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Robô nas farmácias pode ampliar competitividade do PDV

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Robô nas farmácias

A implementação do robô nas farmácias vem ganhando adesões de PDVs dispostos a ampliar sua eficiência operacional. Entre as vantagens dessa automatização estão o aumento da produtividade, melhor assertividade no estoque, segurança para produtos de alto custo e a ampliação do espaço físico, principalmente no autosserviço.

“Quando se fala em automação na farmácia, dois indicadores são muito importantes e devem ser considerados – a ruptura por falha na acurácia do estoque de medicamentos ou perda do lote por vencimento. Em ambos os casos, a robotização ajuda o gestor a repor os itens faltantes de maneira mais prática e controla a dispensação do produto ao priorizar o que tem o menor de prazo de validade”, explica  Marcos Vinícius Consoli, vice-presidente de Serviços da Procfit.

O executivo também destaca o avanço dos robôs nas farmácias para aprimorar a gestão de medicamentos de alto custo. “Nesses casos, a tecnologia impede a perda pela validade e, principalmente, por roubo ou avaria. Isso porque o equipamento é blindado e funciona como uma espécie de cofre”, ressalta.

Robô nas farmácias é adequado para qual perfil de PDV?

Quando se fala em robô nas farmácias, um dos maiores equívocos é considerá-lo acessível apenas para grandes varejistas. Para Flávia Contin, gerente da unidade de negócios Medication Management Solution (MMS) da BD, o grande apelo dessa inovação está justamente nas redes de farmácias de pequeno e médio porte.

Presente no Brasil há mais de 65 anos, a BD é uma das líderes globais na automatização robótica no varejo farmacêutico. Até o fim do ano, a empresa pretende ultrapassar 20 unidades do robô BD Rowa presentes em farmácias, centros de distribuição e hospitais.

“A robotização faz muito mais sentido para farmácias que necessitam aumentar sua eficiência operacional, uma premissa já consolidada nas grandes redes. Ao mesmo tempo, é preciso que elas tenham atingido um certo nível de maturidade nos processos e estejam prontas para crescer mais rapidamente. Por essa razão, segmentamos as farmácias ou redes de farmácias com faturamento superior a R$ 500 mil”, afirma Flávia.

Robô nas farmácias traz ganho de espaço físico

Instalar um aparato de grande volume e dimensões dentro da loja pode parecer inviável por limitações de espaço, mas o que ocorre é exatamente o contrário. A colocação do robô nas farmácias traz ganho no espaço físico que chega a até 60%, já que ele está localizado atrás do balcão, onde ficam as prateleiras com os medicamentos.

“Tiramos todos os medicamentos que ficavam naquela área e concentramos no robô, o que permite ter mais espaço disponível no autosserviço. Com isso, as lojas podem ampliar o mix de produtos – que está diretamente ligado ao crescimento em faturamento – ou instituir salas de serviços farmacêuticos”, ressalta a executiva da BD.

Um exemplo é a Farmácia Líder Associadas, em Gramado/RS, que ganhou 46% de área para autoatendimento. A rede criou uma divisão exclusiva de perfumaria e obteve um aumento expressivo nas vendas. Já a S2 Farma, que instalou o BD Rowa na unidade da rede no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, conseguiu montar uma sala de vacinação e outra de serviços clínicos.

“O robô é customizado para a necessidade da farmácia. Seu tamanho pode variar de 3 até 15 metros de profundidade e de 2 até 3,5 metros de altura. A única medida padrão é a largura de 1,60 metros”, acrescenta.

Retorno vem mais rápido do que o esperado

O ROI – Retorno do Investimento trabalhado pela BD com os dados do cliente pode variar em torno de dois a três anos, em média. Entretanto, as varejistas que implementaram a robotização relatam que o investimento é pago em um tempo muito menor. “Com um ano de operação, a Droga Líder aumentou em 28% cupons por colaborador e diminuiu em 53% as perdas por vencimento”, resume Flávia.

Outro exemplo de ganho de performance veio da Xis Farmácia, rede com três lojas na Grande São Paulo, mas que concentra 70% das vendas no e-commerce e aplicativo próprio. Seus fundadores acumulam uma vasta experiência em tecnologia adquirida com a startup Logbee, empresa de logística vendida em 2018 para o Magalu.

A empresa usa as três lojas físicas como hubs de distribuição, cuja principal característica é a entrega em menos de 30 minutos em um raio de cinco quilômetros de cada unidade. Os PDVs estão situados em São Bernardo do Campo e na capital paulista, nos bairros da Bela Vista e Vila Madalena.

“O robô instalado na unidade da Rua Heitor Penteado incrementou nossa performance multicanal. Desde a implementação no segundo semestre do ano passado, tivemos uma redução de 84% no processo de picking por caixa. O tempo de separação e preparação dos pedidos caiu de 65 para dez segundos”, enfatiza Guilherme Schmidt, CEO e fundador da Xis Farmácia.

Outra vantagem foi o aumento de 45% na capacidade de estoque da farmácia e 45% no espaço físico. Com faturamento de R$ 1 milhão, a rede movimenta em torno de 10 mil pedidos por mês, cobrindo cerca de 70% do mercado da cidade de São Paulo.

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