Enquanto aqui a distribuição do Paxlovid deve ficar para 2023, o varejo farmacêutico norte-americano mostra agilidade e compromisso social.
A Walgreens, em parceria com a DoorDash e a Uber, anunciou que passará a entregar gratuitamente o medicamento antiviral oral para a Covid-19, produzido pela Pfizer, diretamente na porta de quem precisa. As informações são do portal Drug Store News.
A iniciativa visa a ampliar o acesso ao tratamento em pessoas residentes em áreas socialmente vulneráveis ou carentes de atendimento médico num momento em que os casos de Covid-19 voltam a registrar aumento nos Estados Unidos. De acordo com dados da própria rede, as taxas gerais de resultados positivos atingiram 36% nesta semana.
“A pandemia escancarou as desigualdades no acesso à saúde e reforçou a necessidade de ações como essas”, avalia Anita Patel, vice-presidente de desenvolvimento de serviços farmacêuticos da Walgreens.
Regras para acessar o Paxlovid
Os pacientes elegíveis para ter acesso ao Paxlovid devem ter a prescrição de um profissional de saúde. Após a farmácia preencher a receita, eles podem consultar a internet para obter o medicamento no mesmo dia, via plataforma digital da Walgreens, pelo aplicativo ou mesmo ligando para a loja.
Os usuários deverão fazer a opção por receber alertas com o status da prescrição. A entrega no mesmo dia depende do horário em for efetivado o pedido e também das restrições do plano de saúde de cada beneficiário.
A Roche realizou nesta quinta-feira, dia 8, o 4º Roche Portas Abertas – Commercial Operations Day. O evento contou com a participação de cerca de 100 profissionais de distribuidoras do segmento de especialidades na sede da companhia em São Paulo (SP) e mais 350 de forma remota, e contou com cobertura do Panorama Farmacêutico.
“O objetivo é falar da nossa ambição e estratégia para que os nossos distribuidores, que são um elo importante dessa cadeia, entendam que eles podem ser um catalizador do que a gente quer e vai buscar a cada ano dentro do ecossistema de saúde”, afirma Bruno Souza, diretor de operações comerciais da Roche.
Segundo o executivo, 2022 foi um ano de bons resultados, não apenas do ponto de vista de vendas, mas da construção de valor que a companhia se propôs a fazer nos últimos três anos, com a mudança de modelo de operação a fim de levar de três a cinco vezes mais acesso, com 50% a menos de custo para a sociedade.
“Isso não se traduz em desconto, mas em como a gente consegue operar junto com outros players, com o governo e healthtechs de saúde, colocando esse nosso DNA de ciência junto com a transformação digital e a tomada de decisão baseada em dados”, ressalta Souza.
Estreia da Roche na área de oftalmologia
Hoje a farmacêutica suíça tem em seu pipeline mais de 100 moléculas inovadoras em desenvolvimento, com cerca de 30 delas em fase avançada. Segundo Michelle França Fabiani, líder médica da Roche, entre as áreas prioritárias da companhia para os próximos anos, destacam-se os medicamentos biológicos para doenças de alta complexidade, tais como câncer, atrofia muscular espinhal (AME), esclerose múltipla e hemofilia.
Para o ano que vem a Roche pretende lançar um medicamento para degeneração macular, que marcará a estreia da companhia na área de oftalmologia. A meta é disponibilizá-lo ao mercado entre abril e junho de 2023.
Além de doenças raras, uma outra área importante para a empresa é a onco-hematologia, com pelo menos quatro moléculas, algumas em fase avançada e outras em processo de discussão junto à Anvisa.
O Grupo Roche investe 20% do faturamento em pesquisa clínica, o que totalizou 13,7 bilhões de francos suíços em P&D em 2021. No Brasil, foram R$ 336 milhões investidos em 2021, parceria com 96 centros de pesquisas locais, 126 estudos desenvolvidos com envolvimento de cerca de 1.300 pacientes.
Prêmio Roche Reconhece
O 3º Movimento Roche Reconhece teve como objetivo destacar os distribuidores dos mercados privado e público que operam de acordo com as diretrizes da companhia. Os vencedores foram eleitos por meio de indicadores de desempenho, como destaque para o controle do nível de estoque, para garantir que não faltará medicamentos para os pacientes; e pesquisa de satisfação dos clientes.
Na Categoria Público, os vencedores foram: Aglon, 4BIO, e Oncoprod, que receberam o prêmio pelo primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Já na categoria privado, a grande vencedora foi a Elfa, ao lado da Viveo em segundo e, fechando o pódio, a Oncoprod em terceiro lugar.
Depois do sucesso do primeiro feat, a Dailus apresenta mais uma collab em parceria com a influenciadora Gkay. A novidade da vez é um kit especial de esmaltes para a festa de milhões e mais cobiçada do ano – a Farofa da Gkay.
Os vidrinhos trazem toda a ousadia e autenticidade da marca, além do lado fashionista da influencer. São seis cores, divididas em dois trios, seguindo os moods da festa – A Farofa da Gkay: Esse Quebra Cabeça Tá Confuso (amarelo), Vem Pra Gaiola (azul) e Peguei 8 Mas Sou Sua (rosa); Dark Room (o famoso quarto escuro): Tudo no Sigilo (preto), Só Quem Viveu Sabe (branco) e A Meta é 43 (vermelho).
A coleção combina tons alegres e alto astral com cores clássicas e marcantes, seguindo a paleta do evento. Todos os esmaltes são hipoalergênicos, têm longa duração, secagem rápida e brilho intenso, além de fórmula vegana e cruelty-free.
Distribuição: sistema próprio Diretor comercial, trade e distribuição: Samir Silva – samir.silva@dailus.com.br
A farmacêutica mineira Hipolabor atuará em um projeto para viabilizar a comercialização da vacina brasileira contra a Covid. Especializado na produção de medicamentos genéricos injetáveis, o laboratório integra a equipe de desenvolvimento da SpiN-TEC, primeiro imunizante desenvolvido com insumos e tecnologia 100% nacionais. As informações são do Estado de Minas.
O início da comercialização está previsto para 2024. A indústria mineira dará suporte aos ensaios clínicos, especialmente da fase 3, que deverá ser encerrada até o primeiro semestre de 2024 e vai envolver mais de 4 mil voluntários de várias partes do Brasil.
“É um processo inovador, que quebra barreiras. A tecnologia e a informação fazem parte da nossa trajetória. Estamos muito orgulhosos em fazer parte desse projeto”, avalia o presidente da Hipolabor, Renato Alves.
O imunizante abre portas para outras vacinas serem produzidas no país. “Esse é o pontapé inicial para destravar a cadeia de produção no Brasil e frear a dependência externa de insumos farmacêuticos”, afirma.
A gerente de contas estratégicas Lívia Franzoi sobe mais um degrau na GSK, onde já trabalha há mais de dois anos. A executiva passou a ser a principal ponte da farmacêutica com o Grupo DPSP. Ela já liderava o relacionamento com a distribuidora SantaCruz.
São 12 anos de experiência no setor farmacêutico, incluindo companhias como Colgate-Palmolive, Johnson & Johnson e Aspen Pharma. Nessas empresas, conduziu projetos nas áreas comercial, merchandising e trade marketing.
Tem bacharelado em administração pela Universidade Metodista de São Paulo e MBA em marketing pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
As ações da RaiaDrogasil estão em alta no mercado financeiro. Uma análise do banco BTG Pactual ampliou a recomendação de compra para os papéis da rede – com sugestão de aumento do preço-alvo de R$ 29 para R$ 30 – valor 25% acima da cotação de fechamento da Bolsa de Valores (B3) na última terça-feira, dia 5.
“A ação é negociada com um grande prêmio para os varejistas brasileiros. Mas a execução superior (produtividade de loja muito maior do que seus pares), um plano de crescimento sólido e um roteiro de investimento completo para sua plataforma digital (e omni) reforçam nossa visão otimista”, ressaltaram os analistas.
Expectativas para as ações da RaiaDrogasil em 2023
As expectativas para as ações da RaiaDrogasil em 2023 são ainda mais otimistas. O papel está sendo negociado a 30 vezes o múltiplo de preço/lucro, variável da B3 para medir a evolução do desempenho das empresas após ingressarem no mercado de ações. Como parâmetro, o patamar médio das demais empresas do varejo farmacêutico na Bolsa é de 14 vezes.
Além da evolução do modelo de negócios, a concorrência ajuda. Para os analistas, as redes de menor porte já não contam com tantas alavancas de crescimento, como as que tinham no advento da venda de medicamentos genéricos no Brasil.
Os planos de expansão mais conservadores de outros grandes players nos últimos meses também abriram caminho para a RaiaDrogasil ganhar participação de mercado para além da sua região de origem – o Sudeste.
Hoje, 65% das novas lojas vêm sendo abertas em outras regiões, com foco em bairros populares. Mas a menina dos olhos do mercado financeiro é mesmo a consolidação das operações digitais.
Pesquisa inédita revela a subnotificação da insônia no Brasil. Enquanto 31% da população apresenta sintomas, apenas 6% já receberam um diagnóstico conclusivo dessa doença ou distúrbios correlatos – incluindo ansiedade, apneia e depressão.
O levantamento é da SleepUp, startup que desenvolveu a primeira plataforma de terapia digital para distúrbios do sono da América Latina, com aprovação da Anvisa e que já está presente em cerca de 120 farmácias no país. Foram 1.876 entrevistados de todas as regiões do país.
A falta de um diagnóstico adequado dos casos de insônia no Brasil fica ainda mais evidente quando 11% relatam a ingestão frequente de medicamentos para dormir, sendo que os remédios mais mencionados são Clonazepam, Rivotril, Diazepam, Amitriptlina, Quetiapina e Alprazolam. Outros 16% recorrem a chás, produtos naturais ou suplementos.
“Outro dado relevante é que apenas 15% dos respondentes tiveram alguma prescrição medicamentosa, metade dos que convivem com o problema. Isso demonstra como o combate à insônia ainda exige um novo olhar e mais incentivo à adesão, acesso a um tratamento eficaz e acompanhamento por profissionais especializados”, acredita Renata Redondo Bonaldi, cofundadora da startup.
Insônia no Brasil segundo perfil do público
O levantamento também destacou resultados da insônia no Brasil de acordo com o perfil de público:
As mulheres têm cerca de duas vezes mais insônia moderada do que os homens
Os baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) têm cerca de 1,4 vezes mais insônia subclínica que os millenials
Os habitantes do Nordeste têm cerca de 2,5 vezes mais insônia grave do que os do Centro-oeste e Sudeste
Os que têm renda alta têm cerca de 1,7 vezes mais insônia subclínica e 3 vezes mais insônia grave do que os de renda baixa
Os que têm renda média têm cerca de 2,5 vezes mais insônia grave e 1,6 vezes mais insônia moderada do que os de renda baixa
“São dados compatíveis com outros estudos epidemiológicos sobre o distúrbio de sono, no qual as mulheres de meia idade são as mais afetadas por essa condição (52%). E claramente se percebe a associação da insônia a outras comorbidades de ordem psiquiátrica, entre as quais ansiedade e depressão”, avalia Dra. Ksdy Sousa, psicóloga técnica responsável da SleepUp.
O estudo foi realizado com o objetivo de se criar um questionário clínico para o diagnóstico de insônia no Brasil, intitulado Inventário de sintomas e consequências da insônia (ISCI). Esse levantamento leva em consideração aspectos da população brasileira e será usado na triagem de distúrbios do sono nas farmácias e estudos populacionais e epidemiológicos no Brasil.
“Era de extrema relevância que criássemos um questionário clínico brasileiro para a pré-triagem de insônia, a fim de se reduzir a subnotificação da doença no Brasil.”, ressalta Dr Gabriel Pires, diretor de pesquisa da SleepUp e especialista em estudos epidemiológicos do sono.
Terapia digital chega a farmácias
A SleepUp foi concebida por Renata e pela irmã Paula Redondo em 2020. Por meio de um aplicativo disponível para Android e iOS, a plataforma promove terapias comportamentais e cognitivas baseadas em protocolos clínicos da medicina do sono e da psicologia. A jornada terapêutica do paciente inclui atividades como o preenchimento de um diário do sono, anamneses, testes clínicos, recursos de meditação, relaxamento e telemedicina especializada em sono.
Desde setembro deste ano, a solução da startup passou a estar disponível em farmácias no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro. “E já estamos implantando em outras redes de farmácias. O nosso objetivo é democratizar e dar acessibilidade ao pré-diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono, por meio do canal farma. O questionário que desenvolvemos será fundamental para reduzir a subnotificação de insônia e democratizar a pré-triagem farmacêutica em todo o Brasil”, comenta Renata Redondo Bonaldi.
A indústria farmacêutica segue firme em sua jornada de inovação. A Myralis acaba de lançar um programa de aceleração de startups.
O Impulsus, como é intitulada a iniciativa, tem como foco prospectar soluções inovadoras para aprimorar a experiência dos clientes, sejam médicos, pacientes, farmácias e distribuidoras. No caso do varejo e do atacado farmacêutico, a indústria busca negócios que auxiliem na chegada dos produtos ao consumidor final, otimizando a jornada desde a venda até o PDV.
Podem ser inscrever startups, scale-ups e pequenas empresas com Produto Mínimo Viável desenvolvido e que mantêm cadastro ativo na Receita Federal.
As inscrições estão abertas até o dia 9 de janeiro pelo site https://impulsus.myralis.com.br/. O anúncio das empresas selecionadas acontecerá em 20 de fevereiro.
Aceleração de startups acompanha plano de expansão da Myralis
O programa de aceleração de startups da Myralys segue os passos de companhias como Eurofarma e Hypera Pharma, além de ir ao encontro dos planos de crescimento da farmacêutica de capital 100% brasileiro.
Em agosto deste ano, o laboratório teve a aprovação de financiamento do BNDES para projetos de expansão. A indústria farmacêutica utilizará o aporte de R$ 68,7 milhões para modernizar as operações no interior de São Paulo – incluindo a fábrica de Aguaí e o complexo de pesquisa e desenvolvimento em Valinhos.
O laboratório também destinará os recursos à implementação de um novo centro de distribuição em Poços de Caldas (MG). Com esse financiamento, a Myralis poderá dobrar a capacidade produtiva de suas linhas de medicamentos líquidos – de 8,2 milhões para 16,2 milhões por ano.
Um projeto de lei da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) pode abrir um importante precedente para facilitar o acesso à cannabis medicinal.
O projeto, que tramita há quatro anos, ainda precisa passar por segunda e terceira votações. O texto prevê que o Estado tem a obrigação de fornecer aos pacientes medicamentos e produtos à base de canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC) quando houver o atendimento aos seguintes requisitos:
Laudo de profissional legalmente habilitado na medicina contendo a descrição do caso, o Código Internacional da Doença (CID), síndrome ou transtorno, e a justificativa para a utilização do medicamento
Declaração médica sobre a existência de estudos científicos comprovando a eficácia do medicamento para a doença
Prescrição médica contendo, obrigatoriamente, o nome do paciente e do medicamento, o quantitativo e o tempo necessário para o tratamento
Acesso à cannabis por lei estadual reduziria insegurança jurídica
A determinação vale apenas para medicamentos e substâncias autorizados pela Anvisa. “Estamos aqui falando de acesso à saúde, direito constitucional. O que nós queremos é a facilitação e isso exige uma lei estadual”, declarou o parlamentar Goura Nataraj (PDT), que divide a autoria da proposta com os deputados Michele Caputo (PSDB) e Paulo Litro (PSD).
Goura ainda destacou em plenário que, em cinco anos, 196 famílias obtiveram na Justiça paranaense o acesso a esses medicamentos. As decisões, porém, são liminares e têm efeito provisório, o que alimentaria a insegurança jurídica e prejudicaria o acesso à cannabis de pacientes e famílias com menor poder aquisitivo.
São 15 anos de vivência no setor farmacêutico. Trabalhou na Eurofarma e também na União Química, onde atuava como gerente nacional de vendas e demanda.
É graduado em administração de empresas pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada, além de ter MBA em gestão estratégica de marketing, vendas e merchandising pela Ibmec – Metrocamp.