20 indústrias dominam 60% das vendas em farmácias

20 indústrias dominam 60% das vendas em farmácias
Foto: Canva

Muitos ovos, mas poucas cestas nas vendas em farmácias. Apenas 20 indústrias farmacêuticas, de um total de 490 em atuação no país, detêm praticamente 60% do valor total comercializado nos PDVs. O índice demonstra a força dessas empresas, mas ao mesmo tempo expõe riscos com o resultado do varejo dependente de poucos grupos.

Juntas, as 20 companhias movimentaram R$ 79,86 bilhões nos últimos 12 meses até novembro de 2023, o equivalente a 59% do montante geral de R$ 135,65 bilhões no período. A concentração de mercado é a mesma do ano anterior e essas indústrias avançaram 11,2% em relação ao intervalo de dezembro de 2021 a novembro de 2022.

Vendas em farmácias sob domínio das brasileiras

As farmacêuticas brasileiras dominam a lista e ocupam as quatro primeiras posições nas vendas em farmácias. Os lugares são os mesmos na comparação com 2022, mas os percentuais de crescimento aumentaram algumas distâncias. Foi o que ocorreu com o líder Grupo NC, controlador da EMS, que ampliou em R$ 573 milhões a vantagem sobre a Hypera Pharma.

Com 6% do faturamento destinado a pesquisa & desenvolvimento, o laboratório vem investindo fichas em novos medicamentos para seguir a evolução no varejo farmacêutico. Como resultado, o portfólio alcançou a marca de 1,1 mil produtos e a indústria fez a capacidade produtiva anual superar 1,1 bilhão de remédios.

“A inovação é hoje a principal estratégia e o fator que norteia as decisões da empresa. Estamos cada vez mais empenhados em trazer novas terapias com tecnologias de última geração”, acrescenta o vice-presidente Marcus Sanchez. O último passo nessa direção foi o estabelecimento de uma divisão tech, com promessa de R$ 150 milhões em aportes até 2025.

A Hypera Pharma, embora com lucratividade de R$ 500 milhões no seu último balanço divulgado no terceiro trimestre, tem seu desempenho visto com cautela por analistas do mercado financeiro.

Três dias antes da publicação desses resultados, o Bradesco BBI previu que a farmacêutica não atingiria a meta de faturamento estipulada para o ano. O banco revisou, inclusive, o preço-alvo das ações da empresa para 2024 – de R$ 56 para R$ 51. Além do recuo no segmento de antigripais, a decisão de reduzir descontos em genéricos para preservar sua lucratividade pesou nessa avaliação.

A terceira colocada Eurofarma, por sua vez, reduziu a diferença para a vice-líder em R$ 167 milhões. Não à toa, segundo fontes do mercado, estaria buscando investidores para uma possível venda de participação, que encorparia seu caixa. Além disso, criou um fundo de US$ 100 milhões para investir em biotechs e acelerar a busca por medicamentos exclusivos.

“Vamos priorizar iniciativas ligadas a doenças raras, neurodegenerativas, autoimunes, infecciosas e oncológicas”, comenta Pavel Herman, diretor do fundo.

Vendas em farmácias

Descubra 8 produtos que já foram remédios

Descubra 8 produtos que já foram remédios
Imagem meramente ilustrativa / Crédito: Wikimedia Commons

Inovadores no passado, letais no presente. A relação de produtos que já foram remédios pode assustar muitos pacientes. Você alguma vez poderia imaginar ingerir água radioativa para rejuvenescer?  Levantamento do portal Aventuras na História elencou algumas “terapias” que eram recomendadas por médicos no passado. Definitivamente, a indústria farmacêutica evoluiu.

Oito produtos que já foram remédios

Álcool

A bebida era usada para diluir os medicamentos, que não passavam de infusões ou chás misturados. Até 2001, tônicos para crianças, como o famoso Biotônico Fontoura, eram tão fortes quanto o vinho

Açúcar

O açúcar era utilizado somente para tratar doenças ligadas à fraqueza. Na Antiguidade, acreditava-se que a saúde dependia do equilíbrio de elementos quente, frio, úmido e seco do organismo, e a substância era o componente quente e energético

Refrigerante

Em 1886, o norte-americano John Pemberton pesquisava a cura para dores de cabeça quando chegou a uma fórmula escura e espessa, contendo extrato de cocaína. Levado à Jacob’s Pharmacy, o xarope foi misturado a água gasosa e oferecido aos clientes

Cocaína

No século 19, a droga era usada como anestésico local e estimulante de ação rápida

Heroína

Sintetizada pela primeira vez em 1874, a diacetilmorfina é 150% mais potente que a morfina e era vendida como analgésico e tratamento para a tosse, porque desacelera a respiração

Água radioativa

Com a promessa de aliviar os problemas causados pela nicotina, os remédios radioativos foram uma verdadeira febre na primeira metade do século 20. Fabricado entre 1918 e 1928, o Radithor (foto) continha o elemento radioativo rádio e era vendido como cura para diversos males

Mercúrio

No século 19, uma pílula com 30% de mercúrio, chamada de massa azul, era indicada para prisão de ventre, tuberculose, parasitas intestinais e dores do parto

Tabaco

No século 16, o tabaco era dispensado na Europa como remédio para câncer e também acreditava-se ser capaz de curar bronquite e outros problemas respiratórios. Era usado em pastas, na forma líquida e também fumaça, baforada nas feridas ou até por via retal

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Confira as 10 maiores fusões na indústria farmacêutica

Confira as 10 maiores fusões na indústria farmacêutica

As fusões na indústria farmacêutica em 2023 revelaram um setor ávido por investimentos em remédios inovadores. O ano, inclusive, protagonizou a maior transação do gênero dos últimos quatro anos.

Fusões na indústria farmacêutica movimentaram US$ 116,8 bi

Somente as 10 maiores fusões na indústria farmacêutica mobilizaram o equivalente a US$ 116,8 bilhões, segundo levantamento da plataforma norte-americana Mergers & Acquisitions. Confira a relação:

1 – Seagen

Comprador: Pfizer
Preço: US$ 43 bilhões
Em março, a Pfizer anunciou o acordo com a intenção de aumentar seu portfólio de tratamentos contra o câncer

2 – Karuna Therapeutics

Comprador: Bristol Myers Squibb (BMS)
Preço: US$ 14 bilhões
Na última movimentação do ano, a BMS adquiriu a empresa de biotecnologia especializada em neuropsiquiatria

  1. Prometheus Biosciences

Comprador: Merck Sharp & Dohme (MSD)
Preço: US$ 10,8 bilhões
Em abril, a MSD concluiu o negócio de olho em um tratamento experimental promissor para colite ulcerativa e doença de Crohn

4 – ImmunoGen

Comprador: AbbVie
Preço: US$ 10,1 bilhões
A AbbVie passou a deter o domínio da terapia Elaherec contra o câncer de ovário, o que acelera sua presença comercial e clínica no campo de tumores sólidos

5 – Cerevel Therapeutics

Comprador: AbbVie
Preço: US$ 8,7 bilhões
Com duas fusões no top 10, a farmacêutica norte-americana confirmou sua disposição para abraçar novos tratamentos. Neste caso, o alvo são os ensaios clínicos já considerados promissores no combate a doenças como esquizofrenia e Parkinson

6 – Reata Pharmaceuticals

Comprador: Biogen
Preço: US$ 7,3 bilhões
Em julho, a Biogen incorporou ao portfólio o primeiro tratamento aprovado para a ataxia de Friedreich nos Estados Unidos. Trata-se de uma doença neurodegenerativa rara e irreversível, que afeta pessoas com carga genérica europeia. Medicamentos para outros distúrbios neurológicos também integraram essa transação

7 – Telavant Holdings

Comprador: Roche
Preço: US$ 7,1 bilhões
Em outubro, a indústria farmacêutica suíça desembolsou essa quantia para adquirir uma terapia promissora contra doenças inflamatórias intestinais

8 – Iveric Bio

Comprador: Astellas Pharma
Preço: US$ 5,9 bilhões
Em maio, a Astellas marcou sua estreia no nicho de doenças oculares ao comprar essa biofarmacêutica

9 – Mirati Therapeutics

Comprador:  Bristol Myers Squibb (BMS)
Preço: US$ 5,8 bilhões
Considerada a área terapêutica mais promissora pela indústria farmacêutica, a oncologia motivou mais essa aquisição protagonizada pela BMS

10 – RayzeBio

Comprador: Bristol Myers Squibb (BMS)
Preço: US$ 4,1 bilhões
A BMS foi a campeã no quesito fusões e aquisições. Neste caso, o objetivo foi investir em terapia radiofarmacêutica para tratamento de doenças oncológicas

Entidade do atacado farmacêutico elege 1ª mulher presidente

Entidade do atacado farmacêutico
Foto: Divulgação

A entidade do atacado farmacêutico Rede Integração Farma fez história ao eleger Patrícia Austregesilo, da Med Mais Saúde, como sua presidente do conselho de administração.

Patrícia torna-se a primeira mulher a assumir essa posição em um grupo ligado à distribuição de medicamentos. Seu mandato vigora no biênio de 2024 a 2026. A rede também oficializou os demais membros dos conselhos de adminstração e fiscal.

“Chego nesse momento com muito entusiasmo, sabendo que sou capaz ao lado dessa diretoria de vencer esse desafio, de construir uma entidade ainda melhor, vastamente mais forte e respeitada”, comenta a nova presidente.

Patricia acumula quase 25 anos de experiência no setor, com passagem de destaque pela Farmácias Pague Menos. Foram 23 anos na rede de farmácias, na qual exercia o cargo de diretora de compras.

Em janeiro de 2018, ela partiu para um novo desafio e ingressou no atacado farmacêutico como diretora de compras e marketing do Grupo Ibiapina. Hoje atua como diretora executiva da Distribuidora Mais Saúde, que mantém operações nos estados do Ceará, Maranhão e Piauí.

Entidade do atacado farmacêutico apresenta seu conselho 

Confira o quadro de conselheiros da entidade do atacado farmacêutico.

Conselho de administração 

  • Presidente: Patrícia Austregesilo (Med Mais Saúde-CE)
  • Vice-presidente: Marcelo Borgonovi (Grupo Maxifarma – SP)
  • Diretor financeiro: Pedro de Oliveira Junior (Minas Distribuidora –RO e AC)
  • Diretor secretário: Álvaro Silveira Junior (Linkmed – DF)

Suplente do conselho de administração 

Conselho fiscal 

  • Ana Beatriz Ferreira – JAT Distribuidora – MS
  • Maycon de Oliveira – Distribuidora Divimed – MG
  • Neri Fae – Distribuidora Med Chap – SC e PR

Rede de distribuidoras chega a 40% dos PDVs

Presente em 76% dos municípios, a Rede Integração Farma vem atingindo cada vez mais farmácias do Brasil. O grupo, que agrega 19 distribuidoras farmacêuticas, já atende 40% dos PDVs do varejo.

A expectativa para 2023 era de atingir a venda de 114 milhões de unidades. “Desse montante, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e os não medicamentos detêm especial protagonismo, representando, respectivamente, 30% e 27% dos itens comercializados”, revela o diretor executivo, Geraldo Monteiro.

Varejo farmacêutico volta a viver oscilação em 2023

Varejo farmacêutico volta a viver oscilação em 2023
Foto: Canva

O varejo farmacêutico enfrentou mares turbulentos em 2023. Após um 2022 de crescimento promissor, a oscilação foi a marca do ano que passou, sob as sombras da inadimplência, do consumo retraído e da recuperação judicial. Mas essa retrospectiva tem nuances que indicam uma profunda transformação setorial.

Crise? Especialistas e consultores ouvidos pela redação do Panorama Farmacêutico não cravam essa palavra, mas claramente apontam para uma desaceleração que se estende a todo o varejo e deve perdurar pelo menos até 2024.

O Indicador de Atividade do Comércio do Serasa Experian reflete esse momento de incertezas. Após o recuo de 0,1% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2022, o intervalo de julho a novembro sinalizava um princípio de recuperação – com alta de 0,5%. Mas o Natal voltou a frustrar as expectativas ao registrar retração de 1,4% nas vendas do varejo físico entre 18 e 24 de dezembro. Foi o pior desempenho desde 2020, auge da pandemia da Covid-19.

As tendências de queda na inflação e nas taxas de juros, aliadas ao aumento da empregabilidade, atenuam o cenário. “Mas 72 milhões de brasileiros em situação de inadimplência, devendo em média para quatro credores, travam qualquer possibilidade de crescimento rápido. Os consumidores vêm priorizando a reestruturação financeira em detrimento das compras. E quem zerar os débitos não vai partir para novas dívidas tão cedo”, reforça Luiz Rabi, economista-chefe do Serasa Experian.

Varejo farmacêutico convive com estoques excessivos

O varejo farmacêutico vê nos estoques excessivos mais um indício dos ventos desfavoráveis. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), 15,9% das empresas do setor convivem com essa realidade, considerando a média de janeiro a novembro. O efeito respinga na indústria, cujo percentual chega a 13,8%.

“Estoque excessivo sinaliza desarranjos na economia, uma demanda mais fraca que a esperada. Ninguém produz para ficar parado”, comenta o economista da FGV Ibre, Rodolpho Tobler.

Recordes na recuperação judicial

Os pedidos de recuperação judicial também escancaram as turbulências. O total de requisições somou 1.128 de janeiro a outubro de 2023, volume 35,4% acima de todo o ano anterior – período em que esse índice caiu 6,5%. E o mercado farmacêutico foi um dos protagonistas desse movimento.

Logo em fevereiro, as portas fechadas das lojas da Poupafarma prenunciavam um panorama nebuloso. Em recuperação judicial desde então, a rede paulista viu-se obrigada a envolver parte de suas unidades em um leilão, que culminou na aquisição de 51 PDVs pela paranaense Nissei. Em abril seria a vez da Bifarma, que já figurou entre as 20 líderes de faturamento no setor e cuja receita despencou 66% em um ano. De 250 lojas em 2021, sobraram 30.

“A recuperação judicial representa um efeito defasado das dificuldades que o varejo enfrenta desde 2021. As empresas do varejo vinham acumulando inadimplências e tentando administrá-las até a corda estourar”, destaca Luiz Rabi.

O consultor, no entanto, avalia que um componente estrutural torna o varejo farmacêutico menos sujeito às intempéries. “O envelhecimento da população, com a consequente oferta de mais serviços de saúde, permitirá ao segmento encarar com menos dificuldade as crises cíclicas da economia”, projeta.

Pedidos de recuperacao judicial da queda a alta

Varejo farmacêutico vive clara transformação

Mas como falar em incerteza num varejo farmacêutico que movimenta R$ 135 bilhões nos últimos 12 meses até novembro de 2023, cresce 10,7% e tem performance inferior apenas à do canal alimentar? A resposta está na análise fragmentada por nicho.

Segundo a Close-Up International, o setor computou 7,7 bilhões de unidades comercializadas no período. Mas somente as farmácias afiliadas à Febrafar e as grandes redes que integram a Abrafarma puxam o desempenho, respectivamente com avanço de 7,8% e 3,8% frente aos 12 meses anteriores. As empresas da Abrafad também apresentam evolução – 1,2%. Esse grupo movimenta 66% do faturamento do mercado farmacêutico.

Em contrapartida, a curva é claramente descendente entre médias e pequenas redes (-7,6%) e das demais representantes do associativismo (-10,4%). Os MIPs respondem por 92,2% da queda, sendo as vitaminas responsáveis por 28,7%. A consultoria atribui o resultado às dúvidas sobre novos ciclos epidemiológicos, indicando que a onda de consumo durante a pandemia já passou.

“Com a aposta em centros de distribuição próprios e maior diversificação do mix de produtos e serviços, as grandes redes conseguem ampliar sua relevância, sustentar o incremento nas vendas e a capilaridade”, opina Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, que enxerga no índice de fechamento de lojas um claro retrato de transformação.

Hoje existem 99.708 farmácias em funcionamento no Brasil. Mas desde 2019, enquanto apenas 1,1% dos PDVs do associativismo e 1,3% das unidades do grande varejo farmacêutico encerraram atividades, o percentual salta para 13,2% nas outras redes e nas independentes. No âmbito geral, a taxa foi de 10,5%.

Revisão de expectativas e novo olhar

As farmácias genuinamente digitais exibem 6,3% de share com base nos dados da Close-Up International, o que perfaz pouco mais de R$ 8,5 bilhões de faturamento. De posse desses números, Sandro Angélico, CEO da Qualidoc, traça um paralelo com o índice de fechamento de PDVs.

“Diante de um consumidor mais restrito, o setor tem de calibrar melhor suas expectativas. É necessário entender que o jogo da fidelização passa pela experiência mais ágil de compra e pela otimização de despesas, o que pressupõe revisões no modelo de expansão baseado nas lojas físicas”, projeta.

Cláudio Felisoni, presidente do Ibevar, lança um sinal de alerta. Tanto o avanço do grande varejo como o das plataformas digitais atuam como freios para as farmácias menores e comprometem a vitalidade do varejo. “E o resultado é uma acomodação setorial, que dificulta o surgimento de novos players e fecha o campo para soluções inovadoras”, adverte.

Nesse contexto, o pequeno e médio varejo farmacêutico precisa reforçar a atenção com suas operações. “É essencial que elas aprimorem o mix de produtos, explorem melhor a gestão de categorias e o relacionamento com seus respectivos clientes, sem esquecer também de cultivar a venda por meios digitais”, enfatiza Geraldo Monteiro, diretor executivo da Rede Integração Farma, grupo que representa 15 distribuidoras de medicamentos.

Fraude no Farmácia Popular destinou R$ 7,4 bi para falecidos

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Fraude no Farmácia Popular
Foto: Divulgação – Elza Fiuza/Agência Brasil

Uma fraude no Farmácia Popular desviou, entre julho de 2015 e dezembro de 2020, R$ 7,43 bilhões em medicamentos para pacientes falecidos. As informações são da Agência Brasil.

Outra irregularidade identificada no programa foi a venda de R$ 2,57 bilhões em remédios sem nota fiscal. Com a ausência do documento, fica impossível comprovar que a comercialização do fármaco foi realmente feita no estabelecimento em questão.

Quem auditou tais desvios foi a Controladoria-Geral da União (CGU), que realizou uma auditoria no benefício. A conclusão do órgão foi que essas irregularidades vêm de uma fiscalização a distância e manual, o que gera um controle frágil.

Fraude no Farmácia Popular foi descoberta com cruzamento de dados 

Para descobrir a fraude que destinou medicamentos do Farmácia Popular a pessoas mortas, a CGU cruzou dados do CPF do paciente, com o Sistema Nacional de Registro Civil (Sirc), o Sistema de Controle de Óbitos do Ministério da Previdência (Sisobi) e o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Data Sus.

A controladoria destaca que tal prática acarreta em um desperdício de recursos públicos, mas não crava se a fraude é responsabilidade do beneficiário ou da farmácia.

Remédios sem nota fiscal representam 18% das vendas 

Outro dado alarmante revelado pela auditoria é que, dos R$ 13,8 bilhões desembolsados pelo Farmácia Popular nos pouco mais de cinco anos analisados, 18,5% foi destinado a medicamentos sem nota fiscal.

A fiscalização analisou farmácias e drogarias credenciadas no programa em cinco estados:

  • Bahia
  • Goiás
  • Mato Grosso
  • Minas Gerais
  • Paraíba

Cinco anos de fraude, ano de recorde 

Se o período entre 2015 e 2020 foi marcado por fraudes no Farmácia Popular, 2023 foi o ano de retomada no programa. Além de novos cadastramentos, o benefício chegou a 22 milhões de brasileiros, sua atuação mais ampla nos últimos quatro anos.

A expansão, quando comparado com o resultado de 2022, foi de 8,8%. A iniciativa, que foi criada em 2004, está presente em 4.515 cidades do Brasil, o que corresponde a 81% de todos os municípios do país.

H Pylori: Tudo o que você precisa saber sobre essa infecção bacteriana

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H Pylori

H pylori é uma infecção bacteriana comum que afeta milhões de pessoas em todos os países. Como as pessoas costumam não saber que estão infectadas, é necessário compreender exatamente o que é essa bactéria, como ela se manifesta e como tratá-la. Neste artigo, mostraremos tudo o que você precisa para que possa manter a sua saúde intacta.

Afinal, o que é a H pylori? 

A H. pylori é uma bactéria helicoidal que provoca infecções no estômago. Ela é geralmente contraída durante a infância e pode permanecer no estômago por muitos anos sem causar sintomas. Quando se manifesta, pode causar úlceras e gastrite. A infecção é efetuada através da ingestão de alimentos ou água contaminada, mas também pode ser transferida de pessoa para pessoa.

Quais são seus sintomas? 

Os sintomas mais comuns dessa infecção incluem inchaço do abdômen, náusea, vômitos, dor abdominal, azia, gases, distensão abdominal e perda de apetite. Algumas pessoas também podem sentir dor na parte superior do abdômen ou sentir a sensação de que a área está pesada.

Possíveis complicações 

Em algumas circunstâncias, H. pylori pode causar complicações graves como sangramento no estômago, inflamação do estômago, úlceras e até mesmo câncer. No entanto, essas complicações são extremamente raras e geralmente só ocorrem em pessoas com mais de 50 anos.

Diagnóstico 

O médico pode realizar diversos exames para diagnosticar H. pylori. O teste mais comum é uma endoscopia, durante a qual o médico passa um tubo fino com uma câmera no estômago para confirmar a presença da bactéria. Outras possibilidades incluem exames de sangue, testes de descarga e testes de urina.

Tratamento

O tratamento de H pylori geralmente inclui antibióticos, ácido-redutores e bloqueadores de enzimas. O ciclo de tratamento dura geralmente entre 6 a 12 semanas com uma combinação de medicamentos. O médico também pode sugerir mudanças na alimentação, como a adição de alimentos ricos em fibra, para uma melhor digestão.

Prevenção 

A melhor maneira de evitar a bactéria é seguir as normas de higiene básica. Lavar as mãos frequentemente, especialmente antes e depois de comer. Higienizar os alimentos depois de compra-los e evitar o compartilhamento de pratos, talheres e objetos de higiene pessoal com outras pessoas.

Conclusão

Pylori é uma infecção bacteriana muito comum que pode ser facilmente adquirida e tratada, no entanto, é importante reconhecer os sintomas e procurar diagnóstico e tratamento o mais rápido possível quando uma evolução é notada. Como no recente caso do cantor Nattan, que pausou a carreira para focar no tratamento da bactéria. Se você tem sintomas de H. pylori e está preocupado, procure o seu médico para obter ajuda. Além disso, siga as boas práticas de higiene para evitar infecções

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EMS abre mais 81 empregos para propagandistas

empregos para propagandistas

Os empregos para propagandistas seguem em alta na indústria farmacêutica. Em seu terceiro ciclo de expansão de equipes de campo em três anos, a EMS abriu um processo seletivo para preencher 81 vagas.

As inscrições são voltadas especialmente para as regiões de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Goiânia. Pessoas com deficiência (PcD) também podem se habilitar para o recrutamento.

Os candidatos devem ter bacharelado nas áreas de exatas, humanas ou biológicas, pós-graduação completa ou em curso, pacote Office Intermediário, carteira de habilitação válida e disponibilidade para viagens.

Os propagandistas selecionados pela farmacêutica terão como atribuições planejar um roteiro eficiente de visitação a médicos e farmácias, manter um cadastro atualizado de prescritores e dispensadores em sua região de atuação, além de participar e organizar eventos médicos para prospecção de parcerias e contratos.

A indústria farmacêutica não divulga oficialmente as remunerações, mas o contrato de trabalho prevê a concessão de plano médico e odontológico, seguro de vida e tíquete refeição.

Empregos para propagandistas devem mobilizar 150 mil

A nova temporada de empregos para propagandistas na EMS deve mobilizar em torno de 150 mil candidaturas. A projeção partiu do consultor André Reis, da Repfarma, com base na quantidade de vagas que a farmacêutica deseja preencher até fevereiro e pelo ritmo atual de inscrições.

O especialista, inclusive, lidera um curso de formação de representante farmacêutico, cuja https://lp.repfarma.com/aula-inaugural acontecerá de forma gratuita na próxima segunda-feira, dia 8.

Insulina inteligente regula os níveis de glicose em camundongos

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insulina inteligente

Uma insulina inteligente, testada em modelos de camundongos e mini porcos, regulou com sucesso níveis de glicose no sangue por até uma semana e após apenas uma injeção. A descoberta, publicada na revista Nature Biomedical Engineering, foi realizada por pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, e da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA. As informações são do Medical Press.

O diabetes tipo I é uma condição crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. O tratamento para pessoas com a doença inclui dieta modificada e injeções regulares de insulina. Muitos diabéticos têm que autoaplicar o hormônio mais de uma vez por dia, em um processo doloroso e difícil – uma vez que a pele nos locais de injeção tende a endurecer com o tempo, dificultando a inserção de uma agulha.

Devida a essas dificuldades, os pesquisadores buscaram novas opções de tratamento, desenvolvendo uma espécie de insulina que reage com determinados agentes do organismo, permitindo o controlo automático dos níveis de glicose no sangue durante um longo período de tempo.

Como funciona a insulina inteligente?

A nova insulina inteligente é uma forma modificada do tipo de insulina já em uso. Os pesquisadores adicionaram ácido glucônico, que quando injetado no corpo se transforma em um complexo ao se ligar a substâncias químicas no sangue.

Tais complexos fazem com que a insulina fique presa dentro de um polímero natural, o que resulta em alterações na sinalização. Diferentes quantidades de insulina são liberadas dependendo dos níveis de glicose no sangue. A descoberta dos cientistas permitiu que mais insulina fosse automaticamente libertada no sangue quando era necessária (como após uma refeição) e menos quando não era.

Os pesquisadores testaram a insulina modificada em três mini porcos e cinco camundongos, todos projetados para terem diabetes. Dois dos mini porcos receberam uma dose elevada, enquanto o terceiro recebeu uma dose baixa.

Ao monitorar os animais de teste nas semanas seguintes, os pesquisadores descobriram que o mini porco que recebeu a dose baixa apresentou a regulação mais estável da glicose em comparação com outros porcos que receberam uma dose alta e também em comparação com os porcos de controle que receberam injeções diárias de insulina padrão.

Os investigadores sugerem que as suas descobertas são promissoras para um novo tipo de tratamento para pacientes com diabetes tipo I. Eles continuarão a testar a sua insulina “inteligente” em animais e, se tudo continuar a correr bem, passarão para testes em humanos.

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Casos de Oropouche e Mayaro aumentam no Acre

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Oropouche

A Secretária de Saúde do Estado do Acre já confirmou 66 casos de infecções por Oropouche e Mayaro em 10 municípios dos 22 existentes. Os dados são referentes ao último dia 22 de dezembro de 2023, segundo o Ac24Horas e do G1.

Segundo os dados da Sesacre, das infecções pelo Oropouche são 60, sendo 8 casos em Acrelândia, 1 em Brasiléia, 3 em Feijó, 8 em Manoel Urbano, 5 em Porto Acre, 32 em Rio Branco, 1 registro em Sena Madureira e 2 em Xapuri. Já em relação aos casos de Mayaro são 6, sendo 3 em Cruzeiro do Sul, 1 em Mâncio Lima, 1 em Rio Branco e 1 em Xapuri.

Saiba mais sobre os vírus Mayaro e Oropouche

Tanto o vírus Mayaro como o Oropouche causam sintomas parecidos com os da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O Mayaro, inclusive, é chamado de “primo” da chikungunya.

A febre Oropouche é uma arbovirose transmitida por mosquitos, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, embora com risco bem menor de complicações hemorrágicas e de morte. Raramente, os casos podem ser complicados por meningite de padrão viral (benigna).

O principal mosquito transmissor da doença entre os seres humanos é o Culicoides paraensis, mais conhecido como “maruim”. As medidas de prevenção consistem em se evitar a proliferação e o contato com mosquitos, à semelhança dos cuidados contra a dengue.

Já o vírus Mayaro é endêmico (tem presença contínua) na Amazônia e é normalmente transmitido pelos mosquitos do gênero Haemagogus, que vive nas matas e também é conhecido por propagar a febre amarela silvestre. É um perfil diferente do Aedes aegypti, vetor da dengue, zika, chikungunya e da febre amarela urbana – já que este vive nas cidades.

Sintomas do vírus Oropouche:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor no corpo e nas articulações.
  • Em alguns casos, o paciente pode apresentar vômitos

Sintomas do vírus Mayaro:

Infecção gera sintomas semelhantes à causada por chikungunya, como febre alta e dores articulares, o que dificulta o diagnóstico.