusfarma, inclusive, estima que os gastos envolvidos nesse processo encareceram até 50% com a adequação obrigatória à RDC 653. A resolução da Anvisa entrou definitivamente em vigor em março de 2024 e dispõe sobre o transporte de medicamentos refrigerados e sujeitos a controle de temperatura.

“A complexidade que cerca esses fármacos impõe o uso majoritário do frete aéreo, ainda mais caro. E também convivemos com o aumento da concorrência. Hoje, o caminhão que operadoras logísticas e transportadoras utilizam para distribuir carga seca, atendendo demandas dos e-commerces, é o mesmo disponibilizado para o setor farmacêutico”, ressalta Marques.

Números sugerem deficiência de acesso a medicamentos

Embora o segmento de distribuição mantenha capilaridade nacional, o cruzamento de números de mercado sugere o desalinhamento operacional dos hospitais e deficiência de acesso a medicamentos.

De acordo com a Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, o tempo médio de internação dos pacientes caiu de 4,5 dias para 4,1 dias em cinco anos. E em duas décadas, a participação dos medicamentos na relação geral de despesas do canal hospitalar despencou de 40% para 12%. Quase metade dos gastos passou a ser destinada à folha de pagamento e a despesas de hotelaria.

“Parte das justificativas dos gestores passa pelo alto custo dos medicamentos, o que afeta a disponibilidade e, consequentemente, acaba levando à liberação precoce de pacientes. É uma conta perversa que vem se transformando em uma bomba-relógio, em um Brasil com dimensões continentais e onde o índice de não adesão a tratamentos chega a 56%, contra 50% da média mundial”, adverte.

Abertura de diálogo com a indústria

A ABRADIMEX vem procurando abrir frentes de diálogo com as farmacêuticas, sobretudo as multinacionais. “Em função de imposições das matrizes, essas companhias são as menos flexíveis em relação a prazos”, aponta. Marques sinaliza dois caminhos possíveis para minimizar o problema – o aumento do limite de pagamento à indústria para 90 dias ou mais facilidade de acesso a descontos para ampliar as margens.

“Obviamente, compreendemos o peso que a pesquisa e a concepção de novos medicamentos representa para as finanças da indústria farmacêutica. Mas sem abertura para um diálogo multilateral que viabilize o compartilhamento de custos, o resultado final será agravado. Com mais pacientes tendo que recorrer a atendimentos emergenciais, sufocando tanto a rede privada como a estrutura do SUS, teremos uma sobrecarga geral no sistema e toda a cadeia sairá perdendo”, finaliza.

Ranking revela quem domina ESG no mercado farmacêutico

ESG NO MERCADO FARMACÊUTICO,Agenda ESG, ESG, indústria farmacêutica, redes de farmácias, sustentabilidade
Foto: Freepik

A agenda ESG no mercado farmacêutico está em alta. A 10ª edição do Ranking Merco de Responsabilidade ESG 2023, de autoria da consultoria Merco, relacionou as empresas que mantêm as melhores práticas de sustentabilidade no país. Das 100 mais bem colocadas, 11 atuam no setor, o maior número desde a estreia do estudo.

Uma das companhias do segmento figura inclusive no top 3. O Grupo Boticário figura atrás somente da Natura e está à frente do Hospital Sírio-Libanês. No ranking geral, a lista de representantes do segmento contempla ainda Nestlé (6°), J&J (12°), Unilever (11°), Danone (18°), Pfizer (23°), Ultrafarma (29°), P&G (32°), Bayer (60°), RD Saúde (62°) e Grupo DPSP (81°),

A metodologia parte de entrevistas com membros da alta direção de empresas com faturamento superior a R$ 200 milhões por ano. Os executivos apontam as cinco companhias de melhor responsabilidade em cada um dos pilares ESG.

A partir dessa primeira listagem, são feitas entrevistas com diversos outros grupos, incluindo especialistas em responsabilidade social corporativa, analistas financeiros, ONGs, sindicatos, associações de consumidores, jornalistas generalistas e de informação econômica, representantes do governo, gestores de mídias sociais e catedráticos de universidades.

“Presenciamos uma época em que os aspectos do ESG estão cada vez mais atrelados à sociedade, ao meio ambiente e ao mercado. É uma agenda que já impacta toda a cadeia de valor e vem ganhando relevância nas decisões do consumidor”, explica Victor Olszenski, diretor da Merco no Brasil e responsável pelo estudo.

ESG no mercado farmacêutico com avaliação por segmento

Além de relacionar as 11 empresas com melhor agenda ESG no mercado farmacêutico, outras oito companhias aparecem nos rankings por nicho e estão assinaladas em vermelho.

Farmácias

1 – Ultrafarma
2 – RD Saúde
3 – Grupo DPSP
4 – Farmácias Pague Menos.

Indústria farmacêutica

1 – Pfizer
2 – Sanofi
3 – Hypera Pharma
4 – Eurofarma
5 – Aché

Outros segmentos

Bens de consumo – No ranking de empresas de bens de consumo, a Unilever ocupa a primeira posição, seguida da Johnson & Johnson, em segundo; P&G (4°), Colgate-Palmolive (6°) e Kimberly-Clark (8°)

Conglomerado – Nesse segmento, a Bayer ficou com o segundo posto

Cosméticos e perfumaria – Grupo Boticário e L’Oréal ocupam a segunda e a quarta colocação, respectivamente

Mercado farmacêutico da América Latina deve crescer 22%

MERCADO FARMACÊUTICO DA AMÉRICA LATINAMercado farmacêutico, América Latina, medicamentos, indústria farmacêutica
Foto:Freepik

O mercado farmacêutico da América Latina, que movimenta anualmente US$ 197 bilhões (R$ 1,09 trilhão), é o que mais crescerá no mundo até 2027. É o que indica o relatório InFigures, produzido pela plataforma PharmaBoardroom. As estimativas apontam para um incremento médio acima de 22% no período.

O percentual é bem superior à média global de evolução esperada para o setor, na faixa de 7,8%. Os mercados desenvolvidos também deverão ter um avanço bem menos acelerado.

Mercado farmacêutico da América Latina x média
(avanço percentual projetado – 2003 a 2027)

graficos panorama farmaceutico
Fonte: PharmaBoardroom

Mercado farmacêutico da América Latina por país

O estudo ainda traçou uma radiografia do mercado farmacêutico da América Latina por país, com foco nos quatro líderes em faturamento – Brasil, México, Argentina e Colômbia.

  • Argentina

O mercado farmacêutico da Argentina movimentou US$ 6,3 bilhões (R$ 35 bilhões), sendo responsável pela produção de 753 milhões de unidades de medicamentos. No mesmo período, as exportações somaram o equivalente a US$ 884 milhões (R$ 4,9 bilhões). O país contabiliza 354 indústrias farmacêuticas, das quais 229 mantêm fábricas locais. O mercado emprega diretamente 43 mil colaboradores e ainda envolve 120 mil trabalhadores indiretos.

  • Brasil

O Brasil contabilizou faturamento de US$ 40,5 bilhões (R$ 223 bilhões), o que representa 5,7 bilhões de pacotes comercializados no período, segundo dados da Anvisa. A indústria farmacêutica concentra em seu portfólio 4.748 produtos, 13.817 apresentações, 2.001 ingredientes ativos e 505 classes terapêuticas.

  • México

As indústrias sediadas no México apresentaram receita de US$ 17,7 bilhões (R$ 97 bilhões) em 2023, um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento médio de 12% desde 2020 também merece destaque. O país sobressai principalmente pelo fluxo de exportações, que representam 63% do volume total apresentado pela indústria química, bem à frente de segmentos como bebidas e tabaco.

  • Colômbia

Em 2023, a Colômbia movimentou US$ 6,8 bilhões (R$ 37,9 bilhões). Dos medicamentos comercializados no país, 54% são importados e 46% contam com produção local. O setor emprega pouco mais de 49,8 mil colaboradores.

Região acelera crescimento com medicamentos de especialidades

Os medicamentos de especialidades, de maior valor agregado, vêm sendo determinantes para impulsionar o mercado farmacêutico da América Latina. E a indústria vem acompanhando essa tendência. Com incentivo especialmente dos laboratórios multinacionais, a região teve acesso a US$ 1,1 bilhão (R$ 5,6 bi) em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, sendo que 32% desses investimentos foram direcionados ao Brasil.

No caso do nosso país, o envelhecimento populacional vem puxando o gasto com remédios de alto custo. Dados do IBGE revelam que 32,9 milhões de brasileiros têm mais de 60 anos de idade, número que já é superior ao do de crianças de até nove anos. Em uma década, a parcela da população com essa faixa etária subiu de 11,3% para 14,7%.

Clínicas médicas do Walmart estão à venda

Clínicas médicas do Walmart
Foto: Divulgação

As clínicas médicas do Walmart foram colocadas à venda, segundo reportagem do portal Drug Store News. As negociações, que ainda estão em estágio inicial, incluem principalmente seguradoras de saúde.

 A Humana, companhia sediada em Louisville, no Kentucky (EUA), é a maior interessada na aquisição das 51 unidades espalhadas por todo o território norte-americano. Embora os valores da possível transação ainda não tenham sido divulgados, o Walmart, que tem uma das maiores redes de farmácias do mundo, deseja resgatar parte de seu investimento no negócio, dificultando a negociação.

Clínicas médicas do Walmart foram fechadas em abril

Criado em 2019, o segmento de clínicas médicas da multinacional americana foi encerrado em abril desse ano. O fechamento foi anunciado em nota pela empresa, que definiu a decisão como “muito difícil”.

“Os crescentes e desafiadores custos de operação e o faturamento negativo fazem com que o mercado de saúde seja insustentável para nós nesse momento”, explica a companhia.

“Nossa prioridade será garantir que as pessoas e comunidades impactadas sejam tratadas com todo o respeito, compaixão e apoio possível durante essa transição. Mesmo não operando mais centros clínicos de saúde, usaremos o que aprendemos e proporcionaremos um serviço de saúde confiável em todo o país por meio de nossas quase 4,6 mil farmácias”, complementa.

EMS compra Vitamine-se e fortalece aposta no mercado de vitaminas

Mercado de vitaminas
Foto: Divulgação

Um importante player fortalecerá sua atuação no mercado de vitaminas. A EMS anunciou a aquisição da startup de saúde Vitamine-se, que já trabalha com receita na casa dos R$ 25 milhões. As informações são do Pipeline do Valor Econômico.

O fundador da healthtech, Augusto Cruz Neto, fará parte da operação, agora como o responsável pela estratégia de marketing das marcas da farmacêutica. Com vasta experiência em publicidade, o executivo já atuou na comunicação de grandes empresas do setor.

Fundada em 2021, a Vitamine-se nasceu fazendo vitaminas personalizadas e comercializando os itens por meio de seu e-commerce. Para aumentar sua capilaridade, a fabricante começou a produzir multivitamínicos padronizados e trabalhar junto ao varejo farmacêutico.

De acordo com a publicação, o valor da transação segue em segredo. A companhia já atuava na categoria, mas agora contará com um portfólio mais diverso e investimento mais robusto.

Mercado de vitaminas receberá o dobro de investimento 

Com a chegada da Vitamine-se, a EMS irá, literalmente, dobrar a aposta no mercado de vitaminas. Para 2024, a farmacêutica planeja investir duas vezes mais na categoria e repetir o movimento em 2025, chegando a aportes de R$ 100 milhões.

A startup chega ao portfólio da EMS com 30 produtos. A companhia, por sua vez, garantirá mais capilaridade a esses SKUs, aumentando de 5 mil para 86 mil os PDVs atendidos pela healthtech.

Segundo Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS, os multivitamínicos podem também pintar no canal alimentar. “Temos um time contratado para isso (levar as vitaminas para os supermercados), que hoje está ocioso e vai começar a ter mais trabalho”, afirma.

Farmacêutica quer fortalecer comunicação 

Além de reforçar sua presença no mercado de vitaminas, a compra da Vitamine-se passa também por outro grande objetivo da EMS: reforçar sua comunicação. “O que acontece é que a EMS lidera no varejo farmacêutico há 17 anos consecutivos, mas a estratégia de branding ainda tem que ser resolvida”, analisa Sanchez.

“A EMS é uma Disneylândia das marcas. Aos 45 anos de idade, ter esse espaço na (empresa) líder, me sinto mesmo num parque de diversão”, comemora Neto. O executivo ficará à frente do projeto de reforçar as marcas da farmacêutica.

Segundo um estudo do Meio & Mensagem em parceria com a Kantar, a companhia paulista é a oitava maior quando o assunto é o montante investido em publicidade. Em 2022, R$ 422 milhões foram destinados para essa área, total que quase dobrou em 2023, fechando em R$ 798 milhões.

Justiça mantém leilão de fazendas de donos da São Bento

0
Donos da São Bento
Foto: Divulgação

As fazendas dos donos da São Bento continuarão no processo para ser leiloadas. O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT24) não aceitou a nulidade da venda das propriedades para a quitação das dívidas trabalhistas, que passam de R$ 10 milhões. As informações são do Campo Grande News.

Segundo a defesa, os cônjuges foram intimados apenas após o leilão. O advogado, Eduardo Marques, também argumenta que a execução foi redirecionada para os sócios. Os procuradores não aceitaram o pedido.

Fazendas de donos da São Bento são avaliadas em mais de R$ 23 mi 

Avaliadas em R$ 23,6 milhões, os imóveis em questão pertenciam ao Grupo Buainain, que geria a rede de farmácias São Bento. Totalizando mais de 1,2 mil hectares, as propriedades ficam localizadas em Camapuã (2) e Bandeirantes (1), ambas no Mato Grosso do Sul.

Rede de farmácias entrou em recuperação judicial em 2015 

Fundada em 1948, a São Bento nasceu como uma farmácia independente na esquina da Rua 14 de Julho com a Marechal Cândido Mariano Rondon, em Campo Grande (MS). A rede chegou a fincar bandeira em 23 municípios do estado, totalizando 80 PDVs.

Com quase R$ 74 milhões em dívidas, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial em 2015. A justificativa foi que, com investimentos em estrutura e tecnologia, a empresa havia comprometido sua capacidade de honrar com seus compromissos.

O plano de RJ foi aceito em 2021 e, na época, a defesa da varejista afirmava ter 1.359 credores. Suas duas últimas lojas fecharam em 2022.

Portal lançou seção sobre o tema 

Alinhado com o momento do mercado, o Panorama Farmacêutico lançou uma seção sobre recuperação judicial no setor farmacêutico. O espaço Falências & Recuperações está dividido entre as diferentes fases desse processo.

“O mercado farmacêutico vive um momento delicado e munir-se de informações relevantes se torna ainda mais importante para a sobrevivência dos negócios. Queremos abordar esse assunto sem medo e preconceitos”, explica o editor-chefe do portal, Leandro Luize.