Receita da Abbott sobe 7% com impulso dos testes da Covid

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A Abbott anunciou nesta quarta-feira (26) os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano encerrado em 31 de dezembro de 2021 e divulgou suas perspectivas financeiras para 2022. As vendas do quarto trimestre de US$ 11,5 bilhões aumentaram 7,2% em base reportada e 7,7% em base orgânica, o que exclui o impacto do câmbio.

As vendas globais relacionadas a testes de Covid-19 foram de US$ 2,3 bilhões no quarto trimestre e US$ 7,7 bilhões no ano inteiro. A Abbott distribuiu mais de 1,4 bilhão de testes desde o início da pandemia. A orientação para todo o ano de 2022 inclui uma previsão inicial de vendas relacionadas ao teste de Covid de US$ 2,5 bilhões, que a companhia espera que ocorra no início do ano e será atualizada trimestralmente.

As vendas do FreeStyle Libre foram de US$ 1 bilhão, o que se traduz em um aumento orgânico de 36% (35,4% relatados). A Abbott também registrou um forte desempenho em Nutrição, estimulado pelas marcas líderes de mercado Surena, Glucerna e Pedialyte .

“O ano de 2021 foi excepcional para a Abbott. Superamos a orientação que estabelecemos no início do ano passado e, mais importante, continuamos a avançar nosso pipeline de novos produtos em todo o portfólio”, afirma Robert B. Ford, presidente e diretor executivo da Abbott.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Anvisa questiona Lilly e Roche por medicamentos suspensos nos EUA

Eli Lilly

A Anvisa cobrou informações da Eli Lilly e da Roche após a Food and Drug Administration (FDA) suspender o uso de dois medicamentos das farmacêuticas nos Estados Unidos, voltados para o combate à Covid-19.

A agência exigiu o envio e justificativas para a manutenção da autorização de uso emergencial, no Brasil, dos coquetéis de medicamentos casirivimabe/indevimabe e etesevimabe/banlanivimabe. A suspensão em solo norte-americano ocorreu depois de estudos que revelaram a ineficácia de ambos os tratamentos no combate à variante ômicron.

“A questão envolvendo as variantes circulantes no território nacional é muito relevante e deve ser constantemente avaliada”, explica a Anvisa. Segundo o órgão, os dados disponíveis e as limitações quanto à eficácia contra as variantes devem constar na bula. E caberia ao prescritor a avaliação clínica de eventual benefício da utilização do tratamento.

O que motivou a decisão da FDA?

 A agência reguladora norte-americana publicou essa decisão na segunda-feira, dia 24, em um comunicado emitido pela diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos, Patrizia Cavazzoni. A dirigente definiu como “altamente improvável” a eficiência dos medicamentos para combater a rápida circulação da variante. A FDA seguiu uma recomendação que já havia partido dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias disponibilizam gratuitamente máscaras N95

Free masks
Foto: Divulgação Hy-Vee

 

E uma iniciativa exemplar do varejo farma e do governo, as maiores redes de farmácias dos Estados Unidos vão distribuir gratuitamente 400 milhões de máscaras N95. Participam do programa farmácias como a CVS, Hy-VeeWalgreens e Kroger. As informações são do Drugstore News.

Espera-se que o programa esteja totalmente operacional no início de fevereiro e as máscaras cheguem aos seus destinos acompanhadas de panfletos e sinalização do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

“Clientes e pacientes podem pegar no máximo três máscaras por pessoa. Esperamos que as primeiras lojas comecem a oferecer máscaras na sexta-feira, 28 de janeiro, e continuem nos dias e semanas seguintes. As lojas participantes terão sinalização indicando a disponibilidade da máscara”, afirmou um porta-voz da Walgreens.

As lojas Kroger com farmácias também planejam distribuir máscaras N95 gratuitas, de acordo com um comunicado da empresa na segunda-feira. “Usar uma máscara e se vacinar continuam sendo as principais ferramentas de defesa na luta de nossa nação contra a Covid-19. Encorajo todos a aproveitarem as máscaras e marcar uma consulta hoje para ser vacinado ou  tomar sua dose de reforço”, afirma Marc Watkins, diretor médico da Kroger.

As farmácias planejam monitorar quantas máscaras as pessoas estão usando de cada vez para garantir que não usem mais. Não houve problemas com pessoas tentando levar mais do que o número alocado de máscaras N95 nos locais da Hy-Vee, disse um porta-voz da empresa à CNN na segunda-feira.

“Cada loja Hy-Vee designou funcionários para entregar pessoalmente até três máscaras por pessoa; não tivemos problemas com clientes tentando levar mais do que o limite de três”, afirma Christina Gayman, porta-voz da Hy-Vee.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Liberação de autotestes pode sair nesta sexta-feira

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A Anvisa vai decidir nesta sexta-feira (28), em reunião marcada para começar às 10h, se libera ou não a venda de autotestes de Covid-19. As informações são da Folha de S.Paulo. No dia 19 a autarquia decidiu adiar a aprovação e pedir mais dados ao Ministério da Saúde. A pasta comandada pelo ministro Marcelo Queiroga enviou na noite desta terça-feira (25) uma nova nota técnica com proposta de política pública para utilização do exame. No documento, a pasta apontou que o produto deve servir como ferramenta de triagem da Covid-19.

A tendência é que o uso do autoteste seja liberado agora pela agência, segundo integrantes da Anvisa que acompanham a discussão. O uso de autotestes é vetado por uma resolução da Anvisa de 2015. Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo.

A proposta é que o autoteste seja vendido apenas em farmácias. O ministro Queiroga disse, no último dia 14, que o autoteste pode desafogar as unidades de saúde, mas sinalizou que o produto não deve ser comprado pelo governo e distribuído no SUS.

A Saúde afirma que este tipo de exame não deve servir para substituir os exames RT-PCR ou de antígeno em viagens internacionais ou para justificar afastamento do trabalho. O produto também não é indicado ainda para definir diagnóstico e por pessoas com sintomas graves, como falta de ar, saturação abaixo de 95%, confusão mental, sinais de desidratação. Essas pessoas precisam procurar imediatamente assistência em uma unidade de saúde, afirmar a pasta.

Como o exame deve servir para triagem, a pasta destacou ainda que não seria obrigatório informar o resultado do autoteste ao SUS. Na bula, as empresas devem apresentar orientações sobre o melhor momento para a realização do exame que, em geral, é a partir do 1º ao 7º dia do início dos sintomas. Para quem não apresenta sinais da doença, o exame deve ser feito a partir do 5º dia do contato com caso confirmado, afirma a Saúde.

A bula deve informar também que o Disque Saúde, pelo telefone 136, do Ministério da Saúde, estará preparado para informar sobre sinais e sintomas relacionados a Covid-19. A empresa que pedir o registro do teste também deve fornecer canal de comunicação telefônico ao usuário para orientar e encaminhar as demandas do interessado sobre o produto. A Saúde também recomenda que as empresas podem optar por disponibilizar ou não um sistema para registro do resultado dos exames.

Venda deve demorar pelo menos um mês

Uma estimativa da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) indica que os primeiros autotestes de covid-19 devem chegar às farmácias no fim de fevereiro, caso realmente a Anvisa autorize o exame ainda nesta semana.

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Unilever planeja cortar 1.500 cargos de gerência

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A Unilever anunciou planos para cortar 1.500 empregos administrativos em todo o mundo, em meio à crescente pressão dos investidores para melhorar seu desempenho. A empresa, conhecida por marcas como Dove, Hellmann’s e Ben & Jerry’s, disse que reduziria seus cargos de gerência sênior em 15% e de gerência júnior em 5%. Com sede em Londres, a multinacional emprega 149 mil pessoas globalmente.

Segundo reportagem do The Guardian, o presidente-executivo, Alan Jope, está sob pressão há meses para reviver o crescimento das vendas, já que a empresa não atingiu suas metas de margem de lucro. O objetivo é focar suas atenções em beleza e bem-estar, cuidados pessoais, cuidados com a casa, nutrição e sorvetes.

“Mudar para um negócio focado em cinco categorias de produtos vai permitir que tenhamos capacidade de resposta mais ágil a tendências de consumo e de canais de vendas, com responsabilidade clara pela entrega”, disse Jope.

A Unilever, cujas ações caíram cerca de 25% desde o patamar recorde de 2019, abandonou na semana passada os planos para comprar os negócios de saúde do consumidor da GlaxoSmithKline (GSK) por 50 bilhões de libras (ou US$ 67 bilhões).

A proposta, rejeitada pela GSK, foi amplamente criticada por investidores, considerada custosa e uma distração arriscada em um momento de desafios mais prementes aos negócios, como a alta da inflação em mercados emergentes e a fraqueza no segmento de alimentos saudáveis.

A Unilever tem lidado com aumento de custos de matérias-primas, trabalho e transporte. Sua exposição a alguns alimentos e mercados emergentes, onde a inflação está em alta, colocaram a empresa em desvantagem em relação a rivais como P&G e Nestlé.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Vacinado com CoronaVac tem proteção maior com reforço de Pfizer, AstraZeneca ou J&J, diz estudo

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Uma terceira dose de reforço da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca-Oxford, Pfizer-BioNTech ou Johnson & Johnson aumenta significativamente os níveis de anticorpos naqueles que tomaram anteriormente duas doses da CoronaVac, aponta um estudo.

O estudo concluiu que a CoronaVac foi mais reforçada após uma dose de vacina produzida a partir de vetor viral ou RNA, funcionando inclusive contra as variantes Delta e Ômicron do coronavírus, disseram pesquisadores brasileiros e da Universidade de Oxford nesta segunda-feira.

A vacina CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, é feita a partir de uma versão inativada ou morta de uma cepa de coronavírus que foi isolada de um paciente na China. Atualmente, sua dose é aprovada em mais de 50 países, incluindo Brasil, China, Argentina, África do Sul, Malásia, Indonésia e Turquia.

“Esse estudo oferece opções importantes para as autoridades nos muitos países onde as vacinas inativadas foram utilizadas”, disse Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group e líder do estudo.

No entanto, outro estudo em dezembro concluiu que o esquema de duas doses da CoronaVac seguido por uma dose de reforço da vacina da Pfizer-BioNTech gerou uma resposta imune menor contra a variante Ômicron em comparação com outras cepas.

As vacinas de vetor viral, como as desenvolvidas pela AstraZeneca-Oxford e J&J, usam a versão enfraquecida de outro vírus para fornecer proteínas do vírus contra o qual se busca proteção. A vacina de mRNA da Pfizer e BioNTech programa o corpo para produzir anticorpos contra infecções por meio de sinais químicos.

Uma terceira dose de CoronaVac também aumentou os anticorpos, mas os resultados foram melhores quando uma vacina diferente foi usada como dose de reforço, de acordo com o estudo mais recente que incluiu 1.240 voluntários de São Paulo e Salvador.

Os níveis de anticorpos eram baixos antes das doses de reforço, com apenas 20,4% dos adultos entre 18 e 60 anos e 8,9% dos idosos com mais de 60 anos apresentando níveis detectáveis de anticorpos neutralizantes. De acordo com o estudo publicado na revista médica Lancet, na sexta-feira, os níveis aumentaram significativamente em todos os regimes de vacina de reforço. (Reportagem de Aby Jose Koilparambil e Punha-la Aripaka em Bengaluru). ((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5047 2838)). REUTERS PVB ES AC.

Fonte: Portal YAHOO

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Mulheres com menos de 35 anos têm 44% mais chances de sofrer um AVC do que homens

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Uma pesquisa publicada na última segunda-feira (24/1), na edição especial Go Red for Women 2022 do jornal médico Stroke, da American Stroke Association, uma divisão da American Heart Association, apresentou uma série de estudos de gênero envolvendo acidentes vasculares cerebrais.

Entre os principais dados observados no compilado da revista, os pesquisadores identificaram que existe uma grande diferença de incidência do AVC entre os sexos. Os AVCs isquêmicos (causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria) ocorreram com uma maior frequência entre adultos com menos de 35 anos, em que as mulheres sofreram 44% mais do que os homens dessa faixa etária.

Já as diferenças em grupos etários mais velhos foram mais difíceis de determinar devido à grande variabilidade na forma como os dados foram apresentados entre os estudos. A pesquisa aponta também que a incidência de acidente vascular cerebral isquêmico aumenta exponencialmente com a idade, e apenas 15% de todos os AVCs isquêmicos ocorrem em adultos com menos de 50 anos.

Na conclusão das análises, os pesquisadores indicam que os fatores de risco ateroscleróticos — que é o acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias, que causa obstrução do fluxo sanguíneo — tradicionais são um dos principais contribuintes para acidentes vasculares cerebrais isquêmicos em homens e mulheres jovens e se tornam cada vez mais importantes com a idade.

Para os pesquisadores são necessárias mais pesquisas para definir melhor as diferenças sexuais do AVC isquêmico em adultos jovens, e as contribuições que fatores de risco não tradicionais, como gravidez, pós-parto e contraceptivos hormonais, podem desempenhar na carga geral de AVC isquêmico em mulheres jovens.

Saiba mais sobre a pesquisa

Foram relacionados na revista 16 estudos, que somados observaram 69.793 adultos jovens com AVC (33.775 mulheres e 36.018 homens), de mais de meia dúzia de países, incluindo os Estados Unidos, Canadá, França e Holanda.

Os pesquisadores revisaram estudos de janeiro de 2008 a julho de 2021 publicados e indexados no PubMed, um dos maiores bancos de dados de pesquisa online do mundo gerenciado pela National Library of Medicine at National Institutes of Health.

Além disso, os estudos incluíram dados sobre qualquer tipo de acidente vascular cerebral, incluindo acidentes vasculares cerebrais isquêmicos; AVC hemorrágico; TIA, ou ataque isquêmico transitório, também chamado de mini-derrame e acidentes vasculares cerebrais criptogênicos para os quais nenhuma causa conhecida é identificada.

Vale lembrar que a maioria dos acidentes vasculares cerebrais observados eram isquêmicos, que representam cerca de 87% de todos os acidentes vasculares cerebrais.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

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Em 2030, 68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso

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Os dados levantados são do estudo A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS, realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile

O ano de 2030 parece estar longe, mas uma projeção com dados alarmantes mostram como poderão estar os brasileiros daqui a oito anos: a prevalência de excesso de peso pode chegar a 68%, ou seja, sete em cada 10 pessoas, e a de obesidade a 26%, ou uma a cada quatro.

Os dados levantados são do estudo A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS, realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile. Os resultados do estudo podem ser acessados no por meio de endereço eletrônico.

O estudo, que foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mostra que, no Brasil, a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.

Os dados revelam que o risco associado de diversas Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) é o mais preocupante e pode levar a consequências impactantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado com o aumento no risco de mais de 30 DCNT, em maior ou menor grau.

As DCNT são causadas por diversos fatores de risco, podem ficar um longo período ocultas e afetam pessoas por muitos anos, podendo resultar em incapacidades funcionais. As doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, as neoplasias (cânceres) e a diabetes mellitus são exemplos de DCNT.

Na opinião do coordenador do estudo, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Leandro Rezende, as causas populacionais podem ser o motivo para incentivar  o controle do sobrepeso e da obesidade.

“O excesso de peso e obesidade vêm aumentando no mundo não por causas individuais, as causas populacionais da obesidade que vêm mudando.

A gente define como causa populacional um conjunto de mudanças especialmente no sistema alimentar que foram ocorrendo a partir da década de 1970, 1980 e que notavelmente a partir de mudanças da legislação, mudanças nas leis agrícolas, mudanças na legislação quanto ao marketing e ao processamento dos alimentos. São essas questões que foram mudando e que tornaram o problema do excesso de peso e obesidade em uma epidemia”.

As causas do excesso de peso e da obesidade devem ser combatidas no âmbito populacional ao invés do âmbito individual, para que sejam pensadas em estratégias de prevenção mais assertivas, ressaltou o professor.

“Continuar focando no problema do excesso de peso e de obesidade, assim como para outros fatores de risco, como por exemplo, o tabagismo. Olhamos para o tabagismo como fenômenos populacionais e propomos estratégias de prevenção.

Conseguimos sair de uma prevalência de 30%, 40% de tabagistas no Brasil para hoje menos de 10% . Notavelmente por conta das políticas públicas que foram feitas para que pudessem combater o cigarro como fenômeno populacional e não como escolha individual [como falta de vontade das pessoas pararem de fumar]”.

Políticas públicas

Uma das estratégias sugeridas no estudo são a adoção de  políticas públicas e de ações voltadas à redução do consumo de alimentos ultraprocessados. A tributação desses tipos de alimentos, informação nutricional mais clara e simples no rótulo, restrição para marketing e publicidade desses produtos são exemplos dessas ações de âmbitos social e coletivo.

Um exemplo é a campanha Tributo Saudável, que tem como causa aumentar o tributo de bebidas açucaradas para desestimular o consumo, ao mesmo tempo que traz impactos positivos para a economia.

No Plano de Ações Estratégicas para enfrentamento das DCNT no Brasil (2021-2030), o Ministério da Saúde estipulou a meta de deter o crescimento da obesidade em adultos no país até 2030.

Custo e sobrecarga no SUS

Estar com sobrepeso e obesidade não custa caro somente para a saúde do indivíduo, também para a saúde coletiva. O custo e a sobrecarga para o SUS também aumentou: somente em 2019 o gasto direto com DCNTs no país atingiu R$ 6,8 bilhões.

O grupo de pesquisadores do estudo estimou que 22% desse valor (R$ 1,5 bilhão) podem ser atribuídos ao excesso de peso e à obesidade, com custos um pouco mais elevados em mulheres (R$ 762 milhões) do que nos homens (R$ 730 milhões).

O levantamento mostrou que, além dos custos, foram 128,71 mil mortes, 495,99 mil hospitalizações e 31,72 milhões procedimentos ambulatoriais realizados pelo SUS, atribuíveis ao excesso de peso e obesidade.

Guia Alimentar

Na visão dos pesquisadores, o Guia Alimentar para a População Brasileira também constitui uma das estratégias para implementação da diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).

Os guias alimentares contribuem para a melhora dos padrões de alimentação e nutrição e para a promoção da saúde das populações, já que os hábitos alimentares e as condições de saúde se modificam ao longo do tempo.

Fonte: Jornal Correio Braziliense – DF

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Promoção na gerência da Vitamedic

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Promoção na gerência da Vitamedic

Paulo Henrique de Oliveira é o novo gerente nacional de contas da Vitamedic. Em pouco menos de um ano na farmacêutica, o executivo, que começou como gerente de contas no interior paulista, recebeu sua primeira promoção.

Com mais de 20 anos de atuação, ele já trabalhou na Multilab, Nativita, Geolab e Sobral. É graduado em administração pela Instituição Moura Lacerda.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Longa caminhada na Nivea

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Longa caminhada na Nivea

A Nivea promove Juliano Neves ao cargo de gerente de trade marketing para o canal indireto. Há mais de sete anos na companhia, ele já ocupou diversos cargos no setor de vendas.

Com experiência em grandes corporações da indústria, atuou por mais de quatro anos na Kimberly-Clark e por cerca de uma década na AmBev. É formado em administração de empresas pelo Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico