Falta de crédito desacelera varejo brasileiro

Falta de crédito
Foto: Divulgação

A falta de crédito é um dos fatores que mais prejudica o poder de compra da população brasileira atualmente. Para contornar o problema varejistas de todos os segmentos apostam em operações financeiras alternativas em busca da preferência e da fidelização de seus clientes.

A base da pirâmide social brasileira, constituída por 76% da população, distribuída entre as classes C, D e E, é responsável por quase 50% do consumo no país. Esse mesmo público, no entanto, é o que mais encontra dificuldades durante suas compras, principalmente quando necessitam de empréstimo.

Esse potencial mercado, prejudicado por esses empecilhos, é o grande alvo das empresas que disponibilizam alternativas dentro de seu próprio estabelecimento. Algumas oferecem financiamentos por conta própria, outras contam com empresas parceiras para agilizar processos em seu ecossistema, afastando a necessidade de um banco para intermediar as transações.

Falta de crédito impede maior consumo

Um levantamento do Instituto Locomotiva, em parceria com a PwC, revelou que 56% das pessoas da classe C já deixaram de comprar algo por falta desse recurso. Nas classes D e E, este número sobe para 72%.

Segundo a mesma pesquisa, 87% das pessoas nas classes C, D e E consumiriam mais se tivessem um acesso mais fácil a crédito, 79% deles já solicitaram aumentos em seus limites, mas 38% não conseguem.

“Com a chegada dos bancos digitais e a pandemia, as pessoas passaram a ter conta em banco, em parte para receber o auxílio-emergencial. Mas não a serviços financeiros”, afirma Pedro Albuquerque, cofundador e diretor de Novos Negócios da Retail Payment Ecossistem (RPE)

“Mesmo os bancos digitais não conseguem atingir plenamente a população das classes C, D e E, pois, ou eles não têm interesse ou disponibilizam valores muito pequenos, que não resolvem a demanda”, complementa.

CEO da DPSP deixa cargo após três anos

CEO da DPSP
Foto: Divulgação

Após oito anos de casa, o CEO da DPSP, Jonas Laurindvicius, deixa o comando da companhia, função que exercia desde 2021. Antes, ele ocupava o cargo de diretor de logística.

Em comunicado enviado aos funcionários nesta sexta-feira, dia 26, a rede informa que quem assume a presidência será Marcos Colares. Em julho do ano passado o executivo deixou o cargo de vice-presidente comercial e supply da Pague Menos e Extrafarma para assumir a diretoria comercial e de marketing do Grupo DPSP.

Colares acumula mais de 20 anos de experiência no varejo farmacêutico, tendo iniciado a carreira na Droga Raia, em 2001.

Pressão por expansão culmina na troca do CEO da  DPSP

A troca de comando deve-se à pressão por expansão. Atualmente, a DPSP possui cerca de 1.500 unidades e faturou R$ 14 bilhões em 2023. Nos últimos anos, a rede vem expandindo presença de maneira agressiva. A projeção é abrir cerca de 130 novas lojas ainda neste ano.

Farmácia não pode corrigir receitas de medicamentos, decide TRF1

0
Corrigir receitas de medicamentos
Foto: Freepik

Corrigir receitas de medicamentos ou preencher dados faltantes são atividades que as farmácias não podem exercer. Essa foi a decisão, tomada por unanimidade, da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). As informações são do Jota.

O caso foi parar na justiça pois as grandes redes de farmácias argumentavam que, no âmbito do Farmácia Popular, prescrições incompletas ou com dados ilegíveis dificultavam o acesso dos pacientes aos remédios ofertados pelo programa. De acordo com o acórdão, a legislação sanitária veda qualquer mudança no documento.

Na ação, o varejo farmacêutico solicitava a possibilidade de alterar informações como endereço do estabelecimento de saúde, data da receita, nome e endereço do paciente. Na visão do setor, essa não seria uma mudança na prescrição e sim uma medida para garantir o acesso ao programa social.

Relator entende que corrigir receitas de medicamentos fere legislação 

Emmanuel de Medeiros, juiz federal convocado para ser relator do caso, considera que qualquer alteração na prescrição coloca a segurança do paciente em risco. “Nesse contexto, a receita médica assume a característica de documento oficial, cuja alteração por terceiros, não autorizados expressamente pelo prescritor, poderia configurar adulteração documental, prática expressamente proibida por lei”, opina.

O relator também aponta que liberar a prática poderia abrir precedente para usos não seguros da permissão. “A solução para esse problema não pode ser a flexibilização das normas de controle e segurança dos documentos médicos. Em vez disso, deve passar por uma revisão das práticas de prescrição e possíveis ajustes na regulamentação que garantam a clareza das receitas, sem comprometer a segurança jurídica e sanitária”, completa.

Vendas globais de cannabis atingirão R$ 328 bilhões até 2028

0
VENDAS GLOBAIS DE CANNABISCannabis, cannabis medicinal, indústria farmacêutica
Foto: Freepik

As vendas globais de cannabis legalizada deverão atingir um montante de US$ 58 bilhões (R$ 328 bilhões) até 2028, segundo projeções da consultoria norte-americana BDSA. A previsão é de que o mercado cresça em torno de 10% nos próximos quatro anos.

Somente no ano passado, o faturamento da indústria alcançou US$ 36 bilhões (R$ 203,6 bilhões). Apesar de a receita ainda estar muito concentrada no Canadá e nos Estados Unidos, especialistas demonstram confiança no crescimento global.

“Esses dois países correspondem a 56% do mercado de cannabis. Mas à medida que o setor se consolide nos Estados Unidos, a tendência é que outros países se tornem polos de negócios mais atraentes, em função de novos desdobramentos regulatórios e uma pressão natural da indústria para aumentar a escala”, observa Roy Bingham, cofundador e CEO da BDSA.

Vendas globais de cannabis fora dos EUA

Em relatório publicado em 2023, os pesquisadores afirmam que, o mercado fora dos Estados Unidos e Canadá deve movimentar R$ 35 bilhões até 2027. De acordo com o estudo, o país europeu e o México são os principais impulsionadores da expansão global. E o que esperar do Brasil?

Já neste ano, as perspectivas apontam para uma receita de R$ 1,014 bilhão no país, de acordo com a consultoria Kaya Mind. Em 2023, em torno de 430 mil pacientes movimentaram R$ 699,4 milhões. O volume de pessoas submetidas a tratamentos à base da planta e o faturamento aumentaram, respectivamente, 130% e 92% na comparação com 2022.

Mais de 1.700 produtos estão disponíveis atualmente, em 25 formas farmacêuticas. O fornecimento fica a cargo de 897 empresas e 137 associações de pacientes. As áreas terapêuticas com maior contingente de prescrições são as de clínica médica e saúde em geral (34%); condições neurológicas (16%); condições psiquiátricas (15%); dores (9%) e família e comunidade (9%).

Lucro da Sanofi cresce 3,2% no 2T24

Lucro da Sanofi
Foto: Divulgação

O lucro da Sanofi, assim como as vendas da farmacêutica, superou a expectativa dos analistas. No segundo trimestre deste ano, o laboratório obteve um ganho operacional de US$ 3,05 bilhões (cerca de R$ 17,2 bilhões), crescimento de 3,2%. As informações são do Valor Econômico. 

Com os resultados positivos, a companhia francesa atualizou sua previsão por ação. Anteriormente, a expectativa era de uma redução percentual na casa de um dígito, a taxas de câmbio constantes.. Agora, a esperança é de lucro por ação estável em moeda constante. 

Mesmo com a queda na demanda de vacinas por causa da pandemia de Covid-19, as vendas seguiram em alta, crescendo 7,8% e totalizando US$ 11,6 bilhões (cerca de R$ 65,9 bilhões). Um dos motores para esse avanço foi o Dupixent (dupilumabe), anti-inflamatório utilizado no tratamento infantil da dermatite atópica grave. 

Lucro da Sanofi foi maior do que a expectativa

Segundo a Vara Research, os analistas estimavam que o lucro operacional da Sanofi ficaria na casa dos US$ 2,9 bilhões (cerca de R$ 16,4 bilhões) no período. As vendas também foram maiores do que o esperado de US$ 11,3 bilhões (cerca de R$ 63,7 bilhões). 

Farmacêutica inaugurou CD em Minas Gerais  

No último mês de junho, a Sanofi inaugurou seu novo CD no Brasil, em Extrema (MG). O complexo, mantido em parceria com a empresa alemã de logística DHL Supply Chain, integra um plano de investimentos de R$ 333 milhões da farmacêutica no Brasil, com aportes até 2032. 

Com 8 mil metros quadrados de área ocupada, em um terreno de 91 mil metros quadrados às margens da rodovia Fernão Dias, o empreendimento é o quarto da companhia em território nacional e o primeiro fora do estado de São Paulo. Até então, o laboratório operava um CD em Guarulhos e duas plantas fabris em Campinas e Suzano. 

Lucro da Hypera cai 2,5% e confirma projeções de analistas

LUCRO DA HYPERAHypera Pharma, indústria farmacêutica, mercado financeiro, farmacêutica brasileira
Foto: Canva

O lucro da Hypera Pharma no segundo trimestre deste ano confirmou as projeções de analistas do mercado financeiro. Segundo o balanço divulgado pela farmacêutica brasileira na noite desta quinta-feira, 25 de julho, o saldo foi de R$ 491 milhões, 2,5% a menos em relação aos R$ 504 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

Apesar do recuo entre abril e junho, a lucratividade acumulada do primeiro semestre cresceu 4,7% e atingiu R$ 883 milhões. Mas outro indicador do trimestre também teve queda. A receita líquida somou R$ 2,18 bilhões contra R$ 2,2 bi do mesmo intervalo de 2023.

O chamado sell-out, que avalia o resultado de vendas junto ao consumidor final, aumentou 6,3% no segundo tri. No entanto, o crescimento foi 3,9 pontos percentuais inferior ao de todo o mercado farmacêutico, situação atribuída ao desempenho das categorias relacionadas a dor, gripe e febre.

O resultado vai ao encontro da avaliação de especialistas do BTG Pactual, que chegaram a cravar que a empresa deve ser a única representante do setor de saúde na B3 a apresentar números mais fracos neste ano, na contramão das perspectivas envolvendo a da indústria farmacêutica nacional.

Um relatório do banco assinado na primeira quinzena de julho apontou a composição desfavorável do mix da Hypera Pharma, ainda muito focado em antigripais e anti-inflamatórios, como um dos responsáveis pela performance do trimestre. No dia 15, as ações no mercado financeiro recuaram 2,51%.

Em maio, o Santander cortou de R$ 41,50 para R$ 33,50 o  preço-alvo das ações da companhia. Um dos motivos seria justamente a forte atuação do laboratório em medicamentos antigripais, que representam 30% do portfólio. Para economistas, esses itens tendem a sofrer com demanda mais tímida na temporada de inverno.

Lucro da Hypera Pharma cresce sob impulso de pipeline inovador

O lucro da Hypera Pharma só não é menor em função dos tratamentos crônicos e preventivos. Esse grupo de medicamentos tem a maior representatividade no pipeline de inovação da companhia, que recebeu R$ 136,9 milhões de investimentos no período. Por causa dos cerca de 500 produtos a serem lançados nos próximos anos, a expectativa é que essa categoria sustente a performance da farmacêutica.

Áreas como cardiologia, gastroenterologia e saúde feminina permitiram que o sell-out aumentasse 12% no segundo trimestre, quando excluídos os números referentes aos segmentos de dor, gripe e febre. A aposta em medicamentos inovadores deve ganhar ainda mais relevância na estratégia de expansão, com direito a um financiamento volumoso de R$ 500 milhões, obtido em fevereiro deste ano junto ao BNDES.

Os analistas entendem essa cartada como positiva, mas ressaltam também a pouca atenção que a Hypera Pharma vem dispensando às moléculas de medicamentos genéricos – cuja evolução é a mais destacada nas farmácias brasileiras.

Marca própria da Total começa a ganhar escala

Marca própria da Total
Foto: Divulgação

A operação de marca própria da Total, rede de farmácias associativistas que administra a Drogaria Total e a Total Popular, começa a ganhar escala. O grupo estruturou uma empresa exclusivamente para gerenciar os produtos da categoria, que estão disponíveis nas mais de 600 lojas das duas bandeiras.

A empresa de marca própria Bemme é parte fundamental do plano de crescimento da rede de farmácias associativistas. A projeção é lançar 40 SKUs até o fim de 2024. A produção será terceirizada com o objetivo de fornecer produtos de alta qualidade ao consumidor final e garantir boa rentabilidade para as lojas associadas. O coordenador de toda a operação será Reinaldo Ambrosano, head comercial da Total.

De acordo com as projeções do executivo, até 2025, a marca terá um crescimento de até 50% no faturamento. “A categoria atende a um público que valoriza a economia no consumo, mas sem abrir mão da alta qualidade. E para desenvolvê-la, a farmácia desponta como ambiente mais promissor, por ter se firmado como um hub de saúde, conveniência e bem-estar”, afirma.

Marca própria da Total acompanha mercado em expansão

A aposta da rede associativista na categoria segue uma tendência de mercado. Um levantamento da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro) apontou que o gênero cresceu 59% em 2023, e já está presente nas casas de 34% dos brasileiros.

“Recentemente também desenvolvemos nossa linha de suplementos esportivos, a Full Performance. E até o fim do ano a expectativa é lançarmos mais de 30 produtos voltados à higiene oral e à cosmética. Além do CNPJ próprio, estamos constituindo uma equipe dedicada a essa área”, revela a diretora de negócios Débora Rosa, reafirmando a aposta da empresa na categoria.

CEO da Roche prega proximidade com demais atores da saúde

CEO da Roche
Foto: Reprodução – LinkedIn

A CEO da Roche, Lorice Scalise, concedeu uma entrevista à seção Viva Bem do portal UOL. Na conversa, a executiva defendeu que a indústria farmacêutica deve se aproximar dos demais players do mercado da saúde.

“A indústria farmacêutica não é a escória do mundo. Precisamos desse diálogo para pensar em políticas públicas com ações concretas e compartilhamento de risco para descomprimir o sistema de saúde”, analisa.

Na conversa, Lorice abordou os formatos de negócio já utilizados pelo laboratório e também manifestou o desejo da companhia de ampliar essas parcerias para o SUS e o mercado de saúde suplementar.

CEO da Roche revela desejo de expandir parcerias de risco compartilhado 

Segundo Lorice, a Roche mantém contratos diferenciados com instituições como Hospital A.C. Camargo e o Grupo Oncoclínicas. Em ambos os casos, a farmacêutica flexibilizou padrões adotados pelo setor.

“Temos um modelo de negócio completamente diferente com o Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, na qual criamos um programa completo na área de câncer de pulmão. Se o prognóstico imaginado não se cumprir por qualquer razão, significa que falhamos juntos. Nesse caso, a Roche não recebe 100% do que deveria ser pago”, explica a CEO.

“Também fizemos recentemente um acordo para o tratamento de câncer de mama com o Grupo Oncoclínicas. Como existem diferentes formas da doença e protocolos de tratamento, estabelecemos um preço único por pessoa. O Oncoclínicas paga esse valor para ter acesso ao nosso portfólio completo. A escolha do medicamento é feita com base no que for melhor para o paciente e não seguindo critérios de orçamento”, completa.

Quando perguntada sobre levar esse formato para o SUS, a executiva afirmou que esse é um objetivo pessoal. “O meu desejo é ter mesas de diálogo sem as barreiras nas quais estamos acostumados”, afirma.

Setor aponta entraves para pesquisas clínicas sobre cannabis

0
PESQUISAS CLÍNICAS SOBRE CANNABISCannabis, cannabis medicinal, pesquisas clínicas, indústria farmacêutica, financiamento
Foto: Freepik

As pesquisas clínicas sobre cannabis medicinal representam um passo determinante para a ampliação do acesso e de indicações terapêuticas, além de justificar a incorporação de novos produtos em canais como o Sistema Único de Saúde (SUS) e as farmácias privadas. Mas o que realmente falta para essa atividade ganhar corpo no país?

Na visão de analistas do setor, não faltam alternativas de financiamento nem interesse por parte da indústria. Os principais entraves estão atrelados à questão regulatória e à ausência de um regramento mais claro, com segurança jurídica para endossar novos investimentos.

Para Flavia Albuquerque, gerente sênior do programa de inovação radical da Abiquifi, o Brasil precisa desenvolver um ambiente que favoreça as boas práticas de fabricação. “É importante tanto para o setor como para a sociedade que esses produtos cheguem ao consumidor de forma segura e com padrões de qualidade bem delineados. A partir daí se pode pensar em escala e em redução de preços. Mas para isso é necessário o envolvimento ativo de todos os players, tanto do setor público como do privado”, avalia.

Financiamento para pesquisas clínicas sobre cannabis

A maior profusão de financiamentos para pesquisas clínicas sobre cannabis poderia ser uma saída para preencher essas lacunas. O Complexo Econômico-Industrial da Saúde, projeto encabeçado pelo governo federal, prevê a formação de novas operações de crédito por meio da Finep, agência pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Cerca de 35% das pesquisas e inovações brasileiras são provenientes de fundos do órgão.

Em janeiro deste ano, a Finep abriu dois chamamentos públicos com uma linha temática para insumos farmacêuticos ativos (IFAs) de cannabis. Os fundos não são contingenciados. Ou seja, os recursos estarão disponíveis por força de lei, não podendo ser bloqueados.

“A cannabis ainda tem representatividade muito baixa nos pedidos de financiamento e figura em apenas 10% dos projetos. E a maior parte dessas demandas seria direcionada para o desenvolvimento de produtos e não para pesquisas clínicas, que abririam muito mais o mercado”, comenta Igor Bueno, gerente do departamento de saúde da Finep.

Atualmente, o MCTI apoia dois projetos por meio de emendas parlamentares. Ambos têm como objetivo viabilizar estudos sobre a toxicidade da cannabis em animais e a aplicação da planta em estratégias de combate ao alcoolismo.

Recurso emperra nas pequenas empresas

De acordo com Bueno, as grandes empresas farmacêuticas são as que mais buscam recursos a fim de obterem vantagens competitivas e se posicionarem melhor no mercado de cannabis. “As pequenas empresas e as startups têm mais dificuldades no acesso à subvenção econômica, por não apresentarem garantia de capital ou não terem como arcar com as contrapartidas. Nesses casos, uma saída seria fechar parcerias com um grande laboratório”, aconselha.

“Porém de nada adianta induzir o processo produtivo e fazer com que as empresas invistam no setor sem uma normativa clara e contundente”, pondera Flavia Albuquerque.

Farmacêuticas acusadas de dificultar acesso ao genérico do dolutegravir

0
Genérico do dolutegravir
Foto: Freepik gerada com IA

O genérico do dolutegravir está no meio de uma grande polêmica na Colômbia. Isso porque ativistas pelo direito de pacientes com HIV acusam a GSK e a ViiV de dificultar o acesso ao medicamento. As informações são da Agência AIDS. 

Os manifestantes, que fizeram protestos em diferentes lugares do mundo nesta quarta-feira, dia 24, pedem que as farmacêuticas liberem a patente do remédio. O fármaco em questão é recomendado pela OMS como o tratamento principal para a infecção até mesmo em mulheres grávidas. 

Na Colômbia, o governo decretou licença compulsória, o que permitiria a fabricação de genéricos. Só que os ativistas alegam que a GSK tenta impedir a chegada de novas opções do medicamento ao país. 

Genérico do dolutegravir é distribuído pelo SUS  

Aprovado pela FDA desde 2013, por aqui, o dolutegravir é distribuído pelo SUS há sete anos. A terapia é considerada de primeira linha para o tratamento do HIV no país. 

Além disso, o Brasil também conta com outras opções para a democratização do acesso a medicamentos para prevenir o contágio pelo HIV. Em São Paulo (SP), por exemplo, os pacientes podem retirar os remédios em máquinas de distribuição em terminais do metrô. 

A novidade, anunciada neste mês de julho, está disponível nas estações Vila Sônia e Luz, das linhas Amarela e Azul, respectivamente. Para resgatar os medicamentos conhecidos como PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é necessária a realização de teleconsultas pelo aplicativo e-saúdeSP.