Estágio de férias da Prati-Donaduzzi está aberto para inscrições

Estágio de férias da Prati-Donaduzzi
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A edição de 2025 do estágio de férias da Prati-Donaduzzi está com as inscrições abertas até o próximo domingo, dia 10. O projeto, que já contemplou mais de mil estudantes desde sua inauguração em 2009, é uma importante forma de conexão entre futuros farmacêuticos e a indústria nacional.

Os interessados devem se candidatar no site do processo seletivo e precisam estar de férias entre os dias 6 e 31 de janeiro (período de duração do estágio), matriculados em um curso superior de farmácia em uma instituição que tem convênio com o loboratório e ter um local para residir em Toledo (PR) durante o mês de trabalho.

Estágio de férias da Prati-Donaduzzi funciona como porta de entrada

O programa é considerado uma porta de entrada para a farmacêutica, com muitos dos estudantes sendo contratados para estágios definitivos na companhia. “Aqueles que demonstram dedicação, interesse e que estão dispostos a aprender e somar com os conhecimentos adquiridos na graduação, poderão ser contratados”, conta Claudia Comin, reponsável pelo programa de estágio.

“A Prati-Donaduzzi oferece grandes oportunidades de crescimento, e o estágio de férias é uma ótima oportunidade para que os estudantes conheçam mais sobre a indústria farmacêutica”, complementa a executiva.

Carla Santolin, analista de processos sênior, participou da edição de 2016, foi contratada para o estágio obrigatório, iniciou sua carreira técnica como analista júnior e foi progredindo, passando a analista pleno e posteriormente, a sênior.

“No estágio pude aprender e conhecer profissionais de diversas áreas da indústria e entender um pouco mais sobre todo o fluxo, desde a compra e recebimento de matéria-prima até a entrega de produto final”, diz.

“Dentre os principais aprendizados estão o trabalho em equipe e a visão ampla de funcionamento de uma indústria farmacêutica. Fiz meu estágio obrigatório na área de Revisão da Qualidade do Produto, em seguida, fui efetivado na área de Assuntos Regulatórios. Creio que o que mais contribuiu para a minha efetivação foi o conhecimento que eu desenvolvi acerca de toda a cadeia produtiva, a facilidade de comunicação e o grande incentivo que recebi por parte dos meus gestores”, frisa o farmacêutico Matheus Kuhn, que participou do programa em janeiro de 2023.

Farmácia pode ser obrigada a fornecer orçamento de medicamentos

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Orçamento de medicamentos
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Fornecer orçamento de medicamentos e outros produtos pode se tornar uma obrigação nas farmácias do Mato Grosso do Sul. O Projeto de Lei (PL) 255/2024, que prevê a prática, está tramitando no plenário da Assembleia Legislativa do Estado. As informações são do Midiamax.

De autoria da deputada estadual Lia Nogueira (PSDB-MS), o texto demanda que o varejo farmacêutico disponibilize para o consumidor um documento descrevendo o nome comercial do medicamento, seu genérico, a quantidade, dosagem, preço unitário e total. Além disso, o orçamento deve contar também com a data da consulta, CNPJ do estabelecimento e endereço.

A parlamentar argumenta que o documento será uma prova dos gastos necessários com tratamentos. “Atualmente, é comum as famílias buscarem a intervenção da Defensoria Pública para o fornecimento de medicamentos, fraldas, leite e outros itens necessários”, explica.

Orçamento de medicamentos desburocratizaria processos judiciais 

A deputada afirma ainda que, sem o PL, farmácias têm se negado a fornecer o documento. “Ocorre que, diversas farmácias se recusam a fornecer orçamentos impressos, obrigando quem já se encontra fragilizado pela doença a cruzar a cidade em busca de um estabelecimento que cumpra esse simples ato”, destaca.

Em geral, os procedimentos para processos judiciais do tipo demandam a apresentação de três orçamentos obtidos em lojas diferentes na região. Se aprovado, o projeto entrará em vigor na data de sua publicação.

Faturamento da Farmarcas cresce 155% em cinco anos

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faturamento da Farmarcas
Time da Farmarcas reforça comunicação com parceiros e uso de plataformas para melhorar execução na ponta                FOTOS: Divulgação Farmarcas e Leandro Luize

O faturamento da Farmarcas avançou 155% em cinco anos e consolida o grupo como quarto maior player do varejo farmacêutico nacional. Os resultados da administradora de redes de farmácias associativistas, setor que lidera o volume de abertura de lojas no país em 2024, respaldam os planos de dobrar de tamanho até 2030.

De acordo com a IQVIA, a receita da Farmarcas alcançou R$ 8,4 bilhões nos últimos 12 meses até agosto de 2024. O valor é 12% maior que o do mesmo período anterior e revela um cenário bem diferente do de 2020, quando movimentou R$ 3,7 bilhões em vendas. Desde então, o grupo inaugurou 781 unidades, cujo faturamento médio totaliza R$ 596 mil – acima da média de R$ 434 mil de todas as lojas.

Os indicadores foram compartilhados com líderes da indústria farmacêutica em um jantar ocorrido na última semana no Rosewood Hotel, em São Paulo (SP). “Essa performance reflete um planejamento muito bem estruturado, com um time comprometido em valorizar a comunicação com os parceiros e a capacidade de execução dos empresários do associativismo e dos colaboradores”, enfatiza o diretor geral Paulo Costa.

Faturamento da Farmarcas será ancorado em seis pilares

Durante o encontro, Costa também apresentou os projetos que nortearão a intenção de dobrar o faturamento da Farmarcas, ancorados em seis pilares. Um deles é a aceleração da jornada digital, por meio do modelo de E-delivery.

A aposta em lojas físicas será outra prioridade e terá como base o Esquinas Sensacionais. Essa iniciativa foi lançada em 2020 e já fundamentou a abertura de 121 lojas, com faturamento médio de R$ 664 mil. Esse conceito preconiza a montagem de lojas com um bom fluxo de veículos, priorizando pontos de passagens para áreas como bancos, restaurantes e postos de gasolina. A estrutura é mais ampla, com espaço para expor o mix de forma mais adequada, estacionamento próprio e vitrines que garantem visibilidade total de quem está passando na rua.

O grupo prevê ainda intensificar as negociações por meio da plataforma própria de trade marketing, que já agrega 28 indústrias e 1.248 lojas. “Mais de 56 mil ações foram negociadas pela ferramenta e o engajamento médio é de 92%”, celebra.

O quarto pilar é o reforço do Encontro Farmarcas, que gerou R$ 200 milhões em negócios na mais recente edição, em agosto. Além disso, o grupo ampliará a aposta em novos nichos para diversificar as fontes de receita – marcas próprias, serviços farmacêuticos e medicamentos de alto custo.

O sexto pilar é a concepção do Edifício do Associativismo, nova sede do grupo e também da Febrafar, que será inaugurada em 2025. O espaço ocupará dez andares na Rua Domingos de Morais, 2.709, ao lado do Metrô Santa Cruz, em São Paulo (SP). “Vamos nos mudar para uma estrutura de 8.500 m², o dobro da nossa capacidade atual, que nos apoiará no cumprimento das metas e no próximo ciclo de crescimento”, destaca Edison Tamascia, presidente da Farmarcas.

Expansão da MasterFarma mira 100% dos estados

EXPANSÃO DA MASTERFARMAFarmácias, MasterFarma, Varejo farmacêutico
Hênio Grasso Jr. e Eduardo Grasso | Foto: Divulgação

Com mais de 1 mil PDVs, o processo de expansão da MasterFarma contempla agora a entrada de 100 associados em São Paulo e 60 na Bahia. A expectativa é gerar R$ 173,6 milhões em negócios em ambas as regiões. A decisão faz parte do Projeto Crescer, plano estratégico que prevê a presença da rede em todas as unidades da Federação até 2027.

Atualmente, a rede já está presente no Acre, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e no Distrito Federal.

A ampliação da capilaridade nos dois estados-alvo estava projetada para 2025. Porém, foi antecipada para este ano por uma demanda de mercado. “As farmácias estabelecidas em São Paulo e na Bahia demonstraram profundo interesse em contar com as soluções exclusivas que a MasterFarma disponibiliza aos associados”, explica o diretor comercial Eduardo Grasso.

Segundo o executivo, a análise de mercado realizada pela rede mostrou que farmácias paulistas e baianas estão mais suscetíveis à concorrência neste momento e buscam parcerias que ofereçam soluções capazes de deixá-las mais competitivas. “Também ficou claro que muitas farmácias carecem de suporte em gestão, precificação e trabalho com categorias”, argumenta.

Expansão da MasterFarma visa não perder o timing

Como parte da rota de expansão da MasterFarma, a diretoria redirecionou investimentos para o setor comercial, alinhou as ferramentas para a realidade dessas regiões e, por fim, fechou parcerias com distribuidoras regionais e nacionais. “Vimos que não poderíamos perder o timing, mesmo sabendo do grande desafio que isso representa”, destaca.

Para Adalberto Venancio, coordenador de operações na Bahia, o grande diferencial é que as soluções que a MasterFarma entrega a seus associados estão alinhadas às dores que o mercado local está sentindo. “A rede, mais uma vez, provou que assegura um direcionamento dinâmico, pois somente criando esse ambiente poderíamos ter sucesso na inclusão de novos associados”, afirma Celso Adair Rocha, coordenador em São Paulo.

Grasso acrescenta que ambos os estados demandam um tempo razoavelmente longo para a prospecção, estruturação e amadurecimento das parcerias, em função da abrangência territorial. “Entretanto, são vizinhos de outros estados muito promissores, o que tende a acelerar nossa estratégia de crescimento”, indica o executivo.

Festa de Prêmios ajuda na difusão da marca

Equipe MasterFarma sorteio 002
Foto: Divulgação

Uma das estratégias para ajudar na difusão da marca MasterFarma é a campanha Festa de Prêmios, realizada de maio a setembro de 2024 e cujo sorteio ocorreu no dia 31 de outubro em Criciúma (SC). A promoção, que movimentou mais de R$ 150 milhões, envolveu 10 motos e um carro zero quilômetro, totalizando quase R$ 200 mil em prêmios, com a adesão de mais de 3 milhões de participantes.

Mais de 900 lojas das bandeiras MasterFarma e SuperPopular participaram da campanha. “É uma das maiores promoções do varejo farmacêutico, pelo alcance conquistado. Para o associado, a estratégia de fidelizar o cliente com uma promoção desse nível incrementa as vendas de não medicamentos e eleva o tíquete médio das farmácias, favorecendo a venda acessória. Isso sem onerar a farmácia, pois os prêmios são custeados pela própria rede”, ressalta Hênio Grasso Jr., diretor de marketing da rede.

Confira os ganhadores da promoção:

Motos:
Silvio Antonio de Andrade – Pontalina (GO)
Maria Regina Braum Ribeiro – Chupinguaia (RO)
Rosani Rohde – Blumenau (SC)
Ana Paula Lima de Moraes – Brusque (SC)
Rubens Sergio Pamplona – Balneário Piçarras (SC)
Luciano César – Carlópolis (PR)
Patrícia Batista de Oliveira Cafaccio – Ângulo (PR)
Laís Therzaa Moreira – Salto do Itararé (PR)
Fátima de Oliveira – Bonito (MS)
Alziro Rutizi Nicoli – Sinop (MT)

Carro:
Rosângela Alves Becker – Tubarão (SC)

Flora tem novo gerente executivo

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Flora, Felipe Cautella
Foto: Acervo pessoal

Felipe Cautella é o novo gerente executivo farma da Flora, detentora de marcas como Francis e Neutrox. Sua principal atribuição será o desenvolvimento de estratégias de negociação e parcerias com o varejo. Ele assume o cargo após uma experiência no varejo, na Nova Rede Drogarias.

Graduado em publicidade pela Universidade Nove de Julho, cursou MBA em marketing no Insper e especializou-se em liderança e gestão. Em quase 20 anos de experiência no canal farma, passou também por laboratórios como Germed, Grupo NC e Sanofi-Medley.

Contato: Felipe.cautella@flora.com.br

Novo sistema de vagas para PMEs mira farmácias

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vagas para PMEs
Foto: Canva

Um novo sistema de vagas para PMEs (pequenas e médias empresas) está chegando ao varejo farmacêutico. Criada pela empresa Vagas, proprietária do portal Vagas.com e do software Vagas for business, a ferramenta busca acelerar o processo de contratação nas farmácias de bairro e pequenas redes, que atualmente dependem de indicações e cartazes de “contrata-se”.

“Tenho 23 anos de atuação nesse mercado, primeiramente como representante comercial, visitando centenas de farmácias diariamente e há dez como empresário de uma distribuidora de produtos farmacêuticos. Conheço de perto o transtorno no dia a dia das farmácias de menor porte quando um funcionário sai repentinamente, e a dificuldade para contratar rapidamente”, conta Marcelo Furtina, sócio da JMF Distribuidora.

“Percebendo essa necessidade, entendemos que uma solução como a que desenvolvemos neste ano tem muito a contribuir. Mesmo sem uma área dedicada a R&S (Recrutamento e Seleção), ficará muito mais fácil para os gestores de farmácias contratarem com rapidez e segurança. Com a compra de um crédito, ele poderá fazer a seleção de candidatos para uma vaga. Sem burocracias e mensalidades, com um ótimo custo benefício e um retorno muito rápido”, complementa Stefania Rocha, responsável pela Área de Experiência do Cliente na Vagas.

O bom momento da economia e o elevado turnover do varejo farmacêutico, que ultrapassa os 30% nas pequenas redes, foram os principais impulsionadores da ideia.

Novo sistema de vagas para PMEs funciona com créditos

Empresas interessadas em anunciar suas oportunidades na plataforma precisam comprar um crédito, que dá direito a divulgação de uma vaga. “Ele [o empregador interessado] terá acesso a uma tecnologia de ponta, exclusiva da Vagas, o Matching IA+H, que é a Inteligência Artificial integrada à inteligência humana. Ou seja, no momento de abrir seu processo seletivo, o dono da farmácia pode adicionar critérios que julga importantes para o perfil do candidato, trazendo um resultado muito mais preciso”, explica Mario Kaphan, fundador da Vagas.

Com os parâmetros criados a própria plataforma se torna capaz de economizar o tempo de ambas as partes. A ferramenta analisa os profissionais que visualizaram a vaga, seleciona os que mais se alinham as especificações propostas pela empresa contratante e os convida para o processo seletivo por e-mail, mensagem e/ou WhatsApp.

“Ou seja, o que em média poderia demorar semanas, poderá ser concluído em questão de dias. Assim que a vaga for aberta, em poucas horas o gestor poderá acompanhar a chegada desses candidatos e iniciar suas etapas de entrevistas”, enfatiza Kaphan.

Mercado de emagrecimento preocupa Wall Street

Mercado de emagrecimento
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Após um ano de faturamentos recordes, o boom do mercado de emagrecimento está começando a preocupar investidores de Wall Street e executivos do canal farma. As ações da Eli Lilly e da Novo Nordisk são os principais pontos de atenção do setor no momento. As informações são do portal SeuDinheiro.

Inflacionadas pelas altas já registradas e pelo otimismo excessivo do mercado, as cotações dessas empresas na bolsa de valores passarão agora por uma “prova de fogo”, tendo mais dificuldade para registrar novos avanços.

Outro fator que pode impactar nas avaliações dessas empresas que dominam o mercado atualmente é o aumento da competição. O fim da patente de medicamentos como o Ozempic e o desenvolvimento de fármacos alternativos podem desencadear novas quedas nas ações.

Diminuição das vendas pode afetar mercado de emagrecimento

Além das variáveis já citadas, uma desaceleração no ritmo de vendas também afeta negativamente avaliação dessas farmacêuticas no mercado. As ações da Eli Lilly caíram 10% após a companhia divulgar um balanço que revelou uma comercialização do Mounjaro e do Zepbound abaixo do esperado.

Investimento do BNDES na Biolab totaliza R$ 240 milhões

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Investimento do BNDES na Biolab
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Por meio do programa Mais Inovação, o investimento do BNDES na Biolab será de R$ 240 milhões. O aporte prevê um fortalecimento na fabricação de genéricos da farmacêutica, além do uso de moléculas pouco exploradas pelo mercado.

Com o financiamento, o laboratório focará no desenvolvimento de tratamentos para diabetes e hipertensão. Já na área de medicamentos inovadores, vale destaque uma opção de terapia para a disfunção erétil, com base em uma substância presente no veneno da aranha armadeira.

Além desses objetivos, a companhia também utilizará os fundos para realizar inovações incrementais em medicamentos já existentes, visando uma maior eficiência e segurança nos tratamentos.

“Apenas no primeiro semestre de 2024, o BNDES aprovou R$ 2 bilhões em crédito para o setor, o maior valor da série histórica, iniciada em 1995”, comenta Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

“Essa é uma oportunidade de mostrar o alto valor tecnológico que a indústria brasileira é capaz de oferecer, contribuindo para aumentar nossa autossuficiência e competitividade no cenário mundial”, completa o sócio e membro do conselho administrativo da Biolab, Cleiton de Castro Marques.

Investimento do BNDES na Biolab é só parte de aporte bilionário 

O recente investimento do BNDES na Biolab é só parte de uma estratégia muito maior do banco para fortalecer a indústria farmacêutica nacional. Em agosto, a instituição financeira anunciou o montante até então recorde de R$ 1,39 bi para o setor.

O anúncio foi realizado durante solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin. Na época, o banco já havia destinado R$ 500 milhões para EMS, o mesmo valor para a Eurofarma e R$ 390 milhões para o Aché. Segundo Mercandante, a projeção é de que as farmacêuticas brasileiras passem a ofertar genéricos inéditos para o país.

Saiba gerir os medicamentos perto do prazo de validade

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A gestão dos chamados remédios pré-vencidos, como também são definidos os medicamentos perto do prazo de validade, exigem atenção redobrada de todos os colaboradores do PDV. Isso porque a perecibilidade – quando um produto não tem condição de consumo mesmo dentro da validade – e o vencimento são os principais motivos de quebras operacionais no varejo, responsáveis por 39% dos casos.

Além disso, a má gestão desses produtos pode levar a perdas financeiras, de credibilidade e até mesmo sanções legais. Para elencar as melhores práticas no trato desses itens e explicar o papel da tecnologia nessa atividade, o Panorama Farmacêutico consultou o especialista Victor Paula, coordenador de implantação na Procfit.

 

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Dinâmica dos medicamentos perto do prazo de validade?

Segundo Paula, a dinâmica envolvendo os medicamentos perto do prazo de validade requer uma atenção maior do que em produtos de bomboniere. “O cliente que adquire um pacote de salgadinho próximo ao vencimento tende a consumi-lo imediatamente e o fato de ele estar a um, dois ou cinco dias do vencimento não inibe o impulso de compra do cliente. Já para considerar um medicamento como pré-vencido, é necessário levar em conta o giro que ele tem na loja”, ressalta.

Produtos de curva A, por exemplo, costumam ser considerados pré-vencidos quando faltam 90 dias para sua data de validade. Porém, itens com saída mais baixa devem receber especial atenção com até 180 dias de antecedência.

Tecnologia é aliada na gestão de medicamentos pré-vencidos

Paula aponta que, apesar de a tecnologia não conseguir lidar sozinha com a gestão de medicamentos pré-vencidos, é uma grande aliada nessa atividade. “Ela é como uma voz da consciência para o colaborador, avisando que um lote específico está próximo da validade”, afirma.

Segundo o especialista, sistemas de ERP conseguem rastrear e indicar os produtos em risco de vencer, mas cabe à equipe da loja fazer as adequações necessárias. O coordenador aponta as seguintes estratégias:

  • Rotação de estoque: os produtos devem ser alocados na prateleira de forma estratégica. Os itens mais próximos do vencimento devem estar na frente e os mais distantes devem estar atrás. Além disso, vale posicionar os produtos que já estão dentro da margem de pré-vencidos em um local pensado para que o cliente consiga identifica-los com facilidade
  • Dividir a loja por categorias: assim, ficará mais fácil acompanhar a vida útil de cada produto
  • Precificação dinâmica: ao identificar o risco de vencimento, o produto deve ser precificado com um desconto mais agressivo, para facilitar sua venda
  • Realizar análises periódicas dos produtos
  • Treinar sua equipe: um time bem treinado é essencial para identificar um possível risco de perdas

E se minha gestão não for eficiente?

Paula finaliza a conversa com um alerta para aqueles gestores que ainda não reconheceram a importância de uma gestão assertiva dos medicamentos pré-vencidos. “O prejuízo financeiro é o menor dos problemas”, garante.

Segundo o especialista, a venda de um produto próximo do vencimento pode interferir, e muito, no seu relacionamento com o cliente. “Em uma era que falamos tanto sobre fidelização e em um mercado com uma concorrência tão forte, motivos como esse fazem com que o cliente não volte mais na loja”, destaca.

Tecnologia pode reduzir erros na contratação de vendedores

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A rotatividade na contratação de vendedores no varejo chega a 70% após um ano, segundo indicadores da plataforma de recursos humanos Sólides. As estatísticas mostram como os profissionais que ocupam essas vagas não atendem às expectativas da empresa em curto e médio prazo, além de exporem as falhas no processo de seleção.

Nesse cenário, fica o questionamento: como o pequeno e médio gestor de farmácias pode reforçar sua equipe tendo a certeza de que está montando um time para o longo prazo? Para isso, a tecnologia também desempenha um papel primordial.

 

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Contratação de vendedores com tecnologia faz rotatividade cair 50%

Segundo Ana Cláudia Peixoto, gerente de gente na Sólides, o uso de plataformas que utilizam inteligência artificial pode impactar positivamente o processo de contratação de vendedores no varejo.

Isso porque esses sistemas conseguem comparar o perfil do candidato com as exigências da vaga, indicando assim os mais aptos para aquela função. Apesar de reconhecer a importância da tecnologia, a especialista destaca que ela não faz tudo sozinha.

“É claro que a inteligência artificial ajuda, mas não substitui o contato pessoal. Os processos precisam ser humanizados”, afirma. A gerente também destaca que usuários da solução conseguiram reduzir a rotatividade de colaboradores para 50%.

Consultor faz ressalva

No mesmo caminho de Ana Cláudia, o pesquisador do FGVcev, Olegário Araújo, ressalta a importância do contato humano na avaliação dos profissionais. “A tecnologia pode auxiliar na triagem, mas a etapa final do processo seletivo exige uma entrevista presencial bem apurada. Caso contrário, a empresa vai ter um empregado infeliz e improdutivo”, alerta.