Como pedir recuperação judicial de sua farmácia

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Como pedir recuperação judicial de sua farmácia vem se tornando, infelizmente, uma pergunta recorrente no setor. Só nos últimos dois anos, dez distribuidoras de medicamentos recorreram a esse expediente e ajudaram a revelar gargalos que afetam também o varejo farmacêutico independente, que tem no atacado uma fonte essencial de financiamento.

Mas para muitas empresas, essa representa a única saída para evitar a falência e a cobrança imediata e insustentável de dívidas. A estratégia possibilita ganhar tempo para a farmácia reorganizar a situação sem a necessidade de encerrar as operações, efetivar demissões ou descumprir novos pagamentos a fornecedores

A recuperação judicial também funciona como uma espécie de recado ao mercado. Com a apresentação de um plano, a companhia pode mostrar aos credores que está em condições de se reerguer caso consiga renegociar suas dívidas.

Uma das principais consequências da aprovação do plano de recuperação é a suspensão da maior parte dos débitos da empresa. Ou seja, o pagamento aos credores é adiado ou suspenso para que a empresa foque a quitação de compromissos com funcionários, tributos e matéria-prima, fundamentais para o negócio.

Como pedir recuperação judicial? Primeiros passos

Para saber como pedir recuperação judicial, a primeira etapa passa pela contratação de uma consultoria contábil ou jurídica e acionar a Vara de Falências. A criação desse órgão atendeu a uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) justamente para acelerar esse trâmite, já que as empresas que utilizam esse recurso já estão com as contas comprometidas.

Muitos municípios, porém, ainda não contam com uma vara especializada. Nesse caso, o caminho obrigatório é a vara cível comum. A farmácia deve apresentar um documento em que expõe as razões que a levaram à crise, acompanhado das demonstrações contábeis, da relação de bens da empresa e dos sócios, lista de eventuais ações judiciais em andamento, extratos bancários, a lista de credores e de um cronograma de recuperação com especificações por mês. Caso a proposta seja aceita, a Justiça indicará um administrador para fiscalizar o processo.

Para que o plano seja avaliado positivamente, a farmácia até pode ter histórico de falência, desde que essa pendência esteja extinta sem condenações à companhia. E se houve algum pedido de recuperação nos últimos cinco anos, a empresa não pode pleitear um novo plano.

Depois dessas fases, o plano começa a ser executado, exigindo muitas vezes a elaboração de um novo documento. Os credores da farmácia receberão convocação para uma assembleia de análise da recuperação judicial.

Blisterização de comprimidos é responsabilidade da indústria, afirma Carf

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Blisterização de comprimidos
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Uma decisão da 1ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decretou que a blisterização de comprimidos, ou seja, a inserção dos fármacos em cartelas, é responsabilidade das indústrias farmacêuticas. As informações são do portal JOTA.

A determinação faz parte de um processo movido pela Sandoz Brasil, que defendia que a prática, bem como o acondicionamento dos remédios em caixas, não são etapas do processo produtivo, e sim da comercialização dos remédios. A discussão partiu da discordância da empresa quanto ao método de cálculo dos preços de produtos de valor agregado utilizado para os medicamentos.

Discussão quanto à blisterização de comprimidos é antiga

A divergência nas interpretações do meio de classificação do processo é antiga, e percorre o Carf há anos. Enquanto representantes da indústria farmacêutica defendem que o método PRL 20, aplicado a produtos destinados à revenda, é o mais adequado, o conselho defende que a utilização do PRL 60, destinado aos bens usados no processo produtivo de outro produto, é mais correto.

O advogado Daniel Vitor Bellan, que representa a Sandoz, argumentou que “o produto importado já vem pronto para o consumo e tem a mesma função e eficácia”, explicando que a blisterização ocorre apenas para adequar os produtos às normas regulatórias brasileiras, que não permitem a comercialização de comprimidos a granel.

Luis Henrique Marotti Toselli, conselheiro relator do caso, concordou com o argumento da fiscalização, que afirma que a blisterização e o embalamento, ao agregarem valor ao medicamento, teriam característica de industrialização por modificarem o produto final, decretando o uso do PRL 60.

Farmarcas aprimora gestão de compras nos PDVs

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Uma solução da Farmarcas vem ajudando as farmácias associativistas na gestão de compras e no fomento das negociações com a indústria. Por meio da plataforma Pedido Ágil lançada em fevereiro, o grupo quer se consolidar como uma ponte comercial entre fabricantes e o varejo farmacêutico.

“Há uma necessidade por estimular promoções nas duas pontas da cadeia. Decidimos assumir o protagonismo nessa relação”, comenta Fábio Chacon,  diretor comercial da administradora de redes associativistas de farmácias, em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico.

O Pedido Ágil possibilita que as solicitações de compras sejam efetivadas em um ambiente 100% online, com condições diferenciadas. “Diferentemente de um sistema de televendas, a ferramenta prioriza a relação direta entre os fornecedores e as farmácias, eliminando intermediários desnecessários e permitindo agilizar o processo de distribuição e entrega dos produtos”, afirma.

Por meio da ferramenta, os fabricantes fazem promoções com condições diferenciadas dos produtos. “Trabalhamos apenas com oportunidades de compra realmente vantajosas e com produtos de curva A e B, que realmente terão saída nas drogarias”, pontua o executivo.

Os associados podem conferir os produtos por meio do Radar Compras e a equipe da Farmarcas também notifica os gestores das farmácias sobre novas promoções durante as reuniões semanais realizadas pela administradora.

Novo sistema de gestão de compras amplia parceria com a indústria

No mês de estreia da solução, a Farmarcas fechou uma parceria com a Hypera Pharma, mais precisamente para a promoção do Neosaldina. Segundo Chacon, o impacto foi imediato. “O faturamento de fevereiro deste ano foi três vezes maior do que do mesmo mês do ano passado”, aponta.

A criação da solução de pedidos partiu de um desafio levantado pelo presidente da Farmarcas, Edison Tamascia. O executivo queria fomentar o relacionamento no canal farma. “O Pedido Ágil já era parte de nossas metas para este ano. Fomos provocados pelo Edison para viabilizar uma plataforma digital que integrasse informações sobre promoções da indústria, aproximando-a do varejo”, relembra.

Justiça aprova plano de recuperação judicial da Rite Aid

recuperação judicial da Rite Aid
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A justiça dos Estados Unidos aprovou, no dia 28 de junho, o plano de recuperação judicial da Rite Aid. A decisão permite que a rede de farmácias reduza sua dívida em US$ 2 bilhões (R$ 11,39 bilhões) ao transferir o controle para um grupo de credores. As informações são da Reuters e do Drugstore News.

Segundo o relatório, o juiz Michael Kaplan aprovou, além do corte de dívidas, o acesso da Rite Aid a cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 14,24 bilhões) para financiar um plano de recuperação que os consultores chamam de “Rite Aid 2.0”.

Antes da decisão de Kaplan, a advogada da Rite Aid, Aparna Yenamandra, fez um apelo para que o acordo de reestruturação fosse aprovado, sob a alegação de que 28 mil empregos poderiam ser perdidos.

A Rite Aid entrou com pedido de concordata em outubro de 2023, após relatar US$ 750 milhões (R$ 4,2 bilhões) em perdas e US$ 24 bilhões (R$ 136,72 bilhões) em receitas no último ano fiscal.

Recuperação judicial da Rite Aid inclui indenizações por opioides

O plano de recuperação judicial da Rite Aid fornecerá US$ 47,5 milhões (R$ 270,59 milhões) a credores, incluindo pessoas físicas e governos de estados norte-americanos que processaram a rede de farmácias por supostamente contribuir para a epidemia mortal de opioides nos EUA.

Antes de entrar com pedido de falência, a Rite Aid enfrentou 1.600 processos de opioides, incluindo um do governo federal alegando que a empresa ignorou sinais de alerta ao preencher receitas suspeitas de medicamentos analgésicos opioides viciantes.

Arik Preis, advogado que defendeu alguns desses processos, informou que 22 mil indivíduos que entraram com ações de indenização por danos pessoais deveriam receber entre US$ 250 (R$ 1.424,15) e US$ 500 (R$ 2.848,30) cada. Os pagamentos do acordo, embora modestos, são uma vitória para os requerentes de opioides devido à alta dívida e aos terríveis problemas financeiros da Rite Aid, disse Preis.

A Rite Aid chegou a acordos com 16 dos 17 estados onde opera, o que resolveu as reivindicações de opioides desses estados. A rede, que tinha mais de 2 mil lojas quando entrou com pedido de falência em outubro, sairá do processo com cerca de 1.300 lojas restantes.

Inteligência artificial na farmácia pode potencializar atendimento

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA FARMÁCIAAtendimento ao cliente, inteligência artificial, WSI
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A adoção de ferramentas de inteligência artificial na farmácia pode representar um diferencial competitivo do PDV no atendimento ao cliente. Em entrevista ao Panorama Farmacêutico, o diretor da consultoria WSI, Ricardo Guimarães, afirmou que essa tecnologia tem papel preponderante para humanizar a interação com o consumidor na loja.

Para o especialista, o uso da inteligência artificial no atendimento ao cliente reúne aplicabilidades que vão desde o varejo digital até o físico. Independentemente da modalidade, o objetivo é o mesmo – otimizar tempo e recursos. “Essa tecnologia deve ser vista como uma estratégia auxiliar, capaz de garantir mais velocidade a tarefas repetitivas do cotidiano”, avalia.

A IA também colabora para aumentar a acurácia da análise de dados sobre o comportamento do consumo e para elaborar promoções personalizadas de maneira muito mais simples. Além disso, ela libera o balconista e o farmacêutico de outras atribuições e permite que ele dedique uma atenção mais exclusiva ao cliente, esclarecendo suas dúvidas com calma e profundidade”, analisa.

Inteligência artificial na farmácia muda experiência do e-commerce

Outra vantagem da inteligência artificial na farmácia é a possibilidade de oferecer um suporte 24/7 no ambiente digital. “A IA pode alimentar um chatbot, por exemplo, respondendo às dúvidas mais frequentes do consumidor”, argumenta. Além disso, ele aponta que a tecnologia pode ajudar nos agendamentos de procedimentos, como aplicação de injetáveis e realização de testes rápidos.

“Em paralelo, ela pode também solicitar automaticamente feedbacks junto ao consumidor sobre a experiência de compra, para identificar os pontos fortes e fracos de sua atuação no canal virtual”, acrescenta.

Consumidor é digital, mas cuidado humano ainda é necessário

O especialista afirma que o consumidor está se acostumando com a implementação de novas tecnologias no atendimento, mas ainda deseja uma interação pessoal na loja física. “A maioria dos shoppers não compraria um remédio com um robô, mas ele pode ajudar o ser humano a se aproximar de seu cliente. Isso é inegável”, finaliza.

Rede mineira torna-se mais uma das redes associadas da Febrafar

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Associadas da Febrafar
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O número de redes associadas da Febrafar segue crescendo. A federação, que reúne farmácias associativistas e independentes, recebe a Drogarias Minas Master.

Agora, com 69 empresas vinculadas, a entidade se consolida como o maior agrupamento farmacêutico do país. Ao todo, 16 mil lojas estão sob o guarda-chuva do grupo.

Segundo o fundador e diretor geral da varejista, Lucas Firmino, fazer parte da federação sempre foi um objetivo da companhia. “Desde quando a rede Minas Master estava somente no papel, em alguns rabiscos que eu fazia, o principal foco era estar na Febrafar”, revela.

Minas Master tem mais de 20 anos de mercado 

Sediada em Varginha, a Minas Master soma mais de duas décadas de varejo farmacêutico. Presente no Noroeste, Norte e Sul mineiro, são 30 lojas no estado.

Quando o assunto é expansão, Firmino destaca que o objetivo é se firmar no mercado local. “Queremos nos consolidar em Minas porque existem muitas oportunidades. Posteriormente, chegaremos a outras regiões”, explica.

Associadas da Febrafar faturam R$ 31,1 bilhões 

Nos últimos 12 meses até fevereiro, as então 68 redes de farmácias associativistas ligadas à Febrafar movimentaram o valor recorde de R$ 31,1 bilhões. Nos últimos cinco anos, outro dado animador a crescer foi a participação de mercado.

Segundo a IQVIA, neste ano, a entidade já detém uma representatividade de 15,4%. A título de comparação, em 2020, o share da federação era de 12,3%.

Os dados foram apresentados no jantar anual comemorativo do agrupamento, realizado no último mês de abril. O evento mobilizou 1.556 convidados, entre executivos do varejo, da indústria e do atacado.

Prati-Donaduzzi amplia sua aposta na produção de IFA no Brasil

produção de IFA no Brasil
Foto: Reprodução portal Amanhã

A produção de IFA no Brasil ainda é baixa, mas um player está ampliando sua presença nesse mercado. Com nova planta, a Prati-Donaduzzi passa a produzir cabergolina. As informações são da Gazeta de Toledo.

O insumo é utilizado na fabricação de medicamentos com a mesma função da dopamina. O remédio em questão age na hipófise e impede a produção da prolactina, um hormônio responsável pela produção de leite.

Com o início da fabricação, a farmacêutica paranaense entra em um seleto grupo de fabricantes desse insumo, no qual existem apenas sete no mundo. Presente na lista do SUS, a terapia é destinada aos tratamentos de hiperprolactinemia e de tumores benignos da hipófise.

“Desde 2018, pesquisamos e nos preparamos para a produção de IFAs. Foram mais de quatro anos para estruturar nosso setor e iniciar a verticalização dos serviços”, comenta Nelson Claro Júnior, diretor da área de IFAs da companhia.

Produção de IFA no Brasil e entrada em mercado milionário 

Com o quilo comercializado por mais de US$ 268 mil (cerca de R$ 1,5 milhão), a fabricação de cabergolina inserirá a Prati-Donaduzzi em um mercado milionário. Segundo a IQVIA, o mercado mundial do IFA em questão movimenta US$ 147 milhões (cerca de R$ 835,1 milhões) por ano.

O negócio se torna ainda mais atrativo para o laboratório porque a América Latina é o segundo maior mercado consumidor do medicamento. Cerca de 10% do que é produzido em todo o mundo é consumido na região.

“Com a produção do IFA temos maior vantagem competitiva no mercado e, também, conseguimos abastecer as indústrias brasileiras, da América Latina, Europa e Estados Unidos”, afirma. Além da cabergolina, a Prati-Donaduzzi já produz também o IFA do canabidiol sintético. “Ainda em 2024 vamos colocar no mercado mais dois IFAs”, completa o diretor.

Apenas 5% dos IFAs é produzido no Brasil 

O Brasil, apesar de contar com uma indústria farmacêutica desenvolvida, ainda patina quando o assunto é a produção dos insumos farmacêuticos. De acordo com a Abiquifi, apenas 5% do que é utilizado no país é fabricado por aqui.

Países como China e Índia detém o protagonismo no mercado. A expectativa do governo é que, em dez anos, 70% dos bens da saúde, dentre eles os IFAs, sejam produzidos no Brasil.

Fusões na indústria farmacêutica movimentaram R$ 1 tri em 2023

Fusões na indústria farmacêutica
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O ano de 2023 marcou o reaquecimento do mercado de fusões na indústria farmacêutica. Ainda distante do pico de 2019, esses negócios movimentaram US$ 184 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) no ano passado.

Desse total, 65% (US$ 121 bilhões/ R$ 684,8 bilhões) ficou concentrado nos dez maiores negócios do período. A área de oncologia é a que mais atraiu a atenção dos executivos.

Cinco maiores fusões na indústria farmacêutica em 2023 

1 – Pfizer compra a Seagen 

Valor movimentado: US$ 43 bilhões – R$ 243,3 bilhões

Com especial foco na área de conjugados de anticorpos e medicamentos (ADCs), a Pfizer anunciou a compra da Seagen em março de 2023, finalizando a transação no fim do ano.

2 – Amgen adquire a Horizon Therapeutis 

Valor movimentado: US$ 28,3 bilhões – R$ 160,1 bilhões

Amgen comprou a Horizon Therapeutics em negócio que se iniciou em 2022 e só foi concluído em outubro passado. Na transação, a indústria norte-americana pagou US$ 116,50 (cerca de R$ 659,33) por ação.

3 – MSD soma a Prometheus Biosciences 

Valor movimentado US$ 10,8 bilhões – R$ 61,1 bilhões

A MSD fechou o ano com US$ 60,1 bilhões (cerca de R$ 340,1 bilhões) em despesas de I&D. Desse montante, mais da metade foi utilizada em fusões e aquisições, das quais se destaca a compra da Prometheus Biosciences.

4 – Biogen traz a Reata Pharma para a operação 

Valor movimentado: US$ 7,3 bilhões – R$ 41,3 bilhões

Na transação, a Biogen desembolsou US$ 172,50 (cerca de R$ 976,26) por ação da empresa. Anunciada em julho, em três meses a transação foi finalizada.

5 – Roche absorve a Telavant, subsidiária da Roivant Sciences 

Valor movimentado: US$ 7,25 bilhões – R$ 41 bilhões

A Roche buscou na Telavant, que era subsidiária da Roivant Sciences, uma solução para o tratamento da colite ulcerativa. O negócio foi anunciado logo após dados positivos de uma terapia para a doença serem divulgados.

As informações são do portal Fusões & Aquisições.

InterPlayers reforça inteligência artificial na saúde

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SAÚDEInteligência artificial, programas de suporte ao paciente, indústria farmacêutica
Cristiano Miranda, Arnaldo Sá Filho e Rodrigo Galesi
(InterPlayers) ao lado de Cristiano Kruel e Andre Kohama (StartSe)
(Foto: Panorama Farmacêutico)

A Interplayers desenvolveu um projeto que visa a difundir o uso da inteligência artificial na saúde, com foco nos programas de suporte ao paciente (PSP) da indústria farmacêutica. Como parte da estratégia de divulgação dessa iniciativa, o grupo mobilizou 40 tomadores de decisão do setor em um evento para debater as aplicabilidades dessa tecnologia, ocorrido na primeira quinzena de junho em São Paulo (SP).

O projeto atraiu a atenção de farmacêuticas como Abbott, Aché, Amgen, Astellas, AstraZeneca, BMS, Ferring, Galderma, Hypera, Merck, Novartis, Organon, Pfizer, Roche, Sandoz, Sanofi, Takeda, União Química e Zambon.

O hub de negócios em saúde e bem-estar da Interplayers gerencia atualmente PSPs de diversas companhias. Forma um ecossistema que conecta em torno de 50 milhões de pacientes a 7.500 clínicas e laboratórios de diagnóstico, 536 mil médicos e 73 mil farmácias e drogarias.

Inteligência artificial na saúde garante escala à jornada de cuidado

O uso da inteligência artificial na saúde desponta como caminho para resolver um desafio da indústria, que cada vez mais empenha esforços na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos inovadores e de alto custo. Ao mesmo tempo, o envelhecimento populacional e a alta da expectativa de vida no Brasil impõem mais gargalos no acompanhamento do paciente em todas as etapas do tratamento.

“Nossa solução com inteligência artificial embarcada propõe um modelo híbrido de atendimento, que alia o protagonismo do ser humano com a tecnologia. Dessa forma, podemos escalar os programas de suporte ao paciente e assegurar uma jornada de cuidado mais personalizada”, entende Rodrigo Galesi, diretor de Operações de Tecnologia e Negócios do grupo.

O projeto-piloto começou a ser testado em janeiro e, segundo o executivo, a tecnologia está programada para responder todas as dúvidas e questionamentos do paciente. “Caso a IA tenha dúvida ou desconheça o conteúdo da questão abordada, ela é transferida para um atendimento humano e especializado, sem deixar o paciente desassistido”, acrescenta.

Para o evento em São Paulo, a Interplayers promoveu palestras com Cristiano Kruel, CIO da StartSe; e Renata Jacobson, gerente de Inovação e Experiência do Paciente da Amgen. Ambos destacaram o exemplo da China, que pretende inaugurar este ano o primeiro hospital 100% operado por IA no mundo, com médicos robóticos capazes de atender cerca de 3 mil pacientes por dia.

Para apresentar sua nova solução aos presentes, a Interplayers contou com um time de peso. Além de Galesi, estiveram no evento o fundador do grupo, Arnaldo Sá Filho; Carolina Miranda, gerente de Operações e Serviços ao Paciente; Cristiano Miranda, gerente de negócios; Edson Guimarães, gerente comercial; e Simone Suster, gerente de Marketing.

Setor reivindica redução no IVA de medicamentos

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redução no IVA de medicamentos
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A indústria farmacêutica não está medindo esforços para garantir a redução no IVA de medicamentos. O projeto de regulamentação do imposto sobre o valor agregado (IVA), entregue pelo Ministério da Fazenda à Câmara, prevê alterações na tributação de uma lista de medicamentos.

 A proposta, inicialmente, divide os medicamentos em duas listas. Uma conta com tarifa zero e a outra com uma redução de 60% nas taxas. O problema, no entanto, é que, segundo estimativas do setor, 56% dos fármacos comercializados no Brasil não estão em nenhumas das opções, configurando assim a cobrança total do IVA.

Falta de redução no IVA de medicamentos pode afetar população

A aprovação dessa medida gera receio em representantes do mercado, que se reuniram com deputados para apresentar seus argumentos e expor seus temores. Nesse encontro foram divulgadas contas que estimam uma redução de 2,5% a 5% da demanda de remédios, no caso de um aumento próximo aos 25% nos preços.

O índice de 52% dos brasileiros que já abandonaram um tratamento por falta de dinheiro, o crescente custo de vida, aliado ao envelhecimento da população, foram outros argumentos utilizados durante a reunião.

“Mesmo sendo um produto essencial para curar doenças, as pessoas muitas vezes não compram remédio quando o preço chega a um determinado ponto. A distribuição de renda no País tem esse efeito perverso. A pessoa leva a receita médica ao farmacêutico, mas quando descobre quanto o remédio custa diz que não pode levar”, explica Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil.

“Nosso receio é de uma elevação de carga se refletir em preços mais altos dos medicamentos. Não é possível ainda dizer exatamente qual seria o aumento de preço, mas estamos alertando os deputados de que um grande bloco do mercado vai ficar com o IVA cheio”, complementa.