O que é DPOC e quando suspeitar dos sintomas

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DPOC

A incidência de doenças respiratórias crônicas está crescendo em todos os países. Uma delas é a DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica, conhecida no passado como bronquite e enfisema pulmonar.

A questão, porém, é que a DPOC é ainda considerada uma doença negligenciada: dados do Projeto Latino-Americano de Investigação em Obstrução Pulmonar (Platino) apontam que cerca de 80% das pessoas não sabem que têm DPOC, apenas 12% são diagnosticadas e somente 18% seguem as recomendações médicas.

Causas e sintomas da DPOC

Pneumologista no São Cristóvão Saúde, Nelson Morrone Junior conta que, ao longo de sua trajetória profissional, se deparou com muitos casos de DPOC. Segundo ele, na maioria das situações, a doença é causada pelo tabagismo.

“O principal sintoma é a falta de ar, geralmente progressiva e por vezes acompanhada de tosse. Também são observados expectoração, ora esbranquiçada, ora amarelada ou esverdeada, pigarro, chiado no peito e uma constante sensação de cansaço”.

Ainda são considerados fatores de risco para a doença a queima de biomassa (exposição à fumaça de forno a lenha) e o tabagismo passivo.

Segundo informações da Organização Mundial de Saúde, mais de 200 milhões de pessoas sofrem de DPOC. No Brasil, estima-se que mais de 7,5 milhões de pessoas são portadoras da doença. Porém, esses dados da OMS estão baseados nas estatísticas de mortalidade, o que configura um subdiagnóstico. Sendo assim, na prática, o número de afetados pode ser muito maior.  

Tratamento

Entre as complicações causadas pela doença está a sobrecarga do coração, que pode falhar e levar o indivíduo à desnutrição. Por ser uma doença catabolizante, a DPOC causa emagrecimento e sarcopenia (perda de massa muscular).

Em razão da dispneia (falta de ar) ser um sintoma muito desafiador aos acometidos pela doença, os pacientes geralmente sofrem de ansiedade. Isso porque, conforme a doença progride, a falta de ar torna-se cada vez mais intensa, ocorrendo até com mínimos esforços, como ao tomar banho ou vestir-se.

A gravidade da DPOC é avaliada de acordo com o nível de obstrução do fluxo respiratório e da intensidade dos sintomas ao longo do último ano de avaliação do paciente. “O diagnóstico é feito pela prova de função pulmonar e exames de imagem, como radiografia do tórax e tomografia computadorizada do tórax”, revela o médico especialista.

Como tratamento, há a recomendação de medidas não farmacológicas, como a cessação do tabagismo, e também o uso de medicamentos broncodilatadores, importantes para aliviar os sintomas e permitir as atividades diárias das pessoas. Além disso, vacinação contra pneumonia e vírus da gripe estão na lista de cuidados. Em alguns casos, inclui-se a reabilitação pulmonar (fisioterapia) e, em pacientes mais graves, oxigênio em terapia domiciliar.

“É uma doença que causa grande sofrimento ao paciente e aos seus familiares, mas o tratamento normalmente não tem grandes efeitos colaterais”, complementa o médico.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Piracanjuba realiza webinar sobre nutrição infantil

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A Piracanjuba realiza nesta quarta-feira, dia 22, às 10h, uma webinar onde debaterá o as principais tendências do mercado de nutrição infantil. O evento contará com a participação de Wesley Barbosa, head de Canais Especiais da Piracanjuba; e Vanessa Ribeiro, gerente de Serviços e Insights Varejo da Close-Up International.

A webinar é direcionada a gestores de farmácia que querem se aprofundar dos números,  dados de mercado e perfil do shopper e aumentar o seu faturamento no segmento. Para participar basta fazer a inscrição aqui.

Reforço no segmento de nutrição infantil nas farmácias

Além da webinar, outra estratégia da Piracanjuba para reforçar o segmento de nutrição infantil nas farmácias é a Black Week. A companhia promoverá, entre os dias 22 e 26 de novembro, uma campanha especial que consistirá na oferta Leve 2, Pague 1 da linha Excellence.

Hoje a marca já está presente em mais de 20 mil farmácias e registra em torno de 60% de fidelidade por meio da recomendação de profissionais de saúde.

“Enxergamos um caminho para ampliar rapidamente essa capilaridade a partir da Black Week. Projetamos atingir 100% das grandes redes que integram a Abrafarma e das farmácias associativistas da Farmarcas e Febrafar, além de 30% do varejo independente”, ressalta a gerente de marketing Lisiane Campos.

A Piracanjuba já fechou acordos com várias redes e está em negociação avançada com distribuidoras, que funcionarão como canais para as pequenas e médias farmácias acessarem a promoção.

A linha Piracanjuba Excellence contém nutrientes essenciais para o desenvolvimento da criança em idade pré-escolar, com 23 vitaminas e minerais, fibras prebióticas e ômegas 3 e 6. A versão em pó está disponível em lata de 800 g e 400 g e em refil de 800 g. Outro carro-chefe é a bebida pronta para consumo, também indicada para crianças em idade pré-escolar, com 23 vitaminas e minerais. Não contém açúcares (sacarose e frutose), dispensa diluição e o uso de utensílios e pode ser transferida para um copo de transição, evitando contaminações.

Apoio para farmácias na difusão da campanha

A fabricante ainda oferece suporte às farmácias para difundir a Black Week, sob a liderança da gerência exclusiva de canais. Representantes comerciais vêm mantendo um cronograma de visitas às lojas, disponibilizando tabloides e orientando os gestores a explorar pontos extras e pontas de gôndola.

“O varejo farmacêutico é o canal de origem para o mercado de nutrição infantil. E os pais das crianças entendem os profissionais do setor como referências para esclarecimentos e sanar dúvidas. A larga aceitação dos nossos produtos entre a comunidade médica torna essa categoria ainda mais promissora como fonte de fidelização e receita para as drogarias”, acredita Lisiane.

As farmácias interessadas em aderir à campanha podem acionar as distribuidoras ou representantes comerciais baseados nas suas respectivas regiões de atuação. A lista de contatos pode ser acessada aqui.

Câncer de pâncreas: causas e sintomas

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Câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas é uma doença que, muitas vezes, passa despercebida até alcançar estágios avançados. Trata-se de um dos tumores sólidos mais agressivos e com diagnóstico tardio.

Entre os fatores de risco, a idade avançada e o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas ganham destaque. Além disso, o desenvolvimento da pancreatite crônica, decorrente do consumo excessivo de álcool, também é associado a um risco aumentado de câncer de pâncreas.

Outro fator preocupante é o excesso de peso e a obesidade, que podem aumentar a suscetibilidade à doença. “Uma alimentação saudável, rica em frutas e vegetais, tende a ser protetora, enquanto a obesidade e maus hábitos alimentares são fatores de risco significativos que aumentam a vulnerabilidade para uma possível doença”, destaca Cristiano Ontivero, cirurgião oncológico do IOP.

Câncer de pâncreas e diabetes

A relação entre o câncer de pâncreas e o diabetes também é mencionada pelo especialista. Ele explica que o diabetes, especialmente em longo prazo, pode aumentar o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. Além dos fatores de risco ligados aos hábitos de vida, existem condições hereditárias que também podem influenciar, como o câncer de pâncreas hereditário. Assim como a fibrose cística, outra doença relacionada como um fator de risco em longo prazo.

O câncer de pâncreas é conhecido por seu diagnóstico tardio devido à falta de sintomas claros nas fases iniciais e, por isso mesmo, o diagnóstico precoce muitas vezes não é realizado. Diferentemente de outras neoplasias, o câncer de pâncreas não possui um programa de rastreamento estabelecido, uma vez que seus sintomas demoram a se manifestar. Geralmente, a detecção é realizada por acaso, quando exames de imagem são feitos por outras razões e acabam revelando a presença do tumor.

O diagnóstico tardio, aliado ao comportamento biológico agressivo do câncer de pâncreas, contribui para a alta letalidade dessa doença. “O câncer de pâncreas cresce e se espalha rapidamente, muitas vezes já atingindo outras áreas do corpo quando é diagnosticado, tornando-o mais difícil de tratar”, explica o cirurgião.

Sintomas

Entre os principais sinais estão perda de peso inexplicável, desconforto abdominal que evolui para dor, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), e em alguns casos, até o desenvolvimento ou agravamento do diabetes. “É um desafio porque os sintomas podem ser vagos e muitas vezes associados a outras condições. Tecnologias como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética têm nos ajudado a identificar o câncer em estágios mais iniciais, possibilitando tratamentos mais eficazes”.

Tratamento

Casos localizados e operáveis podem ser tratados com cirurgia, enquanto tratamentos de quimioterapia e terapias paliativas são indicados para estágios mais avançados. “O diagnóstico precoce é chave para melhores resultados, mas mesmo em estágios avançados, a abordagem multidisciplinar, envolvendo oncologistas, cirurgiões e outros profissionais, pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, enfatiza o profissional.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Aprenda a tratar dores de pacientes crônicos com CBD

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Aprenda a tratar dores de pacientes crônicos com CBD

Pacientes crônicos, com doenças de alta complexidade e necessidade de adquirir remédios de uso contínuo na farmácia, podem encontrar na cannabis medicinal um alívio para problemas decorrentes do tratamento.

Tanto o THC (tetrahidrocanabinol), composto psicoativo da planta, como o CBD (canabidiol), com ação analgésica e antiinflamatória, têm propriedades curativas para inflamação e dor.

Quais pacientes crônicos podem se beneficiar da cannabis?

Confira quais pacientes crônicos podem ser mais bem orientados pelos farmacêuticos com a dispensação de cannabis.

Artrite reumatóide – portadores da doença sofrem com a inflamação que afeta as articulações, principalmente joelhos e pulsos. Medicamentos com os compostos ativos da cannabis, como o Mevatyl, cujo registro foi aprovado pela Anvisa no final de 2022, agem para dirimir a dor e a espasticidade, ou seja, a rigidez muscular e exarcerbação dos reflexos. No exterlor, ele é comercializado com o nome de Sative

Fibromialgia – o principal sintoma é a dor crônica generalizada. A adminstração terapêutica da cannabis pode amenizar o quadro crítico de saúde do paciente. Além de reduzir a intensidade da dor, melhora a qualidade do sono

Câncer – pacientes em tratamento oncológico podem se beneficiar da planta. As dores intensas, devido à doença em si ou aos efeitos colaterais do tratamento, tendem a ser minimizadas como uso da cannabis

Neuropatia periférica –  causa danos aos nervos periféricos e dor crônica e é passível de ser tratada com fórmulas à base de componentes da planta

Enxaqueca crônica.- pacientes com dores de cabeça durante, pelo menos, 15 dias ao mês. Já há estudos iniciais com o uso de canabinoides para tratar desse mal, sexta doença mais incapacitante do mundo, segundo a OMS

Síndrome do intestino irritável – condição em que afeta o trato gastrointestinal e causa dor abdominal crônica, inchaço e diarreia. O CBD provou ter potencial para aliviar os sintomas

Administração via oral e tópica

A cannabis também pode ser utilizada como alternativa a medicamentos opióides, que também são administrados para dores crônicas. Essas substâncias, porém, produzem efeitos colaterais graves como dependência e overdose. E para pacientes com fibromialgia, o CBD ajuda ainda no controle dos distúrbios emocionais associados à doença.

O tratamento para dores crônicas com fórmulas contendo substâncias da cannabis pode ser feito com medicamentos via oral (cápsulas e óleos) ou com a aplicação de loções, cremes e pomadas nas áreas afetadas.

A cannabis ainda tem seu manuseio e comércio controlados em muitos países, inclusive no Brasil, embora o acesso a esses medicamentos venha aumentando por aqui. É importante explorar todas as opções terapêuticas disponíveis.

Saiba como orientar a interação medicamentosa com cannabis

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Saiba como orientar a interação medicamentosa com cannabis

A prática da interação medicamentosa envolvendo o uso da cannabis torna ainda mais relevante a participação do farmacêutico na atenção primária ao paciente.

Como muitos remédios, o canabidiol (CBD) precisa ser metabolizado pelo fígado. O órgão usa enzimas especiais para dividir o CDB em componentes menores, antes de chegar ao sistema circulatório e ser espalhado pelo organismo.

Principais ocorrências de interações medicamentosas com CBD

Confira como a interação medicamentosa deve ser bem avaliada conforme cada categoria de medicamento.

  • Antibióticos – eficazes no combate a bactérias, são conhecidos também por cortar o efeito de vários remédios, inclusive a cannabis. Alguns deles, como a sulfa, funcionam no tratamento de feridas com grande potencial de infeção e risco de sepse, podem alterar e aumentar os efeitos do canabidiol e também do THC, outra substância da planta
  • Anticoagulantes – a enzima CYP 450, responsável por metabolizar a varfarina, pode ter sua ação inibida pela cannabis. A varfarina permanece no corpo por muito tempo sem ser decomposta, o que pode resultar em sangramento excessivo ou até overdose
  • Antidepressivos, anti-histamínicos, bloqueadores betas e esteroides enquadram-se na mesma categoria de anticoagulantes, decompostos por enzimas biliares, concorrendo com CBD
  • Medicamentos para tratamento de câncer – a interação com o CDB pode resultar em overdose ou aumento da toxicidade celular. Isso porque, em experiências in vitro, a cannabis mostrou-se capaz de inativar alguns transportadores importantes no tratamento da doença
  • Álcool – bebidas alcoólicas afetam os efeitos da cannabis medicinal no organismo. Há uma competição pela metabolização no fígado, o que pode prejudicar a reação de ambas as substâncias. O resultado é a potencialização dos efeitos colaterais, com aumento da ressaca e quadro agudo de diarreia no caso, por exemplo, do óleo de cannabis

Os principais efeitos que podem ocorrer nas interações medicamentosas em geral e que também podem causar danos à saúde são: dores de cabeça persistentes, náuseas, tontura e fadiga, aumento ou redução da pressão sanguínea, fraqueza muscular, ansiedade, sonolência, aumento da frequência cardíaca, dificuldades respiratórias, tremores e problemas no fígado e no estômago.

Cuidados antes de iniciar o tratamento

O tratamento com o CBD e interações medicamentosas deve ser feito de forma segura. Precisa ser recomendado por um médico que tenha conhecimento da terapia. Antes de iniciar o tratamento, é importante que o responsável tenha conhecimento da condição do paciente e dos medicamentos de que já faz uso. Essas informações são importantes para avaliar dosagem, forma de administração e regularidade com que devem ser prescritos.

Os principais sintomas do câncer de boca

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Câncer de boca

O câncer de boca é um mal silencioso e muito mais comum do que se imagina. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram diagnosticados 15.190 novos casos de câncer na cavidade oral em 2021, sendo 11.180 em homens e 4.010 mulheres.

Esse tipo de câncer afeta lábios e estruturas da boca como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. A doença costuma se instalar de forma silenciosa, não apresentando sintomas perceptíveis.

“O câncer de boca atinge em sua maioria homens acima dos 40 anos, sendo que os principais sintomas são feridas na boca que não cicatrizam, além de manchas vermelhas ou esbranquiçadas nas gengivas, cavidade bucal ou nos lábios, espessamento da bochecha, rouquidão e dores na garganta”, explica o cirurgião dentista Sergio Lago, da S.I.N. Implant System.

Fatores de risco para o câncer de boca

Entre os fatores de risco para o câncer de boca estão a exposição a substâncias tóxicas, como poeira de cimento, amianto e agrotóxicos, o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. “Além disso, a má higienização bucal e a exposição excessiva ao sol sem proteção também aumentam as chances de se desenvolver câncer na boca e nos lábios”, diz Lago.

A doença ainda apresenta alta taxa de mortalidade, apesar do exame para identificar lesões suspeitas ser relativamente simples, podendo ser realizado por um profissional qualificado, de forma rotineira. “O diagnóstico precoce do câncer bucal aumenta bastante as chances de cura”, afirma o especialista. “Por isso, a melhor conduta para afastar a doença é manter visitas regulares ao dentista, que será capaz de enxergar sinais de câncer em estágio inicial”, afirma o especialista.

Tratamento

Quando a doença é detectada, o tratamento geralmente envolve cirurgia para retirada da área afetada pelo tumor. “Em casos mais simples, somente a remoção das lesões já costuma solucionar o problema, porém, em situações complexas o paciente pode precisar também passar por sessões de radioterapia”, conclui Lago.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Como as temperaturas extremas podem aumentar o risco de AVC

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AVC

As altas temperaturas e a umidade elevada aumentam o risco de AVC em algumas pessoas. Além disso, esses extremos climáticos também podem causar problemas como desidratação e insolação. O neurologista na Mayo Clinic, Robert Brown, explica que se você ou alguém próximo apresentar sintomas de AVC no calor, é preciso ligar imediatamente para o número dos serviços de socorro, uma vez que o AVC é uma emergência médica.

O clima afeta o risco de ter um AVC?

“O clima e a temperatura influenciam na ocorrência do AVC, e geralmente são os extremos de temperatura: muito calor ou muito frio”, explica Brown. Ou quando o clima está extremamente úmido. “O aumento de risco de AVC pode estar relacionado aos efeitos do calor, umidade e frio extremos no corpo, além de problemas associados com a pressão arterial e até mesmo alguns fatores relacionados com certas condições cardíacas”, acrescenta.

Um AVC é uma emergência médica

Quanto mais rápido for o tratamento, melhores serão as chances de recuperação. “Existem muitos tratamentos disponíveis no momento em que uma pessoa sente os sintomas relacionados com AVC”, explica o médico. “Os tratamentos incluem medicamentos trombolíticos ou remédios desenvolvidos para tentar dissolver o coágulo em uma artéria que bloqueia o fluxo sanguíneo para o cérebro.” Alguns tratamentos às vezes podem ser usados para remover o bloqueio da artéria diretamente.

Sintomas

Os sintomas incluem o início repentino de fraqueza na face, braço ou perna; dormência repentina em um dos lados do corpo; dificuldade repentina para enxergar, falar ou entender as outras pessoas; desequilíbrio repentino ou uma dor de cabeça repentina e forte, diferente de todas as outras que a pessoa já teve. Se os sintomas aparecerem, ligue para os serviços de emergência.

Brown afirma que, quando se trata de AVC, lembre-se da sigla SAMU, que representa a união dos sintomas sugestivos: S de sorria – peça a pessoa para dar um sorriso e observe se o rosto está paralisado; A de abrace – verifique se a pessoa consegue levantar os dois braços e se perdeu a força; M de música – peça para a pessoa repetir uma frase como uma música e verifique se há dificuldade de articulação; U de urgente – na presença dos sintomas, é o momento de ligar para os serviços de emergência. 

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.

Entidades reagem contra veto à abertura de farmácia aos domingos

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Abertura de farmácia
Foto: Canva

Entidades setoriais do varejo farmacêutico reagiram à portaria nº 3.665/23, que proíbe a abertura de farmácia aos domingos e feriados. A mudança estabelece que os funcionários do setor só poderão trabalhar nesses dias com autorização negociada em convenção coletiva formalizada entre patrões e empregados.

Segundo Francisco Rodrigues, diretor-executivo de Coordenação Técnica e de Comitês da Abrafarma, não parece que a Lei 10.101/2000, que trata do comércio em geral, se aplique ao varejo farmacêutico, uma vez que a farmácia atualmente é estabelecimento de saúde e não comércio puro e simples que necessite de acordo sindical para funcionar.

“Militam a nosso favor as regras especiais previstas no artigo 56 da Lei 5.991/73, Lei 13.021/14, Lei 7783/89, que reconhece a farmácia como atividade essencial, dentre outras. Nessa linha, não é crível que se possa proibir a abertura de farmácia no feriado, bastando lembrar o que aconteceu durante a pandemia de Covid-19, que considerou a farmácia como atividade essencial”, ressalta.

Parecer sobre a abertura de farmácia aos domingos

Já o Sincofarma SP e a Abcfarma publicaram um parecer em conjunto em reação à proibição de abertura de farmácia aos domingos e feriados. A nota foi assinada nesta sexta-feira, dia 17, por Rafael Oliveira Espinhel, presidente executivo da Abcfarma, e André Bedran Jabr, segundo vice-presidente do Sincofarma.

De acordo com ambas as entidades, as farmácias têm especificidades que as distinguem do comércio em geral. “A Lei Federal nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências, define em seu art. 56 que tais estabelecimentos devem manter o atendimento ininterrupto à comunidade”, diz a nota.

As farmácias, conforme definido na Lei n. 13.021, de 8 de agosto de 2014, são unidades de prestação de serviços de assistência à saúde, devendo ser entendida como um posto avançado de atenção primária à saúde.

“Assim, como parte do sistema de saúde, as farmácias desempenham um papel importante na dispensação e fornecimento de medicamentos, administração de medicamentos, incluindo as vacinas e serviços de saúde ao público, de modo que é imprescindível garantir o exercício contínuo destas atividades.

Por consequência lógica o papel social atual das farmácias e dos farmacêuticos não pode ser equiparado com os realizados pelos demais comércios (registre-se, que possuem grande relevância) não sendo razoável, portanto, a sua equiparação a fim de justificar a restrição quanto ao seu pleno funcionamento”, continua o parecer.

A nota conclui afirmando que “a restrição do exercício da atividade ou seu condicionamento às farmácias representa manifesta ofensa ao direito à saúde e à vida, previstos nos arts. 196 e 5º, caput, da CF, visto que tem o potencial de impedir o acesso a medicamentos e à assistência farmacêutica à população.”

 

Medicamentos para doença rara ganham aval da Conitec

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Doença rara
Foto: Canva

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou dois medicamentos contra uma doença rara, o angioedema hereditário. Segundo reportagem do JOTA, a decisão agora segue para a chancela da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (Sectics).

Dois medicamentos para doença rara

O primeiro remédio é o inibidor de C1 esterase derivado de plasma humano. Enquanto a versão intravenosa é indicada para tratar crises dessa doença rara em pessoas a partir de 2 anos, a subcutânea se destina a preveni-las. Já o segundo é o acetato de icatibanto contra crises agudas de angioedema hereditário em adultos com deficiência do inibidor.

Outra aprovação foi para o omalizumabe, indicado para asma alérgica grave não controlada mesmo com corticoide inalatório (CI) junto a um beta2-agonista de longa ação (LABA). A dosagem é de 75mg, na versão injetável.

Eurofarma avança com terceirização de medicamentos

Eurofarma avança com terceirização de medicamentos

A divisão de terceirização de medicamentos da Eurofarma já exibe capacidade para produzir mais de 400 milhões de unidades por ano. A unidade de negócios vem ganhando relevância na agenda de internacionalização da indústria farmacêutica brasileira, sendo vista pelo alto escalão como uma área rentável e amplo potencial de lucratividade.

O foco principal está na América Latina, onde a farmacêutica conta com fábricas na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Guatemala. Esses complexos somam-se às três plantas baseadas em municípios de São Paulo, na capital, em Itapevi e Ribeirão Preto.

“Quando a empresa iniciou o processo de internacionalização, há 15 anos, algumas das plantas que a companhia adquiriu na América Latina já trabalhavam com serviços a terceiros. Portanto, foi natural integrar toda essa estrutura sob uma nova unidade de negócios”, afirma Walker Lahmann, diretor executivo de Relações Institucionais e Novos Mercados da Eurofarma.

Pioneira na terceirização de medicamentos

A terceirização de medicamentos, além da redução de custos, permite à empresa direcionar os esforços para outras frentes de negócio e ajuda a suprir o problema de capacidade produtiva que algumas farmacêuticas enfrentam. “Seja por falta de espaço, por não estar mais presente com fábrica no país, ou porque não tem a permissão de produzir para determinado mercado, essa estratégia evita a perda de uma venda ou de um cliente”, ressalta Lahmann.

O laboratório foi pioneiro na oferta de terceirização de medicamentos há mais de 50 anos, atendendo laboratórios nacionais e estrangeiros para a fabricação de cosméticos e medicamentos de diferentes classes e formas farmacêuticas.

Atualmente, a divisão atua com 30 clientes, entre os quais as argentinas PharmaDorf, Raffo e Laboratório Elea; a chilena Alpes Laboratories, além de multinacionais como Sanofi, Bayer e Pfizer. Considerando a indústria farmacêutica nacional, a Eurofarma atende 16 grupos, entre os quais Cristália, Geolab e Hypera Pharma. Outras empresas já estão em fase de projeto.

“Um dos pontos positivos é que todas as nossas plantas fabris conversam entre si, tanto em relação às certificações como no atendimento ao cliente. Hoje consigo produzir tudo para um parceiro no Brasil ou também posso produzir na Colômbia, Chile ou Argentina, diminuindo o custo operacional”, acrescenta o executivo.

As empresas também podem contratar o serviço completo, que engloba desde a compra da matéria-prima, a produção e a entrega, ou decidir pela subcontratação, na qual é realizada somente uma parte do processo.

Chancela da FDA abre possibilidade para novos mercados

Além dos países da América Latina, a Eurofarma também mira clientes de outras regiões, principalmente após a conquista da certificação da fábrica de Itapevi (SP) pela Food and Drug Administration (FDA), agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos.

“O aval da FDA nos permite exportar medicamentos não só para os Estados Unidos como também para uma série de países que aceitam a certificação norte-americana. É uma conquista bastante rara, o que mostra todo o potencial da nova unidade de terceirização”, explica Lahmann. Segundo o executivo, isso abre um leque muito grande de países da Europa, Ásia e África.

A unidade de terceirização da Eurofarma trabalha com todas as formas farmacêuticas, desde sólidos, semi-sólidos, oncológicos, hormonais, injetáveis, liofilizados e biológicos.