Faturamento da Eurofarma cresce 20,3% em 2024

Faturamento da Eurofarma
Farmacêutica alterou perfil da dívida e impulsionou receitas – Foto: Divulgação

Os números de faturamento da Eurofarma em 2024 foram confirmados após a divulgação dos resultados do Q4. A farmacêutica multinacional brasileira apresentou um crescimento de 20,3% em sua receita líquida, atingindo a marca de R$ 11 bilhões.

A receita líquida dos mercados internacionais superou R$ 2,8 bilhões, uma evolução de mais de 58% em comparação com 2023, com todos os países registrando crescimento. Pela primeira vez na história, a Eurofarma alcançou a liderança na América Latina no canal farmácia.

A operação da Genfar, marca de genéricos para a América Latina exceto Brasil, completou um ano de integração à Eurofarma com bons resultados. Em junho de 2024, a empresa iniciou sua expansão da Colômbia, Peru e Equador para a América Central, alcançando mais nove países e somando atualmente mais de 650 colaboradores.

No Brasil, a Eurofarma seguiu na liderança em prescrição médica e vice-líder em genéricos. As duas unidades de negócio tiveram crescimento de 15% e 48%, respectivamente, superando o crescimento do mercado, com aumento de market share e diversos lançamentos.

A inovação também segue como prioridade. Em 2024, os investimentos em pesquisa & desenvolvimento somaram R$ 755 milhões, uma expansão de 23% em relação a 2023. O valor, que corresponde a quase 7% da receita líquida do ano, foi destinado inclusive na exploração de produtos incrementais e radicais que possam oferecer novas abordagens de tratamento aos pacientes.

Relatório de faturamento da Eurofarma aborda pendências

A declaração financeira ainda expõe o endividamento da empresa, que registrou um aumento geral, mas sofreu uma alteração de perfil. Enquanto as pendências de curto prazo caíram 85% no comparativo anual, saltando de R$ 4,08 bilhões para R$ 586,5 milhões, os déficits de longo prazo dispararam, crescendo 117,3% (de R$ 4,09 bilhões para R$ 8,88 bilhões).

CMED aprova reajuste de medicamentos com teto de 5%

REAJUSTE DE MEDICAMENTOSCMED, Indústria farmacêutica, medicamentos
Foto: Freepik gerado com IA

A Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED) aprovou o reajuste de medicamentos para 2025, cujo teto será de 5,06%. A resolução ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), mas entra em vigor na próxima segunda-feira, dia 31. Como esperado, o aumento será escalonado, chegando a um reajuste médio de 3,83%. O percentual é o menor desde 2018.

“Isso pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e na modernização fabril”, lamenta o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Reajuste de medicamentos ficou próximo do previsto

Na primeira quinzena de março, o Sindusfarma divulgou sua previsão para o reajuste de medicamentos, cujo resultado ficou muito próximo do oficializado. Na ocasião, a entidade estimou uma média de 3,48% e um teto de 5,06%. A previsão também ficou em linha com o que instituições financeiras haviam apontado em fevereiro, projetando três níveis na faixa de 2,5% a 5%.

Entenda o cálculo do reajuste de medicamentos 

O valor do índice do ajuste anual é resultado da fórmula VPP=IPCA-X+Y+Z. O fator X representa a produtividade no mercado farmacêutico; o Y refere-se ao ajuste de preços entre o mercado farmacêutico e os demais setores da economia; e o Z está relacionado ao ajuste de preços relativos intrassetores.

Em sua simulação, o Sindusfarma tomou como base o IPCA dos últimos 12 meses (5,06%) para o Fator X (2,46%) e o Fator Z, que foi definido em três diferentes valores (2,46% para nível 1; 1,23% para nível 2 e 0% para nível 3). O Fator Y foi definido em 0%, não impactando na fórmula.

Viveo contrata banco para agilizar venda da Cremer

venda da Cremer
Valor da empresa se multiplicou sob o comando da Viveo – Foto: Canva

A Viveo parece ter dado mais um passo em direção à venda da Cremer, sua unidade de produtos de higiene pessoal. Informações divulgadas pelo NeoFeed indicam que a companhia teria contratado o Itaú BBA para assumir as rédeas de uma eventual negociação.

A instituição financeira ficou responsável por encontrar um comprador, que deverá desembolsar aproximadamente R$ 2 bilhões para adquirir a empresa, que foi incorporada pelo grupo em 2017 por R$ 500 milhões.

Reestruturação da Viveo motiva venda da Cremer

O projeto de reorganização da Viveo foi iniciado ainda em 2023, e já passou por etapas que incluíram ajustes na gestão de estoque; análise de clientes e fornecedores; redução de custos; logística e, agora, venda de ativos.

A negociação da Cremer seria importante para impulsionar a alavancagem da companhia, fator de preocupação para muitos de seus investidores. O movimento começou a ser estudado, e noticiado pelo Panorama Farmacêutico, no mês passado, após a Viveo discutir a possibilidade em várias assembleias internas.

“Esse é um dos caminhos que têm sido estudados. Mas há outras possibilidades e estratégias que estão na mesa”, afirma uma pessoa próxima à empresa.

Fecofar amplia cadastro de farmácias em feira da Abradilan

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Fecofar
Representantes das sete redes associadas estiveram presentes no evento / Foto: Ana Cláudia Nagao

Estreante na Abradilan Conexão Farma, a Fecofar acumula motivos para comemorar. Nos três dias de evento, a entidade atraiu novos credenciamentos de farmácias interessadas em ingressar em alguma das sete redes que compõem a federação.

“Ficamos surpreendidos com o número de lojas cadastradas durante a feira”, afirmou o presidente Marcelo Grasso, em entrevista no estúdio exclusivo do Panorama Farmacêutico no evento.

Para sua primeira participação na feira, a Fecofar empreendeu uma verdadeira força-tarefa para contar com uma equipe de peso. “Para trazer representantes de todas as redes associadas, começamos o planejamento ainda em 2024”, revela.

“Pedimos para que todos os diretores das redes estivessem aqui, assim como representantes de setores chave em cada uma delas. Nosso objetivo era estreitar elos com o mercado e também com associados e pretendentes que estivessem presentes”, explica o executivo.

Fecofar registrou faturamento de R$ 6 bilhões 

Apesar de jovem, a Fecofar já registrou resultados exponenciais em 2024. A entidade fechou o ano com faturamento de R$ 6 bilhões. Ao todo, a federação reúne sete redes, entre franchising e associativismo. Drogarias Max (RJ), Farmácias São Rafael (SC), Farmais (SP), Grupo AMR (MG), Grupo Redemed (PE), MasterFarma (SC) e Rede Multidrogas (SP) somam 3,3 mil lojas espalhadas por 24 estados e 1.261 municípios.

Para 2025, o objetivo é dar tração para o projeto de parcerias com outros players do canal farma. “Ao todo, serão dez projetos que possibilitarão vendas novas para os associados. Até novembro, quando comemoraremos o encerramento do ano, desejamos já ter todos esses planos em funcionamento”, finaliza Grasso.

Carlos Sanchez vai ao Cade por fusão entre EMS e Hypera

FUSÃO ENTRE EMS E HYPERAEMS, Hypera, indústria farmacêutica
Controlador de laboratório já tem posição de 6,02% na companhia rival | Foto: Divulgação

A fusão entre EMS e Hypera ganha novos contornos com as movimentações do CEO do Grupo NC, Carlos Sanchez. Segundo apurações do InvestNews, o empresário recorreu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ter a possiblidade de comprar mais ações da concorrente e ganhar fôlego para uma nova proposta de aquisição.

Sanchez já detém 6,02% das ações da concorrente, por meio de seu fundo de investimentos, o Dodgers. A meta de ampliar participação na Hypera tem outra motivação – poder indicar membros para o conselho da companhia, que se tornou um importante palco dessa disputa.

Fusão entre EMS e Hypera: briga agora é no conselho

Se o controlador da EMS deseja se fortalecer para indicar conselheiros, o fundador da Hypera, João Alves de Queiroz Filho, o Junior, também se movimenta no mesmo sentido. De janeiro para cá, o executivo já aumentou sua participação acionária de 21,38% para 27,31%.

Carlos Sanchez quer indicação ao conselho 

Segundo apurações do Brazil Journal, o executivo vem buscando apoio junto a investidores da Hypera para conseguir indicar até três conselheiros na próxima assembleia. Um dos possíveis nomes seria o de Lírio Parisotto, que, além de ser um grande investidor, é amigo pessoal do controlador da EMS.

Apesar de ser um nome de peso na Bolsa de Valores, Parisotto tem menos ações do que Sanchez, algo em torno de 1,5% e 3%. Sem o apoio de outros interessados, ambos poderiam eleger somente um conselheiro.

Júnior quer voltar

Ainda como parte de seu plano para blindar aproximações de Sanchez, Júnior quer voltar ao conselho da Hypera. O fundador da farmacêutica já figura como candidato oficial ao board e incluiu seu próprio nome na lista tríplice de conselheiros que tem direito a indicar. Os outros sócios (Votorantim e Maiorem) podem sugerir mais dois nomes cada. João Schimidt, presidente do Votorantim, está nessa relação. A informação foi noticiada em primeira mão por Lauro Jardim, do O Globo, e confirmada pelo Valor Econômico.

Acionistas tentam blindar farmacêutica

Em outubro do ano passado, a EMS fez uma proposta de fusão onde pagaria R$ 30 por ação para assumir o controle da Hypera. Combinadas, as farmacêuticas teriam um market share de 17% e uma receita anual superior a R$ 15 bilhões.

O laboratório fundado por Júnior  rechaçou a ideia e recusou prontamente a oferta. Em resposta, começou a ampliar sua fatia na farmacêutica. No começo deste mês de março, o Votorantim SA dobrou sua participação na empresa, passando a deter 11% da Hypera. De acordo com a carta do conglomerado industrial, a empresa iria “iniciar um diálogo com os atuais acionistas controladores da Hypera sobre seu eventual papel na governança”. O objetivo já era indicar candidatos ao conselho de administração.

Venda de genéricos impulsiona receita do varejo brasileiro

venda de genéricos
Foto: Divulgação

O varejo farmacêutico brasileiro finalizou o ano de 2024 com um retrospecto positivo, impulsionado principalmente pela venda de genéricos. Dados coletados pela IQVIA e divulgados pela Abafarma revelam que o crescimento desta classe de fármacos superou o de todas as outras categorias.

Enquanto o valor movimentado pelo varejo como um todo saiu de R$ 147,6 bilhões para R$ 158,4 bilhões, registrando um aumento de 11,1%, os genéricos saltaram de R$ 15,7 bilhões para R$ 17,8 bilhões, avançando 13,5%.

“São medicamentos importantes para possibilitar o acesso à saúde e bem-estar dos brasileiros. Por serem produtos mais acessíveis, os distribuidores garantem a ampla disponibilidade em farmácias e drogarias espalhadas pelo país”, afirma Oscar Yazbek Filho, presidente-executivo da Abafarma.

Aumento na venda de genéricos consolida categoria

O bom resultado foi importante para que os medicamentos genéricos pudessem se manter e consolidar como a terceira categoria mais relevante do varejo farmacêutico, sendo responsável por 11,2% do faturamento do segmento. As outras duas colocações do pódio são ocupadas por produtos não medicamentosos (35,5%) e medicamentos de prescrição (37,9%).

Com relação ao número de unidades comercializadas os genéricos também apresentaram a maior alta nacional, com crescimento de 9,7%, chegando a 1,8 bilhão de medicamentos. Esse valor representa 22,4% do total de 8,1 bilhões de unidades vendidas em 2024. Em todo o país, o volume de produtos movimentados aumentou 5,2%.

Vendas de artigos farmacêuticos caíram 1,5% em fevereiro

artigos farmacêuticos
Apenas 2 setores apresentaram crescimento – Foto: Canva

Dados da 26° edição do Índice do Varejo Stone (IVS) revelaram uma queda de 1,5% no volume de vendas de artigos farmacêuticos durante o último mês de fevereiro, na comparação mensal.

Ao se analisar o desempenho do mercado em relação ao mesmo mês do ano passado observa-se um resultado ainda mais negativo, 2,6% inferior.

As informações são corroboradas por levantamentos de outras instituições, noticiadas pelo Panorama Farmacêutico. Em janeiro o IBGE reportou que o varejo atingiu o terceiro mês consecutivo de desaceleração no ritmo de vendas, impactado por um recuo no canal farma.

Mercado de artigos farmacêuticos seguiu tendência do varejo

O momento de recessão não é exclusivo do canal farma, o mercado de artigos farmacêuticos foi um dos cinco setores analisados que apresentaram uma redução no volume de compras.

Os segmentos de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (5,9%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,6%), Combustíveis e Lubrificantes (1,9%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,7%) acompanharam o momento negativo do varejo como um todo.

A lista de exceções à tendência engloba os mercados de Tecidos, Vestuário e Calçados, que apresentou estabilidade, e os de Material de Construção e Móveis e Eletrodomésticos, que cresceram 0,7% e 0,2%, respectivamente.

Apsen promove coordenador

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Apsen, Denis Ferdato Rocha
Foto: Acervo pessoal

A farmacêutica brasileira Apsen anunciou a promoção de Denis Fedato Rocha ao cargo de gerente de propaganda digital. O executivo está na companhia há mais de cinco anos e atuava anteriormente como coordenador de treinamentos.

Rocha é formado em administração pelas Faculdades Integradas Matro-Grossenses de Ciências Sociais e Humanas. Ele cursou pós-graduações em gestão de pessoas, projetos, vendas e negociações; inovação e empreendedorismo; design instrucional; e marketing e mídias sociais.

Contato: denis.rocha@apsen.com.br

Nelson Mussolini assume direção do ComSaúde-Fiesp

Nelson Mussolini
Comitê se tornou um departamento recentemente – Foto: Divulgação

O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini,, foi designado para o cargo de diretor do Departamento do Complexo Produtivo e Econômico da Saúde e Biotecnologia, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (ComSaúde-Fiesp).

O departamento exerce o papel de figura de apoio às entidades da cadeia produtiva de saúde, biotecnologia e nanotecnologia. Previamente atuante como um comitê de mesmo nome, o ComSaúde-Fiesp se segmenta entre as divisões de saúde, que avalia toda a cadeia produtiva do setor, desde dispositivos médicos, hospitais, clínicas e farmacêuticas.

Também envolve as áreas de biotecnologia, nanotecnologia e tecnologias convergentes. O objetivo é garantir a aplicação dos conceitos de promoção conjunta de políticas e ações de estímulo ao desenvolvimento de tecnologia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Resolução confirma indicação de Nelson Mussolini

A nomeação de Mussolini foi oficializada por Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, por meio da resolução n° 003/25. O Mussolini é advogado e conta com mais de 40 anos de experiência no canal farma, adquiridos ao longo de suas passagens por players como Novartis, Eurofarma e Sindusfarma.

Como gerir as vendas no delivery da sua farmácia?

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Foto: Freepik

As vendas no delivery não são nenhuma novidade para as farmácias brasileiras. Mas a evolução rápida da digitalização e seu impacto nos hábitos de consumo tornaram o modelo de entrega muito mais complexo e desafiam a gestão tradicional.

“Hoje em dia, consideramos delivery toda compra que não é feita na loja. Isso abrange desde o televendas tradicional, o WhatsApp, que demanda uma entrega, e também formatos como o clique e retire ou lockers, que pressupõem a ida do cliente ao PDV apenas para retirar o produto comprado digitalmente”, explica Victor Paula, coordenador de implantação na Procfit.

 

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Com a expansão desse conceito, a dificuldade na administração dos negócios cresceu na mesma proporção que a oportunidade de novas comercializações. Neste cenário, a centralização surge como opção para potencializar os canais digitais.

Dados de vendas no delivery devem ser centralizados…

Paula começa apontando que a centralização de dados relativos ao delivery é um ponto-chave para uma gestão assertiva desse modal de vendas. “Plataformas como WhatsApp, iFood e até mesmo o e-commerce já possibilitam uma gestão individualizada do negócio. Mas, sem uma visão unificada, podem surgir gargalos que prejudicarão toda a operação”, alerta.

Para o coordenador, essa estratégia é mandatória para evitar a temida ruptura. “E esse cenário passou a ser ainda mais preocupante com o advento dos canais digitais. Afinal, com um aplicativo como o iFood, o cliente pode comprar na sua farmácia a poucos metros de casa ou em uma concorrente a quilômetros de distância”, afirma.

Outro destaque levantado pelo especialista diz respeito à experiência no uso das ferramentas e no recebimento do produto. “Por vezes, o atendente da farmácia privilegia o cliente que está na unidade em detrimento daquele que busca os meios virtuais. É preciso capacitar sua equipe para entender que as vendas no delivery ou presencias têm o mesmo peso”, aconselha.

… mas sem perder o olhar individualizado

Paula faz um último alerta. É necessário unificar os dados, mas manter também um olhar individualizado para cada plataforma que compõe esse complexo sistema. Afinal, a experiência do usuário deve ter o mesmo padrão de excelência em qualquer ferramenta.

“É claro que cada farmácia terá uma plataforma mais estratégica para seu negócio. Mas isso não quer dizer que as demais devem ser preteridas. É preciso entender os ruídos presentes na jornada do consumidor em cada uma delas e solucioná-los”, finaliza.