Priscila Debastiani Barros foi promovida a supervisora de garantia de qualidade da Prati-Donaduzzi. Nos últimos seis anos, atuava como analista da mesma área na farmacêutica paranaense.
A executiva iniciou trajetória no setor em 2013. Desde então, já passou pela Brainfarma, Teuto e Pfizer, além da Prefeitura Municipal de Coronel Martins (SC).
É graduada em farmácia pela UnoChapecó, com pós-graduação em gestão e tecnologia industrial farmacêutica. Tem mestrado em ciências farmacêuticas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
A L’Oreal promoveu o executivo Murilo Norcia para o cargo de gerente de vendas. Nos últimos dois anos ele exercia a função de coordenador de vendas no canal indireto.
Atua nos segmentos farmacêutico e de cuidados pessoais desde 2012. Tem passagens por players como Colgate-Palmolive, Beiersdorf e Coty, sempre com foco nos canais indiretos.
É formado em administração e tem MBA em marketing pela ESPM, além de ser pós-graduado em gestão de vendas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Mais um recorde para a coleção do setor. O faturamento das farmácias brasileiras com medicamentos chegou pela primeira vez a três dígitos após a consolidação do balanço de 2022. Os dados da IQVIA apontaram uma receita de R$ 106,64 bilhões, 17% acima dos R$ 91,17 bilhões do ano anterior.
Os chamados medicamentos populares, que abrangem os remédios similares e genéricos, formaram a categoria que mais puxaram esse avanço. Esse segmento movimentou R$ 37,89 bi nas prateleiras, o que correspondeu a uma alta de 19,2% sobre 2021.
Já os medicamentos de marca continuam a concentrar a maior fatia do faturamento – 65%. Mas os R$ 68,75 bilhões representaram uma evolução de 15,8%, índice ligeiramente inferior na comparação com a classe dos populares.
Peso da inflação no faturamento das farmácias
Segundo especialistas, o maior peso dos medicamentos de menor valor agregado para a ampliação do faturamento das farmácias pode ter associação direta com a inflação. Dados do IBGE indicam que a alta acumulada em 12 meses nos preços de medicamentos à venda no varejo atingiu o maior pico em junho – 13,81%.
Nesse mesmo período, o IFEPEC – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa, a partir de pesquisa com 4 mil consumidores em parceria com a Unicamp, revelou queda de R$ 55,02 para R$ 43,71 na cesta de compras. A quantidade de artigos adquiridos caiu de três para 2,6. Já o valor médio por produto passou de R$ 18 para R$ 16,81.
“O cenário impede os brasileiros de manter o patamar de compra anterior à pandemia, o que provoca um efeito cascata e torna a redução de custos um caminho necessário”, argumenta Daniela Jakobovski, consultora da Kantar. No entanto, ela enxerga nesse contexto uma oportunidade principalmente para as farmácias regionais de bairro.
“Em média, esse nicho do varejo farmacêutico conquistou em torno de 1 milhão de novos shoppers nos últimos dois anos. E como se trata de um setor com forte apelo baseado em preços e promoções, a retenção desse consumidor contribui para garantir a resiliência do pequeno e médio varejo”, complementa.
A análise vai ao encontro dos indicadores sobre os principais fatores de impulso para as farmácias. Dos R$ 15,47 bilhões de incremento no faturamento em 2022, apenas 10,7% tiveram como fonte os lançamentos de produtos. O preço exerceu influência sobre 36,5% desse montante e o volume foi responsável por 52,8% do avanço.
O médico e ex-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, tomará posse nesta terça-feira, dia 31, como diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A cerimônia ocorrerá na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington D.C., nos Estados Unidos.
Barbosa foi eleito pelos Estados Membros da OPAS em setembro de 2022, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana. Ele iniciará seu mandato de cinco anos em 1º de fevereiro de 2023, sucedendo a Carissa F. Etienne, da Dominica, que tem liderado a organização desde 2012.
A cerimônia terá início às 13h (horário de Brasília) e contará com as participações de Carissa Etienne, diretora cessante da OPAS; Nísia Trinidade Lima, ministra da Saúde do Brasil; Xavier Becerra, secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos; Luis Almagro, secretário-geral da OEA; Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS); Carlyle de Macedo, George Alleyne e Mirta Roses, diretores eméritos da OPAS; e Molwyn Joseph, ministro da Saúde, Bem-estar e Meio Ambiente de Antígua e Barbuda.
Jarbas Barbosa teve forte atuação durante a pandemia
Barbosa é atualmente diretor assistente da OPAS, tendo liderado os esforços da organização para aumentar o acesso equitativo às vacinas contra a Covid-19 e as capacidades regionais para a fabricação de medicamentos e outras tecnologias de saúde.
Médico formado pela Universidade Federal de Pernambuco, Barbosa é especialista em Saúde Pública e Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. É também mestre em Ciências Médicas e doutor em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Foi secretário municipal de Saúde de Olinda, no estado de Pernambuco; secretário estadual de Saúde de Pernambuco; e diretor do Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI), em Brasília.
Iniciou sua carreira na OPAS em 2007 como gerente da área de Vigilância em Saúde, Prevenção e Controle de Doenças, responsável pela coordenação das atividades regionais relacionadas à vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis, saúde pública veterinária e análises e estatísticas de saúde. Em 2011, retornou ao Ministério da Saúde do Brasil como secretário de Vigilância em Saúde, posteriormente assumindo a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos. Antes de se tornar diretor assistente da OPAS, Jarbas Barbosa foi diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Brasil, de 2015 a 2018.
A diretoria do Sindusfarma acaba de aprovar o plano estratégico da entidade para os próximos anos, a ser implementado entre 2023 e 2026. O foco será na melhoria dos serviços oferecidos às empresas associadas, na promoção do acesso aos medicamentos e produtos farmacêuticos e na inovação no complexo industrial da saúde.
O trabalho está sendo realizado com a orientação e o suporte metodológico da Fundação Dom Cabral (FDC), cujas premissas e conteúdo foram formulados ao longo de 2022 e validados pelos diretores da entidade.
Nos próximos quatro anos, o Sindusfarma vai introduzir processos, criar programas e incorporar tecnologias, entre outras ações, com a meta de aprimorar o trabalho atual e desenvolver novos serviços para os associados, ganhar ainda mais relevância e ampliar sua interlocução com os diversos organismos do Poder Público e atores estratégicos da área da saúde.
Fazem parte dessas iniciativas, projetos que contribuam para aumentar o mercado farmacêutico, promovam a convergência regulatória, busquem sinergias com outras instituições do setor de saúde e aprimorem o canal ativo de comunicação com os associados.
Sindusfarma quer ampliar atuação internacional
O plano estratégico também estabeleceu formalmente os valores fundamentais que balizam a atuação da entidade, tais como as defesas da liberdade de preços e livre concorrência; da redução da carga tributária para a indústria farmacêutica; das regras sanitárias alinhadas aos melhores padrões internacionais; e da propriedade intelectual e da proteção de dados.
Promover as práticas ESG (ambientais, sociais e de governança), ampliar a atuação internacional da entidade, firmar novas parcerias e desenvolver talentos são outros objetivos a serem alcançados até 2026.
Thiago Meirelles é o novo presidente executivo da PróGenéricos
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República foi acionada para avaliar se há conflito de interesse na atuação de Daniel Pereira, diretor da Anvisa, em função do parentesco com o presidente da PróGenéricos, Thiago Meirelles. Ambos são irmãos.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, os questionamentos foram feitos pelo próprio diretor à comissão no começo de janeiro. O presidente da agência, Antonio Barra Torres, afirma que também vai ao órgão da Presidência para checar se há irregularidade.
Relação entre Anvisa e PróGenéricos pode levantar questionamentos
Integrantes da Anvisa dizem que há insatisfação dentro da agência, pois o parentesco pode levantar questionamentos sobre interferência do setor privado. A avaliação é de que ele pode ser forçado a se abster de processos ligados a medicamentos, que ocupam maior parte da força de trabalho da agência, e sobrecarregar os outros colegas.
O diretor da autarquia afirma que não há ilegalidade e que decidiu se afastar “de forma preventiva” de alguns debates, enquanto não há resposta da comissão de ética. A comissão deve se reunir pela primeira vez em 2023 no dia 31 de janeiro. Ainda não foi divulgada a pauta da reunião.
Daniel Meirelles ocupa a 5ª Diretoria, responsável pelo controle de portos, aeroportos e fronteiras, além da farmacovigilância – área sensível ao mercado farmacêutico por monitorar efeitos adversos ou outros problemas de drogas que estão no mercado.
Segundo a ProGenéricos, em novembro de 2022, a comissão de ética afirmou que não havia conflito de interesse para a atuação fora do governo. A entidade não informou se Thiago disse à comissão, ao apresentar a consulta sobre o conflito, que atuaria no mercado farmacêutico e que seu irmão é diretor da Anvisa.
Nepotismo cruzado
Os irmãos atuaram em cargos de destaque no governo Bolsonaro. Daniel era secretário-executivo do Ministério da Saúde antes de entrar na Anvisa, em agosto de 2022. O irmão ocupou a mesma função na Casa Civil durante a gestão do general Braga Netto, depois tornou-se subchefe de Articulação e Monitoramento do ministério. Thiago Meirelles assumiu a ProGenéricos em janeiro.
Em 2020, quando era diretor-adjunto na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Daniel participou do processo de contratação para a agência de uma filha de Braga Netto. O irmão, Thiago, trabalhava com o general, o que levantou questionamentos sobre nepotismo cruzado.
Após repercussão negativa, o processo de contratação da filha de Braga Netto foi interrompido. Procurado, Daniel não comentou o episódio.
A indústria farmacêutica perdeu um de seus maiores representantes. Faleceu neste sábado, dia 28, o empresário Georges Hajjar, aos 78 anos. Ele estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo (SP) para tratar de um câncer de pulmão e teve o quadro agravado após uma pneumonia.
Natural de Anápolis (GO), Hajjar era o fundador da Geolab, indústria farmacêutica localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), um dos maiores polos farmoquímicos do país.
Georges Hajjar era um grande incentivador da economia anapolense
O empresário, que era um dos maiores incentivadores da economia local, deixa a esposa Margarida Hajjar, três filhos – André, Miguel e George Filho- e nove netos.
George Hajjar era primo de Samir Hajjar, pai da médica Ludhmila Hajjar, que integrou o time da transição do governo Lula na área da saúde.
Estudo da Close-Up International elencou os medicamentos milionários mais comercializados nas farmácias brasileiras. A lista inclui os 15 produtos com faturamento acima de R$ 1 milhão, exceto não medicamentos, que apresentaram maior crescimento nas vendas ao longo do ano passado.
Com R$ 61,6 milhões em vendas, o descongestionante nasal Nasoar, da Myralis, ocupa a primeira colocação, com evolução de 1.118,7%. Curiosamente, o soro fisiológico foi um dos muitos medicamentos que estiveram em falta nas farmácias e na rede pública em 2022.
É o mesmo caso da prednisolona, que também sumiu das prateleiras. Mesmo assim, o antiinflamatório da Vitamedic registrou elevação de 1.071,1% na demanda e contabilizou R$ 18,2 milhões em vendas, garantindo a segunda posição no ranking. Fechando o top 3, o Juneve (dimesilato de lisdenxanfetamina), da Takeda, movimentou R$ 20,7 milhões e teve alta de 1.038,8%.
Indicado para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o Juneve, assim como o Venvance, da mesma farmacêutica, tem sido usado por adultos em busca de emagrecimento rápido e melhora da concentração. Pais com crianças com TDAH sofreram com a ruptura do medicamento no ano passado.
Mas foi outro produto da Takeda que se destacou com o maior faturamento. A comercialização do Inzelm (fumarato de vonoprasana), voltado para o tratamento de doenças ácido-pépticas, somou R$ 99 milhões. O avanço foi de 870,4%.
Top 15 – medicamentos milionários com maior crescimento
A Walgreens Boots Alliance está avaliando a venda da iA, empresa especializada em automação de farmácias, por US$ 2 bilhões, segundo relatório da Bloomberg.
A unidade, que ajuda as farmácias a preencher prescrições, também pode atrair o interesse de outras empresas de saúde rivais. Essa movimentação poderá abrir espaço para a Summit Health, que a afiliada da Walgreens, VillageMD, comprou por US$ 8,9 bilhões em janeiro.
Segundo o documento, nenhuma decisão final foi tomada e a rede de drogarias pode optar por manter o negócio.
Walgreens busca ganhar mercado
A possível venda ocorre em um momento em que a empresa, uma das maiores farmácias dos Estados Unidos, busca ganhar uma posição maior no setor de saúde, com vendas em suas lojas físicas tradicionais afetadas pela menor demanda por vacinas contra a Covid-19 e testes, em comparação com o pico do ano passado.
A artrose no joelho é resultado do processo de desgaste das cartilagens que envolvem essa articulação do corpo, causando dor que pode se tornar aguda ou crônica com o passar do tempo. Ela costuma se manifestar em pessoas com idade acima de 65 anos e em mulheres, cuja estrutura óssea é mais fraca se comparada à do sexo masculino. Envelhecimento natural, excesso de peso, exercícios de alto impacto, fraturas prévias na região e fatores hereditários figuram entre as principais causas da doença.
A artrose no joelho é considerada uma doença incapacitante, isto é, responsável por um grande número de casos de afastamento do trabalho e aposentadoria por invalidez. O joelho é uma das articulações mais demandadas pelo corpo em movimentos como andar e sentar, por exemplo. A predisposição à doença está associada à atividade do indivíduo e à intensidade com que é exercida, seja no trabalho ou em uma prática esportiva.
Sinais da artrose no joelho
Os sintomas são dor, vermelhidão e inchaço devido à inflamação local, rigidez, alteração da marcha, perda progressiva de movimento e de flexibilidade e rangido e estalos na articulação. Pelo fato de o joelho suportar peso, ainda podem ocorrer derrames articulares e alargamento das estruturas ósseas vizinhas à articulação. Em estágios mais avançados da doença, há perda de estabilidade do joelho com o aparecimento de deformidades ósseas.
A radiografia é indicada para o diagnóstico da artrose em conjunto com exame físico no qual o médico ortopedista avalia o ponto doloroso, a mobilidade articular e o grau de instabilidade ou frouxidão do joelho. Adicionalmente, podem ser requeridos outros exames de imagem como ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassom. O tratamento visa aliviar a dor, o inchaço e melhorar a mobilidade. Para isso, são administrados analgésicos e anti-inflamatórios, via oral ou aplicados diretamente no local.
Em paralelo, recomenda-se dieta e atividades físicas supervisionadas a pacientes obesos ou com sobrepeso. As sessões de fisioterapia para o fortalecimento muscular e controle da dor completam o tratamento. Em casos específicos, o médico indica injeções no interior da articulação, que podem ser de ácido hialurônico, ozônio, corticoides, gordura e plasma rico em plaquetas.
Cirurgia é último recurso
Quando o tratamento convencional não apresenta resultado satisfatório, a alternativa é a cirurgia (artroplastia) para a implantação de uma prótese. O artefato – metálico, cerâmico ou plástico – substitui a articulação desgastada. O procedimento dura cerca de duas horas, tempo durante o qual o paciente permanece sedado, sob a anestesia raquidiana. Após a intervenção, são necessárias 12 horas de repouso.
Mas já no dia seguinte, o médico incentiva o paciente a andar com o auxílio de muleta ou andador. A fisioterapia tem início já na fase de internação e pode se prolongar por até seis meses, período após o qual a pessoa vai retomando gradativamente suas atividades. As recomendações são caminhadas leves, exercícios físicos regulares sob orientação para manter a força e mobilidade do joelho e consultas periódicas ao cirurgião ortopedista.
Cirurgia com robô
Os avanços tecnológicos na medicina permitiram que a artroplastia atualmente seja realizada por meio da cirurgia robótica. A técnica confere maior precisão aos cortes de tecido e posicionamento da prótese. Uma das vantagens desse método é a redução de dores no pós-operatório, dispensando o uso de analgésicos opioides.
A prevenção da artrose se faz pela adoção de hábitos saudáveis que conferem qualidade de vida ao indivíduo. A receita inclui alimentação balanceada, controle do peso para evitar a sobrecarga do joelho e a prática de exercícios. Nadar, andar de bicicleta e fazer caminhadas são atividades apropriadas para afastar o risco da doença.