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Balanço da Hypera aponta avanço de 15,4% em lucro líquido

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Balanço da Hypera
Foto: Divulgação

O balanço da Hypera referente ao primeiro trimestre de 2024 revela um lucro líquido de R$ 391,5 milhões. Os resultados foram apresentados nesta sexta-feira, dia 26.

O montante é 15,4% maior do que o registrado no mesmo período de 2023. Outro avanço na casa dos dois dígitos foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que cresceu 10,2%, chegando aos R$ 647,8 milhões.

Fechando o tema lucro, o líquido contábil fechou em R$ 388,9 milhões nos três primeiros meses do ano, o que aponta um avanço de 14,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Balanço da Hypera: sell-out no varejo fez receita crescer 

Outro destaque positivo para o balanço da indústria foi sua receita líquida, que cresceu 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2023, totalizando R$ 1,827 bilhão.

De acordo com a Hypera, o principal motor para tal avanço foi o sell-out no varejo farmacêutico. O indicador apresentou um crescimento de 7,1%, aproximadamente 2,2 pontos percentuais acima do mercado.

Dentre os negócios que lideraram o avanço nas vendas estão o skincare, os produtos de prescrição e similares. As categorias mais representativas foram cardiologia, ginecologia, antiespasmódicos e náusea.

Categorias em contrafluxo 

Apesar de categorias como dor e febre, gripe e respiratório serem carros-chefes da atuação da Hypera, desde 2023 elas não performam como o esperado. No acumulado do ano passado, a queda foi de 3%.

No primeiro trimestre de 2024, a maré virou, crescimento de cerca de 2%, mas os problemas ainda não acabaram. Isso porque as outras categorias cresceram próximas dos 10% no mesmo período.

Prati-Donaduzzi entra na briga por Ozempic genérico

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Ozempic genérico
Foto: Divulgação – Portal Amanhã

Inspirada pelo sucesso da Novo Nordisk, a brasileira Prati-Donaduzzi resolveu estudar a fabricação do Ozempic genérico. A farmacêutica já mira no fim da patente do medicamento, prevista para 2026. As informações são da Exame.

A base de semaglutida, o remédio é destinado ao tratamento da diabetes, mas ganhou fama mesmo pela sua inibição ao apetite e consequente emagrecimento.

“As farmácias, geralmente, buscam ter entre duas e três alternativas na prateleira. E queremos marcar presença neste espaço”, explica o CEO da indústria, Eder Maffissoni.

Desenvolvimento do Ozempic genérico começou há seis meses 

De acordo com a reportagem, já faz seis meses que a Prati-Donaduzzi decidiu entrar no mercado de medicamentos para emagrecer. Para tal, o laboratório buscou fornecedores na Ásia e na Europa.

Apesar da importância do projeto, a companhia não revela quanto está investindo no desenvolvimento da droga. Mesmo asism, o CEO afirma que o processo não é barato. “Para se ter uma ideia, o grama da matéria-prima custa em torno de US$ 1.100”, comenta.

Semaglutida é mercado bilionário no país 

Segundo a IQVIA, o Brasil já soma R$ 3 bilhões em vendas anuais de medicamentos à base de semaglutida. Com isso, apesar de relativamente recente, os remédios em questão já são os de maior faturamento no mercado nacional.

Na visão de Maffissoni, a concorrência impulsionará ainda mais esse mercado. “Esse é um produto que vai ter um efeito muito parecido à época que caiu a patente do Viagra. Na farmácia, um comprimido era vendido por R$ 50. Hoje, um genérico sai a R$ 0,90. Com a queda do preço, o consumo explodiu e trouxe acesso a quem precisava”, analisa.

Tal possibilidade fez com que outros players do setor também se movimentassem, como a Biomm. O laboratório fechou um acordo com a farmacêutica da Índia Biocon e distribuirá o remédio à base de semaglutida.

Farmácias da Abrafad sustentam crescimento acima de 11%

Farmácias da Abrafad sustentam crescimento acima de 11%
Divulgação: Abrafad

As farmácias da Abrafad confirmam a ascensão do associativismo como estratégia para sustentar pequenos e médios PDVs. As 28 redes que integram o grupo tiveram crescimento de 11,3% nos últimos 12 meses até fevereiro deste ano, em comparação ao mesmo intervalo anterior.

O desempenho superou o avanço geral de 9,5% do mercado farmacêutico no período, de acordo com indicadores da IQVIA. A performance levou a associação ao faturamento recorde de R$ 6,7 bilhões. Caso fosse uma rede de farmácias, o resultado a posicionaria no top 4 do varejo farmacêutico, atrás somente das gigantes RDSaúde, Grupo DPSP e Farmácias Pague Menos.

Considerando a evolução em dois anos, a alta foi de 34%. Um crescimento substancial para o projeto que teve início em 2017 a partir da união de forças de três varejistas – Melhor Compra, Rede Soma Drogarias e Universal Farma, que administravam 973 PDVs com receita de R$ 817 milhões. Hoje a Abrafad detém 3,3% de market share.

Farmácias da Abrafad e evolução no faturamento
(em bilhões de R$)

Farmacias da Abrafad e evolucao no faturamento
Fonte: IQVIA

Ao todo são 5.087 farmácias da Abrafad, que atuam em 20 estados e comercializaram 302 milhões de unidades entre março de 2023 e fevereiro deste ano. Essa capilaridade representa 5,5% do volume de PDVs do setor.

“Conseguimos manter os índices de crescimento mesmo em um cenário de oscilação no varejo farmacêutico, o que ratifica a relevância do associativismo como recurso para impulsionar as operações do varejo farmacêutico regional”, observa o diretor executivo Nilson Ribeiro.

“No nosso caso, vale destacar a presença em regiões como Norte e Nordeste, onde a participação de mercado soma 3,5% e 4,5%, respectivamente”, complementa.

Farmácias da Abrafad enxergam lacunas para acelerar crescimento

Do incremento percentual de 11,3% das farmácias da Abrafad, 53% foi resultante da abertura de novas lojas. No intervalo de 24 meses, apenas sete de cada 100 unidades inauguradas fecharam as portas, contra 37% da média do mercado.

Esse indicador, na visão de Ribeiro, sinaliza um horizonte para acelerar a consolidação do grupo. “Temos condições para crescer também com mix e volume. Essas duas variáveis tendem a potencializar a venda média por loja, que ainda está ligeiramente abaixo do índice das redes de médio porte”, argumenta o dirigente.

Associação projeta recorde em encontro de negócios

Para ganhar escala, a associação redobra a aposta no seu Encontro de Negócios e Relacionamento, que já terá a sexta edição nos próximos dias 8 e 9 de maio.

“O evento vem se firmando como um ponto estratégico de conexão entre as farmácias associativistas e a indústria, com 18 horas de duração e a audiência recorde de 44 fabricantes de medicamentos, produtos de HPC e provedores de serviços para o varejo”, finaliza.

Confira 8 países com salário de farmacêutico mais valorizado

SALÁRIO DE FARMACÊUTICO

O salário de farmacêutico revela-se mais valorizado especialmente em oito países. É o que aponta a plataforma Academically, com base nos vencimentos anuais obtidos por esses profissionais.

Como parâmetro, em 12 meses, a média de remuneração para farmacêuticos no Brasil gira em torno de R$ 40,8 mil – cerca de US$ 7,9 mil. Confira o top 8, na ordem decrescente.

O salário de farmacêutico ao redor do mundo 

8- Alemanha 

Média anual: US$ 49,5 mil (R$ 254 mil)

Além de uma indústria farmacêutica em amplo crescimento, os profissionais da Alemanha também desfrutam de várias oportunidades no sistema de saúde nacional

Em um ano, os farmacêuticos locais ganham

7- Reino Unido 

Média anual: US$ 57 mil (R$ 292 mil)

Assim como no Brasil, o Reino Unido também mantém um sistema público de saúde estruturado, o NHS. Muitos dos formados em farmácia na região encontram no SUS britânico um ótimo lugar para estabelecer carreira.

6- Suécia 

Média anual: US$ 70,4 mil (R$ 361 mil)

O compromisso com a saúde pública também é a força-motriz do canal farma sueco. É nesse extrato que os farmacêuticos encontram as melhores oportunidades

5- Canadá 

Média anual: US$ 80,7 mil (R$ 414 mil)

Além da mão de obra interna, o país investe em programas para recrutar profissionais qualificados do Exterior, o que o torna um campo fértil também para os farmacêuticos

4- Austrália 

Média anual: US$ 88,8 mil (R$ 456 mil)

A Austrália também desponta com outro centro promissor para farmacêuticos estrangeiros

3- Suíça 

Média anual: US$ 105 mil (R$ 539 mil)

O país une um sistema de saúde de excelência e a presença de renomadas multinacionais da indústria farmacêutica

2- Islândia 

Média anual: US$ 106 mil (R$ 544 mil)

A vice-liderança é bem inusitada. Apesar de contar com apenas 382 mil habitantes, número inferior ao de Roraima – estado menos populoso do Brasil – a sólida rede pública de saúde fortalecido faz da nação um Eldorado para o setor. 

1- Estados Unidos

Média anual: US$ 133 mil (R$ 683 mil)

Muitos falam sobre o sonho americano, mas o setor pode muito bem chamar de “sonho farmacêutico”. Os Estados Unidos são onde o salário de farmacêutico é mais valorizado.

Ranking das redes de farmácias mostra consolidação do setor

Ranking das redes de farmácias mostra consolidação do setor
Divulgação: Freepik

O mais novo ranking das redes de farmácias associadas à Abrafarma demonstrou a consolidação do grande varejo farmacêutico. Sem muitas alterações de posição, as grandes marcas do setor apresentaram um crescimento acima da média do mercado.

Enquanto o faturamento das farmácias como um todo cresceu na casa dos 8%, as redes que integram a entidade registraram um avanço de 13,5% em 2023, totalizando R$ 91,3 bilhões em vendas no ano passado.

O estudo foi organizado pela FIA-USP e teve como base os dados enviados mensalmente pelos 22 grupos econômicos associados, que administram as 29 bandeiras.

“O ranking reúne empresas de diferentes cantos do Brasil, que concentram 53% da dispensação de medicamentos mesmo com cerca de 10% do contingente de farmácias no país. Isso realça a sustentabilidade dessas grandes redes e seu crescente protagonismo como canais de saúde e conveniência para a população”, analisa Sergio Mena Barreto, CEO da entidade.

Ranking das redes de farmácias: líderes seguem no comando

A marca muda, o desempenho não. Pelo 13º ano consecutivo, a RD Saúde, anteriormente conhecida como Raia Drogasil, liderou o ranking em faturamento e número de lojas.

O pódio também se completa com velhos conhecidos – o Grupo DPSP, que reúne a Drogaria Pacheco e São Paulo; e a Farmácias Pague Menos, que também engloba a operação da Extrafarma.

Em faturamento, a DPSP é vice-líder, mas troca de posição com a Pague Menos no número de lojas.

As gigantes do Sul do país, Farmácias São João e Panvel, fecham o top 5 de ambos os quesitos.

Nordeste e Rio concentraram vaivém

Falando de faturamento, o ranking das redes de farmácias mostra a dança de cadeiras a partir da 12ª colocação. A Redepharma, da Paraíba, viu as Drogarias Globo, do Piauí, pedirem passagem e assumirem a “cadeira” de número 12.

Outra nordestina a avançar no período foi a Farmácia Permanente, de Alagoas. A rede de farmácias superou o Grupo Tapajós, do Amazonas, e agora ocupa a 14ª posição.

No 18º lugar, descemos no mapa do Brasil para o Sudeste e presenciamos a disputa entre as cariocas A Nossa Drogaria, que ganhou terreno, e a Drogaria Moderna, que recuou um degrau.

Faturamento 2
Foto: Divulgação – Abrafarma

Dança também aconteceu no ranking por lojas

Com crescimento de 7,4% no total de PDVs vinculados, a Abrafarma fechou 2023 com 10.395 farmácias. Assim como no faturamento, é no miolo onde vemos as mudanças.

A Drogal, que atua em São Paulo e Minas Gerais, superou a tradicional rede mineira Drogaria Araujo e agora é a sétima colocada no ranking.

O Grupo Tapajós também foi superado no número de lojas, perdendo a 14ª posição para os cariocas da Drogaria Venancio.

Voltando à disputa “café com leite” entre São Paulo e Minas Gerais, dessa vez os vizinhos de cima se saíram melhor. A Drogaria Minas-Brasil é a nova 18ª colocada, após superar o Drogão Super no número de PDVs.

Numero de lojas 2
Foto: Divulgação – Abrafarma

Biomm inaugura fábrica de insulina em Minas Gerais

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fábrica de insulina
Foto: Divulgação – Ricardo Stuckert / PR

A biofarmacêutica Biomm inaugurou nesta sexta-feira, 26/04, uma nova planta em Nova Lima (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. A fábrica de insulina será responsável pelo abastecimento do mercado interno brasileiro.

A construção do parque fabril de 12 mil m², avaliada em R$ 100 milhões, foi financiada em parceira com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

A inauguração contou com a presença do presidente Lula, além de diversos políticos como o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, e os ministros da Saúde, Ciência Tecnologia e Inovação, Fazenda, Relações Institucionais e Minas e Energia.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, revelou que o financiamento da obra faz parte do plano da Nova Indústria Brasil de reforçar o complexo industrial de saúde brasileiro, reduzindo a sobrecarga do SUS.

Inauguração da fábrica de insulina marca o reinício da produção no Brasil

Mesmo sendo um dos países com a maior incidência de diabetes no mundo, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), a produção de insulina no Brasil estava paralisada há anos, o que obrigava os pacientes a importarem seus medicamentos

A fábrica da Biomm foi autorizada pela Anvisa a exercer todas as etapas da produção do medicamento, desde a confecção dos cristais de insulina até os processos finais de formulação.

A insulina Glargina, produzida na unidade, facilitará o acesso dos pacientes brasileiros ao medicamento necessário para o seu tratamento. A empresa afirma já ter capacidade para produzir até 40 milhões de frascos e seringas de insulina por ano, quantidade suficiente para abastecer quase 80% do mercado interno.

Tecnologia importada

 A planta contará com equipamentos de ponta em todos os processos, provenientes da transferência das tecnologias da Gan&Lee Pharmaceutical. As farmacêuticas têm uma parceria estabelecida desde 2014.

Vacina da Covid-19 é pivô de disputa judicial entre GSK, Pfizer e BioNTech

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Vacina da Covid-19
Foto: Freepik

A vacina da Covid-19 da Pfizer, em parceria com a BioNTech, pode ter um “efeito colateral” para as duas empresas. Isso porque a GSK alega que as fabricantes romperam patentes de sua propriedade. As informações são da Folha de S. Paulo.

A farmacêutica britânica entrou com uma ação na justiça na última quinta-feira, dia 25, no tribunal federal de Delaware, nos Estados Unidos. Ela argumenta possuir patentes sobre a tecnologia de vacinas de mRNA há “mais de uma década antes” da pandemia do novo coronavírus, que teve início em 2020.

Pfizer se diz “confiante” em processo sobre vacina da Covid-19 

Por meio de um porta-voz, a Pfizer se posicionou afirmando estar “confiante” de que detém a propriedade intelectual e que se defenderá “vigorosamente” das acusações movidas pela GSK.

Já a GlaxoSmithKline afirma que, sem suas patentes, o projeto não seria desenvolvido, mas se diz aberta a licenciá-las para que o imunizante siga no mercado. A BioNTech preferiu não comentar.

Esse não é o primeiro embate 

GSK e Pfizer já se estranharam por causa de uma outra vacina, no caso a destinada a proteção contra a bronquiolite em bebês. Novamente, os britânicos afirmam que a tecnologia empregada na Abrysvo é de sua propriedade intelectual, ao que os norte-americanos negam.

Vendas de imunizante foram grande negócio 

Apesar ter vendido US$ 11,2 bilhões (cerca de R$ 54,3 bilhões segundo a cotação dá época) em 2023, a Pfizer viu a comercialização da vacina contra o novo coronavírus cair no ano passado em comparação com 2022.

Essa queda nos negócios foi uma das principais razões para o lucro da farmacêutica despencar no último ano. Depois do recorde de US$ 31 bilhões (cerca de R$ 163 bilhões na cotação da época) em 2022, a companhia não reteve nem 10% desse total, fechando em US$ 2 bilhões (cerca de R$ 9,7 bilhões).

Diretor ganha nova função na Daiichi Sankyo

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Daiichi Sankyo, Leandro Madeira
Foto: Divulgação

A farmacêutica Daiichi Sankyo, multinacional de origem japonesa, anunciou a promoção de Leandro Madeira ao cargo de diretor de Gestão de Contas, Geração de Evidências, Valor e Acesso. O executivo já atuava como head dos setores, com exceção da gestão das contas da empresa.

Formado em farmácia pela Unesp, cursou MBAs em gestão de marketing e de projetos, além de um mestrado em economia de cuidados da saúde. Com mais de 18 anos de experiência, Madeira conta com passagens por empresas como Pfizer, Novartis, Sanofi e Astellas Pharma.

Contato: leandro.madeira@dsbr.com.br

Venda do Wegovy no Brasil começará no 2º semestre

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Venda do Wegovy no Brasil
Foto: Reprodução Redes Sociais

A farmacêutica Novo Nordisk anunciou na última quinta-feira, dia 25, que a venda do Wegovy no Brasil terá início no segundo semestre deste ano. “Irmão” do Ozempic, o medicamento também tem como princípio ativo a semaglutida e é destinado para o tratamento da obesidade e sobrepeso. As informações são do UOL.

Apesar de ter data para ser comercializado no país, o remédio chegará salgado. De acordo com o painel de consulta de preços de medicamentos da Anvisa, a depender da dose e quantidade de aplicações, o kit do produto pode ser vendido por até R$ 2.634,03.

Venda do Wegovy no Brasil: qual a diferença para o Ozempic? 

Como destacado no começo da matéria, o Wegovy é o “irmão mais novo” do Ozempic, sendo ambos à base de semaglutida e fabricados pela Novo Nordisk. Mas qual a diferença entre eles?

A primeira é a indicação. O Ozempic é destinado ao tratamento do diabetes tipo 2 e é usado para o emagrecimento em off label, ou seja, fora da bula. Já seu caçula foi pensado exclusivamente para tratar a obesidade e o sobrepeso.

A segunda diferença entre os remédios é sua concentração. A dose mais forte de Ozempic é 1 mg, enquanto o Wegovy é mais potente, com doses que chegam aos 2,4 mg.

Medicamento tem “indicação bônus” nos EUA 

Em março, a FDA aprovou o uso do Wegovy para a redução no risco de doenças cardíacas. De acordo com o porta-voz da agência, John Sharretts, essa foi a primeira vez que um medicamento do tipo foi aprovado para tal uso.

Lembra que o remédio tem uma concentração maior de semaglutida do que o Ozempic? É exatamente essa maior “potência” que possibilita o benefício cardiovascular.

Depois da aprovação nos EUA, a Novo Nordisk resolveu então acionar a Anvisa para pleitear o aval para o tratamento aqui no Brasil também. O pedido está sendo analisado pelo órgão regulador.

Pedido de recuperação judicial da Servimed é aprovado

Pedido de recuperação judicial da Servimed é aprovado

O pedido de recuperação judicial da Servimed recebeu aprovação nesta terça-feira, dia 23. É a sexta distribuidora de medicamentos a conviver com esse processo em um período de dois anos.

Enquanto aguardava o aval da Justiça, a empresa com sede em Bauru (SP) emitiu um comunicado ao mercado no início da semana passada. Na oportunidade, alertava fornecedores, parceiros e clientes sobre a dívida acumulada superior a R$ 693 milhões, entre pendências não pagas e compromissos futuros.

O maior montante está vinculado a credores quirografários, aqueles que não têm preferência no recebimento de valores em caso de recuperação judicial, como é o caso de instituições financeiras.

Segundo reportagem do JCNet, quatro desses credores enviaram notificações extrajudiciais à distribuidora de medicamentos. Nesse documento, cobraram antecipadamente um total de R$ 105 milhões pela não quitação de parcelas dos empréstimos.

Com 50 anos de história, a Servimed também contabiliza R$ 30,3 milhões em débitos tributários e R$ 5,2 milhões em dívidas trabalhistas – mais de 2 mil colaboradores atuavam na companhia.

No comunicado, assinado pelo presidente Antonio Iachel Marques, a empresa afirma que “vinha empreendendo todos os esforços e estudos para otimizar sua liquidez e perfil de endividamento, com auxílio de profissionais especializados em reestruturação empresarial”. Além disso, estava em contato com seus credores em busca de uma renegociação consensual de dívidas.

Recuperação judicial da Servimed: da Covid à Ucrânia

Entre as justificativas do pedido de recuperação judicial da Servimed estão as “dificuldades para ajustar sua estrutura de capital, especialmente por conta dos efeitos decorrentes da pandemia da Covid-19, como paralisação de fábricas, queda no volume de vendas e falta de insumos vindos da China, principal fornecedor de matérias-primas”.

A distribuidora de medicamentos citou ainda a alta da taxa de juros, que encareceu o crédito para capital de giro; e a guerra na Ucrânia. O processo tramita na Vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem das 3ª e 6.ª Regiões Administrativas Judiciárias, em Ribeirão Preto (SP).

Problemas de crédito e margens apertadas

A situação envolvendo a Servimed segue o roteiro de outras empresas do atacado farmacêutico. Entre 2022 e 2023, a DP4, Rio Drog’s, Neosul, American Farma e Dislab solicitaram recuperação judicial.

Para a American Farma, a principal causadora da atual crise foi a Covid-19. Segundo a companhia, a impossibilidade de seguir com a visitação médica afetou gravemente seu negócio de farmácias de manipulação. Em paralelo, as varejistas independentes do Norte do país, com menos acesso a crédito bancário, pediram à distribuidora o alargamento de prazos de pagamento, o que gerou um ciclo financeiro invertido. Atualmente, o passivo da distribuidora beira R$ 101 milhões.

Em 2022, a Dislab atribuiu o cenário ao aumento da inflação e da taxa de juros, acompanhado da escassez de medicamentos, instabilidade e alternância na demanda de algumas categorias de produtos.

Fontes ouvidas pelo Panorama Farmacêutico afirmam que a onda de recuperações judiciais, envolvendo tanto distribuidoras regionais como players de grande porte, aponta uma fragilidade do setor – marcado pela elevada concorrência, alta nos custos e estreitamento das margens. Além disso, praticamente todo o segmento vem sofrendo com a redução de crédito por parte das indústrias e do mercado financeiro.

Procurada pela redação do portal, a Servimed manifestou-se por meio de nota oficial, cuja íntegra segue abaixo. Já a Abafarma informou que “não se manifesta sobre casos específicos dos associados. Sobre redução de crédito e melhores condições da indústria, essas são questões comerciais específicas e diferentes para cada empresa”.

Posicionamento oficial da Servimed

“A Servimed julgou que a apresentação do pedido de recuperação judicial foi a medida mais adequada e representou uma solução para sua efetiva reestruturação financeira. O intuito é viabilizar a proteção adequada da empresa e da importante função social que exerce na região, com a preservação da continuidade de suas atividades empresariais e de seu crescimento futuro.

Empreendemos todos os esforços e estudos para otimizar sua liquidez e perfil de endividamento, com o auxílio de profissionais especializados em reestruturação empresarial, além de conduzir negociações com seus credores em busca de uma reestruturação consensual de dívidas, com o objetivo de fortalecer a sua estrutura de capital, superar os desafios empresariais e honrar os compromissos. 

Entre os motivos para o cenário atual estava a dificuldade para ajustar sua estrutura de capital, especialmente em decorrência dos efeitos da pandemia da Covid-19 e da grave crise econômica que afetou toda a cadeia produtiva nacional e internacional, notadamente no setor de farma (medicamentos e consumo), hospitalar e alimentar.

Reforçamos que nosso objetivo continua sendo o mesmo: buscar uma solução definitiva e sustentável para atingir o equilíbrio econômico-financeiro. A recuperação judicial tem como objetivo preservar e garantir os empregos dos colaboradores, permitir a continuidade das operações e a sustentabilidade nos negócios, propor um plano de pagamento das dívidas que permita honrar todas as categorias inseridas nessa situação, manter a boa relação com os fornecedores, investidores, parceiros e clientes, com os quais lida diariamente e viabilizar a retomada do crescimento.

A Servimed  manterá seus credores e o mercado informados sobre o processo de recuperação judicial. E reforça que a premissa básica da empresa e de seus representantes é manter a transparência e a lealdade com as quais sempre baseou suas ações, mantendo a filosofia de uma empresa séria e consciente de seu papel para a sociedade”.

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