Receita da Biomm atinge patamar recorde de R$ 40 milhões

Receita da Biomm
Na comparação anual, o aumento foi de 21%, refletindo o crescimento das vendas / Foto: Divulgação

A receita da Biomm referente ao 4T24 foi a melhor de sua história. A biofarmacêutica registrou R$ 40 milhões líquidos, o dobro do conquistado no trimestre anterior.

Na comparação anual, a companhia também tem motivos para comemorar. Com avanço de 21%, o indicador passou dos R$ 118,2 milhões registrados em 2023 para R$ 142,9 milhões no último ano.

“Em 2024, a presença e participação da companhia no mercado biofarmacêutico brasileiro evidenciam ganhos expressivos de market share nas áreas de diabetes, oncologia e trombose”, comemora o CEO, Heraldo Marchezini.

Em 2024, foram investidos R$ 102,4 milhões em ativos fixos entre edificações, instalações, máquinas e equipamentos de processamento de dados e software, e R$ 19,3 milhões em ativo imobilizado ou intangível.

Receita da Biomm cresceu, mas lucro não acompanhou 

Apesar da receita recorde, o lucro da Biomm não refletiu o bom desempenho. Após positivar em R$ 3,3 milhões no 3T24, os ganhos caíram para -R$ 2,9 milhões no último trimestre do ano.

O consolidado bruto para o ano foi de R$ 17,9 milhões, o que representa uma queda de 23% do registrado em 2023. Segundo a biofarmacêutica, as variações se devem ao mix de vendas, que sofreu com a queda na comercialização de produtos de maior valor agregado.

As despesas operacionais apresentaram um leve recuo entre trimestres, de R$ 22 milhões para R$ 21,3 milhões. Já na comparação anual, a tendência de alta também foi pequena, de R$ 95,8 milhões para R$ 99,1 milhões (avanço de 3%). Um dos principais motivos para esse aumento foi o crescimento da equipe devido ao início da operação da fábrica em Nova Lima (MG).

Com a redução do lucro bruto e o aumento de despesas referentes a gastos ainda pré-operacionais incorridos no ano de 2024, o Ebitda fechou negativo. No trimestre, R$ 22,1 milhões negativos, e no ano R$ 69,3 milhões negativos.

Ao final do último ano, o saldo da dívida a ser quitado até o fim de 2025 era de R$ 45,7 milhões, enquanto o caixa e aplicações financeiras registrou R$ 152,7 milhões.

Os benefícios do trade marketing nas farmácias

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trade marketing nas farmácias
Foto: Divulgação

O trade marketing nas farmácias vem despontando como estratégia determinante para se diferenciar perante a concorrência. A competição acirrada exige não somente a adaptação às necessidades dos consumidores, mas também um posicionamento mais assertivo para gerar resultados financeiros sustentáveis.

Em muitos lugares por onde passo, percebo que os gestores do varejo farmacêutico enfrentam um desafio constante – a dificuldade de otimizar o espaço físico de forma a maximizar a exposição de produtos e, ao mesmo tempo, garantir um bom retorno financeiro.

Nesse contexto, o trade marketing possibilita aprimorar o uso de espaços extras no ponto de venda, como balcões de atendimento, pontas de gôndola, cestões no autosserviço e check-outs. Com isso, as farmácias aumentam suas vendas e também agregam valor à jornada de compra do cliente, tornando a experiência mais satisfatória e fluida.

Trade marketing nas farmácias combina parceria e rentabilidade

O trade marketing nas farmácias vai além da simples organização dos produtos nas prateleiras. Trata-se da construção de uma sólida parceria entre a farmácia e a indústria, por meio da qual as empresas negociam de forma estratégica os pontos extras da loja, como as áreas de maior visibilidade, para posicionar produtos de alto potencial de venda. Esse processo de negociação permite que o varejo acesse verbas exclusivas disponibilizadas pelos fabricantes, uma fonte de investimento que, se não utilizada, representa uma oportunidade de lucro desperdiçada.

Esses recursos são fundamentais para financiar ações promocionais e de exposição. Ao implementar o trade marketing de forma eficaz, as farmácias podem maximizar o retorno desses investimentos, o que, no fim das contas, significa mais lucro e maior satisfação do consumidor. O uso adequado dessa verba é uma das formas mais eficazes de gerar ganhos adicionais para as lojas, especialmente em um cenário em que cada centavo conta para a saúde financeira do negócio.

Ao valorizar a exposição em pontos estratégicos, o trade marketing contribui diretamente para o aumento da cesta de compra. Quando os produtos estão melhor posicionados, o cliente tem mais facilidade para encontrá-los e, muitas vezes, acaba adquirindo outros itens, impulsionando o volume de vendas e aumentando a rentabilidade.

A solução da Febrafar: facilitação e eficiência no trade marketing

A importância do trade marketing é tão grande que, na Febrafar, temos ações específicas em relação ao tema, como parte do nosso papel de apoiar o associativismo. Por meio de negociações estratégicas com a indústria, a Febrafar otimiza a exposição de produtos nos pontos extras da farmácia, o que resulta em ampliação significativo nas vendas e valor agregado à experiência do consumidor.

A solução não se limita ao planejamento estratégico e também contempla a execução eficiente, garantindo que o varejo farmacêutico esteja sempre sintonizado com as melhores práticas de exposição de produtos. Isso democratiza o trade marketing, tornando-o acessível mesmo para as redes menores ou PDVs independentes.

O impacto do trade marketing nas vendas e parcerias

A implementação do trade marketing não traz apenas ganhos financeiros imediatos, mas também fortalece a parceria com a indústria. Essa colaboração beneficia todos os envolvidos. Os varejistas incrementam vendas e rentabilidade. A indústria tem seus produtos expostos de forma eficiente e visível, enquanto o consumidor encontra produtos relevantes e com boa apresentação.

Além disso, ao adotar práticas de trade marketing, a farmácia também melhora sua imagem no mercado, mostrando-se mais organizada e profissional. Isso aumenta a confiança do consumidor e a percepção de valor da marca, o que pode resultar em alta no fluxo e na fidelização dos clientes.

Trata-se de uma oportunidade que não pode ser ignorada. As empresas que não utilizam as verbas de trade marketing estão deixando dinheiro na mesa. A falta de um planejamento eficaz e da utilização estratégica dos pontos de exposição pode significar a perda de vendas importantes, além de comprometer as parcerias com os fornecedores.

Libbs nacionaliza produção do contraceptivo Nextela

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Geraldo Martins, diretor de Negócios da Libbs / Foto: Ana Claudia Nagao

A Libbs deu início à comercialização do Nextela neste mês de março. Considerado o mais inovador contraceptivo oral combinado dos últimos 15 anos, o medicamento acaba de chegar às farmácias brasileiras e a expectativa é atender 41 mil pacientes já no primeiro ano.

A farmacêutica 100% brasileira adquiriu a tecnologia para a produção da pílula anticoncepcional do laboratório belga Mithra Pharmaceuticals. O lançamento oficial ocorreu nesta sexta-feira, dia 28, em São Paulo (SP), e contou com a cobertura do Panorama Farmacêutico.

“Já conseguimos distribuir para cerca de 80% da demanda esperada para o Nextela. O próximo passo é iniciar o trabalho de consultoria médica em abril”, ressalta Geraldo Martins, diretor do negócios da Libbs. Segundo ele, o laboratório conta com o respaldo de um grupo de 260 consultores médicos e 250 consultores de vendas que trabalharão com o medicamento.

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Geraldo Martins, diretor de negócios; Marcia Bueno, diretora de relações institucionais; Alcebiades Athayde Junior, presidente; Samanta Greghi, diretora de comunicação; Karla da Rosa, gerente de novos produtos; Juliana Brandão, coordenadora de relacionamento científico; Isabela Ayres, gerente de produto, Achilles Cruz, ginecologista e mastologista e consultor da Libbs; e Tiago Bernardi, gerente de novos produtos (Foto: Ana Claudia Nagao)

Nextela envolveu transferência de tecnologia

O Nextela começou a ser desenvolvido em 2009 e o estudo sobre sua molécula foi acompanhado de perto pela Libbs desde as fases iniciais. A farmacêutica foi uma das primeiras empresas do mundo a firmar parceria para o desenvolvimento do medicamento em 2017.

Após adiar o lançamento do produto em 2023, a companhia optou por internalizar a fabricação para ter maior controle sobre a cadeia produtiva e evitar riscos de desabastecimento. “Após a comercialização ser iniciada nos Estados Unidos e na Europa, percebemos que competiríamos com esses grandes mercados internacionais, o que poderia comprometer o abastecimento no Brasil”, avalia.

Com essa decisão, a companhia viabilizou a independência na produção e reduziu burocracias, assegurando mais agilidade na entrega do medicamento às farmácias.

Combinação inovadora

O Nextela combina o estrogênio idêntico ao natural estetrol (nunca comercializado nacionalmente) e a drospirenona. Os estudos prévios indicaram uma maior segurança para as pacientes devido ao mínimo impacto endócrino, metabólico e hemostático, sugerindo um provável menor risco de tromboembolismo venoso (TEV) em comparação com os demais contraceptivos orais combinados avaliados.

A nova pílula anticoncepcional foi aprovada pela Anvisa em 2023 e já está à venda em mais de 40 mercados, como Canadá, Estados Unidos, Austrália, Israel, Japão, Rússia e Taiwan.

Campanha da Farmarcas supera R$ 601 milhões em vendas

CAMPANHA DA FARMARCASFarmarcas, associativismo, varejo farmacêutico
Iniciativa gerou mais de 12,4 milhões de transações, segundo o diretor de comunicação Ângelo Vieira / Foto: Divulgação

A maior campanha da Farmarcas em nível nacional, intitulada Compra Bem que a Sorte Vem, movimentou mais de R$ 601 milhões, mobilizando em torno de 1.540 farmácias de 11 redes associadas. A edição de 2025 resultou em 12.408.567 transações, oriundas de 4.748.797 clientes.

“Este é um exemplo claro de como o associativismo pode criar oportunidades para as farmácias independentes se destacarem. A união de forças por meio da Farmarcas permitiu que esses PDVs participassem de uma promoção em escala nacional, criando uma experiência única tanto para os consumidores como para os próprios estabelecimentos”, destaca o diretor de comunicação, Ângelo Vieira.

A divulgação dos premiados ocorreu neste sábado, dia 29, com participação do presidente Edison Tamascia e do gerente de marketing Guto Zavarelli. A vencedora foi uma cliente da Ultra Popular da cidade de Confresa, no Mato Grosso. Ela ganhou uma casa no valor de R$ 500 mil. O atendente da loja que efetuou a venda teve direito a uma bonificação de R$ 50 mil.

Campanha da Farmarcas impulsionou fidelização

Para a Farmarcas, campanhas como essa servem de motor para fidelizar o cliente, além de estimular a venda incremental entre os associados. Com tíquete médio de R$ 48,40, a promoção distribuiu mais de 85,9 milhões de números. “O resultado é o fortalecimento da marca das farmácias”, acrescenta Zavarelli.

Administradora chegou a R$ 9 bilhões de faturamento

A campanha da Farmarcas coroa um trimestre de resultados expressivos para a administradora. Em fevereiro, o grupo anunciou faturamento recorde de R$ 9 bilhões. Em comparação com o ano anterior, a companhia apresentou crescimento de 20,2% em 2024, contra 12,7% do mercado em geral.

Considerando a receita de todo o varejo farmacêutico nacional, 4,1% desse montante está nas mãos da Farmarcas. Atualmente, cerca de 1.700 PDVs estão sob o guarda-chuva da administradora.

Mercado de personal care movimenta quase R$ 39 bi

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Estudo foi apresentado pela IQVIA durante o Abradilan Conexão Farma | Foto: Freepik

O mercado de personal care movimentou cifras superiores a R$ 38,9 bilhões nas farmácias brasileiras em 2024, um avanço de 13,1% sobre o ano anterior. O segmento já representa 35,9% do volume de vendas de produtos de consumer health. Os dados foram apresentados por Ulysses Danté, diretor da unidade de negócios de CH da IQVIA, durante o Abradilan Conexão Farma.

Entre as categorias de personal care mais promissoras, duas chamaram mais a atenção. Os itens voltados aos cuidados labiais tiveram como principal impulso o blockbuster Carmed, da Cimed. Os repelentes também apresentaram uma consistente evolução de 13.2%. Por outro lado, grandes cestas como cuidados da face, produtos para cabelos, desodorantes e cremes depilatórios, tiveram incremento abaixo da média.

“Ainda que constitua uma pequena parcela da cesta de personal care, a categoria de repelentes apresentou a segunda maior alta em 2024. A epidemia de dengue exerceu impacto significativo nas vendas”, afirma Danté. Já o mercado no qual está inserida a Carmed vem ganhando tração desde 2023, em função do sucesso de novos produtos. “Esse movimento se intensifica nas épocas mais frias, favorecendo o crescimento contínuo da categoria”, acrescenta.

Mercado de personal care nas mãos de poucos fabricantes

A pesquisa também indica uma excessiva concentração do bolo nas mãos de poucas fabricantes. As 20 maiores indústrias atuantes no segmento detêm 69% da receita.

As 20 maiores fabricantes de personal care
(em bilhões de R$ no ano passado)

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Fonte: IQVIA

“A compra de produtos da categoria de personal care acontece principalmente no varejo alimentar, especialmente produtos de higiene pessoal. Ainda assim, são itens que impulsionam o fluxo de consumidores nas farmácias, tornando essas categorias um fator relevante para a recorrência de visitas e potencializando oportunidades de vendas”, finaliza Danté.

Livro Farmácia Baseada em Evidências auxilia profissionais do setor

Farmácia Baseada em Evidências
Material conta com dicas e guias para lidar com diferentes situações em sua farmácia – Foto: Freepik

O livro Farmácia Baseada em Evidências promete ajudar profissionais de diferentes segmentos do setor, com foco adicional nos PDVs comunitários. A obra de autoria dos farmacêuticos Rafael Santos Santana e Tiago Marques dos Reis foi publicada pela editora Atheneu.

Farmácia Baseada em Evidências foi desenvolvido em colaboração

O projeto, que tem como principal objetivo apoiar os farmacêuticos na qualificação do atendimento da grande demanda de problemas de saúde do país, contou com o apoio de mais de 140 especialistas durante sua concepção.

Em seus mais de 30 capítulos, o material aborda procedimentos de atendimento, identificação de sintomas, recomendação de tratamento e monitoramento de resultados para diversas doenças e condições, preparando os profissionais para diferentes situações.

Polêmica com creme dental da Colgate vai parar na Anvisa

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CREME DENTAL DA COLGATE
Foto: Canva

A polêmica que cercou a Clear Mint, linha de creme dental da Colgate, mobilizou a Anvisa durante a semana. A autarquia chegou a suspender as vendas do produto na última quarta-feira, dia 26. A fabricante recorreu da decisão e conseguiu revertê-la, mas as reações dos consumidores geraram uma crise de confiança difícil de se reverter.

Segundo informações do UOL, a medida da agência havia sido protocolada de maneira cautelar, sendo vigente pelo prazo de 90 dias previsto em lei. Foi uma resposta à crescente onda de reclamações de usuários do produto, que reportaram diferentes efeitos colaterais.

Entre 1° de janeiro e 19 de março, foram relatados ao menos 13 casos de “eventos adversos” após o uso da pasta. Clientes da marca mencionaram sintomas que variam de inchaço nas amígdalas, lábios e na mucosa oral, sensação de dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

Consumidores que sofreram com efeitos mais graves pronunciaram-se nas redes sociais, cobrando uma satisfação da empresa e alertando outros usuários. “Minha boca sangrava sem parar”, “Fiquei com tantas feridas que não consigo comer” e “Fiquei com bolhas na boca” foram alguns dos relatos encontrados em diversas publicações relacionadas à Colgate.

Creme dental da Colgate passou por reformulação recentemente

O creme dental da Colgate teve sua formulação alterada em julho do ano passado, quando passou a utilizar o fluoreto de estanho no lugar do de sódio. Em resposta à reportagem, a Colgate afirmou que a substância é segura, tem seu uso autorizado e está presente em diversos produtos semelhantes ao redor do mundo.

Além disso, a fabricante reforçou que “a nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil”. Afirmou ainda que os ingredientes “passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo”.

Apesar dessas garantias, a companhia admitiu que “uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes, como fluoreto de estanho, corantes ou sabores”, recomendando que os prejudicados parem de usar o produto.

Confira a nota completa da Colgate

A Colgate reforça seu compromisso com a qualidade e segurança de seus produtos. Estamos cientes da decisão da Anvisa por uma interdição cautelar ao creme dental Total Clean Mint, que não implica no recolhimento do produto. A companhia entrou com recurso que resultou na suspensão automática dessa interdição na quinta-feira (27). Seguimos tomando todas medidas cabíveis para interagir com a Anvisa e demonstrar a segurança do produto. É importante reafirmar que o produto não oferece riscos à saúde, mas algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a certos ingredientes – como fluoreto de estanho, corantes ou sabores. Nossas equipes estão preparadas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o creme dental Total Clean Mint com autoridades, profissionais, clientes e consumidores.

Exames rápidos nas farmácias inspiram campanha inédita

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Exames rápidos nas farmácias
Iniciativa atende à demanda crescente do mercado / Foto: Freepik

O incentivo ao uso racional dos exames rápidos nas farmácias torna-se tema de uma ampla campanha junto aos profissionais do setor. A iniciativa inédita é resultado da parceria entre a plataforma Clinicarx, healthtech do portfólio do hub de negócios Interplayers, e a ECO Diagnóstica, especializada em soluções de diagnósitico rápido.

A iniciativa tem como objetivo fortalecer o papel dos farmacêuticos como protagonistas no cuidado com a saúde, ampliando o acesso da população a serviços de qualidade.

Prevista para ocorrer durante 2025, a campanha estabelece metas ambiciosas, como o aumento de 20% no acesso racional a testes rápidos pelos pacientes. Além disso, a ação busca a adesão de pelo menos 50% das farmácias participantes nas premiações trimestrais, incentivando o engajamento dos profissionais da área na prevenção de doenças e na promoção da saúde comunitária.

“Observamos que a oferta de exames rápidos e confiáveis em farmácias atende a uma necessidade urgente da população, permitindo intervenções ágeis e eficazes”, explica Alexandre Lopes, gerente comercial de Linha Farma da ECO Diagnóstica.

“Estamos reafirmando o compromisso pioneiro ao lançar a primeira campanha de incentivo de rastreamento, triagem e acompanhamento farmacoterapêutico por meio da realização de EACs (Exames de Análises Clínicas), com foco especial na valorização do profissional farmacêutico”, acrescenta.

Exames rápidos nas farmácias estimulam inovação

A campanha para incentivar os exames rápidos também representa um estímulo à inovação, na visão de Albery Dias, CEO da Clinicarx e diretor de Serviços de Saúde da Interplayers.

“Estamos integrando tecnologia de ponta à prática diária e promovendo um modelo de atendimento mais eficiente e humanizado. Queremos oferecer uma experiência de cuidado que vai desde a triagem, rastreamento e acompanhamento farmacoterapêutico inicial até o apoio contínuo dos pacientes em suas jornadas de tratamento.”, destaca.

“Até o fim da campanha, esperamos gerar um impacto significativo, aumentando a acessibilidade a exames rápidos e demais serviços, ampliando o conhecimento da população quanto a possibilidade de realizar tais exames em farmácias, contando com a capilaridade das farmácias brasileiras como reais estabelecimentos de saúde”, finaliza.

Exclusivo: Carlos Sanchez omitiu informações ao Cade

Carlos Sanchez
Controlador também teria deixado de lado informações sobre o aumento em sua posição acionária / Foto: Divulgação

Surgem novos desdobramentos sobre o interesse de Carlos Sanchez em entrar no conselho administrativo da Hypera. Segundo informações de bastidores às quais teve acesso o Panorama Farmacêutico, o controlador da EMS omitiu informações ao acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Fontes revelaram ao portal que o empresário não teria mencionado ao conselho o histórico de ofertas de fusão, nem o aumento recente de sua posição acionária na farmacêutica concorrente. Em paralelo, o investidor estaria contando com o apoio de Lírio Parisoto, amigo próximo e também acionista da Hypera, para “alugar” ações para votar em seu nome.

Procurada, a EMS afirmou não comentar sobre o assunto.

Hypera enviou ato de concentração ao Cade contra Carlos Sanchez 

A reportagem também teve acesso ao Ato de Concentração enviado pela Hypera à superintendência-geral do Cade. No documento, a farmacêutica reforça o fato de Sanchez ter omitido informações em sua petição e apresenta o caso sob seu ponto de vista.

Em seu formulário de notificação, o controlador afirma que a compra de ações teria apenas fins financeiros, sem intenção de utilizar direito político, ao que a farmacêutica nega. O documento utiliza entrevistas do empresário para afirmar que o grupo rival deseja usar sua posição para obter informações concorrencialmente sensíveis

“Fosse essa participação detida pelo Grupo NC Farma efetivamente passiva, de interesse meramente financeiro, o presente Ato de Concentração não teria sido submetido ao CADE. Afinal, o Grupo NC Farma poderia simplesmente fazer uso do benefício da regra que permite a aquisição de ações em bolsa desde que direitos políticos não sejam exercidos. Logo, a única explicação para submissão feita pelo Grupo NC é exercer direitos políticos e interferir nas atividades da Hypera”, afirma trecho do documento.

Controlador recorreu ao conselho

Segundo apurações do InvestNews, Sanchez recorreu ao Cade para ter a possiblidade de comprar mais ações da concorrente e ganhar fôlego para uma nova proposta de aquisição.

O controlador já detém 6,02% das ações da concorrente, por meio de seu fundo de investimentos, o Dodgers. A meta de ampliar participação na Hypera tem outra motivação – poder indicar membros para o conselho da companhia, que se tornou um importante palco dessa disputa.

Fusão entre EMS e Hypera: briga agora é no conselho

Se o controlador da EMS deseja se fortalecer para indicar conselheiros, o fundador da Hypera, João Alves de Queiroz Filho, o Junior, também se movimenta no mesmo sentido. De janeiro para cá, o executivo já aumentou sua participação acionária de 21,38% para 27,31%.

Carlos Sanchez quer indicação ao conselho

Segundo apurações do Brazil Journal, o executivo vem buscando apoio junto a investidores da Hypera para conseguir indicar até três conselheiros na próxima assembleia. Um dos possíveis nomes seria o de Parisotto.

Apesar de ser um nome de peso na Bolsa de Valores, o investidor tem menos ações do que Sanchez, algo em torno de 1,5% e 3%. Sem o apoio de outros interessados, ambos poderiam eleger somente um conselheiro.

Júnior quer voltar 

Ainda como parte de seu plano para blindar aproximações de Sanchez, Júnior quer voltar ao conselho da Hypera. O fundador da farmacêutica já figura como candidato oficial ao board e incluiu seu próprio nome na lista tríplice de conselheiros que tem direito a indicar. Os outros sócios (Votorantim e Maiorem) podem sugerir mais dois nomes cada. João Schimidt, presidente do Votorantim, está nessa relação. A informação foi noticiada em primeira mão por Lauro Jardim, do O Globo, e confirmada pelo Valor Econômico.

Acionistas tentam blindar farmacêutica

Em outubro do ano passado, a EMS fez uma proposta de fusão onde pagaria R$ 30 por ação para assumir o controle da Hypera. Combinadas, as farmacêuticas teriam um market share de 17% e uma receita anual superior a R$ 15 bilhões.

O laboratório fundado por Júnior rechaçou a ideia e recusou prontamente a oferta. Em resposta, começou a ampliar sua fatia na farmacêutica. No começo deste mês de março, o Votorantim SA dobrou sua participação na empresa, passando a deter 11% da Hypera. De acordo com a carta do conglomerado industrial, a empresa iria “iniciar um diálogo com os atuais acionistas controladores da Hypera sobre seu eventual papel na governança”. O objetivo já era indicar candidatos ao conselho de administração.

Faturamento da Eurofarma cresce 20,3% em 2024

Faturamento da Eurofarma
Farmacêutica alterou perfil da dívida e impulsionou receitas – Foto: Divulgação

Os números de faturamento da Eurofarma em 2024 foram confirmados após a divulgação dos resultados do Q4. A farmacêutica multinacional brasileira apresentou um crescimento de 20,3% em sua receita líquida, atingindo a marca de R$ 11 bilhões.

A receita líquida dos mercados internacionais superou R$ 2,8 bilhões, uma evolução de mais de 58% em comparação com 2023, com todos os países registrando crescimento. Pela primeira vez na história, a Eurofarma alcançou a liderança na América Latina no canal farmácia.

A operação da Genfar, marca de genéricos para a América Latina exceto Brasil, completou um ano de integração à Eurofarma com bons resultados. Em junho de 2024, a empresa iniciou sua expansão da Colômbia, Peru e Equador para a América Central, alcançando mais nove países e somando atualmente mais de 650 colaboradores.

No Brasil, a Eurofarma seguiu na liderança em prescrição médica e vice-líder em genéricos. As duas unidades de negócio tiveram crescimento de 15% e 48%, respectivamente, superando o crescimento do mercado, com aumento de market share e diversos lançamentos.

A inovação também segue como prioridade. Em 2024, os investimentos em pesquisa & desenvolvimento somaram R$ 755 milhões, uma expansão de 23% em relação a 2023. O valor, que corresponde a quase 7% da receita líquida do ano, foi destinado inclusive na exploração de produtos incrementais e radicais que possam oferecer novas abordagens de tratamento aos pacientes.

Relatório de faturamento da Eurofarma aborda pendências

A declaração financeira ainda expõe o endividamento da empresa, que registrou um aumento geral, mas sofreu uma alteração de perfil. Enquanto as pendências de curto prazo caíram 85% no comparativo anual, saltando de R$ 4,08 bilhões para R$ 586,5 milhões, os déficits de longo prazo dispararam, crescendo 117,3% (de R$ 4,09 bilhões para R$ 8,88 bilhões).