Uso off-label pode gerar falta do Ozempic até fim de 2024

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falta do ozempic

Foto: FreepikAs farmácias brasileiras estão vivendo um período de falta do Ozempic. O medicamento da Novo Nordisk para diabetes teve seu uso off-label, para emagrecimento, popularizado, aumentando radicalmente sua demanda. As informações são do Valor Econômico

Em fevereiro, a Novo Nordisk relacionou a falta do medicamento para diabetes tipo 2 ao uso para emagrecimento e, na última quarta-feira, dia 23, reforçou sua posição contra a vertente de utilização: “[A Novo Nordisk] não endossa ou apoia a promoção de informações sobre a utilização dos medicamentos fora da bula”, afirma a empresa em nota.

Falta do Ozempic afeta farmácias em todo o país

O ritmo exacerbado de procura pelo fármaco afetou sua disponibilidade nos PDVs brasileiros, tornando seu abastecimento intermitente. A farmacêutica confirmou que o estoque das versões de 0,25, 0,5 e 1 miligrama do produto deve se reestabelecer “de forma gradual e não de imediata” até o final de 2024.

A RD Saúde, operadora das bandeiras Drogasil e Droga Raia, afirma que o Ozempic “está com abastecimento irregular no Brasil e no mundo, segundo o fabricante”. Uma unidade da Drogasil na zona sul da capital paulista está funcionando com um cartaz sob o balcão relacionado ao fármaco: “[O Ozempic] está com abastecimento irregular, sem previsão de normalização”. Um banner no site da Drogaria Araújo também avisa que o remédio “pode faltar nas farmácias”.

Fábrica da Sandoz já produz 2,7 bilhões de unidades

FÁBRICA DA SANDOZSandoz, indústria farmacêutica, farmacêutica
Foto: Divulgação

A fábrica da Sandoz no Brasil, localizada em Cambé, na Região Metropolitana de Londrina (PR), completou 20 anos no último mês de setembro. No último dia 24, o Panorama Farmacêutico foi convidado a fazer uma visita exclusiva à unidade.

Com 95% de sua operação destinada ao mercado nacional, a planta tem uma capacidade produtiva de 100 milhões de cartuchos, o que representa 2,7 bilhões de comprimidos fabricados anualmente e destinados a mais de 70 mil farmácias e também ao canal institucional. Os 5% restantes abastecem países da América Latina e também da Europa.

Do portfólio total produzido no site, 75% está distribuído entre as cinco principais moléculas trabalhadas pelo laboratório – sinvastatina, atenolol, rosuvastatina, amlodipino e allpurinol. Localizada em uma área total de 298 mil metros quadrados, sendo 32 mil deles de área construída, a unidade emprega diretamente quase 450 colaboradores.  A operação acontece em três turnos, seis dias por semana, com exceção de domingo, quando as manutenções necessárias são realizadas.

Em seu pipeline estão ainda os genéricos da companhia e também hormônios femininos, sendo que a fábrica é a única da farmacêutica no mundo a atuar com esses medicamentos.

Fábrica da Sandoz recebeu R$ 16 milhões em 2017 

A unidade teve sua linha de produção ampliada há sete anos, possibilitando um aumento de 25% na fabricação de genéricos. Os investimentos totais somaram R$ 16 milhões. Inaugurados no último mês de junho, seus laboratórios de qualidade ganharam um reforço de 20% em sua capacidade.

“Temos um compromisso sólido com a excelência, que consiste na retirada de amostras de todas as fases da produção – da chegada de matérias-primas até o medicamento embalado, totalmente apto para distribuição nos PDVs”, explica o diretor da unidade, o maringaense Bruno Petenuci.

Qualidade e tecnologia são pilares para a farmacêutica 

Quando o assunto é qualidade, a Sandoz conta agora com seis laboratórios diferentes em sua unidade em Cambé. Eles estão divididos em AS&T, microbiológico, de matéria prima, de produto, de alta potência e instrumental.

“Nossa área de qualidade responde diretamente ao setor equivalente na Suíça, e não internamente. Essa autonomia é vital para que suas decisões sejam totalmente norteadas pela segurança de nossos medicamentos”, comenta Milena Bourroul, head de corporate affairs.

Petunuci completa, afirmando que, apesar da estrutura de laboratórios, o controle de qualidade está permeado em toda a operação. “Aqui quem cuida do processo é o próprio operador. É um compromisso que nossa equipe tem. Nosso time de qualidade faz apenas a supervisão”, afirma.

Mas o ponto alto em relação à tecnologia fica por conta do estoque robotizado. Com dez andares de posições paletes, em uma sala inicialmente escura, atua um “trabalhador solitário”, um robô agiliza toda a manipulação de cargas da unidade.

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Foto: Divulgação

“Toda operação é digital, com uso de WMS, o que dispensa o colaborador da obrigação de percorrer todo o centro de distribuição e armazenamento à procura de um produto”, reitera o diretor.

Sem planos de biossimilares…em Cambé

Apesar de centralizar sua operação nacional na pequena cidade paranaense de pouco mais de 100 mil habitantes, a Sandoz não planeja levar sua produção de biossimiliares para a planta. Mas isso não quer dizer que o Brasil não seja um mercado estratégico para a farmacêutica.

“Já atuamos no país por meio de parcerias com laboratórios públicos, como o Butantã e o Biomanguinhos. Por meio desse formato, conseguimos trazer nossos biossimilares de maneira ainda mais acessível para a população brasileira”, comenta Milena.

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Bruno Petenuci, diretor industrial; e Milena Bourroul, head de corporate affairs Foto: César Ferro

Healthtech brasileira recebe aporte de Mark Zuckerberg

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Healthtech brasileira
Foto: Freepik

A healthtech brasileira Beep Saúde, especializada na oferta de vacinação e exames laboratoriais em domicílio, voltou a receber um aporte do fundo de investimentos CZI. Esse fundo é controlado por Priscilla Chan e ninguém menos que Mark Zuckerberg, fundador da Meta (ex-Facebook). As informações são do portal NeoFeed.

Essa injeção extra foi concretizada durante uma nova rodada de investimentos realizada pela empresa, que arrecadou R$ 100 milhões e impulsionou a avaliação de mercado da startup para a casa de R$ 1,2 bilhão.

 “O negócio da Beep é 50% saúde e 50% logística. Esse novo capital vai acelerar o desenvolvimento da tecnologia aplicada nesse processo logístico, que hoje abrange Brasília, Rio de Janeiro, e São Paulo”, afirma Vander Corteze, fundador e CEO da Beep Saúde. “Nosso plano é investir mais de R$ 100 milhões em tecnologia nos próximos anos”, complementa.

De acordo com os planos da companhia, um carro, um atendente e a tecnologia empregada pela mesma podem ser suficientes para aumentar a assertividade e o número de atendimentos da Beep, que atualmente conta com 1,1 mil colaboradores e 400 veículos

“Nós precisamos fazer com que os atendimentos da Beep sejam cada vez mais próximos um do outro, otimizando o nosso ativo que é a mão de obra”, diz Corteze

Healthtech brasileira já conta com parceiros importantes

Essa foi a quarta rodada de investimentos realizado pela Beep, que conta com investidores de grande destaque no mercado. David Vélez, fundador do Nubank, e a Actyus, venture capital liderada por Sergio Furio, fundador da Creditas, são alguns nomes que também embarcaram na mais recente oportunidade de investimento. O banco Bradesco, a Valor Capital e a DNA Capital são parceiros de longa data da Beep e, juntos, já destinaram mais de R$ 205 milhões à startup desde 2017.

Plano de investimentos da Cimed tem reforço de R$ 2 bi

Investimentos da Cimed
Foto: Divulgação

O plano de investimentos da Cimed para os próximos anos contará com aporte superior a R$ 2 bilhões. A farmacêutica brasileira planeja destinar os recursos à estruturação de projetos tecnológicos, ao desenvolvimento de novos produtos, à ampliação da malha logística e a modernização das plantas.

O projeto inclui o ingresso no mercado de cuidado oral, com uma linha de produtos como cremes dentais, além de uma expansão no portfólio da marca Carmed, carro chefe da companhia. Segmentos como o de cuidados para bebês também estão no radar da Cimed, que busca desenvolver uma marca capaz de competir com a J&J.

Investimentos da Cimed visam a receita de R$ 10 bilhões

Os investimentos da Cimed acompanham perspectivas ambiciosas da farmacêutica brasileira. A companhia estipulou a meta de chegar a R$ 5 bilhões de faturamento em 2025 e encerrar 2029 na casa dos R$ 10 bi. Em 2023, a receita líquida totalizou R$ 2,25 bilhões, o que representou um incremento de 15,9% na comparação com o ano anterior.

Em cinco anos, a Cimed projeta dobrar a capacidade de produção para 100 milhões de unidades ao mês. Hoje o patamar chega a 50 milhões nas duas plantas baseadas em Pouso Alegre (MG). Desse volume, 60% abrange medicamentos genéricos e os outros 40% correspondem a bens de consumo.

TST julga diferença salarial entre técnicos

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Diferença salarial entre técnicos
Foto: Freepik

Ao julgar um caso de diferença salarial entre técnicos de farmácia na Prevent Senior a 3° Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) definiu que a remuneração desigual é uma infração grave, passível até mesmo de rescisão por culpa do empregador.

A ação foi movida por uma funcionária que ingressou na companhia de seguros de saúde em 2012, como auxiliar de farmácia. Em 2019, ela foi promovida ao cargo de técnica de farmácia e descobriu que, exercendo a mesma função e com as mesmas qualificações técnicas, na loja onde já atuava e em horários semelhantes, recebia uma remuneração à de seus colegas.

Juízes divergem em punição para casos de diferença salarial entre técnicos

O juízo de primeiro grau constatou a diferença, reconheceu o direito à equiparação, condenou a Prevent Senior ao pagamento dos valores deficitários. Além disso, concluiu que a empresa não cumpriu obrigações contratuais relevantes, o que abre caminho para uma rescisão indireta.

Para o relator do recurso de revista da trabalhadora, ministro José Roberto Pimenta, “não há violação mais grave quanto às obrigações ou aos deveres essenciais do empregador no cumprimento do contrato de trabalho do que não pagar a integralidade do salário ou da remuneração devidos”. Principalmente se esse descumprimento se dá em ofensa à isonomia salarial, assegurada não só pela CLT, mas também pela Constituição Federal.

No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho da 2° Região (SP), recusou a possibilidade de rescisão, por considerar que a diferença salarial não era grave o suficiente para impedir a continuidade do vínculo

Fim da patente do Ozempic mobiliza farmacêuticas

PATENTE DO OZEMPICPatente, Ozempic, medicamento, obesidade, diabetes, genérico
Foto: Divulgação

A patente do Ozempic chega ao fim em 2026 e a perda de exclusividade já mobiliza farmacêuticas brasileiras. Importantes laboratórios nacionais iniciaram estudos para produzir versões genéricas do medicamento contra diabetes, que ganhou fama mundial pelo uso off-label para emagrecimento e movimenta cifras superiores a R$ 3 bilhões no país, segundo a IQVIA.

A Novo Nordisk ainda tentou estender a proteção da patente até 2029, valendo-se do artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial (LPI). Mas a declaração de inconstitucionalidade dessa norma pelo STF, impondo o prazo-limite de 20 anos a partir da data em que o pedido de análise foi depositado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, abriu os olhos da concorrência.

“A companhia sofreu um encurtamento aproximado de três anos e meio do tempo real de aproveitamento devido à decisão do STF, que também afetou outras patentes farmacêuticas. Com isso, o tempo real de gozo da patente ficou limitado a um período inferior a sete anos”, destacou o laboratório, em resposta a uma reportagem especial da Veja Negócios.

Enquanto isso, a fabricante dinamarquesa colhe os louros com a venda do medicamento. A sua lucratividade totalizou US$ 84 bilhões (R$ 479 bilhões) em 2023 e a tornou a empresa mais valiosa no mercado financeiro europeu. No Brasil, foi o primeiro medicamento a alcançar vendas acima de R$ 1 bilhão. O contexto nacional ajuda. Mais da metade dos adultos brasileiros convive com obesidade ou sobrepeso.

Patente do Ozempic ajuda a criar medicamento bilionário
(vendas em bilhões de R$ no ano passado)

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Fonte: IQVIA

Veja quem está de olho no fim da patente do Ozempic

A patente do Ozempic despertou a atenção das duas maiores farmacêuticas brasileiras. A EMS deverá produzir biossimilares da semaglutida, princípio ativo do Ozempic, na sua nova fábrica aberta em Hortolândia (SP) no último mês de setembro. A operação da planta custará R$ 70 milhões ao laboratório, mas quase 70% dos recursos saíram de um financiamento do BNDES.

A Hypera Pharma também admite publicamente o interesse de ter sua versão biossimilar. “Com a entrada de novos competidores nesse mercado, será possível democratizar o acesso ao tratamento de pacientes que hoje não conseguem adquirir o produto patenteado”, ressalta o CEO Breno Oliveira. Estima-se que, no início de 2025, os testes de bioequivalência sejam apresentados à Anvisa. Até a Cimed já demonstra apetite pelo medicamento. O presidente João Adibe declarou em evento recente que terá uma “canetinha amarela”.

A Biomm, por sua vez, fechou em abril um acordo com a indiana Biocon, o que viabiliza a importação da semaglutida. “Espera-se que similares de GLP-1 que a companhia vai comercializar representem uma participação significativa no mercado de produtos para doenças metabólicas”, observa o diretor financeiro Renato Arroyo.

Enquanto as brasileiras iniciam movimentações, companhias estrangeiras partem para as vias de fato. A norte-americana Nexus Pharmaceuticals produzirá o genérico do Ozempic no interior paulista, em sua nova fábrica no Parque Tecnológico de Sorocaba. As obras do complexo deverão começar ainda em outubro, com aporte inicial de R$ 20 milhões. Em até dois anos, outros R$ 40 milhões deverão ser investidos nas linhas de produção.

Conheça o farmacêutico que foi criador da Coca-Cola

CRIADOR DA COCA-COLACoca-Cola, indústria farmacêutica
Foto: Freepik

O médico e farmacêutico John Pemberton foi o criador da Coca-Cola. Empreendedor, o profissional criou o produto como um remédio e, principalmente, uma opção à morfina, medicamento ao qual ficou dependente. As informações são do Mega Curioso.

Hoje, o Panorama Farmacêutico te convida a conhecer a história desse produto que está nas suas gôndolas e geladeiras, mas que talvez você não saiba que tem uma trajetória tão próxima do canal farma.

Criador da Coca-Cola combateu na guerra e lutou contra vício

Pemberton foi um farmacêutico norte-americano nascido 1831. Com 19 anos, ele se formou em farmácia e medicina, sendo que os compostos químicos sempre chamaram mais sua atenção do que a prática clínica.

Tanto que, uma vez graduado no ensino superior, rechaçou a ideia de abrir um consultório e preferiu empreender com um pequeno laboratório, onde fabricava matérias-primas para a indústria, além de importar preparados do exterior. Mas  a Guerra Civil Americana afetou grandemente a nossa personagem. Primeiramente porque ele largou seu negócio para fundar o 3º Batalhão de Cavalaria da Geórgia, e depois um ferimento de guerra o tornaria dependente da morfina.

Coca-cola nasceu como solução para um problema pessoal

Farmacêutico e médico, Pemberton não tinha muito como fugir de seu vício: a morfina. Com fácil acesso ao medicamento, ele recorria ao remédio a qualquer incômodo que sentia.

Versado em saúde, ele sabia que essa dependência seria prejudicial para seu organismo. Por isso, resolveu buscar uma solução mais natural. O resultado veio em 1885: uma bebida que utilizava folhas de coca como ingrediente especial.

Inicialmente nomeada Pemberton’s French Wine, a bebida era um tônico para a saúde mental com ação analgésica. A receita era bem semelhante da atual, mas  com a diferença que continha álcool.

Para ampliar seu alcance, o produtor resolveu tirar o álcool da formulação, tornando a receita ainda mais similar à utilizada atualmente. Com os negócios indo bem e um faro apurado, ele resolveu criar a Pemberton Chemical Company, com o objetivo de também cuidar do envase do produto.

Criador nunca viu o sucesso da Coca-cola

Apesar de a história de Pemberton ter sido inspiradora até agora, o final foi mais melancólico. Diagnosticado com câncer de estômago, o farmacêutico faleceu em 1888, aos 57 anos.

Seu filho, Charles Pemberton, que herdou o negócio, faleceu pouco tempo depois, em 1894, vítima do vício em ópio. Não se sabe bem ao certo como, mas o sócio majoritário Asa Chandler, acabou assumindo a totalidade do negócio, criando a marca The Coca-Cola Company, e dando início à empresa que conhecemos hoje.

Qual seria o impacto da fusão entre EMS e Hypera?

FUSÃO ENTRE EMS E HYPERAEMS, Hypera, indústria farmacêutica
Foto: Freepik

Uma possível fusão entre EMS e Hypera Pharma foi o assunto central desta semana no canal farma. Isso porque na terça-feira, dia 22, a farmacêutica que faz parte do Grupo NC, fez uma proposta formal ao laboratório anteriormente conhecido como Hypermarcas.

Além de atrair a atenção do mercado, a hipótese também esquentou a Bolsa de Valores. Após a proposta de fusão, as ações da companhia responsável por marcas como a Neo Química subiram 7%.

Apesar do “efeito imediato” do anúncio, um balde de água fria foi jogado nas tratativas na última quinta-feira, dia 24. Inicialmente, a proposta foi rejeitada pela Hypera.

Além disso, não foi só a possibilidade de fusão que fez os papeis da companhia mudarem de tendência. Segundo fontes do mercado consultados pelo Valor Econômico, o fundador da farmacêutica estaria comprando ações, assim como outros investidores, para valorizar o negócio.

Entre idas e vindas, fica uma pergunta: qual seria o real impacto de uma fusão entre as gigantes? O Panorama Farmacêutico, tomando como base o Resumo do Mercado Farmacêutico Brasileiro – Julho 2024, organizado pela Close-Up International, te leva a um “universo paralelo”, ao melhor estilo história em quadrinhos, para te mostrar essa possível realidade.

“Terra 15 bilhões”: um lugar em que a fusão entre EMS e Hypera virou realidade

União ampliaria distância na liderança nas vendas de medicamentos

O Grupo NC, do qual a EMS faz parte, já é líder quando o assunto são as vendas de medicamentos. Movimentando R$ 7,9 bilhões, a distância para a segunda colocada, a Eurofarma, não é grande – R$ 7,3 bilhões.

Por outro lado, somando os R$ 4,1 bilhões comercializados pela Hypera Pharma, a liderança ficaria muito mais confortável. Além disso, considerando o top 5 da categoria, a joint venture seria responsável por quase 40% do montante movimentado.

Volume de vendas de medicamentos MAT julho/24
(em bilhões de reais)

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Fonte: Close-Up International

MIPs teriam tração ainda maior

Se o negócio de MIPs na Hypera cresceu apenas 1% na comparação com o MAT até julho de 2023, a farmacêutica já vendia quase o dobro da segunda colocada na categoria, a Sanofi. Com uma possível fusão com o Grupo NC, que fecha o pódio, a liderança ficaria ainda mais consolidada.

Participação no total movimentado no top 5 das vendas de MIPs

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Fonte: Close-Up International

União de forças levaria a crescimento nos Não Medicamentos

Para fechar esse nosso estudo hipotético, falamos dos Não Medicamentos. O mercado, que é capitaneado por empresas como L’Oréal, Nestlé e P&G, vê a Hypera em uma modesta 10ª posição no volume de vendas, com R$ 1 bilhão.

Por outro lado, o Grupo NC Farma sequer é listado entre os campeões de vendas. Ou seja, apesar de não conseguirmos mensurar com exatidão o impacto da fusão, é certo dizer que o trabalho conjunto deve render ganho de posições nesse extrato.

Anvisa e Unesco buscam farmacêuticos para cargo de consultoria

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Anvisa e Unesco buscam farmacêuticos
Foto: Freepik

Anvisa e Unesco buscam farmacêuticos para cargo de consultor no projeto de cooperação técnica internacional entre as entidades. O processo, aberto na última quinta-feira, dia 24, é gratuito e ficará disponível até a próxima segunda-feira, dia 28.

O selecionado será contemplado com um contrato de 330 dias, e terá que exercer atividades como a identificação e listagem de dados regulatórios submetidos à Anvisa, além da proposição de alterações aos procedimentos burocráticos da entidade e outras atribuições semelhantes.

A maior parte do trabalho pode ser realizada de forma remota, com algumas atividades presenciais em Brasília – DF, e viagens, visitas técnicas, reuniões e contatos com parceiros, a depender de demandas

Anvisa e Unesco buscam farmacêuticos experientes

Para concorrer à vaga (única), o profissional precisa ser graduado em farmácia e pós-graduado em saúde pública/coletiva ou áreas correlatas, além de contar com 10 ou mais anos de experiência no canal farma, e dois ou mais anos em atividades voltadas ao padrão ISO IDMP.

Proficiência em leitura, escrita e fala na língua inglesa também é uma qualidade desejável. Todas as qualificações solicitadas devem ser comprovadas por diplomas ou certificados

Interessados na posição podem se inscrever no link

Chegada do Mounjaro no Brasil inflama disputa entre Lilly e Novo Nordisk

Mounjaro no Brasil
Foto: Freepik

O mercado de medicamentos para emagrecimento contará com um aumento em sua concorrência em breve, com a chegada do Mounjaro no Brasil. O fármaco da Eli Lilly terá como principal adversário no segmento o Ozempic, produzido pela Novo Nordisk. As informações são do Valor Econômico.

O segmento brasileiro desses medicamentos, hoje dominado pela Novo Nordisk com a liraglutida e a semaglutida, movimentou R$ 4,2 bilhões entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano. Os dados são da IQVIA, que audita as vendas do varejo farmacêutico no país.

A frequência de consumo dos mesmos também cresceu nos primeiros nove meses do período.  Dados da mesma pesquisa revelam que a embalagem com 3 mililitros registrou uma alta de 21% no volume de vendas, com 3,2 milhões de unidades, movimentando R$ 3,44 bilhões – valor 29% maior que no ano anterior.

Preço máximo do Mounjaro no Brasil já foi definido

Apenas “trâmites para importação do produto e a definição do preço que será praticado no mercado brasileiro” separam o Mounjaro do mercado brasileiro nesse momento, de acordo com a Eli Lilly.

No entanto, o intervalo de preço do fármaco já foi definido por autoridades brasileiras, e noticiado pelo Panorama Farmacêutico. Publicada em abril desse ano, uma lista de reajuste nos preços dos medicamentos garantiu que, quando fosse comercializado no país, o Mounjaro se mantivesse na faixa de R$ 1.677,10 a R$ 3.782,17, a depender da embalagem.