Larimel quer ampliar venda de apicultura em farmácias

Larimel quer ampliar venda de apicultura em farmácias
Carlos Alberto de Nóbrega estrela divulgação
dos produtos da Larimel, presentes em 3 mil PDVs

mercado de apicultura deve crescer US$ 5,6 milhões globalmente até 2027 e registrar uma taxa de crescimento anual de 9,39%, segundo relatório da Technavio. A evolução desse nicho, aliada ao potencial das farmácias como canal de venda, está no radar da Larimel.

Com 30 anos de atuação no segmento de produtos à base de mel, a fabricante passou por uma reestruturação em janeiro deste ano, após ficar ausente dos PDVs durante a pandemia. Hoje está presente em cerca de 3 mil PDVs nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Pernambuco.

“Mas nosso objetivo é sair dos limites do Nordeste e, com a ampliação da capacidade produtiva, expandir a atuação em 100% das unidades da Federação”, destaca o sócio-proprietário Kenard Rocha.

Apicultura pode ganhar peso no associativismo

A difusão da apicultura em farmácias passa especialmente pelo varejo regional. A companhia criou uma equipe comercial e contratou um gerente nacional de vendas para cuidar do processo de expansão.

“Em um primeiro momento, queremos atingir as redes associativistas e as farmácias independentes. E para isso contamos com parcerias de distribuidoras regionais”, ressalta Kenard, que prevê ampliar o volume de negócios em 50% até o fim do ano.

Instalada em uma planta de 1.300 m² em Feira de Santana, na Bahia, a companhia conta com três linhas de produtos – Mel Colmeia, Bio Real e Knatus. O portfólio reúne 50 SKUs derivados da abelha como complementação alimentar. Um dos carros-chefes é o composto de mel, própolis e agrião, único produto orgânico no mercado na categoria de suplementação.

Consumo no Brasil ainda é baixo

De acordo com levantamento da  Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL), em 2021 o Brasil produziu 46 milhões de toneladas do produto. Segundo as projeções da entidade, em 2035, serão vendidas 250 milhões de toneladas por ano. No entanto o consumo de mel no Brasil ainda é um dos menores do mundo, apenas 60 gramas per capita por ano, enquanto a média mundial está em 240 gramas. “É um potencial de crescimento inexplorado”, acredita.

LARIMEL

Fundação: 1994
Sede e planta fabril: Feira de Santana (BA)
Portfólio: 50 SKUs das linhas Mel Colmeia, Bio Real e Knatus
Atuação: cerca de 3 mil PDVs na Bahia, Ceará, Maranhão e Pernambuco

Marca própria vira prioridade da agenda das grandes redes

marca própria

marca própria ganha peso na estratégia de expansão das grandes redes de farmácias em 2023. Um estudo da Nielsen encomendado pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro) ratifica essa tendência na medida em que aponta alta de 27,4% do faturamento com produtos dessa categoria no varejo farmacêutico latino-americano, contra 3,5% da média global.

Na Panvel, a margem bruta desses produtos já é seis pontos percentuais acima da margem bruta da rede como um todo. O portfólio de marca própria da empresa soma mil itens.

Para ampliar o atendimento à indústria farmacêutica na demanda por marca própria, o Laboratório Lifar, que integra o Grupo Panvel, está investindo na modernização de sua fábrica em Porto Alegre (RS) e no uso da tecnologia para garantir aumento de produtividade.

“Durante muito tempo investimos em versatilidade e montamos uma estrutura fabril que nos permite desenvolver uma série de produtos e embalagens. A demanda de fornecimento à indústria tem aumentado e temos potencial para crescer nesse caminho”, afirma o diretor executivo de Operações, Roberto Coimbra.

A marca própria gerou recorde de R$ 1 bilhão em receita para a Raia Drogasil. O crescimento em relação a 2021 foi de 54,3%. A rede estreou nesse segmento em 2010.

A varejista emitiu nota, na qual afirma que “ambiciona ser, até 2030, o grupo que mais contribui com uma sociedade mais saudável, por meio do acesso a produtos com a mesma qualidade das marcas tidas como de primeira linha a um custo acessível, democratizando o consumo. Por esse motivo, os produtos de marcas próprias da rede chegam ao consumidor com preços entre R$ 10 e R$ 100”.

“O segmento de marcas próprias cresce mais do que a empresa ampliando cada vez mais a participação neste mercado com uma atratividade de preço maior e focado em produtos que são do universo da farmácia. Normalmente, os produtos chegam às gôndolas com preços entre 15% a 20% menores do que as marcas de referência no mercado. Uma das nossas estratégias da RD é entrar em categorias menos massificadas e com potencial de crescimento e expansão em diversas categorias”, completa.

Marca própria pode movimentar meio bilhão na DPSP

A operação de marca própria ganha prioridade na plataforma de expansão do  Grupo DPSP, proprietário das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo. A companhia prevê encerrar 2023 com 790 SKUs e R$ 500 milhões em vendas de produtos da categoria, 65% a mais do que em 2022.

A estratégia para atingir essa meta passa pelo lançamento de 210 itens, a começar por uma linha de desodorantes. O grupo prepara ainda os novos portfólios da Ever Home, de produtos para casa; e Ever Nutri, composta por balas de gengibre, doces sem açúcar e barrinhas de proteína e de cereais.

“O incremento ocorrerá a partir de novas famílias de produtos, mas também por artigos que estão em curva de maturação. Um exemplo é a linha infantil Ever Baby, na qual temos um market share bem maduro”, afirma Andrea Sylos, diretora comercial e de marketing do Grupo DPSP, em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico.

Plaquetas baixas ou trombocitopenia, o que significa?

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Plaquetas baixas

As plaquetas baixas, ou trombocitopenia, ocorre quando a medula óssea não produz plaquetas suficientes. As plaquetas são células sanguíneas que formam coágulos sanguíneos para ajudar a interromper o sangramento.

A trombocitopenia geralmente afeta pessoas com certas condições médicas, como doenças autoimunes ou que tomam certos medicamentos. Os profissionais de saúde geralmente tratam a condição de plaquetas baixas cuidando da condição subjacente e/ou alterando a medicação que causou o problema.

Quão comum é a condição de plaquetas baixas?

As pessoas podem ter trombocitopenia e não perceber uma vez que os sintomas são muito leves. É por isso que os profissionais de saúde não sabem exatamente quantas pessoas têm essa condição. Eles conhecem uma condição relacionada, a trombocitopenia imune, que afeta 3 a 4 em 100 mil crianças e adultos. Cerca de 5% das mulheres grávidas desenvolvem trombocitopenia leve pouco antes do parto.

Quais são as complicações da trombocitopenia?

Pessoas com trombocitopenia grave podem ter um risco aumentado de desenvolver as seguintes condições:

  • Hemorragia interna grave: A trombocitopenia pode causar hemorragia gastrointestinal ou hemorragia cerebral. Sangrar em seu cérebro é uma questão de risco de vida.
  • Ataque cardíaco: A trombocitopenia pode diminuir a quantidade de fluxo sanguíneo para o coração.

Quais são os níveis normais de plaquetas?

Uma contagem ou nível normal de plaquetas em adultos varia de 150.000 a 450.000 plaquetas por microlitro de sangue. Os níveis de trombocitopenia são:

  • Trombocitopenia leve: níveis de plaquetas entre 101.000 e 140.000 por microlitro de sangue.
  • Trombocitopenia moderada: níveis de plaquetas entre 51.000 e 100.000 por microlitro de sangue.
  • Trombocitopenia grave: níveis de plaquetas entre 51.000 e 21.000 microlitros de sangue.

Quais são os sintomas de trombocitopenia?

Algumas pessoas com casos leves de trombocitopenia não apresentam sintomas. Quando o fazem, um dos primeiros sintomas é um corte ou sangramento nasal que não para de sangrar. Outros sintomas incluem:

  • Sangramento nas gengivas: você pode notar sangue na escova de dentes e suas gengivas podem parecer inchadas.
  • Sangue no cocô (fezes): seu cocô pode parecer muito escuro.
  • Sangue na urina (xixi): Se a água do banheiro ficar rosa pálida depois que você fizer xixi, pode haver sangue na urina.
  • Sangue no vômito: hematêmese, ou sangue no vômito, é um sinal de sangramento no trato gastrointestinal superior.
  • Períodos menstruais abundantes: se seus períodos duram mais de sete dias ou você está sangrando mais do que o normal, você pode ter menorragia.
  • Petéquias: Este sintoma aparece como pequenos pontos vermelhos ou roxos na parte inferior das pernas que se assemelham a uma erupção cutânea.
  • Púrpura: Você pode ter manchas vermelhas, roxas ou marrons na pele. Isso acontece quando pequenos vasos sanguíneos sob a pele vazam sangue.
  • Contusões: Contusões acontecem quando o sangue se acumula sob a pele. Você pode perceber que está desenvolvendo hematomas com mais facilidade do que o normal.
  • Sangramento retal: você pode notar sangue na água do banheiro ou depois de se limpar.

O que causa a trombocitopenia?

As causas de trombocitopenia se enquadram em uma das três categorias:

  • Sua medula óssea não produz plaquetas suficientes. Isso pode acontecer se você tiver câncer de sangue, como leucemia ou linfoma.
  • Sua medula óssea produz plaquetas suficientes, mas seu suprimento de plaquetas está baixo porque você tem condições que esgotam seu suprimento de plaquetas ou destroem suas plaquetas.
  • Seu baço retém as plaquetas para que elas não circulem pela corrente sanguínea. Normalmente, o baço armazena cerca de um terço do suprimento de plaquetas.

Minoxidil, a solução para o crescimento capilar

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Minoxidil

Problemas com a calvície, barba ou até sobrancelhas? O minoxidil pode ser um super-herói em qualquer um desses casos. Essa é uma substância responsável pelo crescimento capilar, ajudando tanto na prevenção quando no tratamento da queda de cabelo androgênica, além de aumentar os vasos sanguíneos e melhorar a circulação do sangue no escalpe. É interessante que também tem a função de prolongar a fase do nascimento e crescimento do cabelo, conhecida como a fase anágena do fio.

O minoxidil, que demonstra cada vez mais sua versatilidade nos tratamentos, é encontrado por diferentes nomes comerciais, não sendo apenas “minoxidil” estampado na capa para comprar. Pode ser achado como Aloxidil, Rogaine, Pant, ou Kirkland, que são outros exemplos do conteúdo para ser vendido. Antes de utilizar a substância, é necessário que o paciente consulte seu médico e se certifique de que não há nada contraindicando seu uso. Confira hoje tudo sobre o minoxidil para tratamento capilar.

Funcionamento do minoxidil

Indicado para tratamentos capilares, pode ser tanto usado no cabelo quanto para preencher problemas na barba e nas sobrancelhas. Não há nada ainda que comprove cientificamente como é a ação do minoxidil, que, inicialmente, agia na queda da pressão arterial para hipertensão por contar com uma propriedade vasodilatadora. Curiosamente, tempo depois foi descoberto que um de seus efeitos colaterais nos pacientes hipertensos refletia no crescimento capilar.

A partir daí, o minoxidil ganhou forma do jeito que conhecemos atualmente. Passou a ser utilizado em solução no couro cabeludo, melhorando a circulação sanguínea e garantindo maior absorção de nutrientes na região. O fato é que o seu uso prolonga a fase anágena, já descrita acima que se trata da fase inicial do crescimento capilar.

Quando e como usar minoxidil

  • Para cabelo

A solução de minoxidil para tratar a queda capilar é aplicada diretamente na pele do couro cabeludo seco, e deve ser justamente onde o cabelo está fragilizado. Faça uma massagem durante a ação, que deve ser realizada duas vezes ao dia.

De acordo com a indicação do clínico geral ou do dermatologista, uma quantidade será indicada. Geralmente, é comum que o ideal a ser aplicado seja cerca de 1mL, com o tratamento tendo duração de 3 a 6 meses.

  • Para barba

O minoxidil comercializado não é 100% indicado para barbas por conta dos fabricantes, porém muitos dermatologistas recomendam a aplicação para preencher falhas ou aumentar o volume na face. Nesse caso, o passo a passo deve ser realizado da mesma maneira do couro cabeludo. A única diferença é que na barba o produto deve ser passado primeiro na mão, e depois onde se pretende reanimar. Após o ato, deve lavar as mãos.

Tempo passado, passe produto hidratante e nutritivo na região, podendo ser amêndoas doces ou óleo de coco. Desta maneira, o ressecamento da região é evitado e o odor do medicamento também não toma conta do ambiente, pois o minoxidil tem altos índices alcoólicos.

  • Para sobrancelha

A indicação para sobrancelhas é a menos comum das três possíveis, porém existem casos em que o dermatologista também recomenda. Mais uma vez, o uso não é recomendado pelos fabricantes para outras regiões sem ser a do couro cabeludo, mas desde que indicada por um profissional e aplicada de maneira segura pode sim haver possibilidade.

O minoxidil age no engrossamento das sobrancelhas, e deve ser aplicado com um cotonete. Passe um óleo na região para não ressecar, assim como na barba. De qualquer forma, não apenas nesses casos, deve-se utilizar um produto adequado para evitar o ressecamento da pele, além de demandar muito cuidado com os olhos e não considerar o uso de além de 2mL por dia da solução.

Efeitos colaterais do minoxidil

  • Reação alérgica local;
  • Coceira;
  • Ressecamento da pele;
  • Descamação do couro cabeludo;
  • Crescimento de pelos em partes do corpo como testa, orelhas e buço.

De 2 a 6 semanas após o início do tratamento com minoxidil, pode ocorrer da queda de cabelo aumentar bastante. Esse problema é temporário, e melhora após poucas semanas. Perdurando por mais de 2 semanas, o indicado é que o uso da substância seja interrompido e o médico responsável notificado para avaliar novamente o tratamento.

Contraindicações do minoxidil

  • Mulheres grávidas ou em amamentação;
  • Alérgicos ao minoxidil ou componentes;
  • Pacientes com a pele ou couro cabeludo inflamado, dolorido ou queimado
  • Pacientes em tratamento de alcoolismo (uso de dissulfiram)

Por fim, vale lembrar que a solução a 5%, em mulheres, só deve ser utilizada com orientação médica.

 

 

Candidíase: a doença dos dias quentes

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candidíase

Em 2020, o Ibope realizou uma pesquisa com abrangência nacional e constatou que 52% das mulheres brasileiras já tiveram candidíase ao menos uma vez na vida.

Infecção ginecológica causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que vive normalmente na região genital, levando ao surgimento de sintomas, como corrimento esbranquiçado, coceira intensa, inchaço ou vermelhidão na vulva e/ou vagina, ardência durante a relação sexual e dor na hora de urinar.

Durante os dias quentes, muitas mulheres acabam adotando hábitos que afetam a saúde íntima, sendo a mais comum a candidíase. O calor na região, que pode ser causado, por exemplo, pelo uso de roupas apertadas e de tecidos sintéticos que dificultam a ventilação local, também contribui para o surgimento da doença, pois altera a acidez vaginal e reduz os microrganismos responsáveis pela defesa da região.

“Outras situações, como estresse e ansiedade, uso de antibióticos e alterações hormonais comuns durante a gravidez e a menopausa, por exemplo, também podem provocar a candidíase”, explica a ginecologista e uroginecologista da Faculdade de Medicina da USP e Hospital das Clínicas, Débora Oriá.

Segundo ela, a diabetes descompensada pode ser uma das causas do problema, pela grande quantidade de açúcar circulante no sangue, fator que favorece o desenvolvimento de fungos na região genital. Doenças imunossupressoras e o uso crônico de corticoides também podem desenvolver a candidíase.

Como evitar a candidíase

Cuidados diários com a região íntima podem ajudar na prevenção, como manter o local sempre limpo com uso de sabonete adequado, evitar roupas justas e que prejudicam a ventilação e optar por calcinhas de algodão. Evite desodorantes, sprays e perfumes na região. Além disso, não use absorvente todos os dias e não abra mão do preservativo durante a relação sexual.

Tratamento

Em caso da persistência dos sintomas, é aconselhado consultar um ginecologista ou uroginecologista para identificar as possíveis causas da candidíase e indicar o tratamento mais adequado. Sendo confirmado o diagnóstico, o especialista pode prescrever o uso de remédios antifúngicos na forma de pomadas, cremes ou comprimidos.

A candidíase vaginal é sexualmente transmissível?

Chamada também de vaginose, essa infecção é um desequilíbrio da flora vaginal, provocado pelo maior crescimento do fungo, que já existe na flora. Logo, a candidíase vaginal não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).

“Na maioria dos casos a candidíase não está relacionada ao contato íntimo, mas pode ser transmitida através do contato íntimo vaginal, oral ou anal, caso o parceiro ou a parceira, esteja contaminado com o fungo. Sendo assim, o uso de preservativo durante a relação sexual é indispensável”, finaliza a especialista.

Poupafarma anuncia retomada das operações

Poupafarma

Atualmente em processo de recuperação judicial, a Poupafarma retomou as operações no último dia 23 de junho. As farmácias da rede permaneciam fechadas desde o início de fevereiro.

A reativação estende-se à Farmadelivery, que deverá ampliar operações a partir de julho. Segundo a InvestFarma, holding que controla as duas empresas, essas decisões devem estabilizar os fluxos financeiros em três a quatro meses.

A Poupafarma Estação Saúde, loja-âncora da bandeira em São Bernardo do Campo (SP), foi até o momento o único PDV a retomar operações. Uma unidade em Santos deve voltar a funcionar em julho. Já as lojas na capital paulista tendem a restabelecer atuação no fim do ano, e em novos pontos, com apoio da plataforma de e-commerce.

Em paralelo, o marketplace independente da Farmadelivery já opera pulverizado com produtos de mais de dez sellers diferentes – entre redes de drogarias de várias localidades,  laboratórios e empresas de nutrição, além de acessórios médicos e itens cosméticos e de cuidados pessoais. O plano da Farmadelivery é se consolidar como shopping online de saúde e cuidados pessoais, em todas as suas extensões.

A meta da Farmadelivery é adicionar dois novos sellers por semana até o fim de julho, além de implementar uma plataforma de serviços para parceiros e fornecedores, com uma rede de influenciadores capitaneados pela dupla Fabi e Fidelis, personas digitais da plataforma.

Poupafarma cita reestruturação abrangente

Em comunicado ao mercado, a Poupafarma reafirmou que “a interrupção temporária dessas operações permitiu realizar uma reestruturação abrangente, que envolveu a reorganização de processos, aprimoramento de sistemas e elaboração de uma nova matriz de distribuição. E redesenhar completamente o processo logístico e atualizar os parâmetros de viabilidade”.

Segundo essa nova avaliação da empresa, as taxas de juros e a inflação elevaram o peso relativo dos aluguéis entre os anos de 2021 e 2023. O cenário teria forçado a rede a reposicionar padrões de despesas e estoques.

PDVs da Poupafarma estão disponíveis para compra

Enquanto isso, o pedido de recuperação judicial foi homologado e os procedimentos de preparação e discussão do plano de recuperação ainda estão em fase inicial.

A Poupafarma reiterou que a recuperação judicial prevê a venda de pontos que a empresa não deve mais atualizar. A Nissei, por exemplo, já demonstrou interesse formal pela compra de lojas em São Paulo e formalizou proposta no valor de R$ 18,9 milhões.

Piso salarial do farmacêutico deve cair com posição do STF

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piso salarial do farmacêutico

A adoção do piso salarial do farmacêutico, com valor único de R$ 6,5 mil em todas as unidades da Federação, tende a ser rejeitada no Congresso Nacional após uma posição do STF.

Uma entrevista em vídeo do ministro Luís Roberto Barroso, concedida ao portal Migalhas no fim de junho, se disseminou pelas redes sociais e reforçou o entendimento contrário do Supremo ao Projeto de Lei 1559/21, atualmente na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados.

No vídeo, Barroso cita que o ministro Gilmar Mendes também partilha desse entendimento. Segundo ele, o STF deve declarar inconstitucionais propostas que estabeleçam um piso nacional para qualquer carreira profissional. O entendimento dos ministros da Corte é de que as convenções coletivas de trabalho devem deliberar sobre o tema, respeitando os perfis e realidades de cada região do país.

Piso salarial do farmacêutico pode inviabilizar pequenos negócios

O piso salarial do farmacêutico com abrangência nacional vem dividindo opiniões no setor. O assunto, inclusive, figura na lista de pautas da agenda legislativa, lançada pela Abrafarma e entregue a parlamentares em evento em Brasília no fim de maio.

“Atualmente existem em torno de 90 mil farmácias em todo o país. Destas, cerca de 52 mil (64%) são independentes e registram faturamento mensal médio de R$ 50 mil a R$ 60 mil.

A fixação de um piso nacional de R$ 6.500, sem levar em conta as variações de cada região, pode ser crucial para esses estabelecimentos, que certamente não terão condições de manter suas atividades”, argumenta Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Outro ponto ressaltado pela Abrafarma é que o lucro líquido médio das farmácias, segundo estudos da FIA-USP e FGV-RJ, é pouco superior a R$ 2 para cada R$ 100 de faturamento. “Ou seja, a margem de lucro líquida de uma farmácia não é alta, ficando em torno de 2%”, acrescenta.

“A proposta sugerida, apesar de meritória, pode tornar inviável a atividade comercial, prejudicando o desenvolvimento econômico e a prestação de serviços oferecidos pelas farmácias brasileiras. Por outro lado, aqueles que conseguirem sobreviver com este piso necessariamente terão que repassar os custos dessa mão de obra aos consumidores finais”, adverte.

A visão da Abrafarma é corroborada por outras associações. Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), destacou que, em 2021, existiam 146.197 registros ativos de farmacêuticos no País, 60% deles atuando em farmácias e drogarias. “Assim, qualquer proposta de alteração na remuneração média ou nos encargos desses profissionais tem no comércio varejista o setor mais atingido”, avalia.

Bentes pontuou ainda que, nos últimos dez anos, o volume de contratações e as remunerações de farmacêuticos aumentaram, respectivamente, 72% e 84%. “A adoção imediata do novo piso iria inviabilizar operacionalmente pequenos estabelecimentos em regiões menos desenvolvidas do País”, afirmou.

Por outro lado, profissionais farmacêuticos alegaram que vêm acumulando mais tarefas e responsabilidades ao longo dos anos e argumentaram que os lucros do setor comportam o pagamento da nova base salarial.

Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João citou números de faturamento do setor e afirmou que as despesas com o novo piso representariam apenas 2,14% desses valores. “O faturamento estimado do setor para 2022 é de R$ 170 bilhões. O impacto do piso seria algo em torno de R$ 3,63 bilhões anuais, ou seja, 2,14% do faturamento das empresas”, defendeu.

Serviços farmacêuticos atraem 680 líderes em workshop

serviços farmacêuticos
Evento trouxe exemplos práticos de adoção dos serviços nas grandes redes. Da esq. para dir. Rogério Lima (Retail Farma Brasil), Albery Dias (Pague Menos), Roberto Canquerini (São João), Renane Bernardes (Venancio) e Carlos Gouvêa (CBDL). Foto: Vitor Miranda

A nova era dos serviços farmacêuticos atraiu uma audiência qualificada para o workshop da Retail Farma Brasil, na última semana. O evento mobilizou cerca de 680 líderes e dirigentes setoriais, dos quais 298 atuam como gestores do varejo. Também estiveram presentes principais empresas que comercializam testes rápidos e vacinas nas farmácias, além de entidades, parceiros e prestadores de serviços.

O workshop ocorreu em formato híbrido, com um grupo reunido na sede da GS1 em São Paulo (SP) e o restante acompanhando de forma virtual – Interplayers, ClinicaRx, CBDL atuaram como parceiros. Mídia oficial do encontro, o Panorama Farmacêutico presenciou uma plateia ávida por somar conhecimentos para pegar carona nesse ciclo das farmácias como epicentro da jornada do paciente.

Cassyano Correr, diretor executivo da ClinicaRx, que integra o grupo Interplayers, trouxe dados emblemáticos que demonstram como as farmácias podem reverter dramas crônicos da saúde global. Hoje, a taxa de não adesão a medicamentos chega a 50% e o subdiagnóstico das 15 doenças crônicas mais prevalentes pode atingir índices de até 90%.

“No Brasil, uma a cada cinco pessoas convive com glicose elevada e sem diagnóstico, enquanto 46% têm pressão alta e não sabem. Para completar, temos 76 milhões com sobrepeso”, afirmou.

Para o especialista, a entrada em vigor da RDC 786/23 abre um campo promissor para as farmácias, ao estabelecer requisitos claros para a realização de mais de 50 exames laboratoriais no PDV, além de uma gama de procedimentos clínicos.

Serviços farmacêuticos têm Exterior como modelo

Os serviços farmacêuticos encontram no Exterior modelos de sucesso facilmente replicáveis à realidade brasileira. Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma e um dos palestrantes, trouxe à tona modelos consagrados em países como China, Estados Unidos, Israel e Itália, que já foram palcos de missões técnicas internacionais promovidas pela entidade.

“Realidades como a da Itália, onde as farmácias realizam até exames de holter, deveriam servir de parâmetro em um país onde 70% das pessoas não se submete a testagens para avaliar sua condição clínica”, acredita.

Barreto ainda utiliza o exemplo da pandemia para provar a força das farmácias como hubs de resolutividade em saúde. As 30 maiores redes de farmácias do país aplicaram mais de 20 milhões de testes rápidos da Covid. “Nas anamneses que os profissionais das redes realizaram com os pacientes, detectamos que pelo menos 10% dos casos eram graves o suficiente para encaminhamento ao hospital.”, acrescenta.

Três grandes redes, inclusive, participaram do workshop para destacar o advento dos serviços farmacêuticos nas suas lojas. Foram elas as Farmácias São João, Farmácias Pague Menos e Drogaria Venancio.

“O evento ressaltou o potencial dos serviços farmacêuticos como uma nova e robusta categoria dentro do PDV, inserida de maneira prioritária na cesta de compras do paciente”, repercute Paulo Gomes, vice-presidente de Relacionamento com o Mercado da Retail Farma Brasil.

Lei de Licitações abre campo para farmácias em 2023

Lei de Licitações abre campo para farmácias em 2023

A Lei de Licitações atualizada entra em vigor no próximo ano, mas tanto o governo federal como estados e municípios já adequaram suas concorrências públicas à nova norma. Com isso, farmácias e distribuidoras de medicamentos ganham um horizonte promissor para diversificar suas fontes de receita.

Mas o que muda, de fato, com a nova Lei nº 14.133/21? O esclarecimento é de Ariosto Mila Peixoto, professor e advogado especialista em contratos administrativos. Ele também atua como consultor da RHS Licitações, parceira do Panorama Farmacêutico em uma seção dedicada a oportunidades de compras públicas para o setor.

“Até então, apenas concorrências até R$ 17,6 mil estavam livres de burocracias como a participação presencial e a apresentação de uma série de documentações físicas. Eram contratos de pequeno valor e pouco compensadores. Mas agora, o teto saltou para R$ 57 mil”, revela.

Outro canal oportuno para as empresas do setor são os pregões eletrônicos, que já correspondem a 95% dos editais. “Essa alternativa tornou-se conveniente principalmente para farmácias independentes, cujos proprietários têm menos facilidade para deslocamentos por limitações de recursos ou mesmo de tempo”, acredita.

Essas modalidades têm data e horário predefinidos e, assim que iniciadas, as empresas interessadas dão o lance. A concorrência acontece de maneira randômica e a proposta de menor valor é a vencedora.

“Nesse caso, distribuidoras regionais e farmácias associativistas ainda têm mais competitividade para disputar esses pregões, pois contam com acesso facilitado a ferramentas que mapeiam o valor das concorrentes”, avalia.

Para aproveitar essa oportunidade, é preciso apenas preencher o Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores (SICAF) ou a Bolsa Eletrônica de Compras/SP (BECSP).

Lei de Licitações amplia também pregões municipais

A Lei de Licitações vem acompanhada de uma tendência favorável para as farmácias e distribuidoras. Se há dois anos os estados e prefeituras promoviam 66% das licitações, hoje respondem por 78% dos pregões.

“As compras pelos entes estaduais e, em especial os municipais, geralmente são de menor escala na comparação com os editais de órgãos vinculados à União. Como as grandes farmacêuticas miram atenção nos pregões federais, abre-se uma lacuna para o pequeno e médio varejo”, acrescenta Peixoto.

A administração pública abriu, em todo o ano passado, mais de 65,6 mil editais com foco na aquisição de medicamentos e insumos farmacêuticos. O valor é 12% superior ao de 2021.

Mercado de cardiologia tem reestreia de laboratório

mercado de cardiologia

O mercado de cardiologia ganha um novo player, mas não tão novo assim. Fora do segmento desde 2015, a Bristol Myers Squibb (BMS) reestreia a operação nessa área terapêutica.

Segundo informações do Valor Econômico, a multinacional entra em um campo movimentado. Os medicamentos para cardiologia resultaram em um faturamento de cerca de R$ 11,6 bilhões para a indústria farmacêutica nos últimos 12 meses até maio, de acordo com a IQVIA.

O laboratório lançou um medicamento para tratar adultos com cardiomiopatia hipertrófica (CMH) obstrutiva. O Camzyos é o único remédio disponível para tratar a patologia ao atuar como inibidor da miosina cardíaca.

Com isso, melhora a capacidade funcional do coração e ameniza sintomas como dor no peito, falta de ar e desmaio. A CMH é a doença cardíaca hereditária mais comum, mas até 94% das pessoas provavelmente não recebe o diagnóstico, conforme cálculos da própria farmacêutica.

Mercado de cardiologia já é campo fértil para a BMS

O mercado de cardiologia já é um campo fértil para a BMS, graças a medicamentos como Capoten, Plavix e Eliquis – este último é comercializado pela Pfizer no Brasil. O Camzyos, que chega agora ao mercado brasileiro, registrou US$ 29 milhões em nível global no primeiro trimestre deste ano.

Doenças do coração vêm aumentando no Brasil

A reestreia da farmacêutica no mercado de cardiologia vai ao encontro de um problema cada vez mais crônico na saúde brasileira. Um recente indicador da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelou que o Brasil teve aumento de cerca de 62% na morte de mulheres de 15 a 49 anos por infarto, no período de 1990 a 2019. Na faixa etária de 50 a 60 anos, o número quase triplicou – 176%.